Notas Taquigráficas
3ª SESSÃO LEGISLATIVA ORDINÁRIA
57ª LEGISLATURA
Em 30 de setembro de 2025
(terça-feira)
Às 11 horas
129ª SESSÃO
(Sessão Especial)
| Horário | Texto com revisão |
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| R | A SRA. PRESIDENTE (Mara Gabrilli. Bloco Parlamentar da Resistência Democrática/PSD - SP. Fala da Presidência.) - Declaro aberta a sessão. Sob a proteção de Deus, iniciamos nossos trabalhos. A presente sessão especial foi convocada em atendimento ao Requerimento nº 533, de 2025, de autoria desta Presidência e de outros Senadores, aprovado pelo Plenário do Senado Federal. A sessão é destinada a celebrar os 75 anos da AACD. Eu convido para compor a mesa desta sessão especial os seguintes convidados: Sra. Silvia Alves Paz, que é Superintendente de Marketing e Relações Institucionais da AACD; Sra. Alice Rosa Ramos, Superintendente de Práticas Assistenciais da AACD. Não consigo imaginar a AACD sem a Alice. Para mim, está uma coisa muito ligada à outra. A Presidência informa que esta sessão terá também a participação, de forma remota, dos seguintes convidados: Sr. Cleo Danilo Jaques, Diretor Administrativo de Unidades; Sr. Marcelo de Jesus Justino Ares, Coordenador Médico; Sr. Valdesir Galvan, Superintendente-Geral; e Sr. Diogo Alves, paciente atendido pela AACD. Eu convido a todos agora para, em posição de respeito, acompanharmos o Hino Nacional. (Procede-se à execução do Hino Nacional.) |
| R | A SRA. PRESIDENTE (Mara Gabrilli. Bloco Parlamentar da Resistência Democrática/PSD - SP. Para discursar - Presidente.) - Bom dia a todas, bom dia a todos, para os que estão aqui presentes nessa celebração, assim como a todos que nos assistem pela TV Senado. É uma alegria imensa promover essa sessão especial para celebrar o aniversário de 75 anos da AACD! Eu fico emocionada, como Parlamentar, de poder oferecer meu mandato para contribuir com esse trabalho tão relevante e tão humano. Ter a oportunidade de ampliar os atendimentos da AACD por meio de emendas parlamentares, tanto para custeio quanto para compra de novos equipamentos, é o que dignifica o nosso mandato. É a nossa forma de mostrar que reabilitação deve ser um direito de todos, não um privilégio de poucos. Como cidadã com deficiência que utiliza a AACD, me orgulha fazer parte dos 20% da população que é atendida ou via convênio ou de forma particular. Essa é uma das formas com que nós, usuários da AACD, podemos ajudar a gerar receita para a instituição. É assim que ajudamos a custear os 80% dos atendimentos realizados via SUS. Gostaria de parabenizar o Presidente voluntário da AACD, o Sr. Carlos Eduardo Scripilliti, e, na pessoa dele, todos que compõem o Conselho de Administração da AACD. Cumprimento as queridas Superintendentes Silvia Paz e Alice Rosa, que estão comigo aqui na mesa, e cumprimento também o CEO da AACD, Valdesir Galvan, pelo trabalho e por tantas conquistas, Valdesir, da sua gestão, assim como o Diretor Cleo Danilo e o Coordenador Médico Dr. Marcelo Ares, de quem eu tenho a honra de ser paciente, que falarão de modo remoto nesta sessão; e o paciente Diego Alves, que nos enviou uma mensagem por vídeo. |
| R | Para ser breve a minha saudação nesta celebração tão importante, eu quero aproveitar este momento para parabenizar especialmente todos os profissionais da AACD - médicos de todas as áreas, fisiatras, ortopedistas, neurologistas, enfermeiras, fisioterapeutas, psicólogos, nutricionistas, fonoaudiólogas, terapeutas ocupacionais, assistentes sociais, educadores físicos -, assim como para parabenizar os voluntários e todo o pessoal de apoio administrativo e das oficinas ortopédicas, os atendentes, os porteiros, os faxineiros, os manobristas, porque é uma família a AACD, e têm que ser cumprimentados todos de ponta a ponta. Enfim, parabenizo todas as pessoas que trabalham com tanto amor e dedicação na realização de mais de 850 mil atendimentos e 7 mil cirurgias por ano em todo o Brasil, além de no fornecimento de mais de 62 mil tecnologias assistivas, órteses e próteses. Dá um orgulho enorme! E dá muito mais orgulho ainda poder ver as pessoas com deficiência ocupando seus espaços, incluídas na sociedade, estudando, trabalhando, porque tiveram oportunidades e, mais ainda, porque tiveram acesso a um serviço de excelência, onde todo mundo, independentemente da condição financeira, é tratado com carinho, com respeito e com muito amor. E, nesses 75 anos, a gente tem que parabenizar o sonho do visionário Dr. Renato da Costa Bomfim, que, a partir do seu ideal, trabalho e dedicação, deixou um legado de mais de 70 milhões de atendimentos ao longo dessas sete décadas e meia e uma instituição que é referência nacional em ortopedia e reabilitação de pessoas com deficiência. A AACD está hoje fortemente presente não só no meu Estado de São Paulo, com um hospital ortopédico, três unidades na capital e mais outros dois no interior, em Osasco e Mogi das Cruzes, mas também nos Estados de Pernambuco, Rio Grande do Sul e Minas Gerais, com unidades em Recife, Porto Alegre e Uberlândia. O sonho do Dr. Bomfim e de tantos outros que se dedicaram e se dedicam à AACD não para por aí. Os investimentos são contínuos para alcançar uma meta ainda mais ousada, que é realizar 1 milhão de atendimentos anuais até 2031. Contem comigo para ajudar em mais essa conquista. E eu vou contar sobre duas experiências que eu tive com a AACD, que foram experiências que vão além do trabalho, experiências admiráveis e exemplares. Uma delas foi durante a pandemia da covid, cujo auge aconteceu lá em 2020. Com as medidas de isolamento social adotadas por inúmeros países, eu recebi um ofício da querida Dra. Alice, que está aqui conosco nesta sessão e que me emociona até hoje, em que ela apontava, com muita delicadeza, mas sobretudo com muita preocupação, as diversas necessidades das pessoas com deficiência, detalhando com muita sensibilidade os impactos do afastamento da reabilitação desses pacientes com lesão medular, mielomeningocele, doenças neurodegenerativas, de pacientes que sofrem convulsões, mostrando os riscos e as necessidades de apoio de cada grupo, por exemplo, sobre bexiga, sobre intestinos neurogênicos, sobre a pele, sobre mudança de decúbito, sobre função pulmonar e tantas outras preocupações. O objetivo era oferecer ajuda, oferecer toda a experiência da AACD e o trabalho dos profissionais da AACD, de modo remoto, com sugestão de utilizar o sistema Educa e-SUS, para apoiar as famílias, os cuidadores, buscando meios para dar suporte e evitar agravamentos e perdas de independência e funcionalidade das crianças, dos adolescentes, dos adultos, dos idosos, que foram já atendidos. Trabalhamos juntas para garantir transporte exclusivo e protegido para cuidadores e para quem necessitava de atendimento emergencial. |
| R | Essa sua atitude, Dra. Alice, foi de uma sensibilidade ímpar e ela mostra o amor que a AACD tem, amor por gente. Uma outra situação que foi para mim também um grande aprendizado e muito engrandecedora na minha trajetória parlamentar foi ter ajudado na criação, desde o início, da unidade da AACD em Mogi das Cruzes. Tudo começou com o sonho de uma amiga de Mogi, a Valeriana Alves, que foi paciente da AACD e que muito admirava a AACD. Quando adolescente, ela nutria tanta gratidão por tudo que ela recebeu da associação, e hoje a Valeriana é uma grande ativista pelos direitos das pessoas com deficiência e foi coordenadora da área de inclusão na Prefeitura de Mogi. A Valeriana disse que sonhava em levar a AACD para a cidade. Arregaçamos as mangas e trabalhamos muito. O Prefeito de Mogi na ocasião, o Marco Bertaiolli, comprou a ideia e ofereceu um terreno para sediar a unidade, assim como todo o suporte local. Depois conseguimos envolver, inclusive, o Consórcio de Desenvolvimento dos Municípios do Alto Tietê, o Condemat. A AACD de Mogi foi inaugurada em 2011, oferecendo reabilitação de qualidade para pessoas com deficiência de mais nove cidades paulistas na região: Arujá, Biritiba Mirim, Poá, Ferraz de Vasconcelos, Salesópolis, Guararema, Santa Isabel, Itaquaquecetuba e Suzano. Foi uma conquista inesquecível, e foi muito gratificante ter podido contribuir com essa parceria de grande sucesso. Eu costumo dizer que a inclusão das pessoas com deficiência na sociedade só acontecerá se agirmos concomitantemente em todos os setores. É preciso sinergia de ações na educação, no transporte, na habitação, na cultura, no lazer, no esporte, no trabalho, mas a saúde é o primeiro passo. Sem saúde, ninguém pode sair de casa para tentar exercer cidadania. Por isso, a Lei Brasileira de Inclusão da Pessoa com Deficiência, que completou dez anos este ano, tornou a reabilitação um direito fundamental dos brasileiros. E sobre isso, quem melhor que a AACD para mostrar que é possível tirar uma lei do papel e torná-la uma realidade? Então, parabéns a AACD por realizar com maestria o desenvolvimento de potencialidades, talentos, habilidade das pessoas com deficiência. A contribuição de todos da AACD para a conquista da autonomia, independência e inclusão social das brasileiras e dos brasileiros com deficiência merece nosso aplauso e nosso reconhecimento. Onde há uma AACD, há saúde, há inovação e movimento e há, sobretudo, esperança, alimento que nutre a alma de todo ser humano. Muito obrigada. Feliz aniversário de 75 anos para a AACD! |
| R | (Palmas.) Agora eu queria solicitar à Secretaria-Geral da Mesa a exibição de um vídeo institucional. (Procede-se à exibição de vídeo.) A SRA. PRESIDENTE (Mara Gabrilli. Bloco Parlamentar da Resistência Democrática/PSD - SP) - Neste momento, eu concedo a palavra ao Sr. Valdesir Galvan, Superintendente-Geral da AACD, que vai entrar de forma remota. O SR. VALDESIR GALVAN (Para discursar. Por videoconferência.) - Olá, bom dia a todos. É uma honra estar aqui, mesmo remotamente. Eu quero, primeiramente, cumprimentar a Exma. Senadora Mara Gabrilli, requerente da homenagem, e o Presidente do Senado, o Exmo. Sr. Davi Alcolumbre, que a acatou. É com imensa satisfação e profundo orgulho institucional que celebramos a realização desta sessão solene, uma justa homenagem aos 75 anos da AACD, à causa da pessoa com deficiência. Nosso sincero agradecimento à Senadora Mara Gabrilli, uma incansável entusiasta e apoiadora histórica da nossa missão, por viabilizar este momento tão significativo nesta Casa. A AACD nasceu com uma visão de um empreendedor, um visionário de 1950, o nosso Dr. Renato da Costa Bomfim, que trouxe ao Brasil a excelência do atendimento às pessoas com deficiência, porque ele vivenciava isso fora do país, que começou com a reabilitação de pacientes com poliomielite, a paralisia infantil, e evoluiu para um centro de referência em ortopedia e neuro-ortopedia. Hoje, atendemos não apenas deficiência física, mas qualquer paciente com um desafio de mobilidade, de todas as idades. Saímos do foco exclusivo em criança com poliomielite para atender a pacientes de todas as idades e com as mais diversas patologias e dificuldades de locomoção. |
| R | Em 75 anos, a AACD realizou mais de 70 milhões de atendimento. Realizamos, hoje - a AACD -, em torno de 850 mil atendimentos por ano. São 7 mil cirurgias, mais de 60 mil produtos, entre próteses para amputados, cadeiras de rodas e meios de locomoção, e as 7 mil cirurgias também aqui em São Paulo. Além, aqui, de São Paulo, das nossas unidades do Rio Grande do Sul, Minas, Pernambuco, a AACD expandiu a sua missão, por meio de parcerias de cooperação técnica. E, percebendo que existem vazios assistenciais muito grandes, no nosso país, para atendimento às pessoas com deficiências, a AACD identificou instituições locais. E hoje nós já temos, na Bahia, no Paraná, em Alagoas, instituições que se dedicam ao atendimento à pessoa com deficiência, e a AACD leva o seu conhecimento adquirido nos últimos 75 anos para compartilhar nessas regiões, para que tenham atendimento de qualidade e de primeiro mundo. E o nosso propósito é inegociável: é levar o atendimento de primeira linha, com qualidade e humanização, a quem mais precisa e não tem condições de arcar com os custos de um atendimento de saúde. Por isso que os nossos atendimentos, mais de 80% deles, são realizados via SUS, reafirmando o nosso compromisso com a saúde pública, e sem nenhum custo para os pacientes. Um grande desafio que nós temos hoje é o custeio: com a tabela do SUS deficitária; alguns procedimentos há mais de 20 anos sem reajustes... Hoje, um custo médio de um atendimento de uma reabilitação é de mais de R$100, sendo que o valor que a gente recebe hoje do SUS é R$10,65, em média. Isso não representa nem 10% do custo. E a manutenção da qualidade, investimento em tecnologia, só é possível graças ao apoio da comunidade, da sociedade em si, e dos Parlamentares, dos Srs. Exmos. Senadores, com emendas parlamentares que nos têm ajudado nisso. E esta é a luta incansável da AACD: buscar recursos, para dar continuidade ao atendimento a essas pessoas que tanto precisam, para dar qualidade de vida e uma integração na sociedade, com qualidade e com suporte. A AACD só existe e só pode manter a sua excelência graças ao engajamento de vocês. E aqui quero agradecer à Exma. Senadora, que está sempre à disposição, na medida do possível, destinando as suas emendas para ajudar a AACD a investir em tecnologia, em formação de profissionais e no custeio, para não diminuirmos o número de atendimento, porque este é o foco da AACD: não diminuir os atendimentos às pessoas do SUS, às pessoas que mais precisam. |
| R | Então, é sempre uma luta da sociedade. E convoco aqui a todos os Senadores que puderem nos ajudar neste sentido, destinando emendas, para nós ampliarmos ainda mais os atendimentos das pessoas com deficiência, porque a gente sabe que este país precisa muito, tem muitas regiões que não têm atendimento, e a AACD está aqui para ajudar essas pessoas que tanto precisam. Eu quero, mais uma vez, Senadora, deixar o meu grande abraço pela homenagem dedicada à AACD. Estamos juntos nesta luta pelo atendimento da pessoa com deficiência. Nosso muito obrigado a todos vocês. A SRA. PRESIDENTE (Mara Gabrilli. Bloco Parlamentar da Resistência Democrática/PSD - SP) - Registramos a presença na galeria do grupo de advogados previdenciários e do IBDP (Instituto Brasileiro de Direito Previdenciário), que visitam o Congresso Nacional a convite do Deputado Cléber Verde. Bom dia a todos. (Manifestação da galeria.) A SRA. PRESIDENTE (Mara Gabrilli. Bloco Parlamentar da Resistência Democrática/PSD - SP) - Concedo a palavra à Sra. Alice Rosa Ramos, Superintendente de Práticas Assistenciais. A SRA. ALICE ROSA RAMOS (Para discursar.) - Bem, eu vou começar agradecendo ao Exmo. Presidente do Senado, Sr. Davi Alcolumbre, por abrir as portas para que a gente pudesse estar hoje aqui fazendo esta celebração. E agradeço à Exma. Senadora Mara Gabrilli, a quem eu vou me dirigir como uma amiga querida de muitos anos, que já me deixou emocionada logo de cara, não é, Mara? Muito obrigada pela homenagem, pelo espaço. A AACD tem uma história de 75 anos dedicados à pessoa com deficiência, e, desde a sua fundação, em 1950, pelo ortopedista Dr. Renato da Costa Bomfim, nós temos nos deparado com cenários que vão se modificando ao longo dos tempos e que nos desafiam a seguir buscando o nosso melhor atendimento à pessoa com deficiência. Nossa história está ligada à epidemia da poliomielite, em que tivemos milhares de pessoas sequeladas em maior ou menor grau, o que exigiu, por parte da comunidade médica, novos aprendizados. Entre eles, estavam as novas técnicas cirúrgicas para o tratamento de deformidades, até então pouco ou até mesmo desconhecidas, e também a reabilitação dessas pessoas. Finalizada essa época de epidemia da pólio, nós começamos a atender então as crianças com quadro de paralisia cerebral; de malformações na coluna, que a gente chama de mielomeningocele; de doenças neuromusculares, como a miotrofia espinhal, a distrofia muscular, a esclerose lateral amiotrófica e a esclerose múltipla; de malformações, como é o caso da osteogênese imperfeita, que é a doença dos ossos de vidro, as amelias, que são a falta do membro, ou mesmo as hemimelias, que são parte do membro faltando, ou seja, malformações; de pessoas com lesão encefálica adquirida, seja por trauma de crânio, por um AVC ou mesmo por Parkinson; de amputações, e a maioria delas é decorrente de alterações vasculares causadas pelo diabetes mellitus; e dos lesados medulares. Isso fez com que a AACD também se voltasse a participar ativamente das campanhas de prevenção, como foi o caso da fortificação das farinhas, para evitar as deformidades, as malformações de fechamento do tubo neural, que dão não só a mielomeningocele, como também a fenda palatina, o lábio leporino e malformações cardíacas. |
| R | Então, só para se ter uma relevância dessa fortificação, nós passamos de 40 pacientes atendidos no mês com mielomeningocele a cinco novos casos, só pela fortificação da farinha, uma coisa pequena, mas que trouxe um resultado imenso para o país, porque não eram todas as mulheres que tinham acesso a comprar o ácido fólico e, fortificando a farinha, que vai no pão, no bolo, a gente conseguiu, então, diminuir esse número de malformações do fechamento do tubo neural. Além disso, nós participamos de campanhas de vacinação, inclusive com a presença do Dr. Sabin nos anos 80; para utilização do cinto de segurança, com redução do número de pacientes com lesão medular decorrente dos acidentes automobilísticos; para a presença do pediatra dentro da sala de parto; e, mais recentemente, apoiando a campanha do Setembro Verde Esperança para redução de danos cerebrais das crianças com asfixia neonatal. Nossa preocupação com a qualidade e a segurança dos pacientes nos fez buscar acreditações que pudessem nos assegurar que protocolos estivessem sendo seguidos e em constante melhoria. Com isso, nós temos nosso selo de qualidade pela Qmentum desde 2018. Nós nascemos com um DNA voltado para o atendimento humanizado e, em 2019, nós fomos acreditados, então, pelo Planetree. Hoje nós somos Qmentum Diamante e Planetree Ouro, um dos três únicos do país Planetree Ouro. Nós continuamos nossa luta pelo acesso dos pacientes ao tratamento necessário que os leve à sua máxima capacidade de evolução motora, visando à inclusão escolar, social e profissional. Como diz nosso slogan, vida é movimento e é assim que nós vamos continuar, em prol das pessoas com deficiência, nos movimentando para oferecer o que há de melhor e mais moderno para a reabilitação das pessoas. Mais uma vez, Senadora, muito obrigada. (Palmas.) A SRA. PRESIDENTE (Mara Gabrilli. Bloco Parlamentar da Resistência Democrática/PSD - SP) - Obrigada, Dra. Alice. Nossa, muito guerreira! Agora eu passo a palavra para o paciente Diogo Alves. Eu solicito à Secretaria-Geral da Mesa a exibição de um vídeo do Sr. Diogo Alves, que é um paciente atendido pela AACD. (Procede-se à exibição de vídeo.) A SRA. PRESIDENTE (Mara Gabrilli. Bloco Parlamentar da Resistência Democrática/PSD - SP) - Que lindo, Danilo! Muito obrigada, Diogo. Ah, é que o Danilo vai falar... Obrigada, Diogo. Eu concedo a palavra ao Sr. Cleo Danilo Jaques, que é Diretor Administrativo de Unidades da AACD, de forma remota também. O SR. CLEO DANILO JAQUES (Por videoconferência.) - Bom dia. A SRA. PRESIDENTE (Mara Gabrilli. Bloco Parlamentar da Resistência Democrática/PSD - SP) - Bom dia. |
| R | O SR. CLEO DANILO JAQUES (Por videoconferência.) - Estão me ouvindo? Bom dia. A SRA. PRESIDENTE (Mara Gabrilli. Bloco Parlamentar da Resistência Democrática/PSD - SP) - Bom dia. Dá para ouvi-lo, sim. O SR. CLEO DANILO JAQUES (Para discursar. Por videoconferência.) - Dá para ouvir? Ótimo. Bom, eu gostaria de reiterar a minha satisfação por participar desta sessão solene, que celebra 75 anos de uma história de transformação da AACD, cumprimentando, inicialmente, o Exmo. Sr. Presidente do Senado Federal, o Senador Davi Alcolumbre, e as demais autoridades presentes, e dirigindo o meu especial cumprimento, por este importante momento proporcionado, à Exma. Senadora Mara Gabrilli, a quem expresso minha profunda gratidão pelos costumeiros apoio, consideração e reconhecimento. Reforçando algumas informações anteriores, eu gostaria de iniciar falando sobre a história da AACD, um pouquinho sobre como a AACD nasceu, há 75 anos, nos anos 1950, e expandiu a sua atuação pelo Brasil, impulsionada pela excelência do trabalho realizado e pela confiança da sociedade. No Estado de São Paulo, possuímos quatro centros especializados em reabilitação física, dois na cidade de São Paulo, sendo um no Ibirapuera, nossa unidade principal, com maior infraestrutura de serviços - essa unidade é a que dá suporte para as demais unidades no país. Temos lá, também no Ibirapuera, a nossa maior oficina ortopédica, e temos uma outra unidade na cidade de São Paulo, na região da Mooca. Ainda no Estado de São Paulo, temos um centro de reabilitação com oficina ortopédica em Osasco, que atende os pacientes da Rota dos Bandeirantes e Mananciais, e outro centro de reabilitação em Mogi das Cruzes, que atende os pacientes da região do Alto Tietê, já mencionado pela nobre Senadora. Além dessas localidades, atuamos em outros três estados, com centros de reabilitação e oficinas ortopédicas em Porto Alegre, Uberlândia e Recife. Desde 2020, como comentou o Valdesir inicialmente, nós viabilizamos um projeto de cooperação técnica que, em síntese, visa a transferir a expertise assistencial de 75 anos da AACD para outras instituições que atuem de forma similar, buscando oportunidades de qualificar a atenção às pessoas com deficiência física e mobilidade reduzida em diversas regiões do país. Hoje são oito instituições cooperadas, distribuídas no Estado do Paraná, no interior de São Paulo, em Minas Gerais, na Bahia e em Alagoas. Esta homenagem, Senadora Mara Gabrilli, nos traz orgulho, porque também representa a importante e indispensável atuação da AACD em diversas regiões do país. É vital ressaltar que a nossa atuação transcende as fronteiras municipais, uma vez que temos acordos regionais que impactam dezenas de cidades vizinhas. É assim que cumprimos o nosso propósito de levar a qualidade de assistência da AACD também a quem está fora dos grandes centros. Dos mais de 850 mil atendimentos realizados anualmente, cerca de 450 mil acontecem espalhados pelo Brasil, fora da cidade de São Paulo. Ainda fora do Município de São Paulo, são impactadas diretamente, em média, 5,4 mil pessoas por mês, seja pela entrega de aparelhos através das oficinas ortopédicas, seja pelo consequente tratamento contínuo de reabilitação física. |
| R | Eu gostaria de ressaltar que, em muitos locais, a AACD é a única instituição responsável pelo tratamento de reabilitação. Inexistem outros centros capazes de absorver a demanda encaminhada para a AACD. Nesses casos, a importância da atenção que dirigimos é imensurável. Muitas pessoas se deslocam por grandes distâncias para chegarem até os nossos serviços. Antes de ressaltar alguns números das nossas unidades fora da capital São Paulo, eu gostaria de parabenizar as nossas equipes de profissionais e voluntários, que certamente estão neste momento nos assistindo, pelo comprometimento absoluto à humanização e conhecimento técnico. Essa homenagem não seria possível sem o trabalho árduo dessa equipe. Olhando para as regiões do país e analisando a distribuição dos atendimentos realizados numa ordem de maior para menor demanda contratada, ressaltamos a nossa importante atuação distribuída nas seguintes localidades: a nossa unidade de Recife realiza por ano cerca de 135 mil atendimentos e concede cerca de 20 mil aparelhos entre órteses, próteses, coletes, cadeiras de rodas, entre outros itens, boa parte confeccionada a partir de moldes totalmente personalizados; nossa unidade de Porto Alegre realiza, de forma similar, por ano, cerca de 96 mil atendimentos e concede cerca de 7,5 mil aparelhos; a unidade de Osasco, em São Paulo, realiza cerca de 84 mil atendimentos e concede cerca de 7,5 mil aparelhos; em Uberlândia, realizamos, por ano, cerca de 70 mil atendimentos e concedemos cerca de 4,2 mil aparelhos; a unidade de Mogi das Cruzes, citada anteriormente, realiza cerca de 30 mil atendimentos por ano. Somos hoje efetivamente uma instituição nacional comprometida com a finalidade clara de levar a melhor reabilitação possível a diversas partes do Brasil. Importante ainda mencionar que, nas localidades citadas, o nosso serviço é essencialmente dirigido aos pacientes regulados pelo Sistema Único de Saúde, o SUS. Por esse impacto social, eu gostaria de ressaltar o tamanho e a importância desse trabalho para a qualidade de vida das populações mais vulneráveis, bem como para os números que influenciam diretamente os índices da saúde pública quando segmentamos a atenção dirigida à pessoa com deficiência física e mobilidade reduzida no Brasil. Aproveito aqui para agradecer, inicialmente, e reforçar a relevância da destinação de emendas parlamentares que financiem a renovação e a manutenção das nossas estruturas físicas intensamente utilizadas para equipamentos e insumos. Precisamos incrementar e assegurar a continuidade desses direcionamentos que são totalmente aplicados na qualificação desses atendimentos. Também gostaria de nos colocarmos à disposição desta Casa para contribuirmos com proposições visando ao aperfeiçoamento e à criação de novas políticas públicas que garantam, com sustentabilidade, os direitos daqueles que representamos. |
| R | Por fim, gostaria de convidá-los a visitar e conhecer de perto o nosso trabalho, não somente aos nobres Parlamentares que têm suas bases nas regiões aqui citadas, mas a todos que estiverem de passagem por algum local onde temos unidades de atendimento. Será um imenso prazer recebê-los. Reitero meus agradecimentos a esta Casa e à Exma. Senadora Mara Gabrilli pela abertura deste espaço e pelo reconhecimento do nosso trabalho de 75 anos de história. Muito obrigado. (Palmas.) A SRA. PRESIDENTE (Mara Gabrilli. Bloco Parlamentar da Resistência Democrática/PSD - SP) - Muito obrigada, Dr. Cleo Danilo, muito obrigada pelas suas palavras. E agora eu queria conceder a palavra à minha amiga Senadora Damares Alves, Presidente da nossa Comissão de Direitos Humanos, porque ela quer dar uma palavra. Com muita honra, Senadora Damares. A SRA. DAMARES ALVES (Bloco Parlamentar Aliança/REPUBLICANOS - DF. Para discursar.) - Bom dia, Presidente Mara. Bom dia. Eu quero cumprimentar todos que estão no Plenário, as pessoas que estão de forma virtual, o Brasil que está acompanhando essa merecida e justa homenagem, Mara, para a AACD, essa instituição que arranca de todos nós admiração, amor; essa instituição que há 75 anos inspira outras instituições. Quantas pessoas no Brasil, lá na ponta, já não adequaram as suas ações, seus trabalhos, quantas instituições já não melhoraram a forma de atender os seus assistidos vendo, ouvindo a equipe técnica da AACD, que de uma forma tão extraordinária compartilha a sua tecnologia, compartilha os seus conhecimentos? Então, o Senado Federal para tudo, agora de manhã, por esse tempo aqui, o Plenário geral, para homenageá-los e dizer o quanto o Congresso Nacional respeita e admira essa instituição. Quero cumprimentar todos que entregam a sua vida, no trabalho, no dia a dia a essa instituição. Ela não seria o que é sem a dedicação do seu corpo técnico. Que Deus abençoe vocês e suas famílias! Por onde a gente passa no Brasil - e olha que eu sou uma Senadora que corre o Brasil -, a gente ouve uma história da AACD. Dificilmente a gente não encontra, em uma cidade ou em outra, alguém que teve, em algum momento da sua vida, uma história com a AACD. Até aquele que nunca foi atendido, em um momento ou outro, foi tocado, a sensibilidade foi despertada para se unir a esta causa tão importante de atendimento às pessoas com deficiência, com doenças raras, por meio do trabalho que a AACD faz. Que Deus os abençoe! Mara, essa sua iniciativa só mostra o seu compromisso com a pauta. Que Deus te abençoe, Mara! E eu cheguei atrasada, sabe por quê? Eu estava lá na CAE agora, aprovando o seu projeto de lei, que passou por unanimidade. Olha o projeto de lei: eu e Mara fizemos uma visita a um instituto de referência do teste do pezinho, lá em São Paulo, e nessa roda de conversa e pela importância de a gente estar em rodas de conversa com quem está na ponta, cuidando... Porque às vezes, senhores da AACD, a gente fica aqui no Senado, na Câmara, tomando decisões, às vezes sem ouvir quem está na ponta. E numa roda de conversa, numa visita, nos foi dito que crianças, às vezes, que precisam confirmar o teste do pezinho, o fazem, lá na maternidade. Mas deu uma dúvida: na hora de confirmar, mamãe não vai atrás porque não tem a passagem do ônibus. E, se ela tiver que se deslocar ainda da cidade para a capital, às vezes a Secretaria de Assistência Social ou a da Saúde fala assim: "Olha, mas ainda não é tratamento; é investigação, então não tem TFD". E, dentro da cidade, não tem o dinheiro do transporte coletivo. Nessa roda de conversa, a Mara disse: "Vamos fechar essa brecha agora". E a Mara apresentou um projeto de lei que passou na Comissão de Direitos Humanos e agora enfrenta a Comissão de Assuntos Econômicos e prova que isso não vai falir nenhum município. E a gente conseguiu, Mara. E você foi extremamente elogiada. |
| R | Então, senhores, a gente hoje faz mais uma grande entrega - e no dia em que nós estamos aqui. E eu quero celebrar também uma outra lei, que foi sancionada ontem, em que Mara nos ajudou muito; uma lei que o Presidente Lula sancionou, e eu fiquei muito contente: a licença maternidade, agora, começa a contar a partir do momento em que o bebê tem alta ou em que a mãe tem alta. Nós sabemos que, no caso de prematuros ou de bebês que nascem com doenças crônicas... Vocês que trabalham lá na ponta sabem que tem bebezinhos que ficam quatro, cinco meses no hospital, e, quando a mãe sai do hospital, acabou a licença maternidade. Nós... E a Mara atuou muito nessa lei. Que honra, Mara, ser parceira sua nessas batalhas! Nós conseguimos também fechar essa brecha na legislação: a licença maternidade começa a partir do momento em que o bebê tem alta, porque o momento em que o bebê mais vai precisar da mãe é quando ele sai do hospital, e essa mãe já está trabalhando às vezes. Então, hoje nós temos duas entregas. E é uma alegria fazer o anúncio dessas duas entregas aqui, nesta sessão extraordinária. E todos os Senadores não estão aqui, porque eles estão todos divididos lá atrás. Vocês não têm ideia do dia que está hoje, não é, Mara? Ontem a nossa sessão de uma CPMI terminou 1h30 da manhã. Mas todos gostariam de estar aqui, porque, nesta Casa, é unânime o amor, o respeito que nós temos pela AACD. Que venham mais 75 anos! Que venham mais cem anos de entregas, de carinho, de dedicação ao Brasil. Que Deus abençoe a família AACD! É uma honra estar com vocês. Mara, nós amamos sua vida. Obrigada. (Palmas.) A SRA. PRESIDENTE (Mara Gabrilli. Bloco Parlamentar da Resistência Democrática/PSD - SP) - Senadora Damares, muito obrigada. Minha grande parceira de luta nesta Casa. Agora, eu quero conceder a palavra ao Dr. Marcelo de Jesus Justino Ares, Coordenador Médico da AACD, de quem eu também já tive a honra de ser paciente. Tive não, tenho. O SR. MARCELO DE JESUS JUSTINO ARES (Para discursar. Por videoconferência.) - Bom dia a todos. Vocês me ouvem? A SRA. PRESIDENTE (Mara Gabrilli. Bloco Parlamentar da Resistência Democrática/PSD - SP) - Sim, estamos ouvindo, Dr. Marcelo. O SR. MARCELO DE JESUS JUSTINO ARES (Por videoconferência.) - E me ouvem bem? A SRA. PRESIDENTE (Mara Gabrilli. Bloco Parlamentar da Resistência Democrática/PSD - SP) - Bem. O SR. MARCELO DE JESUS JUSTINO ARES (Por videoconferência.) - Perfeito. Bom, sou Marcelo Ares, sou Coordenador Médico da AACD. Quero agradecer à Exma. Senadora Mara Gabrilli e ao Exmo. Presidente do Senado, Davi Alcolumbre, pela homenagem, merecida, aos 75 anos da AACD. E muito obrigado pelo apoio de vocês, como sempre. Nós contamos com esse apoio para que possamos avançar e progredir e realizar o nosso trabalho. Eu aqui represento não só a parte médica, mas represento toda a equipe multiprofissional, que, com muita dedicação, com muito carinho, com muito amor, faz a diferença na vida das pessoas com deficiência. |
| R | Eu vou mostrar para vocês um pouco do trabalho que é realizado. Na prática, a ajuda de vocês, no que ela se transforma, que é no tratamento das pessoas. Eu estou aqui em uma das nossas unidades, é um pinguinho do trabalho, mas vocês vão ter uma ideia. Eu estou na unidade Ibirapuera, aqui em São Paulo, na unidade central, aqui no setor de terapia ocupacional, onde vocês podem ver - vou só desviar a câmera - o tratamento sendo realizado. Vou aqui para o nosso setor de fisioterapia infantil, onde podemos ver também. Olha só. Os nossos pacientes, os nossos terapeutas, todos trabalhando com muito carinho, com muito amor. E na área da reabilitação, realmente a AACD é uma instituição de referência e que presta serviço, como já falamos, 80% aos pacientes do SUS e, com o apoio de vocês, se Deus quiser, vamos continuar realizando esse trabalho cada vez melhor. Muito obrigado novamente a vocês do Senado e a todos que apoiam a causa da instituição. A SRA. PRESIDENTE (Mara Gabrilli. Bloco Parlamentar da Resistência Democrática/PSD - SP) - Muito obrigada, Dr. Marcelo Ares. Obrigada pelas suas palavras e muito obrigada pelo seu trabalho. Eu concedo agora a palavra à Sra. Silvia Alves Paz, Superintendente de Marketing e Relações Institucionais da AACD. A SRA. SILVIA ALVES PAZ (Para discursar.) - Bom dia a todos e a todas. É com profunda gratidão que estou aqui hoje para celebrar os 75 anos da AACD, uma trajetória marcada por dedicação e transformação de vidas. Primeiro, eu quero reiterar meus sinceros agradecimentos à Exma. Senadora Mara Gabrilli, Presidente e requerente desta sessão, que, com sensibilidade e compromisso, requereu esta homenagem ao Presidente do Senado, Exmo. Senador Davi Alcolumbre, que acolheu o pedido, nos dando a honra de estarmos juntos neste momento tão especial. E também meu agradecimento agora à Senadora Damares pelas gentis palavras em nome de toda a equipe da AACD. O Brasil, infelizmente, não tem uma cultura de doação constante, mas sabemos que a população brasileira é solidária, se mobiliza e se une em momentos de urgência, como vimos nas últimas enchentes que tocaram tantas vidas. Mas, para uma instituição como a AACD, que realiza quase 1 milhão de atendimentos por ano, isso não basta. A manutenção das nossas sete unidades, incluindo um hospital com 140 leitos e uma equipe de profissionais altamente qualificados, exige muito mais do que doações pontuais. Além dos repasses do SUS, nós contamos com a solidariedade dos nossos mantenedores, de algumas empresas parceiras e com a maratona televisiva do Teleton, responsável por quase 40% dos recursos que necessitamos para continuarmos os nossos trabalhos. Contamos, principalmente, também com o apoio de Senadores, como V. Exa., Mara Gabrilli, que nos ajuda desde 2012. Mas, mais do que recursos, o que fortalece e o que nos torna tão fortes com uma reputação tão importante no país, é o apoio e o reconhecimento como o que a senhora está nos manifestando nesta data. É esse tipo de apoio que nos ajuda a dar visibilidade a essa causa tão importante. |
| R | Nesses 75 anos, a AACD já impactou diretamente a vida de 70 milhões de pessoas, mas o verdadeiro alcance desse impacto vai muito além de números: ele transforma famílias, fortalece comunidades e promove inclusão social, dando às pessoas com deficiência física a chance de participar plenamente da vida escolar, profissional e social. Cada atendimento é uma história de esperança e de renovação. Cada vida que tocamos é uma vitória para todos nós. Obrigado por fazerem parte dessa história, principalmente a senhora, Senadora. Que possamos continuar juntos construindo um Brasil mais justo, solidário e inclusivo para todos. Eu quero aproveitar hoje essa ocasião para entregar em suas mãos um objeto que foi produzido na nossa oficina ortopédica, que representa cada um dos materiais feitos lá. Então, a adaptação da cadeira de rodas, as próteses, as órteses, as órteses cranianas. Isso foi feito pelos nossos técnicos e, para nós, tem um grande simbolismo. Muito obrigada a todos. (Palmas.) A SRA. PRESIDENTE (Mara Gabrilli. Bloco Parlamentar da Resistência Democrática/PSD - SP) - É muito lindo o que eu ganhei, uma graça. Bom, antes de encerrar, eu gostaria de agradecer a presença do Sr. Presidente da Associação Nacional de Apoio às Pessoas com Deficiência, Abrão Dib, que estava aqui, acho que ele teve que sair; e agora do meu amigo, o Deputado Federal Gilberto Nascimento. Você quer dar uma palavrinha? (Pausa.) O Gilberto Nascimento já foi o Presidente da Comissão dos Direitos das Pessoas com Deficiência da Câmara. O SR. GILBERTO NASCIMENTO (Para discursar.) - Eu quero, inicialmente, cumprimentar minha amiga Mara Gabrilli. Mara, você é um exemplo para todos nós. Você é um exemplo de vida, você é um exemplo de dedicação, você é exemplo de tudo, não é? E como é bom saber que São Paulo tem você como nossa representante também nesta Casa. Quero cumprimentar... Também não vou cumprimentar mais ninguém, porque já está no final, daqui um pouco o pessoal quer almoçar, enfim, já vão reclamar, inclusive, não os funcionários, os funcionários aqui gostam de trabalhar o dia todo, não é? Enfim. Mas eu quero, inicialmente, mais uma vez, cumprimentar aqui o nosso Líder Eduardo, que não pôde estar, já me disseram que ele não veio, mas veio aí o Valdesir também, que é o CEO, quero cumprimentar as nossas diretoras também, todos os funcionários da AACD, que fazem esse grande trabalho em nível nacional e os 75 anos da AACD. Eu fico imaginando, Mara, se não fosse a Senadora Mara Gabrilli, se não fosse a AACD... Porque quantas vidas já foram mudadas através da AACD? Quantas pessoas tiveram a sua mobilidade? Quantas pessoas tiveram o apoio psicológico? Porque a AACD não é só a mobilidade, mas é também o apoio psicológico. Então, nós só temos a agradecer a Deus por cada vida da AACD. Tanto daqueles que abençoam, como daqueles que são abençoados. E a Bíblia é muito clara quando diz: "Abençoarei os que te abençoarem". Não era só uma promessa para Israel, mas era uma promessa para todas as pessoas que fazem bem às outras pessoas, todas aquelas pessoas que plantam, todas aquelas pessoas que semeiam. |
| R | E aí, Mara, deixe-me lhe contar uma coisinha para encerrar. Esses dias eu comprei cinco espigas de milho e comecei - eu estava lendo sobre a lei da plantação - a marcar os caroços de milho. Até a Débora, minha esposa, falou o seguinte: "Você está perdendo o juízo?". Eu falei: "Não, querida, eu estou fazendo aqui uma avaliação de alguma coisa". E daqui um pouco o que eu descobri? Cada espiga de milho tem, em média, 650 caroços - cada espiga tem 650 caroços -, em média, porque eu contei de 5, 700, 630, 650. O que eu observei? Cada vez que nós pegamos três carocinhos de milho, colocamos na terra e cobrimos ali, então logo depois morrem dois e nasce um; quando nascem dois, eles nascem brigando ali. Mas, em média, também dá duas espigas por cada pé de milho. Portanto, nós plantamos três caroços e colhemos 1,3 mil. Essa é a lei da semeadura. Se alguém plantar vento, vai colher tempestade; se alguém planta coisas boas, vai colher coisas boas; se planta coisas más, vai colher coisas más. Mas eu louvo a Deus, porque a AACD é alguém que, neste país, só tem plantado coisas boas, é alguém que tem mudado vida de pessoas, é alguém que, volto a dizer, tem abençoado vidas de pessoas. Portanto, AACD, parabéns. E, se Deus quiser, Mara, quando a AACD completar cem anos, eu quero estar nesta tribuna novamente para cumprimentar vocês. Deus abençoe, felicidades. O Brasil é maior que a crise, e Deus não saiu do controle. Parabéns pelo trabalho. Muito obrigado. (Palmas.) A SRA. PRESIDENTE (Mara Gabrilli. Bloco Parlamentar da Resistência Democrática/PSD - SP) - Obrigada, Gilberto. Sabe que tem uma coisa que eu preciso falar para vocês, porque coincidiu a minha eleição, primeira eleição à Deputada Federal, e eu assumi em 2011, com a chegada da Lokomat, que é um equipamento maravilhoso com o qual uma pessoa como eu consegue andar, até correr com aquela máquina. Então, coincidiu de eu começar a andar, recomeçar a andar, depois de tantos anos que eu quebrei meu pescoço, com o meu mandato aqui. E eu não sei, Dra. Alice, se eu teria conseguido, se não fosse isso, porque o fato de eu ter começado a fazer a marcha, começado a andar, me deu muito mais capacidade física para poder pegar avião, vir para cá e ter condição de fazer meu trabalho aqui. Então, muito da minha saúde e da minha força está ligado à AACD. Então, eu fico muito feliz aqui de presidir esta sessão. E quero cumprimentar com todo o meu coração a AACD, todos os funcionários, todo mundo. Muito obrigada pelas palavras. E a gente quer que a AACD se multiplique, viva por muitos, muitos anos e continue transformando muitas vidas. Acho que eu vou para o encerramento. Cumprida a finalidade desta sessão especial do Senado Federal, eu quero agradecer as personalidades que nos honraram com sua participação, declaro encerrada a sessão. Muito obrigada. (Palmas.) (Levanta-se a sessão às 12 horas e 11 minutos.) |

