3ª SESSÃO LEGISLATIVA ORDINÁRIA
57ª LEGISLATURA
Em 6 de novembro de 2025
(quinta-feira)
Às 14 horas
163ª SESSÃO
(Sessão Especial)

Horário

Texto com revisão

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O SR. PRESIDENTE (Veneziano Vital do Rêgo. Bloco Parlamentar Democracia/MDB - PB. Fala da Presidência.) - Minhas senhoras e meus senhores, os nossos cumprimentos.
Boa tarde a todos os presentes que vêm prestigiar esta sessão especial para que nós aqui façamos as devidas e justas homenagens pelos 70 anos da nossa amada UFPB e pelos 45 anos dessa instituição valiosa e valorosa que é o Hospital Lauro Wanderley.
Nós vamos fazer a composição à mesa, e eu quero... Vamos lá.
Já declaramos aberta a sessão.
Sob a proteção de Deus, nós vamos iniciar as nossas atividades.
Como disse - e repito -, a presente sessão especial foi convocada em atendimento aos Requerimentos nºs 503 e 615, de autoria desta Presidência e de outros companheiros e outras companheiras, Srs. e Sras. Senadoras, já aprovado pelo Plenário do Senado Federal.
A sessão é destinada a comemorar os 70 anos da Universidade Federal da Paraíba (UFPB) e os 45 anos do Hospital Universitário Lauro Wanderley.
Nós vamos convidar - daqui a poucos instantes ele estará entre nós - o Senador Efraim Filho, que está concluindo atividades relacionadas à atualização do Código Civil.
Quero convidar, com muita alegria e muita honra, a nossa Magnífica Sra. Reitora e Profa. Terezinha Domiciano Dantas Martins, Reitora da universidade.
Minha querida professora, seja bem-vinda! (Palmas.)
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Convido nosso querido e competente Prof. Sr. Alexandre Medeiros de Figueiredo, Superintendente do Hospital Universitário Lauro Wanderley. (Palmas.)
Convido o Sr. Juscelino Pereira Silva, Diretor de Desenvolvimento da Rede de Instituições Federais de Educação Superior do Ministério da Educação. (Palmas.)
A Presidência informa que esta sessão terá também a participação dos senhores...
Senador Efraim Filho, por gentileza, eu já o havia convidado e justificado que o senhor estava a concluir os trabalhos comuns às responsabilidades como Vice-Presidente hoje, presidindo a reunião de audiência pública do Código Civil, e que estava a se dirigir para o Plenário. Eu já fiz o convite a V. Exa. Por gentileza, sinta-se convidado. (Palmas.)
O SR. EFRAIM FILHO (Bloco Parlamentar Democracia/UNIÃO - PB. Fora do microfone.) - Obrigado.
O SR. PRESIDENTE (Veneziano Vital do Rêgo. Bloco Parlamentar Democracia/MDB - PB) - Temos as participações ainda da nossa querida Profa. Sra. Vice-Reitora Mônica Nóbrega, Vice-Reitora da Universidade Federal da Paraíba - os nossos cumprimentos - (Palmas.); do Sr. Ademar Arthur Chioro dos Reis, nosso Ministro Arthur Chioro - não o vejo, mas de certo deverá estar a se dirigir ao nosso Plenário -, querido ex-Ministro e Presidente da Ebserh; do Magnífico Sr. Reitor Camilo Allyson Simões de Farias, que veio prestigiar a coirmã, Reitor da nossa Universidade Federal de Campina Grande - seja bem-vindo, Prof. Camilo - (Palmas.); da Sra. Maria Soraya Pereira Franco Adriano, Presidente do Conselho Nacional de Dirigentes das Escolas Técnicas Vinculadas às Universidades e Diretora do Centro Profissional e Tecnológico da Escola Técnica de Saúde da UFPB - nossos cumprimentos - (Palmas.); da Magnífica Sra. Reitora Rozana Reigota Naves - espero ter pronunciado corretamente; se não o fiz, peço desculpas -, Reitora da Universidade de Brasília, a nossa estimadíssima UnB (Palmas.), e representante da Associação Nacional dos Dirigentes das Instituições Federais de Ensino Superior (Andifes). Seja muito bem-vinda! Muito nos orgulha a sua presença, representando essa extraordinária instituição de formação superior.
Eu convido... Antes disso eu quero fazer um registro, por merecimento, àquele que integrante foi desta Casa e que, com muito brilhantismo, nos representou na condição de Senador da República, meu querido amigo Senador Efraim Morais. Seja bem-vindo, Senador Efraim! (Palmas.)
Convido a todas as senhoras e aos senhores para que nós, em posição de respeito, acompanhemos a execução do Hino Nacional.
(Procede-se à execução do Hino Nacional.) (Palmas.)
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O SR. PRESIDENTE (Veneziano Vital do Rêgo. Bloco Parlamentar Democracia/MDB - PB. Para discursar - Presidente.) - Minhas senhoras, meus senhores, eu farei um rápido pronunciamento, e, no transcorrer da nossa solenidade, haveremos de fazer os justos e dignos registros dos amigos e das amigas que, atendendo à sugestão coletiva da Casa, vêm prestigiar essa homenagem que ora está a se realizar à nossa UFPB e ao nosso Lauro Wanderley.
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Demonstrando profundo senso de oportunidade, o Senado Federal reúne a comunidade acadêmica, admiradores e amigos para que nós homenageemos a Universidade Federal da Paraíba, inestimável patrimônio de todos nós paraibanos, do Nordeste e do Brasil, pelos seus 70 anos.
Este aniversário não é uma efeméride qualquer. A trajetória e as conquistas da UFPB se confundem com a formação do nosso tecido social, com nossos avanços econômicos e com a sedimentação de alguns dos nossos principais valores.
Essa simbiose transforma eventos, como o de hoje, em oportunidades para que nós expressemos nosso verdadeiro orgulho, o orgulho dos paraibanos por sua principal alma mater. É uma ocasião que desperta lembranças pessoais e coletivas que nos marcam profundamente.
A reverência prestada a essa viga mestra da sociedade paraibana ilumina a imensa capacidade intelectual da nossa gente e os êxitos obtidos pela UFPB no esforço de canalizar esse dom para a produção de conhecimento e para a geração de oportunidades.
Estamos falando de um estado diminuto em sua extensão territorial, sim, mas pródigo em formar vultos das ciências, das letras, da política e de tantos outros domínios - méritos que se devem também, em larga medida, à própria existência da nossa universidade.
A verdade é que a maioria dos paraibanos tem experiências edificantes junto a essa instituição. É raro encontrar uma família que não tenha sido beneficiada, direta ou indiretamente, pela UFPB.
Seus resultados extrapolam os limites da cartografia: contribuições para o progresso científico e tecnológico nacional e para a formação de profissionais de excelência, cuja diáspora gera reflexos positivos nos mais distintos quadrantes, provam que a UFPB, há muito, é uma instituição cosmopolita.
Contudo, como estamos em uma festa eminentemente paraibana, destaco o papel fundamental que a universidade sempre desempenhou no desenvolvimento socioeconômico do nosso estado. Essa interação não se constrói da noite para o dia; é fruto de uma longa jornada.
Criada em 1955, a UFPB nasceu da fusão de 11 escolas de ensino superior, dentre as quais se destaca a Escola de Agronomia do Nordeste, fundada em Areia, no ano de 1934 - primeira instituição de nível superior do nosso estado. Na prática, o ecossistema da UFPB serve ao povo paraibano há quase um século.
Essa história tem sido marcada por incessantes buscas pela atualização e pela excelência. Prova disso são os números que a universidade ostenta: mais de 130 cursos de graduação, cerca de 39 mil estudantes e 85% dos cursos com conceitos 4 e 5 na avaliação do Ministério da Educação. No ensino de pós-graduação, contabiliza aproximadamente 140 cursos, entre doutorados, mestrados, especializações e residências médicas. A UFPB é, inclusive, a segunda universidade brasileira em depósito de patentes. No ensino de extensão, atua em áreas temáticas de grande relevância, como cultura, direitos humanos, meio ambiente, tecnologia e saúde.
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Ao falar de saúde, é imperativo mencionar o Hospital Universitário Lauro Wanderley, órgão suplementar da UFPB e outro homenageado desta sessão. Em seus 45 anos de história, o hospital consolidou-se como referência nos campos da saúde pública, da educação superior e da pesquisa científica. Sua importância transcende o território pessoense e alcança toda a Rede de Atenção à Saúde do SUS, servindo aos 4 milhões de paraibanos e pacientes também de estados vizinhos.
Inaugurado em 1980, o Lauro Wanderley, como é popularmente conhecido, integra a rede da Empresa Brasileira de Serviços Hospitalares desde o ano de 2013. Suas raízes, no entanto, são bem mais profundas.
A trajetória do Lauro Wanderley se encontra com a da Faculdade de Medicina da Paraíba, idealizada pelos médicos Drs. Humberto Nóbrega e Lauro Wanderley e que entrou em funcionamento no início da década de 50. Anos mais tarde, em face da necessidade de aprimoramento do ensino e de integrar, em um único ambiente, as atividades teóricas e práticas, optou-se pela construção do hospital. A obra foi realizada em três etapas, ao longo de 12 anos e três reitorados. O ambulatório passou a funcionar no ano de 1975, ao passo que o prédio principal foi entregue no ano da inauguração.
Atualmente, o Hospital Universitário Lauro Wanderley dispõe de um moderno complexo arquitetônico com mais 43 mil metros quadrados no campus de João Pessoa, oferecendo serviços em 17 áreas de atendimento. Em 2024, foram realizadas mais de 180 mil consultas, 320 mil procedimentos e 3,5 mil cirurgias, com uma equipe composta por mais de 2,2 mil colaboradores, a quem nós dirigimos os nossos cumprimentos e as nossas saudações.
No que tange à sua formação, as estatísticas também são de enorme envergadura. Hoje, o hospital serve de plataforma para mais de 2 mil graduandos, 282 alunos de ensino técnico e 295 residentes.
Caros amigos, todas essas estatísticas não são surpresas para nós, já que, há algum tempo, nós vimos envidando esforços para conhecer e ajudar a rede brasileira de hospitais universitários.
Tanto é assim que propusemos e conseguimos insculpir em lei um mecanismo de fortalecimento, Profa. Reitora Dra. Terezinha, Profa. Terezinha, dessas instituições. No ano passado, foi publicada a Lei Complementar 209, de 2024, que teve a participação efetiva do Senador Efraim Filho, consequência de um projeto de nossa autoria, que diminui a burocracia no repasse de recursos aos hospitais. Sinteticamente, o texto trata de incluir como despesa para ações ou com ações e serviços públicos de saúde aqueles referentes a custeios e investimentos em hospitais universitários. Em suma, a lei traz mais recursos e agiliza a sua aplicação.
Além disso, venho ou estamos a vir consignar, de forma sistemática, recursos para o Lauro Wanderley. Citamos a central de enxovais, materializada com emendas nossas neste ano; e a subestação de energia, que tanto contou com recursos também dos Srs. e das Sras. Parlamentares paraibanos, entre os quais a então Senadora Nilda Gondim e eu próprio.
Senhores e senhoras, tanto a UFPB quanto o Hospital Lauro Wanderley são pináculos da paisagem paraibana. Enquanto a universidade é farol do nosso desenvolvimento socioeconômico, o hospital é refrigério para aqueles que precisam de auxílio em momentos de maiores angústias. Ambos são monumentais em seus propósitos e imensuráveis em seus resultados.
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Já me dirijo para os derradeiros parágrafos.
Ao revisitar as trajetórias dessas duas referências do nosso cotidiano, percebemos que elas são, ao mesmo tempo, causa e consequência da transição pela qual a Paraíba periférica, iletrada e pobre dos idos anos de 1940, 1950, passava, antes de chegar à pujante realidade dos dias atuais. Por tudo isso, cumpre-nos, por esta intervenção, reforçar que a vida dessas instituições e as conquistas do povo paraibano são faces da mesma moeda.
A capacidade intelectual do nosso povo é enriquecida pelas ideias que surgem da UFPB, enquanto a instituição busca em conhecimentos populares os recursos para desenvolver novos saberes. Ao fim, todos nós ganhamos com essa retroalimentação, e, por isso mesmo, devemos nos esforçar para que essa sinergia se intensifique ainda mais.
Agindo assim, construiremos um novo ciclo de inclusões, inovações e impactos sociais; oxalá, mais 70 anos de transformações de vida e de catalisação de progressos para o nosso povo e para o nosso estado!
Parabéns a todos os que fazem as instituições Universidade Federal da Paraíba e Hospital Universitário Lauro Wanderley.
Muito grato. (Palmas.)
Eu convido à tribuna meu nobre companheiro de bancada, Senador Efraim Filho, que, como fiz questão de registrar em nosso pronunciamento, é um daqueles que têm atendido, dentro dos nossos limites, mas com o sempre comum desejo de poder compartilhar da vida da Universidade Federal e do Lauro Wanderley, Senador Efraim Filho.
Senador, por gentileza, V. Exa...
O SR. EFRAIM FILHO (Bloco Parlamentar Democracia/UNIÃO - PB) - Obrigado, Presidente.
O SR. PRESIDENTE (Veneziano Vital do Rêgo. Bloco Parlamentar Democracia/MDB - PB) - ... tem a palavra. (Pausa.)
O SR. EFRAIM FILHO (Bloco Parlamentar Democracia/UNIÃO - PB. Para discursar.) - Minha saudação inicial aos senhores, às senhoras.
Quero saudar o Presidente requerente desta sessão, meu amigo Senador Veneziano Vital do Rêgo; a minha amiga, praticamente conterrânea - ela, mulher forte, sertaneja, que desbravou esse estado, nossa reitora, que muito orgulha a nossa comunidade acadêmica, a Senadora... não, a Reitora Terezinha Domiciano Dantas Martins. Mas, assim, Veneziano, o manequim cabe, não é? Teria todas as condições de poder estar aqui, representando a nossa Paraíba, minha amiga Terezinha Domiciano.
Quero saudar o Diretor de Desenvolvimento da Rede de Instituições Federais de Educação Superior, Juscelino Pereira Silva, e saudar o também amigo - e que, honrosamente, faz um grande trabalho como Superintendente do Hospital Universitário Lauro Wanderley -, Alexandre Medeiros de Figueiredo.
Quero saudar a presença de um ex-aluno da UFPB que fez questão de estar aqui presente hoje, o Sr. Senador Efraim Morais, formado nos bancos daquela universidade, engenheiro civil de profissão.
Quero saudar alguns amigos: Zenildo Domiciano, que nos representa aqui na audiência; tenho a alegria de ter aqui comigo, também, um colega de bancos da faculdade, da CCJ, da universidade, Bruno Soares, que hoje presta serviço profissional aqui em Brasília, coincidentemente - fiz questão de fazer o convite e hoje nos reencontramos aqui, desde os tempos da faculdade.
Obrigado, Bruno, pela sua presença.
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Queria dizer, meu caro Presidente, que subo à tribuna hoje com uma emoção muito especial. Como vocês já perceberam da introdução da minha fala, além de estar aqui na missão de Senador da República - o Senador mais jovem da história eleito pelo nosso estado - e defensor de projetos de educação, mas estou aqui com o sentimento de filho da casa, formado nos bancos da nossa UFPB - especialmente do nosso CCJ, o nosso Centro de Ciências Jurídicas.
E a UFPB, meu caro Presidente, não é simplesmente uma escola; eu poderia dizer que a UFPB traz em seus quadros um verdadeiro centro de formação de estadistas. Muitos daqueles que tiveram a condição de representar a Paraíba em diversos fóruns, seja na política, sejam acadêmicos, de repercussão nacional e internacional, têm na UFPB a sua formação. Ela é esse berço de líderes, esse berço de estadistas. Ela traz um sentimento - como definiu a nossa própria Reitora Terezinha Domiciano - de um patrimônio do povo paraibano. A UFPB tem esse espaço no nosso coração e na mente de cada cidadão paraibano porque ela tem essa vocação; ela moldou a história do nosso estado. A UFPB moldou - e tem a capacidade de continuar moldando - diversas gerações.
Ao mesmo tempo em que abraça a elite intelectual da Paraíba formada naqueles bancos, é também uma casa aberta aos filhos do povo. Ali muitos jovens conseguiram fazer uma travessia - muitas vezes da vida difícil, de quem percorre os cantos e recantos do Sertão do nosso estado, das regiões do interior, sai do brejo do Curimataú, do Cariri, do Sertão - para, através dos bancos da UFPB, transformar a sua vida, transformar a sua família, transformar a sua condição social. A UFPB também é mola propulsora desse desenvolvimento da capacidade intelectual, pessoal, profissional de cada um daqueles que tiveram a oportunidade de experimentar a sua experiência.
E ao longo desses 70 anos, ela cumpre - e cumpriu - essa dupla missão. Tanto que o Prof. Josinaldo Malaquias, em sua fala, uma vez, ao citar a UFPB, dizia que, ao fazer a travessia dessas cidades do brejo ou do sertão para a capital, ali encontra a casa que lhe permitiu deixar de ser ninguém. A UFPB promoveu isso na vida de muitas pessoas que chegaram ali, às vezes, desamparadas, desesperançosas... Só nós, que temos esse sangue sertanejo na veia, sabemos a dificuldade de lutar contra a inclemência do sol, a inclemência da seca, a poeira do Sertão, para poder, muitas vezes através da educação e da formação da UFPB, ser alguém que deixa um legado na história, seja para a sua família, seja na sua profissão.
E é esse espaço que forma a consciência crítica e compromisso com a transformação da realidade há sete décadas, Senador Veneziano.
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E essa homenagem seria incompleta se a gente tivesse o olhar só para o passado. Falar da história é importantíssimo, reconhecer seus momentos de glória é importantíssimo, mas é preciso também olhar para o futuro.
E esse DNA que trago comigo, de gestor que olha pela inovação, pela modernização, pelos desafios do futuro, me impele a analisar essa vertente, minha cara Reitora Terezinha, os desafios do que está por vir. E ninguém melhor do que você hoje chama para si essa responsabilidade.
Até porque não estamos falando de uma instituição qualquer. A UFPB está colocada entre as melhores universidades do Nordeste - sem dúvida alguma. Os índices técnicos, falam em quinto, têm a minha resistência. Mas, por exemplo, no ranking de depósito de patentes do INPI somos a número 1. A UFPB está na frente da USP, para vocês terem uma ideia, está na frente da Petrobras, demonstrando essa capacidade de inovação que nós temos. E eu sou um daqueles que aqui na Casa, Senador Veneziano, você conjuntamente, têm essa defesa da propriedade intelectual, das inovações que são feitas. Então, há excelência em gestão e excelência acadêmica. Mas, acima de tudo, se tem uma palavra para definir a UFPB, essa palavra é vanguarda. É realmente uma universidade que sempre teve o seu olhar adiante. A UFPB não espera pelo futuro, ela o constrói. Prova disso é ser pioneira e ter, por exemplo, a coragem de ter criado o curso de graduação em Ciência de Dados e Inteligência Artificial. É essa visão de futuro, que investe em inovação, em patentes, que constrói a Paraíba a que todos aspiramos e que todos defendemos.
E aí, para concluir, Sr. Presidente, me socorro muito do que diz o nosso Ariano Suassuna, que fala em sermos realistas esperançosos. A realidade é de muitos desafios, mas a esperança é de que a gente consiga fazer essa travessia.
Para concluir, se falamos da UFPB, que é o cérebro que produz conhecimento, havemos de também homenagear aquele que é o coração dessa instituição, o Hospital Universitário Lauro Wanderley, esse coração que aplica conhecimento para cuidar do nosso povo. E aqui saímos do campo das ideias para entrarmos na realidade, que sempre norteia, por exemplo, o meu mandato.
A política é sobre pessoas e para as pessoas. E o Hospital Lauro Wanderley tem esta expertise, tem esta vocação: cuidar das pessoas, especialmente cuidar de quem mais precisa. A missão é da ordem de 200 mil consultas e 10 mil internações em todos os anos. É a referência em alta complexidade para toda a Paraíba, o porto seguro para o paciente do SUS. Mas o Lauro Wanderley, assim como a UFPB, também é vanguarda. E é, por exemplo, o mar que simboliza a esperança. Realizou o primeiro transplante de córnea da sua história, e recebemos lá, Dr. Alexandre - alguns viram aí nas redes sociais - um boneco que, na verdade, é um simulador de atendimento, que é diferencial para a formação dos nossos jovens.
E junto com o Lauro Wanderley, junto com a nossa Vice-Reitora Mônica, estivemos fazendo essas entregas recentemente; ou seja, as pessoas estão cansadas do blá-blá-blá da tribuna, do discurso fácil. Elas querem entregas, elas querem realização. E a gente, Dr. Renato Gadelha, têm conseguido fazer essa entrega.
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Por isso, como eu falava de Ariano Suassuna, o realismo, para ser realistas esperançosos... E diria que o realismo nos obriga a reconhecer que, apesar das glórias, nossa instituição vive hoje desafios imensos.
Como Presidente da Comissão Mista de Orçamento, tenho recebido a demanda da reitora. Hoje, a gente precisaria de mais de R$200 milhões para finalizar 34 obras paralisadas; outros R$20 milhões para manutenção acumulada.
Eu, o Senador Veneziano e a bancada temos feito uma parte desses investimentos dentro do que está nas nossas limitações. Por exemplo, mais recentemente foram R$7 milhões para a questão de energia, da capacidade energética da universidade, que precisava ser toda reavaliada.
Portanto, Senador André Amaral, V. Exa., que também nos representa aqui, digo que, nesse diagnóstico realista, também somos esperançosos. E a esperança na política não é espera, é ação, é a nossa capacidade de aplicar o reenquadramento estratégico e mostrar ao Brasil, como fato, que recursos para a UFPB e ao HU não são gastos, são investimentos.
Recurso para a universidade, recurso para a educação, jamais pode ser visto como gasto; é investimento! E é essa defesa que nós faremos à frente da CMO para buscar os recursos que são precisos e necessários para a nossa UFPB.
Nesse sentido, e já terminando, parabenizo e concluo essa homenagem reafirmando o meu compromisso: continuar a ser essa ponte entre a Paraíba e Brasília, trabalhando incansavelmente para que nossas instituições tenham o recurso necessário para prosperar.
Parabenizo a gestão da UFPB, nas pessoas da Reitora Terezinha Domiciano e da Vice-Reitora Mônica Nóbrega, duas mulheres que também são egressas da instituição e simbolizam o seu poder transformador.
Estendo meus parabéns a cada servidor, a cada professor, a cada aluno que, nestes 70 anos de história, ajudaram a construir o maior patrimônio educacional do nosso estado.
O investimento na UFPB e no HU não é uma escolha, é uma obrigação, é a fundação sobre a qual construiremos a Paraíba mais justa, mais inovadora e mais saudável para todos.
Meu muito obrigado e parabéns à UFPB. (Palmas.)
O SR. PRESIDENTE (Veneziano Vital do Rêgo. Bloco Parlamentar Democracia/MDB - PB) - Obrigado, Senador Efraim.
Ao tempo do agradecimento, os cumprimentos pelas felizes e pontuais... ilustrando exatamente a importância das instituições.
V. Exa. é egresso, e eu também. Eu não me lembrava, eu sou egresso, antes da autonomia da... Não é isso?
Antes de sermos autônomos da UFCG, eu era da UFPB.
O SR. EFRAIM FILHO (Bloco Parlamentar Democracia/UNIÃO - PB. Fora do microfone.) - Então você é filho da casa.
O SR. PRESIDENTE (Veneziano Vital do Rêgo. Bloco Parlamentar Democracia/MDB - PB) - Sou filho da casa, esqueci que era ex-aluno.
O SR. EFRAIM FILHO (Bloco Parlamentar Democracia/UNIÃO - PB. Fora do microfone.) - Tem que dobrar as emendas, então. (Risos.)
O SR. PRESIDENTE (Veneziano Vital do Rêgo. Bloco Parlamentar Democracia/MDB - PB) - Queridos, deixem-me fazer um registro.
Eu, o Senador Efraim e o Senador André Amaral, que chega ao recinto, nos sentimos muito felizes ao abraçá-los e abraçá-las, em nossas galerias, os alunos do curso de Direito da Universidade Federal de Mato Grosso do Sul, campus Paranaíba. Correto? Sejam muito bem-vindos. Fiquem à vontade. (Palmas.)
O SR. EFRAIM FILHO (Bloco Parlamentar Democracia/UNIÃO - PB. Pela ordem.) - Permita-me quebrar o protocolo e aproveitar o momento de saudação para saudar também o ex-Prefeito de São José do Sabugi, Segundo Domiciano, que nos prestigia aqui também com a sua presença. (Palmas.)
O SR. PRESIDENTE (Veneziano Vital do Rêgo. Bloco Parlamentar Democracia/MDB - PB) - Querido amigo, Prefeito Segundo Domiciano, seja muito bem-vindo.
As menções...
O SR. EFRAIM FILHO (Bloco Parlamentar Democracia/UNIÃO - PB. Fora do microfone.) - Seriam muitas outras...
O SR. PRESIDENTE (Veneziano Vital do Rêgo. Bloco Parlamentar Democracia/MDB - PB) - ... ao tempo em que estava à tribuna, duas delas, o ex-Deputado Estadual, companheiro e secretário de Campina Grande, profissional da área de saúde, Dr. Renato Gadelha; o ex-colega nosso da Câmara dos Deputados, André Amaral Filho, seja também muito bem-vindo, prestigiando-nos neste instante.
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Quero convidar, representando o Presidente, o ex-Ministro Arthur Chioro, Presidente da Ebserh, e o Sr. Daniel Gomes Monteiro Beltrammi, para virem à mesa, compô-la. (Palmas.)
Peço à nossa secretaria para que faça a exibição de um filme de homenagem à nossa universidade e ao nosso hospital - um vídeo institucional -, por gentileza.
(Procede-se à exibição de vídeo.) (Palmas.)
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O SR. PRESIDENTE (Veneziano Vital do Rêgo. Bloco Parlamentar Democracia/MDB - PB) - De fato, são impressionantes, né? Os números... A grandeza da instituição chama-nos a atenção.
Eu quero, Senador Efraim, registrar aqui, a pedido do nosso companheiro de bancada, Deputado Luiz Couto, a razão pela sua ausência. Ele, que é - diga-se de passagem-, reconhecidamente, um dos colaboradores da instituição. Quero saudar a presença do seu assessor, Léo. Como todos aqui presentes devem ter sabido, há uma semana, o Reverendo Luiz Couto perdeu a sua irmã, e hoje é a celebração da missa de sétimo dia, que será celebrada por ele, em João Pessoa. E por essa razão, mais do que justificada, ele não pôde aqui presente, entre nós, estar.
Convido, neste exato instante, a nossa querida, professora e competente, Reitora Terezinha Domiciano Dantas Martins, reitora da Universidade Federal da Paraíba, para fazer-se presente à nossa tribuna.
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Seja bem-vinda, Reitora.
A SRA. TEREZINHA DOMICIANO DANTAS MARTINS (Para discursar.) - Boa tarde a todos e todas.
Eu gostaria de cumprimentar e saudar, com uma profunda gratidão, os Senadores Veneziano Vital do Rêgo e Efraim Filho, que, juntamente com demais Senadores aqui, propuseram a realização desta sessão solene em defesa e em comemoração aos 70 anos da Universidade Federal da Paraíba e aos 45 anos do Hospital Universitário Lauro Wanderley.
Saúdo com muita alegria a todos que estão aqui nesta tribuna prestigiando esta Assembleia.
Cumprimento as autoridades que nos acompanham na mesa de honra. Srs. Senadores e Senadoras.
Eu gostaria de cumprimentar aqui o representante do MEC, o Sr. Juscelino Pereira - o nosso forte abraço -, representando o Ministério da Educação; e o Prof. Dr. Alexandre Medeiros de Figueiredo, aqui representando o Hospital Universitário Lauro Wanderley, da Universidade Federal da Paraíba. Quero cumprimentar o Dr. Daniel Beltrammi, aqui representando a Ebserh, que é a Rede de Hospitais Universitários Federais do Brasil.
Cumprimento, de forma também especial, o Reitor da Universidade Federal de Campina Grande, Dr. Camilo Simões, representando aqui a nossa coirmã universidade; representando o Condetuf e os diretores da Universidade Federal da Paraíba, a Profa. Dra. Maria Soraya; e, de uma forma especial, a Dra. Rozana - agradecendo a sua presença -, Reitora da UnB, aqui representando a nossa Andifes - que é a Associação Nacional dos Dirigentes das Instituições Federais de Ensino Superior do Brasil. Nós agradecemos a presença.
Quero cumprimentar o Senador André Amaral, que também nos honra com a sua presença; o ex-Senador Efraim, também nosso conterrâneo. O Senador Efraim Filho disse que é quase conterrâneo... Não, eu sou de Santa Luzia, eu sou de São José do Sabugi - o grande Vale do Sabugi - com muito orgulho, com muito amor.
E eu gostaria de cumprimentar, na pessoa da nossa Vice-Reitora, Profa. Mônica Nóbrega, eu gostaria de cumprimentar todos os demais pró-reitores e pró-reitoras, superintendentes e toda a equipe administrativa da Universidade Federal da Paraíba. E - por que não falar também? - na pessoa da nossa Vice-Reitora, eu cumprimento toda a comunidade acadêmica da Universidade Federal da Paraíba. Eu gostaria, também - foi muito bem pontuado aqui pelo Senador Veneziano -, de um cumprimento muito especial, do representante aqui do Deputado Federal Luiz Couto, que também justificou de uma forma como nós compreendemos perfeitamente, não poderia ser diferente, a sua impossibilidade de estar aqui neste momento. E, de fato, o Deputado Luiz Couto tem se destacado ao longo de sua vida acadêmica, e foi também docente da nossa instituição, mas ele tem um profundo respeito e é sim, de fato, um dos Deputados que tem dado um olhar diferente, não apenas para a Universidade Federal da Paraíba, mas também para a Universidade de Campina Grande e para os Institutos Federais, o que demonstra muito o seu compromisso com a causa, principalmente, da educação do nosso país.
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Eu gostaria de também cumprimentar Galvincio, que está aqui representando o Ministério do Turismo, e demais convidados, familiares, foi Prefeito de São José do Sabugi por duas gestões e está aqui também junto com meu irmão Zenildo, prestigiando este momento ímpar, que trata da história da Universidade Federal da Paraíba, que se confunde, de fato, com a minha própria história.
(Soa a campainha.)
A SRA. TEREZINHA DOMICIANO DANTAS MARTINS - Meus senhores e minhas senhoras, eu gostaria muito de agradecer a todos que fazem o Senado Federal, na pessoa do Senador Veneziano Vital do Rêgo, e do Senador Efraim Filho, pela concessão desta sessão solene neste momento.
Então, é uma sensação muito especial estarmos aqui nesta Casa, homenageando os 70 anos da Universidade Federal da Paraíba e os 45 anos do Hospital Universitário Lauro Wanderley. É uma honra maior fazê-lo enquanto egressa dessa instituição, enquanto docente do Centro de Ciências Humanas, Sociais e Agrárias da Universidade Federal da Paraíba, e hoje Reitora eleita e empossada pela Universidade Federal da Paraíba, representando, de fato, a instituição. (Palmas.) É com profunda emoção que nos reunimos neste dia memorável, para celebrarmos a memória e a trajetória desta instituição, que nasceu de um sonho coletivo, de uma sociedade que ousou acreditar na forma transformadora do conhecimento.
Setenta anos, já foi colocado aqui, não são apenas a contagem do tempo que passou, são a memória viva de um percurso construído por milhares de mãos e mentes, comprometidas com o saber, com a liberdade, com o conhecimento, com o futuro e com a preservação do seu legado. São sete décadas em que a UFPB vem semeando ideias, promovendo ciência e inovação, cultivando a arte e irradiando esperança - esperança e ações concretas -, não apenas para a Paraíba, mas para todo o Brasil.
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O grande patrono da nossa Universidade, José Américo de Almeida, ao instalar oficialmente a Universidade Federal da Paraíba, em 1955, nos legou não apenas uma instituição, mas uma visão de que - abro aspas - "o saber é o único instrumento da liberdade" - fecho aspas -, e que a universidade deveria ser um centro de emancipação humana e social, especialmente para o povo do Nordeste brasileiro.
Neste momento de comemorações e de reflexão, permita-me evocar uma passagem marcante de José Américo de Almeida que, ao lançar os alicerces da nossa Universidade, afirmou: "O Estado vos dará a área para a construção da cidade universitária, outros vos darão asas, e eu vos dou as raízes, dou o selo da perpetuidade" - fecho aspas.
Essas palavras, senhores e senhoras, ecoam até hoje na nossa missão, nos nossos valores e princípios institucionais, lembrando que a UFPB não nasceu apenas para voar, mas para enraizar-se profundamente no nosso povo.
Com esse intuito, ao longo dessas sete décadas, a UFPB consolidou-se como um instrumento vital de afirmação da ciência, do conhecimento, do ensino, da pesquisa, da extensão e da inovação. Contribuiu ativamente para o desenvolvimento regional, promovendo cidadania, equidade e desenvolvimento sustentável do nosso território.
Somos uma universidade nordestina com muito orgulho, que reconhece e valoriza a diversidade cultural, social e ambiental do seu entorno. E é por isso que não formamos apenas profissionais, formamos cidadãos comprometidos com as realidades locais e com as transformações do Brasil.
Nossos projetos acadêmicos de ensino, de pesquisa, de extensão, de inovação, de arte e cultura, estão presentes em todo o Estado da Paraíba, do litoral ao Sertão, nas zonas rurais, nos centros urbanos, nas periferias, em comunidades quilombolas, indígenas e ribeirinhas. Em todos esses espaços, há sempre uma ação, um estudo, uma parceria, e existe a presença viva e pulsante da UFPB.
Atuamos em áreas estratégicas, como saúde pública, educação básica, agroecologia, economia solidária, energias renováveis, direitos humanos, línguas, culturas originárias, políticas sociais, inovação tecnológica e inovação social.
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Esses compromissos se traduzem em números expressivos. Eles estão inscritos na prática cotidiana das nossas quase 2,4 mil ações de extensões, através de programas, de projetos, de cursos, de oficinas, de eventos, de prestação de serviço à sociedade paraibana.
Em centenas de grupos de pesquisa de alto nível que nossa UFPB tem, de uma forma ou de outra, todas as ações estão voltadas a responder às demandas concretas e emergenciais da sociedade.
Em aldeias potiguaras, em comunidades quilombolas, em escolas rurais - eu tenho muito orgulho de ter participado delas e ter saído da zona rural -, em assentamentos, nas periferias, nas cidades paraibanas, ali também está a UFPB aprendendo com o povo, ensinando - mas aprendendo - e devolvendo conhecimento de uma forma de transformação social sustentável.
Os dados atuais demonstram a grandeza desta instituição e da presença e do compromisso de ser uma universidade pública.
Nós somos, como foi falado anteriormente, a segunda instituição em maior número de depósitos de patentes. Nós temos, aproximadamente, um pouco mais de 38 mil estudantes ativos em cursos de graduação e de pós-graduação. Contamos atualmente com 120 cursos de graduação.
Estamos alinhados, também, à nova política do Governo, e nós vamos estar colocando em breve mais dois cursos de graduação, trazendo as mídias digitais, mas trazendo também a engenharia de robótica dentro de uma discussão e de uma definição de uma política do MEC.
Nós temos 120 cursos de pós-graduação stricto sensu, distribuídos em 79 programas de pós-graduação. Nós participamos em 42 das 50 áreas de conhecimento da Capes, além dos cursos de especialização e cursos e programas de residências médicas e não médicas.
Nós temos, ainda, um diferencial: duas escolas técnicas de ensino médio e profissionalizante e também um colégio de aplicação, que faz parte da nossa instituição; um corpo docente formado por aproximadamente 2.821 docentes, praticamente todos doutores; 3.812 técnicos administrativos e técnicas, altamente qualificados e preparados para dar-nos apoio e participar de ensino, de pesquisa e de extensão, assim como os docentes.
Não poderemos deixar de falar dos 953 terceirizados, que estão no dia a dia contribuindo conosco nas nossas atividades rotineiras.
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Então, desta forma, a UFPB também se destaca por ter a sua gestão pública responsável e transparente. Temos evidenciado o zelo com a coisa pública, com os recursos públicos, com o fortalecimento da governança - através de plataformas de gestão acadêmica e administrativa - e o nosso compromisso com a legalidade e a efetividade institucional.
Temos dado ênfase - e aí, eu gostaria de chamar...
(Soa a campainha.)
A SRA. TEREZINHA DOMICIANO DANTAS MARTINS - ... bem a atenção -, ao diálogo permanente, ao respeito às instâncias democráticas da nossa instituição (o Consuni, o Consepe, o Conselho Curador e as comissões técnico-administrativas), principalmente o respeito às pessoas que fazem parte da nossa comunidade interna e da comunidade externa.
Nossa vocação regional é fortalecida pela presença, Srs. Senadores, de 17 centros de ensino, distribuídos em quatro campi da universidade, sendo o Campus 1 na capital, João Pessoa, que é a nossa sede histórica, que abriga fragmentos da Mata Atlântica e compõe centros na área de ciências exatas, humanas, saúde, tecnologia, jurídicas, energias renováveis.
É lá onde nós temos o nosso Hospital Universitário Lauro Wanderley, que atende não apenas à população do Estado da Paraíba, mas é referência no atendimento digno das pessoas que mais precisam de uma saúde pública de qualidade. A sua vida acadêmica (a vida acadêmica do Campus 1) é pulsante e impacta a vida de toda a região metropolitana - e, por que não dizer, Efraim Filho, de todo o Estado da Paraíba.
O Campus 2, de Areia, é o berço do primeiro curso de nível superior da UFPB, a antiga Escola de Agronomia do Nordeste, fundada em 1936, que deu origem ao Centro de Ciências Agrárias. É um centro que tem uma vocação à ciência animal e vegetal. O Campus de Areia representa a origem e o símbolo da interiorização universitária, que passou a ser copiada por outros campi de outras universidades federais no Brasil inteiro.
O Campus de Bananeiras seria o Centro de Ciências Humanas Sociais Agrárias, com forte atuação na agroecologia, na formação de professores, nas ciências sociais aplicadas e na tecnologia agroalimentar, atuando principalmente junto às populações rurais.
(Soa a campainha.)
A SRA. TEREZINHA DOMICIANO DANTAS MARTINS - Em Bananeiras, nós temos, também - e aí eu chamaria uma atenção bem especial -, o centenário Colégio Agrícola Vidal de Negreiros, que este ano completou 101 anos de sua existência, com sua belíssima história, que tem sido escrita nas salas de aula e nos corredores, nos casarões que compõem a sua arquitetura e, principalmente, na trajetória daquelas pessoas que tiveram o privilégio de estudar no CAVN.
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O Campus IV, no litoral norte, em Mamanguape e Rio Tinto, é o mais jovem de todos, abriga o Centro de Ciências Aplicadas de Educação e desenvolve ações de valorização dos povos indígenas...
(Soa a campainha.)
A SRA. TEREZINHA DOMICIANO DANTAS MARTINS - ... a formação docente, a gestão pública e o desenvolvimento local.
E que muito nos honra - e eu gostaria de deixar aqui presente: estivemos recentemente no Campus de Mamanguape e, numa sessão solene em comemoração aos 70 anos da Universidade Federal da Paraíba, um líder, potiguar, ele fez questão de utilizar a tribuna e dizer: "A região do Vale do Mamanguape da Paraíba, os índios potiguares, eles podem ser divididos antes e depois da presença da Universidade Federal da Paraíba na nossa região".
Somos também presença em Santa Rita, através do Centro de Ciências Jurídicas, e em Mangabeira, com o Centro de Tecnologia e Desenvolvimento Regional e o Centro de Informática, além, senhoras e senhores, de vários polos de UAB espalhados pelo Brasil afora.
Esses campi são, de fato, a expressão concreta da interiorização do ensino público e da democratização do acesso ao conhecimento. Levamos a universidade aonde antes não existia e, aonde chegamos, aonde a UFPB chega, ela semeia possibilidades e colhe dignidade.
Essa é, de fato, a história da UFPB, talhada nas contradições da Paraíba e nas aspirações do povo nordestino.
Podemos afirmar, sem dúvida nenhuma... E eu já vejo o Ministro das Comunicações, Frederico. Seja muito bem-vindo. Agradeço a sua presença neste momento - e conhece muito bem a nossa universidade, inclusive já esteve várias vezes lá em Bananeiras e no Campus I da nossa UFPB.
Então, nós podemos afirmar, sem dúvida nenhuma, que a criação da Universidade Federal da Paraíba, idealizada pelo Ministro José Américo de Almeida, permitiu um salto qualitativo e quantitativo da educação, sendo a UFPB a cellula mater da educação superior no Estado da Paraíba, aportando saberes e conteúdos técnicos e científicos nas mais diversas áreas do conhecimento.
São cientistas, são juristas, empresários, administradores, políticos, governantes - e aqui nós tivemos que todos os membros da Mesa, praticamente, os Senadores foram egressos da Universidade Federal da Paraíba... Milhares de mulheres e homens que participaram ativamente da construção do estado e do país que hoje somos, e que continuam a fazê-lo a cada dia, são, na maioria, oriundos da Universidade Federal da Paraíba.
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A UFPB foi, com enorme orgulho, testemunha desta evolução que nós construímos ao longo da nossa história. Claro que não foram tempos fáceis. Inúmeras mudanças, algumas radicais, marcaram a vida coletiva da UFPB nesses 70 anos. Derrubou-se uma ditadura. Resistimos às intervenções. Prevaleceu a democracia. Consolidou-se a autonomia universitária e aderimos a um novo tempo, a uma nova página da Universidade Federal da Paraíba.
A luz continua acesa, e ela brilha com muita intensidade, alimentada pelo compromisso, primeiro, de um Governo que acredita na ciência, e por uma geração de docentes, estudantes e servidores técnicos e administrativos, que fizeram e fazem da UFPB um verdadeiro patrimônio público do conhecimento, da inclusão e da resistência democrática.
Somos, hoje, uma universidade que honra sua origem e que amplia sua missão. Com o compromisso com o ensino público, gratuito, de qualidade, com a pesquisa de ponta, com a extensão que dialoga com o povo e com as realidades do nosso território, com a inovação tecnológica, a UFPB é, de fato, a presença transformadora nos municípios paraibanos e nordestinos, impactando positivamente a vida de milhares e milhares de pessoas.
Somos uma das maiores universidades públicas do país - não vamos ter dúvidas sobre isso - com reconhecida produção acadêmica, com inclusão social, com respeito à diversidade e com compromisso ambiental. Estudantes da UFPB são contemplados com mais de 3 mil bolsas acadêmicas e com quase 10 mil auxílios estudantis - e que eu diria, e eu gostaria que ficasse registrado, que ainda não são suficientes - fruto de políticas públicas, de cotas, e com a ampliação do acesso a esses estudantes pelas políticas adotadas pelo Governo Lula, a UFPB, hoje, se destaca das demais. E aí eu chamo o feito e a contribuição, como sempre tem sido realizada, dos Parlamentares paraibanos, Senadores e Deputados, que diz respeito a um dado que nos foi apresentado, inclusive, na última reunião da Andifes.
A Universidade Federal da Paraíba, Senador Efraim, é a universidade que tem o maior número de pessoas com deficiência. Somos 3 mil pessoas com deficiência na Universidade Federal da Paraíba. Nós temos, ainda, o maior número de estudantes em situação de vulnerabilidade social.
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Hoje, na Universidade Federal da Paraíba, começando este semestre, nós temos 4,5 mil alunos em situação de vulnerabilidade extrema e, de fato, os recursos que nós temos não são suficientes para que esses alunos possam permanecer e ter a dignidade e a oportunidade de realização do seu curso superior. Precisamos, junto ao MEC, estar atentos a essa questão muito peculiar, porque esses alunos não vêm, Senador, de outros estados, eles são da Paraíba, das regiões mais longínquas dos nossos territórios, e eles terminam que não permanecem na universidade por não terem a certeza de que terão alimento, que terão restaurante universitário e residência universitária.
Esse assunto me toca muito. Eu estava ontem em uma reunião, comentando lá no MEC, porque como filha de agricultor, como filha de uma pessoa também pobre, eu dependi, quando aluna lá do Campus VII da antiga Universidade Federal da Paraíba, quando era multicampi e que pegava o que hoje é a UFCG, se não fosse a residência universitária, se não fosse o restaurante universitário, eu não teria terminado o meu curso.
E nós, eu e a Profa. Mônica, todos os dias a gente se depara com pais e mães de alunos que vêm realmente implorar para que seus filhos, às vezes o primeiro filho da sua família, tenham um curso superior. Então é nossa responsabilidade garantir o acesso e a permanência desses alunos com qualidade.
A universidade também ultrapassou barreiras e fronteiras. Ela está presente no mundo todo por meio das nossas parcerias, dos nossos intercâmbios científicos, dos inúmeros convênios, pelos quais os pesquisadores, os egressos e os estudantes levam o nome da UFPB, levam a marca da Universidade Federal da Paraíba com orgulho e excelência para o mundo todo.
Mas sejamos fiéis ao espírito de José Américo de Almeida. Celebremos o passado, sim, mas com os olhos voltados para o futuro. A UFPB será necessariamente mais democrática, mais plural, mais acessível, mais conectada com os grandes desafios do novo tempo, com o combate às desigualdades sociais e defesa das liberdades democráticas, da sustentabilidade planetária e da valorização da ciência.
Nesta data especial, portanto, não celebramos apenas os feitos, celebramos sobretudo os valores que nos são muito caros, Profa. Mônica. Os valores que nos sustentam enquanto universidade: a autonomia e a democracia universitária, a liberdade de cátedra, o rigor científico, o compromisso ético com a transformação social e a gestão pública transparente.
Olhando para a nossa história, vemos que a UFPB nos ensinou muitas lições. A maior e a mais importante é esta: é na coletividade que chegamos à universalização de saberes e à democratização dos conhecimentos, pilares essenciais para a transformação social.
É neste movimento de conhecer, de reconhecer e se reconhecer dentro da UFPB que compomos uma dinâmica em que todos ensinam e todos aprendem, como bem nos ensinou o renomado educador Paulo Freire.
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Mas, para aprender e ensinar, precisamos muito mais do que conhecimento estritamente técnico. Precisamos de políticas de valorização profissional para os nossos servidores e servidoras. A classe de profissionais na área da educação é a menos valorizada.
Nós precisamos de incentivos ao acesso e à permanência qualificada dos estudantes em situação de vulnerabilidade social, e esse é um compromisso número um.
Precisamos da liberdade de expressão e de opinião através das mais diversas manifestações artísticas e culturais, de que a universidade é riquíssima. A UFPB tem uma capacidade tremenda de riqueza artística e cultural.
Mesmo em tempos desafiadores, com restrições orçamentárias e incertezas quanto ao futuro das universidades federais - e a Profa. Rozana aqui, representando a Andifes, sabe exatamente do que nós estamos falando -, nós seguimos firmes. Nós seguimos firmes nesta discussão.
(Soa a campainha.)
A SRA. TEREZINHA DOMICIANO DANTAS MARTINS - Eu já estou finalizando.
Seguimos firmes, acreditando e defendendo e construindo o modelo de uma universidade inclusiva e transformadora, que é o nosso objetivo enquanto rede federal de ensino.
A todos que fazem e que fizeram parte desse importante patrimônio do povo brasileiro, particularmente da Paraíba, a nossa UFPB, o nosso reconhecimento e gratidão por tudo o que foi feito ao longo desses 70 anos.
Aos gestores que nos antecederam, o nosso respeito e gratidão; ao tempo e à hora, deram a sua contribuição em defesa da UFPB.
Aos que virão, o nosso compromisso - o meu e de Profa. Mônica, podem ter a certeza - de continuar defendendo esse modelo exitoso de universidade que temos e de entregar uma instituição ainda mais forte, mais justa, mais sustentável, mais inovadora, democrática, autônoma, viva e pulsante.
Celebrar 70 anos da UFPB é, pois, celebrar uma história feita de sonhos, de desafios, de conquistas e, acima de tudo, de compromisso com uma educação pública, gratuita, laica, equânime e socialmente referenciada.
Que nunca nos falte coragem e paixão para seguir fecundando a terra de saberes e esperanças. E, como disse José Américo de Almeida, há 70 anos: "Que a luz acesa aqui nunca se apague, porque ela ilumina muito mais do que paredes. Ela ilumina muito mais que estrutura física. Ela ilumina mentes, consciências e coração".
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Meu muito obrigada. Obrigada pela presença.
Viva a UFPB! Viva o ensino público! Viva o hospital universitário!
Muito obrigada. (Palmas.) (Pausa.)
O SR. PRESIDENTE (Veneziano Vital do Rêgo. Bloco Parlamentar Democracia/MDB - PB) - Gratíssimo, Magnífica Reitora, Profa. Terezinha Domiciano, pelo denso e apaixonado pronunciamento.
E aí é bom que nós aqui façamos um registro: a história da Professora, a história da Profa. Mônica, o aguerrimento, o vigoroso acreditar, tendo passado - e o público aqui bem o sabe, ao que nós pudemos nos referir -, num processo recente, tendo a acolhida da comunidade acadêmica, e não tendo podido, à época, fazer aquilo que, venturosamente, estão a nos propiciar. E é por essa razão que eu sei que V. Sa. fez esse apaixonado e justificado pronunciamento pela paixão forte e indiscutível que tem pela instituição. Então, ambas, conhecendo muito bem essa trajetória, são merecedoras porque acreditaram, perseveraram e alcançaram.
Eu quero fazer dois registros aqui. Há entre nós a presença de S. Exa. o Ministro da República Frederico, das Comunicações. Quero saudá-lo. (Palmas.)
E saudar também a presença do Prefeito da capital, ex-Senador da República, e que responde, pela quarta vez, à frente da gestão da nossa capital, João Pessoa, Cícero Lucena. Seja bem-vindo entre nós. (Palmas.)
O SR. EFRAIM FILHO (Bloco Parlamentar Democracia/UNIÃO - PB. Fora do microfone.) - E o Prefeito de Natuba, Linsinho, que está ali também.
O SR. PRESIDENTE (Veneziano Vital do Rêgo. Bloco Parlamentar Democracia/MDB - PB) - Meu querido, não o tinha visto - aqui a peça estava à minha frente, e eu não o tinha visto. Quero saudar o nosso querido e competente Prefeito Lins Filho, da nossa cidade de Natuba. Seja bem-vindo entre nós, Linsinho. (Palmas.)
Eu convido, neste instante, o nosso Prof. Alexandre Medeiros de Figueiredo, que responde pela Superintendência do homenageado Hospital Universitário Lauro Wanderley. (Pausa.)
Desculpe, Dr. Alexandre, só para que nós registremos, em referência à atenção das visitas, que nós temos em nossas galerias os alunos do curso de Direito da Faculdade Anhanguera, campus Betim, Minas Gerais. Exato? (Pausa.)
Sejam bem-vindos. (Palmas.)
Dr. Alexandre, por gentileza. Parabéns por estar a responder, ao lado dos seus companheiros diretores, por essa instituição tão querida, que ora homenageamos no Senado Federal, o Hospital Universitário Lauro Wanderley. Seja bem-vindo.
O SR. ALEXANDRE MEDEIROS DE FIGUEIREDO (Para discursar.) - Boa tarde a todos e a todas.
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Primeiramente, quero saudar nosso amigo Senador Veneziano, o Senador Efraim, todos os Senadores aqui; o Senador Efraim, pai, Senador Cícero Lucena, Senador André. Quero também saudar o Léo, assessor do gabinete do Deputado Luiz Couto, que nos honra. Todos, na verdade, sempre ajudam o hospital universitário, nos ajudam a cumprir esta missão, há 45 anos, de cuidar do povo paraibano.
É uma honra, Senador Veneziano e Senador Efraim, estar nesta Casa, que é símbolo da nossa democracia e da esperança em um país mais justo. Nestes tempos de hoje, é sempre importante ressaltar a importância da democracia, da organização popular e da sociedade brasileira.
Eu gostaria também de saudar o nosso Ministro das Comunicações, que está compondo a mesa, de saudar também o Diretor de Desenvolvimento da Rede de Instituições Federais de Educação Superior, representando o nosso Ministro Camilo, o Sr. Juscelino Pereira da Silva. Também aqui quero saudar os nossos Reitores da UnB, a Profa. Rozana, o Prof. Camilo, esses que fazem parte dessa nossa grande rede de universidades federais, que são patrimônio do povo brasileiro.
Eu também gostaria de saudar a nossa Reitora Terezinha Domiciano, a nossa Vice-Reitora, a Profa. Mônica Nóbrega, essas duas mulheres que voltaram a pintar as cores da democracia na Universidade Federal da Paraíba. (Palmas.)
São mulheres fortes, que, como muito bem deixou destacado aqui na tribuna a Profa. Terezinha Domiciano, constroem hoje uma universidade onde prevalece o saber, a pluralidade, a democracia, a inovação e a inclusão. Em nome destas professoras, a Terezinha e a Mônica, que são quase um mesmo nome hoje, quero saudar todos os colegas da gestão, docentes, discentes e servidores técnicos administrativos da UFPB, instituição que eu tenho a honra de participar, porque sou professor há 17 anos daquela universidade.
Hoje, celebramos...
Eu queria também saudar o nosso Vice-Presidente Daniel Beltrame e saudar também o nosso Presidente, o Arthur Chioro, que não pôde estar aqui porque está com o Ministro da Saúde, e toda a equipe da Ebserh, incluindo aqui a nossa grandiosa equipe local, que constrói o Hospital Universitário Lauro Wanderley, os nossos gerentes Alexandre Araruna, André Coelho e Luciano Bezerra e, nas pessoas deles, quero saudar todos os colaboradores do Hospital Universitário Lauro Wanderley.
Hoje celebramos os 70 anos da Universidade Federal da Paraíba e os 45 anos do Hospital Universitário Lauro Wanderley. Profa. Terezinha, somos parte de um mesmo sonho, que foi se concretizando em momentos diferentes. Compartilhamos desde sempre, desde a sua fundação, o sonho da garantia do acesso à educação de qualidade, do desenvolvimento socioeconômico e de uma saúde pública de excelência, com universalidade, integralidade e equidade, como está previsto no Sistema Único de Saúde.
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Esse DNA está presente desde a fundação dos cursos que originaram a universidade federal, ainda no início da década de 50, os cursos de Medicina, Odontologia, Farmácia, Ciências Agrárias, enfim, todos que, ao se juntarem, formaram essa nossa gigante e importante universidade. Todos os cursos da área de saúde foram criados com uma grande missão: gerar e garantir saúde para toda a população paraibana.
No início da década de 50, não existiam profissionais suficientes para expandir a saúde para o povo paraibano, e esse foi o grande desafio, essa foi a grande missão que nos foi colocada desde o início dessa nossa universidade. Ela já nasceu com esse objetivo de responder e garantir acesso à população paraibana. E, tendo como uma grande parte dos seus cursos, os cursos da área da saúde, e sendo a primeira instituição formadora de profissionais nesta área, era necessário, sim, a criação de um hospital universitário.
Antes, até 1980, nós tínhamos as atividades em outros equipamentos de saúde do Estado da Paraíba. Nosso hospital universitário demorou 12 anos para ser construído, como bem lembrou nosso Senador Veneziano aqui, que historiou, de forma brilhante, a nossa formação. As atividades começam em 1968, e, no dia 12 de fevereiro de 1980, nós temos a fundação desse nosso hospital.
Ao longo desses 45 anos, o Hospital Universitário Lauro Wanderley tornou-se uma referência de excelência regional, e, claro, especialmente para o Estado da Paraíba.
Muito me honra estar, neste momento, representando a trajetória das diversas pessoas que edificaram essa história. Cada um de nós que está no presente - Profa. Terezinha, Profa. Mônica, todos os colegas da universidade, do nosso hospital universitário - está aqui de forma passageira e, ao longo do tempo, deixaremos as nossas contribuições, mas elas só serão possíveis porque muitos nos antecederam e tiveram a coragem de apostar no conhecimento como uma forma de melhoria da sociedade.
Tenho, como alma mater, a Universidade Federal da Paraíba. Ela, para além do conhecimento técnico que me foi legado - sou médico formado na Universidade Federal da Paraíba - me deu algo muito mais importante que e quero destacar aqui: o compromisso social que a Universidade Federal da Paraíba sempre incute em nós que fazemos parte dessa história. Estive muito forte na extensão universitária quando ainda estudante de medicina, e, certamente, essa foi uma marca indelével na minha formação.
Em relação ao Hospital Universitário Lauro Wanderley, foi lá que eu aprendi a ser médico, foi lá que eu fiz as minhas primeiras anamneses, estava ali junto com os meus professores, com os meus colegas, aprendendo a cuidar das pessoas. Esse sentimento, certamente, reverbera no coração de milhares de vidas transformadas naquela universidade e naquele hospital.
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Como foi bastante destacado aqui, todos nós somos um pouco de UFPB. Todos nós que somos da Paraíba - na verdade, considero-me paraibano, porque eu sou potiguar - temos um pouco da UFPB na nossa história, nas nossas peles.
Atualmente, entrando mais agora no presente, atendemos milhares de pessoas todos os dias. Senador Efraim, neste mês de setembro, nós chegamos a meio milhão de procedimentos ambulatoriais realizados só no ano de 2025. Certamente, vamos chegar ao final do ano com mais de 140 mil procedimentos realizados, uma marca que vai ser 25% superior ao maior número de procedimentos ambulatoriais feitos na história do hospital universitário.
Então, neste pouco menos de um ano, não temos nem um ano de gestão - a Profa. Terezinha também, porque esta é uma gestão conjunta -, já temos muitos números para mostrar. E, muito mais do que números, mais do que as 5 mil internações realizadas ainda neste ano, nós temos algo que é muito mais valioso. Muitas vezes, nós nos deparamos, nos diversos locais da nossa cidade, em momentos os mais diversos possíveis, com algo que é muito mais importante do que esses números que acabo de relatar. Nós, muitas vezes, nos deparamos com pessoas de vozes embargadas falando sobre como foi importante ter aquele hospital universitário no momento de maior angústia das suas vidas, como elas foram bem cuidadas, e, muitas vezes, às vezes até naquilo que parece uma derrota, o hospital termina sendo um lugar de cuidado. Uma vez me deparei com uma pessoa que disse que a familiar dela tinha morrido no hospital, mas que o cuidado tinha sido tão importante para ela que ela queria me agradecer o cuidado dos nossos colaboradores com ela e com a familiar dela. Então, isso é muito mais importante do que qualquer número. Nós temos esse papel de ser realmente um lugar de cuidado, um porto seguro, um farol que ilumina as pessoas e ilumina o horizonte daquelas pessoas que estão buscando, angustiadas, um local para ter cuidado num momento tempestuoso das suas vidas, mas também temos uma outra missão, que é muito importante e já está muito clara desde a fundação do hospital universitário e da própria Universidade Federal da Paraíba: nós somos um lugar de formação.
Atualmente, nós temos mais de 1,2 mil alunos de graduação em ensino técnico; nós somos também a casa de mais de 300 residentes na área da saúde - são 16 programas de residência médica, três de residência em saúde multiprofissional e uniprofissional -; e nós somos o principal centro formador de especialistas do Estado da Paraíba.
O HU também se destaca na pesquisa e na extensão. O Dr. Daniel Beltrammi sabe por que a nossa Ebserh é prodigiosa em acompanhar todos os nossos hospitais. Quero destacar como a rede Ebserh tem se integrado e tem desenvolvido um papel importante na formação de uma grande rede que ainda vai trazer muitos, muitos, muitos benefícios para a população brasileira, porque hoje podemos nos orgulhar de ter um grupo de 45 hospitais que trabalham juntos em nome do cuidado, em nome da pesquisa, em nome da inovação, o que vai fazer com que nós possamos nos desenvolver muito.
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Nós também somos um grande destaque, dentre os hospitais universitários, na pesquisa e na extensão. Nós temos o quinto maior número de projetos de extensão de toda a rede de 45 e também um patamar semelhante na pesquisa - quarto ou quinto em número de projetos de pesquisa da rede Ebserh.
Por fim, quero destacar que ainda temos muito por fazer. Vamos nos dedicar, cada vez mais, a servir, porque esta é a nossa missão, enquanto servidores públicos que somos, tanto na Ebserh quanto na Universidade Federal da Paraíba. Estaremos sempre em defesa da educação pública de qualidade, da inovação, da ciência e do desenvolvimento do nosso país. Destaco que já estive numa mesa com o Senador Efraim. É uma pauta que, realmente, o impele; ele traz, com muito gosto, essa pauta da inovação e desenvolvimento científico, e nós temos essa clareza de que nós temos que fazê-la.
Também estaremos sempre na defesa do nosso amado Sistema Único de Saúde, especialmente na ampliação do acesso à atenção especializada, que é uma função de um hospital universitário. Vamos participar, fortemente, sempre de políticas públicas, assim como essa grande política pública, que foi instituída pelo Governo Lula, do Agora Tem Especialistas, um programa essencial para que a gente possa garantir consulta em tempo adequado para as nossas populações, exames, e que a gente possa garantir, para além da expansão da atenção primária, que foi feita com o Mais Médicos, também o acesso à segunda consulta.
Estaremos sempre ao lado daqueles que estão com o povo brasileiro na busca de um país mais saudável, mais justo e mais feliz.
Viva a universidade pública! Viva a UFPB! Viva os hospitais universitários brasileiros e viva o povo brasileiro!
Muito obrigado. (Palmas.)
(Durante o discurso do Sr. Alexandre Medeiros de Figueiredo, o Sr. Veneziano Vital do Rêgo deixa a cadeira da Presidência, que é ocupada pelo Sr. Efraim Filho.)
O SR. PRESIDENTE (Efraim Filho. Bloco Parlamentar Democracia/UNIÃO - PB) - Muito bem.
Obrigado ao nosso Superintendente do Hospital Universitário Lauro Wanderley, Alexandre Medeiros de Figueiredo.
Obrigado, meu Superintendente, grande parceiro e grande gestor.
Vou conceder a vênia aqui e agradecer a presença muito simbólica do nosso Ministro das Comunicações, Frederico de Siqueira, que é paraibano de alma e de coração, já que é casado com uma paraibana; e quero agradecer a sua presença aqui, que enobreceu a nossa entidade. Ele tem agenda; permissa venia, para que possa seguir sua agenda, Ministro.
Muito obrigado. (Palmas.)
Concedo a palavra, neste momento, ao Sr. Juscelino Pereira Silva, o último orador e Diretor de Desenvolvimento da Rede de Instituições Federais de Educação Superior do Ministério da Educação, por cinco minutos.
O SR. JUSCELINO PEREIRA SILVA (Para discursar.) - Boa tarde a todos e a todas.
É uma satisfação estar aqui.
Saúdo a mesa, infelizmente com a saída do Senador Veneziano, mas ele tinha um compromisso. Gostaria de saudar a mesa também do Sr. Senador Efraim Filho; a Reitora da Universidade Federal da Paraíba, a Sra. Terezinha Domiciano Dantas Martins; o Vice-Presidente da Empresa Brasileira de Serviços Hospitalares, o Sr. Daniel Gomes Monteiro Beltrammi; e o Superintendente do Hospital Universitário Lauro Wanderley, o Sr. Alexandre Medeiros.
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Gostaria de também saudar aqui a sempre gentil Reitora Rozana, da UnB; o meu amigo de Forplad aqui também, o Reitor Camilo, da Federal de Campina Grande; a Vice-Reitora Mônica aqui, da Federal também, da UFPB; e a minha colega Soraya aqui como Coordenadora Nacional do Condetuf (Conselho Nacional de Dirigentes das Escolas Técnicas Vinculadas às Universidades Federais). Muito obrigado.
É uma satisfação, para mim, estar aqui representando o Ministério da Educação, em nome do Ministro Camilo Santana e também do nosso Secretário de Educação Superior, Marcus Vinicius David, que está em missão no Acre, atualmente.
Falar da UFPB, para mim, é uma honra, porque, como um bom caririense, um caririense do Ceará, porque tem um Cariri na Paraíba também, mas um caririense do Ceará, da cidade de Juazeiro do Norte, lá da terra do Padim Ciço... A minha região tem uma interseção muito grande com a Paraíba, com Pernambuco e com o Piauí. É uma região que, notadamente e de forma honrosa também, tem o povo paraibano como irmão. Falar da Paraíba... Eu tive diversos professores também na Universidade Federal da Paraíba.
A UFPB tem um papel crucial naquela região, região em que nós temos diversas grandes universidades, mas cada região do Nordeste tem uma peculiaridade. As nossas universidades lá atendem a um público carente e com a cultura muito forte. Cada universidade atende de uma forma descolonizadora, promove o desenvolvimento e, ao mesmo tempo, acolhe a cultura regional.
Ontem, estive em reunião com a Reitora Terezinha e com a Vice-Reitora Mônica, que apresentaram algumas demandas. Algumas já foram encaminhadas com o Secretário Marcus David, que ficou de ter uma conversa com o Camilo, sobre a questão da restauração das obras da parte histórica.
Teve uma demanda também, que para mim é muito cara, vinculada à assistência estudantil, em que elas apresentaram um cenário em que... Ao tempo em que a UFPB faz um papel social muito longevo e exitoso de atrair as pessoas com vulnerabilidade socioeconômica para a instituição, eu, como filho de uma ex-empregada doméstica, entendo muito bem o que é precisar da universidade como uma mola de transformação social. Então, esse é um tema que é muito caro para mim.
A universidade federal, o ensino público teve um papel transformador na minha vida, e eu, hoje, atuo com uma visão, digamos assim, prioritária...
(Soa a campainha.)
O SR. JUSCELINO PEREIRA SILVA - ... e muito valiosa relativa à assistência estudantil.
Então, no que depender do ministério, nós estamos com uma política, como foi mencionado, relativa à expansão de cursos na área de Stem - na área de Ciência, Tecnologia, Engenharia e Matemática -, voltada a essa questão de desenvolvimento, e do boom tecnológico atual no mundo, a questão da inteligência artificial. A UFPB já tinha alguns cursos nessa linha, diversos cursos nessa linha, e está só ampliando, digamos assim, cursos com uma transversalidade maior, juntando algumas áreas que, para ela, já era muito peculiar nessa questão da habilidade, da expertise, e, no que tange à questão do orçamento para a assistência estudantil, estamos discutindo... Tem um GT relativo à nova lei da política nacional. Antes era um decreto, o Pnaes, e hoje é uma lei de fato, da Política Nacional de Assistência Estudantil, no qual está sendo discutida a forma de implementação e regulamentação do orçamento para a assistência estudantil.
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Já temos ciência de que o orçamento que está sendo colocado para 2026 está na ordem de R$1,4 bilhão. O pico desse orçamento, corrigido pela inflação desde o início dos anos 2000 até hoje, é por volta de R$1,7 bilhão. Então nós temos uma intenção de chegar a esse ponto. O Ministro Camilo e o Secretário Marcus David têm uma intenção e uma articulação já de uma tentativa de uma suplementação orçamentária para a assistência estudantil no próximo ano, e a nossa esperança é que, até 2027, a gente consiga elevar o orçamento da assistência estudantil para R$2 bilhões. Esse é um pleito antigo já do ministério, que a gente está abraçando.
Em relação às outras demandas vinculadas às questões da infraestrutura e do Programa de Aceleração do Crescimento, com as obras...
(Soa a campainha.)
O SR. JUSCELINO PEREIRA SILVA - ... estão sendo encaminhadas.
Gostaria de me despedir aqui desejando tanto à UFPB... Um caloroso abraço, digamos assim, a todos os meus colegas, que eu tenho diversos colegas lá, à Reitora... Parabéns pela excelente gestão que está sendo feita, mesmo com as situações adversas, e também gostaria de deixar aqui o Ministério da Educação à disposição de todos vocês, e especialmente dos reitores.
Muito obrigado e boa tarde a todos. (Palmas.)
O SR. PRESIDENTE (Efraim Filho. Bloco Parlamentar Democracia/UNIÃO - PB) - Agradeço ao Sr. Juscelino Pereira Silva, Diretor de Desenvolvimento da Rede de Instituições Federais de Educação Superior do Ministério da Educação.
Aproveito a oportunidade de convidar para compor a mesa a Sra. Vice-Reitora Mônica Nóbrega.
Pode ocupar aqui um dos nossos espaços, seja bem-vinda (Palmas.) ao tempo em que convido para fazer o uso da palavra, pelo tempo regimental de cinco minutos, o Sr. Daniel Gomes Monteiro Beltrammi, Vice-Presidente da Empresa Brasileira de Serviços Hospitalares (Ebserh), tal qual de alma paraibana.
O SR. DANIEL GOMES MONTEIRO BELTRAMMI (Para discursar.) - Boa tarde, Senador Efraim Filho, quero cumprimentá-lo.
Eu tive o privilégio de levar o diploma de cidadão paraibano para minha casa, para entregar à minha mãe. Eu tomei a fila errada antes de nascer, Senador, mas, na próxima encarnação, não cometerei o mesmo equívoco. Eu me considero absolutamente paraibano, porque a Paraíba transformou a minha vida e falo sobre isso daqui a pouco.
Preciso cumprimentar, Senador Efraim, com a sua autorização, o eminente requerente desta sessão, que é o Senador Veneziano Vital do Rêgo; cumprimentá-lo também afetivamente, Senador, e, na pessoa do senhor, cumprimentar toda a bancada dos Parlamentares paraibanos, que, de fato, desde 2023, têm nos ajudado a transformar a realidade dos hospitais universitários federais em nosso país. Quero cumprimentar também o seu pai, o sempre Senador Efraim Morais.
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Preciso cumprimentar muito efusiva e afetivamente também a nossa Magnífica Reitora, Terezinha Domiciano Dantas Martins, e a sua Magnífica Vice-Reitora, Profa. Mônica Nóbrega. Eu tive o privilégio de, numa noite quente em João Pessoa, vivenciar a transpiração amorosa da retomada da democracia no ambiente universitário brasileiro, especialmente em João Pessoa. Foi um dia inesquecível em que eu tive a honra de estar presente, um dia que vai demarcar a oportunidade de a gente nunca mais viver o que nós vivemos e construir um futuro a partir desse gesto que foi eleger essas duas mulheres paraibanas, guerreiras, protetoras da democracia e do futuro da educação do nosso país.
Preciso cumprimentar aqui o Magnífico Reitor Camilo Farias. Sim, a Paraíba tem o privilégio de ter duas almae matres, duas universidades federais: a nossa querida federal da Paraíba e também a nossa querida, aguerrida, inovadora Federal de Campina Grande. E também temos igual privilégio de termos três hospitais universitários em uma mesma unidade federada: o nosso bravo Lauro Wanderley, hospital que, depois de 12 anos, na década de 80, abre suas portas; mas também o nosso Hospital Universitário Alcides Carneiro, em Campina Grande; e o nosso filho caçula, menor, o nosso querido Júlio Bandeira - os três podendo, sim, viver esse novo ciclo e assumir uma tarefa importante. Não há como não pensar que os hospitais universitários federais não cumpram, na União, a tarefa de serem os mais importantes e mais relevantes hospitais do Sistema Único de Saúde não só pela tarefa de cuidado às pessoas que eles precisam cumprir, mas, acima de tudo, pela necessidade de formar o futuro, as necessidades e as capacidades humanas em saúde e também em educação, que essas unidades têm tanta capacidade para fazer.
Eu preciso cumprimentar aqui o privilégio de cada brasileiro e brasileira ter uma reitora para chamar de sua; a minha Reitora, a Profa. Rozana Naves, da fundamental Universidade de Brasília, da qual eu tenho a honra de compor o quadro de docentes.
Vou fazer os mesmos gestos que a senhora fez, Profa. Terezinha, pedindo a sua autorização, para cumprimentar os mais de 38 mil estudantes da nossa Universidade Federal da Paraíba, que fazem essa universidade acontecer todos os dias; os nossos mais de 2,8 mil docentes; os nossos mais de 3,8 mil técnicos administrativos do ensino superior da nossa UFPB.
Cumprimento o meu amigo... Caminhamos pelo chão duro, Alexandre e eu. Acho que é difícil de esquecer tudo aquilo que começou no final do ano de 2019, seguiu duramente pelos anos de 2020, 2021, 2022 e um pedaço importante de 2023.
(Soa a campainha.)
O SR. DANIEL GOMES MONTEIRO BELTRAMMI - Eu tive a honra, ao longo da pandemia da covid-19, de servir a minha Paraíba como Secretário de Estado de Saúde, junto de uma equipe muito importante, para que a gente pudesse, naquele momento, cuidar do maior patrimônio da Paraíba, da soberania paraibana, que é a vida e o bem-estar das paraibanas e paraibanos.
Alexandre, como um conjunto enorme, então, em sua pessoa, quero homenagear todos os profissionais de saúde, todos os docentes que não descansaram nem um só segundo, cada paraibano e paraibana que lutou pela vida daquele povo e deu exemplo para o nosso país de maneira indelével.
Quero cumprimentar aqui nosso querido Gerente de Ensino e Pesquisa, Prof. Luciano Gomes, Professor da nossa Federal da Paraíba. Cumprimento também aqui o Prof. Alexandre Araruna, nosso Gerente de Atenção à Saúde, e também o Prof. André Fernandes, nosso Gerente de Administração. Na pessoa deles cumprimento os mais de 2 mil empregados públicos da Ebserh e do regime jurídico único que fazem o nosso Hospital Universitário Lauro Wanderley acontecer todos os dias.
Preciso cumprimentar meu colega de Ministério da Educação, lembrar sempre que a nossa Empresa Brasileira de Serviços Hospitalares é uma empresa pública, vinculada ao Ministério da Educação e cumpre essa tarefa de cuidar da maior rede de hospitais universitários do Sul Global. É isso mesmo! Para você que não conhece muito esse nome difícil - é um nome meio difícil de falar, o próprio Presidente Lula tem dito isso ultimamente -, a nossa empresa é a maior iniciativa pública na gestão de hospitais universitários. São mais de 9 mil leitos, são mais de 80 mil mulheres e homens trabalhando 24 horas por dia, sete dias na semana, 365 dias no ano, para que nós possamos cuidar do futuro da educação, da saúde do nosso país, dentro do nosso sistema público de saúde.
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Então, ao meu companheiro Juscelino Pereira Silva, Diretor de Desenvolvimento da Rede de Instituições Federais, o meu abraço e, na pessoa dele, quero trazer aqui dois abraços importantes: do nosso Ministro Camilo Santana, Ministro de Estado de Educação...
(Soa a campainha.)
O SR. DANIEL GOMES MONTEIRO BELTRAMMI - ... e do nosso Presidente Arthur Chioro.
Quero cumprimentar aqui a Flaviana, a nossa assessora Parlamentar da Ebserh, e também o Guilherme, da nossa assessoria de comunicação, e, na pessoa deles, cumprimentar todo o ecossistema da gestão central da Ebserh.
Senador Efraim, a Ebserh tomou uma decisão, desde este ano corrido de 2025, de fazer de sábados dias de serviço público essencial para o nosso país. Isso aconteceu no dia 5 de julho e aconteceu no dia 13 de setembro. Nesse dia 5 de julho, o nosso Lauro Wanderley produziu mais de 80 procedimentos para cuidar de pessoas que aguardavam cuidados em saúde; no dia 13 de setembro, isso mais do que decuplicou, foram mais de 960 procedimentos produzidos; nós tivemos mais de 12 mil procedimentos produzidos em julho no país em um único dia, mais de 34 mil em setembro.
Vem aí o novo dia E no dia 13 de dezembro, em que os 45 hospitais universitários da nossa rede vão cuidar de cada criança, idoso, mulher e homem deste país que estão aguardando pelo seu exame, pela sua consulta, pela sua cirurgia. Nós estamos preparando isso com muita intensidade. Esses 34 mil procedimentos, minha gente, só para a gente entender, são mais ou menos a produção que o Sistema Único de Saúde faz em um dia corrente, com 45 hospitais universitários federais, então, isso não é um esforço pequeno.
E não para por aí. O Governo Federal, pela primeira vez, abriu um capítulo do Programa de Aceleração do Crescimento só para os hospitais universitários federais, mais de R$1,7 bilhão - é com "b" de bilhão mesmo -, mais de R$1,7 bilhão investidos nos hospitais universitários, são mais de 30 obras em andamento, com a construção de nove novos hospitais universitários federais. A meta do Presidente Lula, do Ministro Camilo Santana e do Presidente Chioro é que cada estado brasileiro tenha um hospital universitário federal para chamar de seu. Em breve, Rondônia; em breve, o Acre. São mais de 22 hospitais universitários alcançados pelo PAC e aqui estamos ativando mais de 2,5 mil novos leitos, para cumprir a nossa missão para o nosso Sistema Único de Saúde.
Mais de 8 milhões desses recursos foram aplicados no Lauro Wanderley, para que nós pudéssemos recuperar as nossas unidades de terapia intensiva, o nosso centro cirúrgico e enfermarias. E mais do que isso também: nós vamos inaugurar definitivamente a nova fachada do hospital, porque o Lauro Wanderley faz parte da paisagem arquitetônica de João Pessoa e ela precisa ficar cada vez mais bonita e mais bem demarcada.
Com isso, para que o sino não toque mais uma vez e eu possa cumprir o tempo regimental que benevolentemente o Senador Efraim me concedeu, e eu já o superei em muito...
O SR. PRESIDENTE (Efraim Filho. Bloco Parlamentar Democracia/UNIÃO - PB) - Eu só quero fazer um registro, aproveitando, vai tocar já, já... (Risos.)
... dizer que não é a Presidência quem aciona o sino, é automático, então, não achem que é o Presidente que fica forçando a barra. Toda vez que ele chegar ali em um minuto... A mesa limpou a barra porque eu iria mostrar que era automático, mas pode seguir, está certo, meu caro orador, para que a gente faça a conclusão da fala.
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O SR. DANIEL GOMES MONTEIRO BELTRAMMI - Serei muito breve, Senador.
Parabéns aos 45 anos, Lauro Wanderley!
Parabéns à septuagenária Universidade Federal da Paraíba!
Vida longa à educação pública brasileira e ao nosso Sistema Único de Saúde!
E nós, na Empresa Brasileira de Serviços Hospitalares, vamos seguir cumprindo a nossa missão, que é saúde, ensino, pesquisa e inovação a serviço da vida e do SUS.
Um abraço a todas e todos. (Palmas.)
O SR. PRESIDENTE (Efraim Filho. Bloco Parlamentar Democracia/UNIÃO - PB) - O nosso orador fugiu do sino. Mais uma vez conseguiu evitar que ele tocasse.
Meu caro amigo Daniel, obrigado pela palavra.
Neste momento, aproveito a oportunidade para conceder a palavra à Magnífica Vice-Reitora Mônica Nóbrega pelo prazo regimental de cinco minutos.
A SRA. MÔNICA NÓBREGA (Para discursar.) - Não sei se eu consigo fugir do sininho, né?
Muito boa tarde a todas as pessoas.
Meus cumprimentos, nas pessoas dos Senadores Veneziano Vital do Rêgo e Efraim Filho, a todos que fazem parte do Senado Federal.
Não poderia deixar de saudar o Deputado Luiz Couto. Ele não está aqui presente, como já foi dito, mas eu preciso enviar a Luiz Couto o meu abraço carinhoso, através do seu assessor Léo.
Cumprimento o representante da Secretaria de Educação Superior do MEC, Juscelino Pereira Silva; a representante da Andifes e Magnífica Reitora da UnB, Profa. Rozana Reigota Naves.
Cumprimento carinhosamente o superintendente do Hospital Universitário Lauro Wanderley, Prof. Alexandre Medeiros de Figueiredo, na pessoa de quem abraço todos e todas que fazem parte do nosso HU.
Cumprimento o Sr. Daniel Beltrammi, representante da Ebserh.
Cumprimento o nosso querido Magnífico Reitor da UFCG, Camilo Allyson Simões de Farias, na pessoa de quem abraço carinhosamente todas as pessoas que fazem parte dessa importante instituição, filha da UFPB.
Meus cumprimentos e abraço carinhoso, na pessoa da nossa querida Magnífica Reitora Profa. Terezinha Domiciano Dantas Martins, a todos e todas que fazem conosco a gestão da UFPB, aqui também representada pelo Pró-Reitor de Administração, George Rodrigo Beltrão da Cruz; pela Pró-Reitora de Gestão de Pessoas, Mirella Rocha; pela Pró-Reitora de Extensão, Bernardina Freire; e pela Pró-Reitora de Graduação, Ana Claudia da Silva Rodrigues. Também cumprimento carinhosamente o Diretor do CCHLA, a Diretora do CCHSA e a Diretora do CPT - três centros dos 17 centros de ensino que formam a UFPB -: o Prof. Rodrigo Freire, a Profa. Fabrícia Sousa Montenegro e a Profa. Maria Soraya Pereira Franco Adriano.
Meus especiais cumprimentos às demais pessoas presentes a esta sessão.
É com muita emoção e muita honra que estou aqui, nesta sessão solene de comemoração dos 70 anos da nossa UFPB.
A UFPB, ao longo dos seus 70 anos, vem fazendo parte da vida, direta ou indiretamente, de cada paraibana e paraibano, brasileira e brasileiro, transformando vidas, capacitando pessoas, não apenas para o mundo do trabalho, mas para agirem como elementos de transformação em prol de uma sociedade mais justa, mais equitativa, mais humana e mais inclusiva. Eu sou uma dessas pessoas. Filha de família humilde, tudo o que tenho devo a Deus e ao que aprendi na UFPB - aprendo ainda hoje e continuarei aprendendo - ao longo dos 38 anos em que faço parte dela como aluna e, depois, como docente. Aluna do Camilo, lá em Campina Grande, na época, na UFPB ainda, em Campina Grande, do curso de Letras. Sou muito grata a essa instituição de ensino.
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Ao longo deste ano atual, estamos vivendo momentos de alegria e de muita emoção ao celebrarmos os 70 anos da universidade, com comemorações que começaram em Areia, Bananeiras, depois, no litoral norte, na nossa sede também, em João Pessoa, e hoje estamos aqui. Desses momentos marcantes, destaco algo que a Reitora já pontuou aqui, que foi a fala de um indígena lá no litoral norte, representante dos povos originários brasileiros.
(Soa a campainha.)
A SRA. MÔNICA NÓBREGA - Ave Maria, já apitou! Já vai terminar. (Risos.)
O SR. PRESIDENTE (Efraim Filho. Bloco Parlamentar Democracia/UNIÃO - PB) - Mas tem a tolerância da mesa, estendemos o tempo, minha cara Vice-Reitora, pode terminar.
A SRA. MÔNICA NÓBREGA - Obrigada, Sr. Presidente, querido Senador.
O SR. PRESIDENTE (Efraim Filho. Bloco Parlamentar Democracia/UNIÃO - PB) - Mas quando chegar a um minuto, vai tocar de novo.
A SRA. MÔNICA NÓBREGA - Eu estou terminando.
O SR. PRESIDENTE (Efraim Filho. Bloco Parlamentar Democracia/UNIÃO - PB) - Mas a gente tem a tolerância da mesa, pode seguir.
A SRA. MÔNICA NÓBREGA - Está bom, muito obrigada.
Então, o representante dos nossos povos originários nos disse, lá no litoral norte, que os potiguaras eram um antes da presença da UFPB e hoje são outros, depois dela. Essa frase nos marcou e, ao mesmo tempo, resumiu a importância da existência de uma universidade diversa como a nossa.
Nem só de alegria viveu nossa universidade. Vivemos uma página infeliz da nossa história, como diz a música de Chico Buarque. Por isso e para que nunca seja objeto de esquecimento, não posso deixar de registrar aqui que, em 2020, a UFPB, assim como outras 25 instituições de ensino superior no Brasil, foi surpreendida com a nomeação de um reitor não eleito a quem chamamos e chamaremos sempre, respeitosamente, de interventor. As consequências dessa e de todas as intervenções Brasil afora foram, no mínimo, nefastas, mas, como brasileiros que não fogem à luta, nossa UFPB, assim como todas as outras instituições federais brasileiras sob intervenção, lutou, resistiu durante os quatro anos de intervenção, e, por fim, elegeu-nos, mais uma vez, a Profa. Terezinha e a mim, com quase 70% dos votos, bradando, em alto e bom som, que nós precisamos de que nossa autonomia seja respeitada.
Essa fase só passará para todas as nossas instituições, Senador Efraim Filho, quando a Lei da Lista Tríplice estiver superada. (Palmas.)
Por fim, eu não poderia deixar de dizer que a UFPB hoje tem mais de 4 mil alunos, como já foi dito aqui, em situação de vulnerabilidade social, pessoas que só podem fazer um curso universitário se tiverem direito à moradia e à alimentação. Temos mais de 3 mil alunos deficientes. Por isso, nossa carta programa e nosso reitorado trabalhou e tem trabalhado diuturnamente em prol da inclusão.
Para tanto, rogamos aos nossos representantes na Câmara e no Senado - porque é preciso uma política nacional também -, assim como ao MEC, a atenção para uma política de inclusão efetiva para as nossas universidades, pensando na permanência desses alunos que fazem parte da nossa instituição desde a instituição da política de cotas e da expansão das universidades federais brasileiras.
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Aos nossos queridos colegas que hoje fazem o HU, o meu reconhecimento pelo trabalho cuidadoso, humano, que vocês vêm fazendo.
Temos orgulho de tê-los à frente desse hospital, Alexandre, que é tão importante para o Estado da Paraíba.
Então: pelo fim da lista tríplice, por uma UFPB cada vez mais inclusiva, inovadora, socialmente referenciada, que transforma vidas.
Viva a UFPB e o Hospital Universitário Lauro Wanderley! (Palmas.)
O SR. PRESIDENTE (Efraim Filho. Bloco Parlamentar Democracia/UNIÃO - PB) - Parabéns à nossa Vice-Reitora, Mônica Nóbrega, pelo uso da palavra.
Na sequência, concedo a palavra ao Magnífico Sr. Reitor da Universidade Federal de Campina Grande (UFCG), coirmã da nossa querida UFPB, o Sr. Camilo Allyson Simões de Farias, pelo tempo regimental de cinco minutos. (Palmas.)
O SR. CAMILO ALLYSON SIMÕES DE FARIAS (Para discursar.) - Sr. Presidente, Senador Efraim Filho, na sua pessoa, cumprimento as demais autoridades presentes aqui na Mesa Diretora.
Sras. e Srs. Senadores, demais Parlamentares, reitores, servidoras e servidores, estudantes, amigas e amigos, aqui destaco a presença do Dr. Renato Gadelha, nosso conterrâneo, e, na pessoa dele, quero cumprimentar todos os nossos amigos e amigas aqui presentes.
É uma honra representar a Universidade Federal de Campina Grande nesta sessão que celebra dois marcos que honram a história da Paraíba e do Brasil: os 70 anos da Universidade Federal da Paraíba e os 45 anos do Hospital Universitário Lauro Wanderley.
Cumprimento, de modo especial, os Senadores e Parlamentares da Paraíba; a Magnífica Reitora da UFPB, Profa. Terezinha Domiciano; e a Vice-Reitora da UFPB, a nossa querida Profa. Mônica Nóbrega; eleitas e empossadas com legitimidade e compromisso. Também os nossos cumprimentos ao Prof. Alexandre Medeiros, que é o superintendente, hoje, do Hospital Universitário Lauro Wanderley e que tem conduzido com excelência o legado de uma instituição essencial para a formação e a saúde pública.
Gostaria de também registrar, além do Senador Efraim Filho, do Senador Veneziano Vital, também o nosso Deputado Luiz Couto, aqui representado por Léo, que eu também cumprimento, e demais Parlamentares da Paraíba, que sempre têm olhado para as nossas instituições com carinho.
A Universidade Federal da Paraíba nasceu do ideal visionário de José Américo de Almeida - como foi citado aqui pela nossa Magnífica Reitora -, um estadista, um humanista que compreendeu, antes do seu tempo, que a educação é o instrumento mais poderoso de emancipação social.
No ato de criação da antiga Universidade da Paraíba, ele disse - permitam-me repetir uma citação que a Magnífica Reitora Terezinha fez -, abro aspas: "Eu vos dei as raízes, outros vos darão as asas e o selo da perpetuidade". Essas palavras atravessaram gerações. As raízes plantadas por José Américo deram origem a novos caminhos e, em 2002, desse mesmo tronco vigoroso, nasceu a Universidade Federal de Campina Grande, desmembrada da UFPB, para ampliar a presença da educação pública no interior e consolidar a interiorização do ensino superior do estado. Hoje a Universidade Federal de Campina Grande mantém viva esta missão: levar o conhecimento onde antes havia distância, democratizando o acesso, formando cidadãos e transformando realidades.
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Ao lado desse legado educacional, celebramos também o exemplo do Dr. Lauro Wanderley, médico e professor, cuja vida foi um hino ao humanismo e à ciência a serviço da vida. O hospital que leva seu nome foi inaugurado durante o reitorado de outro grande visionário, o Prof. Lynaldo Cavalcanti de Albuquerque, símbolo de uma geração que acreditava na universidade como motor de desenvolvimento regional.
O HULW expressa desde então a integração entre ensino, pesquisa e assistência, formando profissionais e cuidando da população com competência e sensibilidade. Essas duas trajetórias, a da UFPB e a do Hospital Universitário Lauro Wanderley, se entrelaçam naquilo que o serviço público tem de mais nobre: transformar pessoas e servir à sociedade. São instituições que não apenas produzem conhecimento, mas geram esperança; que não apenas curam corpos, mas fortalecem o sentido da comunidade.
(Soa a campainha.)
O SR. CAMILO ALLYSON SIMÕES DE FARIAS - Por isso, ao celebrarmos esses aniversários, celebramos também duas dimensões complementares do serviço público: o conhecimento que transforma e o cuidado que humaniza.
Que as raízes lançadas por José Américo continuem a florescer em cada campus e que o exemplo de Lauro Wanderley siga inspirando cada gesto de cuidado e cada ato de ensino. Assim a Paraíba seguirá ensinando ao Brasil que educação e saúde são os alicerces de um futuro mais justo, solidário e humano.
Muito obrigado. (Palmas.)
O SR. PRESIDENTE (Efraim Filho. Bloco Parlamentar Democracia/UNIÃO - PB) - Agradecido ao Magnífico Reitor Camilo Allysson Simões de Farias, da nossa querida UFCG, pelo uso da palavra.
Concedo agora a palavra à Sra. Maria Soraya Pereira Franco Adriano, Presidente do Conselho Nacional de Dirigentes das Escolas Técnicas Vinculadas às Universidades e Diretora do Centro Profissional e Tecnológico da Escola Técnica da Saúde da UFPB, por cinco minutos, tempo regimental. É a nossa última oradora do dia.
Fique à vontade, Profa. Soraya.
A SRA. MARIA SORAYA PEREIRA FRANCO ADRIANO (Para discursar.) - Boa tarde a todos e a todas.
Eu saúdo a mesa, já correndo com o tempo. Quero dizer que é um prazer estar aqui e saudar V. Exa. por essa propositura junto com o Veneziano; saudar a nossa Magnífica Reitora e nossa Vice-Reitora; o MEC, aqui bem representado por Juscelino. Ao hospital, que representa a nossa parceira, em nome de Alexandre e Luciano, que respeita a educação profissional e nossos alunos técnicos, nossos agradecimentos. A Daniel, que foi um ícone para todos nós e uma representação altamente potente, sobretudo durante a pandemia, nossa gratidão. Nós paraibanos devemos a você tudo que você fez pela saúde do nosso estado.
Senhores e senhoras, Senadores aqui presentes, Efraim pai, Senadores, colegas diretores, pró-reitores, comunidades acadêmicas, que também, neste momento, pela transmissão da universidade, nos acompanham em toda a instituição, confesso-lhes que estar aqui neste momento, Presidente, nesta tribuna, é para mim um motivo realmente de muita... A gente fica muito emocionada.
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Aqui, Magnífica, eu estou com um papel triplo: como egressa da casa - nessa instituição eu tive oportunidade de fazer graduação, pós-graduação, ensino, pesquisa, extensão, assistência estudantil, porque sou filha também pais analfabetos -; a outra função pela qual estou aqui é na qualidade de Presidente das escolas técnicas vinculadas às universidades, das quais essa universidade tem duas escolas, entre elas, a mais antiga de todas as escolas deste país, de 101 anos; e temos a escola de saúde, que, hoje, neste semestre, vai fazer, só de matrícula, 10 mil matrículas para todo o país. Ou seja, a Universidade Federal da Paraíba, através da educação profissional, está em mais de 71% dos municípios brasileiros, e também temos a escola técnica lá da UFCG, que se localiza no sertão. E estando neste papel triplo - como egressa, na qualidade de Presidente do Conselho, também do colegiado da Andifes e também estou aqui como servidora, como docente, representando todos os meus pares que aqui estão, pró-reitores, docentes e, sobretudo, os nossos técnicos, que são a força motriz dessa instituição, e os nossos alunos -, é esse o motivo de eu estar realmente muito emocionada neste local.
A universidade completa 70 anos, sete décadas - sete décadas - que não representam um marco apenas cronológico, Senador: marcam a vida, de fato, de pessoas. Eu sou a prova disso. Represento uma trajetória de formação e de oportunidades; por isso, Magnífica Reitora, Magníficas Reitoras, estou aqui. Foi essa universidade... São tantas sorayas, tantas marias, tantas terezas, tantas mônicas, tantos joões, tantos juscelinos que as universidades públicas, gratuitas e referenciadas trazem para esses locais! Elas representam transformação de territórios e impactos sociais. E nasce essa instituição de 70 anos, como também o nosso hospital, de 45 anos, com a ousadia de acreditar que o conhecimento pode, sim, ser um instrumento de emancipação. É por isso que estamos aqui.
Assim como vocês, reitoras, mulheres, representam todas nós, diretoras, pró-reitoras - é um prazer tê-las aí sentadas -, vocês realmente nos representam, vocês representam a força da mulher brasileira, que nunca pode desistir, então, vocês realmente são a nossa força para que nós continuemos nesses lugares de poder, vocês representam a coragem, o compromisso público, a humildade, o rigor acadêmico, e também, Prof. Terezinha, sensibilidade, porque vê-la sentida, na última reunião, por conta de uma aluna, aquilo ali nos comoveu. Levei ao conhecimento de todos, não só do meu lugar, mas também das 23 escolas, a sensibilidade da senhora, preocupada com a assistência estudantil não só da UFPB, mas também de todo o nosso Brasil.
A Universidade Federal da Paraíba... Estas duas instituições - a universidade e o nosso hospital universitário - são grandes instituições que representam, de fato, o ecossistema da nossa Paraíba. Elas estão ali representando, dando assistência e transformando a vida daquelas pessoas na educação e na saúde, transformando vidas, dando qualidade de vida a mais de 4 milhões de paraibanos.
Amigo Luciano, celebrar 70 anos e celebrar 45 anos, Magnífica Reitora, André, é reafirmar o compromisso maior com a educação e com a saúde do nosso país.
As universidades públicas, Senador, são essenciais para a democracia, para a soberania, para a transformação. Ficamos felizes quando, na sua fala, o senhor disse que está na Comissão de Orçamento. As nossas universidades precisam desse orçamento, as nossas universidades precisam resistir, Senador, e a gente já faz o apelo e pede ajuda, aproveitando meus minutos restantes.
Por isso aproveito este momento nesta Casa muito, muito emocionada pela tripla função que aqui apresento, representando todos os servidores da nossa instituição, para pedir a esta Casa, à Câmara, todo o apoio deste Senado às nossas universidades e às nossas escolas técnicas federais. São 23 escolas, que têm um impacto regional não só na nossa Paraíba, com essas três escolas, mas têm um impacto em vários territórios brasileiros. Lembrem-se das escolas técnicas vinculadas às universidades.
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Defender as nossas universidades, pai Efraim, é defender as ETVs, que são as escolas técnicas vinculadas, é fazer defesa à soberania...
(Soa a campainha.)
A SRA. MARIA SORAYA PEREIRA FRANCO ADRIANO - ... à autonomia e, sobretudo, à democracia.
Gratidão por estar aqui.
Obrigada pela propositura de celebrar as nossas duas maiores instituições e a nossa coirmã também. Obrigada por estar à frente da Paraíba, representando a educação e a saúde. Obrigada, Magnífica Reitora, por ser essa mulher de pulso forte, mas de uma sensibilidade grandiosa. Muito obrigada. (Palmas.)
O SR. PRESIDENTE (Efraim Filho. Bloco Parlamentar Democracia/UNIÃO - PB) - Muito bem!
Tivemos uma sessão histórica, nesta tarde de quinta-feira.
Aproveito para saudar aqui a presença em Plenário do nosso Prefeito da cidade de São Bento, do Sertão da nossa querida Paraíba, Prefeito Geferson Carnaúba, que se soma ao Prefeito Linsinho, de Natuba, e a tantos outros que registraram a sua presença aqui no dia de hoje.
Agradeço, na pessoa da nossa Reitora Terezinha Domiciano, a presença a vários pró-reitores, servidores e diretores de centro e àqueles que se dedicam, tal qual um sacerdócio, à vida da nossa querida Universidade Federal da Paraíba, da qual eu registro aqui, mais uma vez, que tive a honra e a alegria de ser egresso. Considero-me filho da casa portanto e fiz questão de estar aqui, nesta quinta-feira, para prestigiá-la, porque acredito que existem gestos que valem mais do que palavras, existem imagens que valem mais do que discurso e poder estar neste momento histórico em que entra para os Anais do Senado Federal uma entidade e uma instituição histórica do Brasil, que tem seus 200 anos. O Senado completou recentemente 200 anos de história, a universidade chega aos 70 anos, o Hospital Lauro Wanderley chega aos 45 anos, meu caro Superintendente Alexandre, na pessoa de quem saúdo o André Coelho, o Alexandre Araruna e vários outros servidores e diretores também desse hospital.
Na ausência do Senador Veneziano, que precisou, de forma justificada, se ausentar para cumprir uma agenda ministerial, com muita honra, tenho a alegria de poder encerrar esta sessão, presidindo-a até o fim.
Vários discursos agregaram e, logicamente, também entram para os Anais da história.
Lamento a campainha, que incomoda os oradores. Nós Senadores também temos a mesma campainha quando usamos a tribuna. Então, não achem que é... Só que a gente está mais acostumado com ela porque é todo dia - vocês vêm uma vez -, mas ela faz parte também do ritual e da dinâmica de coordenação desta Presidência.
Então, considero hoje um dia gratificante na minha vida pública, porque procuro, Reitora Terezinha, desde as minhas primeiras oportunidades, ainda como Deputado Federal, em outras gestões logicamente, retribuir aquilo que eu pude receber da UFPB. O meu primeiro ato, ainda lá no meu primeiro mandato de Deputado Federal, foi destinar R$300 mil para a recuperação da biblioteca, à época, do CCJ (Centro de Ciências Jurídicas), onde, por tantas vezes, peguei a Constituição Federal e tantos outros livros para estudar, para poder me dedicar.
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E, hoje, aqui do gabinete, a gente consegue atender a muitos estudantes da própria UFPB e de outras entidades com a doação de Constituições Federais, de vade-mécuns, para proporcionar àqueles estudantes que os recebem um incentivo, um estímulo. Para quem, muitas vezes - como foi dito aqui -, um prato do restaurante universitário faz falta na sua formação, imagine um livro adequado, atualizado, para que possa se dedicar. Como eu disse, a Universidade Federal da Paraíba, durante muito tempo e para muitas pessoas, foi a casa que as transformou em alguém na vida, é uma mola propulsora dessa formação.
Então, meu muito obrigado a cada um de vocês.
Cumprida a finalidade desta sessão especial do Senado Federal, agradeço às personalidades que nos honraram com a sua devida participação.
Está encerrada a sessão.
Muito obrigado. (Palmas.)
Viva a UFPB! (Palmas.)
(Levanta-se a sessão às 16 horas e 41 minutos.)