3ª SESSÃO LEGISLATIVA ORDINÁRIA
57ª LEGISLATURA
Em 5 de novembro de 2025
(quarta-feira)
Às 11 horas
22ª SESSÃO
(Sessão Solene)

Oradores
Horário

Texto com revisão

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O SR. PRESIDENTE (Joaquim Passarinho. PL - PA) - Bom dia a todos, bom dia a todas! É, com um grande prazer, que nós começamos. Vamos dar início à esta sessão especial em homenagem à Nossa Senhora de Nazaré, Padroeira da Amazônia, Padroeira do Pará.
Eu queria, antes de tudo, agradecer ao Presidente Davi, aos Senadores que, gentilmente, cederam o Plenário para a realização da sessão hoje. Nós sempre fizemos esta sessão na Câmara e, este ano, uma novidade, tentamos fazer no Congresso Nacional, juntando Senadores e Deputados. Os Senadores assinaram o requerimento, e nós fizemos isso. E, como providência de Nossa Senhora, houve um problema no cenário da Câmara, e nós estamos transferindo para o Senado. Se não tivéssemos, Senador Izalci, feito esta sessão conjunta, não teríamos condições de estar aqui. Então, Nossa Senhora de Nazaré providencia o que tem que ser providenciado com bem e véspera. Então, é um prazer estar aqui no Senado.
Nós já estamos com a mesa composta com o Senador Izalci Lucas, que faz parte da Frente Parlamentar Católica, representa aqui a Frente Parlamentar Católica no Senado da República; o Deputado Luiz Gastão, que está no Plenário defendendo um tema tão importante também para a nossa Frente Católica; e o Deputado Miguel Lombardi está aqui, ao nosso lado, também representando a Frente Parlamentar Católica na Câmara dos Deputados.
Está presente conosco também o Sr. Reitor do santuário mariano da Basílica Nossa Senhora de Nazaré e Presidente da Diretoria da Festa de Nazaré, Padre Francisco Assis, que nos representa aqui e, com muito carinho, veio atendendo ao nosso convite para participar destes dois dias de peregrinação da imagem em Brasília.
Está conosco também, Revmo. Sr. Reitor do Santuário Nossa Senhora da Saúde e Vigário Episcopal da Arquidiocese de Brasília, Padre Rafael Santos, meu padre aqui em Brasília, que nos acolheu não só a mim e a minha família, mas também a imagem de Nossa Senhora de Nazaré com muito carinho.
Obrigado, Padre Rafael, pela sua presença.
E está também aqui o Diretor Benemérito da Festa de Nazaré, Flávio Américo.
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Para aqueles que não sabem, o Círio tem uma diretoria, composta por 35 casais, que fazem toda a estrutura da festa. E o Flávio Américo representa essa diretoria.
Composta a mesa, nós vamos pedir... (Pausa.)
Declaro aberta a sessão solene do Congresso Nacional destinada a homenagear Nossa Senhora de Nazaré e o Círio de Nazaré.
A presente sessão foi convocada pelo Presidente do Congresso Nacional, em atendimento ao Requerimento nº 11, de 2025, de minha autoria, do Senador Esperidião Amin, e de outros Parlamentares.
Neste momento, convido a todos para acompanharem a entrada da imagem peregrina de Nossa Senhora de Nazaré, ao som da canção Maria de Deus, Senhora da Paz, composição de José Musse Costa Lima Jereissati, que será executada pelos músicos Michelle Abrantes e Wemerson Pereira.
Convido para entrar com a imagem a Dra. Liana, esposa do Presidente do Senado, representando o Senado Federal, e a esposa do nosso Deputado do Maranhão, D. Geíse, representando a Câmara, que alcançou uma graça de Nossa Senhora de Nazaré.
Então, D. Liana e D. Geíse trarão a imagem até a sua posição oficial.
(Procede-se à apresentação da música Maria de Deus, Senhora da Paz.)
O SR. PRESIDENTE (Joaquim Passarinho. PL - PA) - Eu vou imitar um pouco aqui o Padre Rafael.
Viva Nossa Senhora de Nazaré!
(Manifestação da plateia.)
O SR. PRESIDENTE (Joaquim Passarinho. PL - PA) - Convido a todos para, em posição de respeito, entoarmos o Hino Nacional brasileiro.
(Procede-se à execução do Hino Nacional.)
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O SR. PRESIDENTE (Joaquim Passarinho. PL - PA) - Neste momento, será exibido o vídeo preparado pela diretoria da festa de Nazaré especialmente para esta sessão solene.
(Procede-se à exibição de vídeo.) (Palmas.)
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O SR. PRESIDENTE (Joaquim Passarinho. PL - PA. Para discursar - Presidente.) - Gostaria neste momento de também agradecer a presença do Sr. Ministro de Estado Substituto do Ministério da Integração e do Desenvolvimento Regional, Valder Ribeiro de Moura, muito obrigado pela presença; da Sra. Adida Social da Embaixada da Alemanha, Kathrin Denise Jessica Schaefers - não sei se fiz a pronúncia correta -, muito obrigado pela presença; da Sra. Primeira Secretária da Embaixada da República Dominicana, Cruz María Capellán; do Sr. Prefeito do Município de Ibiapina, Marcos Antonio da Silva Lima; do Sr. Vereador do Município de Oriximiná, Manoel Lucivaldo Siqueira; assim como também do meu amigo João Galassi, Presidente da Abras (Associação Brasileira de Supermercados), aqui presente.
Muito obrigado pela presença de todos.
Bom, vou iniciar meu pronunciamento.
É difícil, para mim, falar depois de um vídeo desse. Só quem já foi ao Círio e conhece o que é a força do Círio de Nossa Senhora de Nazaré, a força da nossa padroeira, sabe o quanto ele é importante para cada um de nós, o quanto é importante para todo católico, para todo paraense de modo geral, porque o Círio transcendeu a religião católica. Hoje ele é um patrimônio cultural do Brasil, da humanidade e para Belém como um todo.
Nós dizemos em Belém que o Círio é o Natal do povo paraense. Se quem estiver morando fora tiver que ir, Senador Izalci, uma vez ao Pará, ele escolhe o Círio de Nazaré para confraternizar com a sua família. E o Círio não é apenas uma procissão; o Círio é toda uma evangelização, que começa com uma programação de 35 casais que são da diretoria, abnegados, que fazem essa evangelização, com pequenas imagens, correm os corredores da cidade, as ruas da cidade, fazendo uma evangelização completa com o tema do Círio. Você tem 13 ou 14 procissões hoje, ao todo. São 14?
(Intervenção fora do microfone.)
O SR. PRESIDENTE (Joaquim Passarinho. PL - PA) - São 14 procissões ao todo. Então, não é apenas aquilo que você vê pela imagem, às vezes, na televisão, ele transcende isso: é uma devoção que o povo paraense tem. Fala-se em 2,5 milhões de pessoas nas ruas de Belém no dia - o Deputado Márcio esteve lá este ano, sabe do que nós estamos falando -, passando pela cidade, uma cidade de 1,6 milhão de pessoas, que recebe muitos convidados, e, o que é mais impressionante, tudo isso ocorre sem nenhum acidente, sem nenhum problema grave. Só com a proteção divina mesmo nós conseguimos fazer isso! Então, há toda uma movimentação, há toda gratidão.
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O Padre Assis disse um dia desses que a gente, neste momento, só agradece, mas você pode pedir também, aproveite que ela está aí, porque, apesar de ela estar cheia de pedidos durante o Círio, sempre cabe um pouquinho e ela pode atender cada pedido, porque ela é mãe, ela sabe fazer isso, ela sabe como fazer.
Outro dia eu também discutia - discutia não, conversava - com alguns amigos e as pessoas falavam muito sobre a importância de Maria. Algumas pessoas criticam a gente ter essa devoção a Nossa Senhora de Nazaré. E uma pessoa me ensinou uma coisa muito importante que eu nunca mais esqueci: quando você vai olhar a Bíblia, tem uma passagem da visita de Maria a Isabel. Quando Maria chega a Isabel, Isabel vai saudá-la, e ela não saudou o menino Jesus, ela saudou Maria. (Manifestação de emoção.) Desculpe. Então, Isabel diz isto: "Bendita sois vós e bendito é o fruto do vosso ventre". É a importância de Maria.
Quando nós fazemos a homenagem, a reverência... É lógico que ela intercede a Jesus. As pessoas confundem, às vezes, o que a gente faz na religião católica. A gente pede para ela porque tenho certeza de que ela vai sempre estar pronta para ouvir. A mãe sempre sabe como falar com o filho.
Então, essa é a nossa devoção, que se iniciou aqui há 11 anos. Quando eu cheguei ao Plenário aqui do Congresso, da Câmara, eu falava com a minha esposa: como é que nós podemos agradecer? Então, nós criamos essa vinda, Senador Izalci, da imagem, com a ajuda da diretoria do Círio, começamos a trazê-la, mas ela vinha para a sessão, ia para a minha casa e depois ia embora. E a minha mulher disse um dia para mim: "É muito egoísmo isso. Por que a gente vai ficar com ela aqui, presa em casa?". Então nós achamos o Padre Rafael, que nos acolheu, acolheu a imagem, e hoje nós estamos com dois dias de transladação, de visitação. Ela chegou ontem de manhã bem cedo, fizemos todo um dia... Terminou à noite, com uma missa na Samambaia, indo para a Paróquia Nossa Senhora de Nazaré. Depois teve uma caminhada - o Padre Rafael quase teve um infarto, porque era para ser uma carreata, e acabou com o povo vindo andando - até a Igreja da Barca, que é como chamam a Paróquia Santa Luzia. Fizemos uma missa maravilhosa lá. Os padres barnabitas tomam conta dessa igreja. E hoje o dia inteiro, e ainda vai à noite... Mas já é uma promessa do Padre Assis - e, quando o Presidente da festa fala, ninguém pode falar diferente, Américo, apesar do seu susto -, o Padre Assis já disse que ano que vem serão três dias em Brasília, três ou quatro dias em Brasília, por tanta demanda, e já querem... (Palmas.) Já estão pedindo em Planaltina, já estão pedindo outras igrejas, diversas igrejas, a visita de Nossa Senhora, para a gente fazer aqui uma peregrinação. O Padre Rafael está encarregado de fazer essa programação de três ou quatro dias no ano que vem, se Deus quiser. Então, eu agradeço a presença de todos.
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Para mim, sempre é uma emoção. O Padre Assis diz que é chorão, e eu também sou, principalmente quando vejo a imagem de Nossa Senhora, porque muito eu tenho a agradecer: à minha vida, à vida da minha esposa e da minha família, enfim, agradecer por tudo que ela me deu. Eu não posso pedir mais nada, porque ela já me deu tudo.
Obrigado. (Manifestação de emoção.) (Palmas.)
Convido agora o Senador Izalci Lucas, que faz parte da nossa Frente Parlamentar Católica, no Senado, e que falará em nome da frente.
Nós vamos fazer uma intercalação, Senador Izalci, vamos ouvir uma pessoa da mesa... Os Deputados e Senadores que estiverem presentes e quiserem se inscrever se inscrevam. A gente vai intercalar uma fala da mesa e uma fala do Plenário, dos Senadores e Deputados que se inscreverem para falar.
Senador Izalci, é um prazer ouvi-lo.
O SR. IZALCI LUCAS (Bloco/PL - DF. Para discursar. Sem revisão do orador.) - Eu quero aqui não só cumprimentá-lo, mas também parabenizá-lo pela iniciativa desta homenagem, desta sessão solene, Deputado Joaquim Passarinho. Quero cumprimentar aqui também o nosso Deputado Federal Miguel Lombardi; o Revmo. Sr. Reitor do Santuário Mariano da Basílica Nossa Senhora de Nazaré e também Presidente e Diretor da Festa de Nazaré, Padre Francisco Assis Felintro de Oliveira; o Revmo. Sr. Reitor do Santuário Nossa Senhora da Saúde e Vigário Episcopal da Arquidiocese de Brasília, nosso querido Padre Rafael Santos; e o Sr. Diretor benemérito da Festa de Nazaré, Flávio Américo. Quero cumprimentar aqui todos os nossos Parlamentares, Deputados e Deputadas, Senadores e Senadoras, todos os nossos amigos, convidados e leigos.
Há um momento em que a cidade inteira parece respirar unida, em harmonia, momento em que o sagrado desce às ruas, toma forma de canto, de lágrima, de promessa. Assim é Belém do Pará no tempo do Círio de Nazaré.
Ali não há apenas uma celebração, há um reencontro do povo com sua a história, da fé com a cultura, da esperança com o cotidiano. Durante o Círio, o céu parece mais perto, as nossas preces parecem ir mais longe e cada passo dado nas procissões é uma oração que se move.
O Círio nasceu de um gesto simples de um caboclo humilde que encontrou, nas margens de um igarapé, a imagem de Nossa Senhora de Nazaré. E hoje, séculos depois, se tornou um encontro que, ao mesmo tempo em que é singelo, também é magnífico. De uma imagem surgiram séculos de devoção, de cultura e de amor.
Hoje o Círio não pertence apenas a Belém, pertence ao Brasil. É a fé que se multiplica em milhões de corações, é o Pará que se faz altar, é o Brasil inteiro que se reconhece na força de um povo que canta, chora e agradece.
Durante esses dias, Belém se transforma e o tempo parece aprender a esperar. O comércio silencia, as ruas se enchem, as casas se abrem e o que se vê é uma cidade inteira em oração, uma multidão que não caminha por costume, mas por amor.
O Círio é também um espelho da alma brasileira, é a nossa capacidade de crer, de celebrar, de resistir com alegria.
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É cultura viva o cheiro do açaí, o sabor do tucupi, as cores, os sons, os gestos que misturam fé e festa, religiosidade e identidade. Tudo isso faz do Círio uma das expressões mais belas do que somos como povo.
Não por acaso, em 2013, a Unesco reconheceu o Círio como Patrimônio Cultural Imaterial da Humanidade, um título que confirma aquilo que o coração brasileiro já sabia. O Círio é uma herança espiritual que o Pará oferece ao mundo. Mas mais importante que o título é o que o Círio desperta. Ele comove quem é católico e quem não é. Emociona tanto o turista que visita Belém pela primeira vez quanto o paraense que nunca deixou de participar. Afinal, diante de tanta fé, não há como permanecer indiferente.
O Círio é o Brasil, ajoelhado e de mãos dadas, unido pela crença. É a certeza de que, mesmo em tempos difíceis, ainda sabemos caminhar juntos com fé, com esperança e com ternura.
Por isso, hoje, nesta Casa que representa os anseios do povo, prestamos a nossa homenagem à Nossa Senhora de Nazaré e a todos os que mantêm viva essa tradição, aos devotos, aos voluntários, às famílias, às comunidades que, ano após ano, renovam esse gesto de amor coletivo. Que Nossa Senhora de Nazaré continue a abençoar o povo do Pará, a inspirar nosso Brasil e a lembrar-nos sempre de que o verdadeiro milagre é o da fé que nos une e nos transforma.
Viva Nossa Senhora de Nazaré! (Palmas.)
Obrigado.
O SR. PRESIDENTE (Joaquim Passarinho. PL - PA) - Fazendo a nossa alternância, convido o Deputado Márcio Honaiser para fazer uso da palavra, agradecendo as palavras do Senador Izalci Lucas.
O SR. MÁRCIO HONAISER (Bloco/PDT - MA. Para discursar. Sem revisão do orador.) - Sr. Presidente desta sessão solene, Deputado Joaquim Passarinho; Senador Izalci Lucas; Deputado Miguel Lombardi, companheiro nosso da Frente Parlamentar Católica; o Reitor do Santuário Mariano, Padre Francisco Assis; o Reitor do nosso Santuário Nossa Senhora da Saúde, Padre Rafael; o benemérito da festa, Diretor Flávio Américo, todos os Deputados, Deputadas, Senadores, Senadoras, pessoas que vieram participar desta sessão solene, momento marcante na nossa vida, é com grande alegria que recebemos novamente a visita da imagem peregrina de Nossa Senhora de Nazaré. E temos o privilégio de aqui, nesta Casa, fazer esta sessão solene e testemunhar publicamente a nossa fé católica. Quis a providência divina que, neste ano, em vez de ser na Câmara, como todos os anos, viesse aqui ao Senado também prestigiar.
Agradeço ao Deputado Joaquim Passarinho e a todos que tornaram possível este momento tão importante e simbólico, não apenas de oração, mas de profunda renovação espiritual para a nossa nação. Ele nos recorda a grande missão de fé que sempre acompanhou o Brasil, mesmo nos tempos mais difíceis.
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Esse precioso desígnio divino nunca nos abandonou e há de se cumprir pelo esforço espiritual do nosso povo e também dos seus representantes. Por isso, é tão significativa esta sessão solene, que nos convida a voltarmo-nos para nossa Mãe, Mãe e Guia, aqui simbolicamente representada por Nossa Senhora de Nazaré, tão grandiosa na espiritualidade brasileira. Que saibamos acolhê-la nesta Casa, assim como milhões de fiéis a acolhem devotamente em seus corações, como Mãe querida.
Este momento é ainda mais especial para mim, pois recentemente tive a graça de participar pela primeira vez do Círio de Nazaré. Já participei de outros Círios, no Maranhão, lá em São Luís, também tem o Círio de Nazaré, mas nem chega perto do de Belém - até para a Nádia não puxar a minha orelha, realmente nada se compara com o Círio de Belém, mais de 2,5 milhões, quase 3 milhões de pessoas. É a maior procissão católica do mundo e eu estive lá, ao lado da minha esposa Geíse. Foi uma emoção em que contemplamos a beleza e a força da fé do nosso povo e é uma alegria ainda maior tê-la hoje tão perto de nós. Pude sentir de perto a força e a devoção das pessoas, me chamavam a atenção aquelas pessoas andando de joelho aqueles quilômetros entre um lugar e outro, o esforço, não tinha mais resistência, não tinha mais garra, não tinha energia, e eu via ali o Cristo carregando a cruz, também o sacrifício que Ele tinha, e as pessoas carregavam esse sacrifício para poder agradecer uma graça. Ou seja, a nossa fé é muito importante como a das pessoas lá, independentemente da fé que professam, qualquer religião, todos se envolvem com o Círio.
Uma coisa que nos chamou a atenção é que lá não tem bom dia, boa tarde, boa noite, todo mundo é: bom Círio. E o outro responde: bom Círio. E isso independente da pessoa com quem você encontra, de qual a religião que ela professe, ele fala sempre bom Círio. Isso mostra a congregação de todos nós em cima de um mundo melhor que todos nós queremos, mais humano, mais igualitário, em que se professe sempre o bem comum.
E, para finalizar, quero que, por vossa intercessão, ó, Nossa Senhora de Nazaré, esta Casa e todo o Brasil se submetam à vontade do Vosso Santíssimo Filho, Nosso Senhor Jesus Cristo.
Um abraço a todos. (Palmas.)
O SR. PRESIDENTE (Joaquim Passarinho. PL - PA) - Muito obrigado, Deputado Márcio, que teve a satisfação de participar este ano, junto com a Geíse, do Círio. A gente fala que o Círio a gente não conta, a gente sente, é bem diferente.
Concedo a palavra ao Deputado Miguel Lombardi, em nome da Frente Parlamentar Católica.
O SR. MIGUEL LOMBARDI (PL - SP. Para discursar. Sem revisão do orador.) - Bom dia.
Em primeiro lugar, quero agradecer a Deus e à Nossa Senhora de Nazaré por estarmos aqui.
Sr. Presidente, requerente desta sessão, meu amigo, irmão, Deputado Federal Joaquim Passarinho, Senador Izalci, Revmo. Sr. Reitor do Santuário Mariano da Basílica de Nossa Senhora de Nazaré e Presidente da Diretoria da Festa de Nazaré, Padre Francisco Assis, Revmo. Sr. Reitor do Santuário de Nossa Senhora da Saúde e Vigário Episcopal da Arquidiocese de Brasília, Padre Rafael, que é uma bênção - olhem, eu não profetizei, não, é Padre Rafael -; Sr. Diretor Benemérito da Festa de Nazaré, Fábio Américo; senhores e senhoras, o meu amigo Deputado Márcio, que me antecedeu; Deputado Eros; e, nas pessoas deles, todos os Deputados, Senadores e Senadoras aqui presentes...
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Quero agradecer ao nosso Presidente Davi aqui também, Deputado Joaquim Passarinho, que nos cedeu e nos deu esta oportunidade valorosa, de esta sessão solene ser realizada aqui no Senado; ao meu amigo e irmão, também, Gastão, da Frente Parlamentar Católica; ao Diego, que é do Grupo de Oração Santa Elena Guerra, também, e que teve um problema, pois, infelizmente, sua tia faleceu - a Bia, sua esposa, está aqui presente. Enfim, é uma alegria muito grande.
Autor da proposta, Deputado Joaquim Passarinho, é importantíssimo a gente receber a imagem de Nossa Senhora de Nazaré, o Círio de Nazaré, e o Padre Francisco colocou na Santa Missa de manhã... Lá é uma procissão, mas é uma gratidão, foram lá colocar a sua gratidão, as suas bênçãos alcançadas: umas de saúde, outras de passar em faculdade - o que ele colocou muito bem -, outras de família, da estrutura de uma família, da preservação de família. Enfim, cada um com seus pedidos lá, e havia mais de 2,5 milhões de pessoas, o povo paraense, o Estado do Pará.
Deputado Joaquim Passarinho e sua esposa, Nádia, nos dá essa alegria de poder trazer esta imagem todos os anos aqui ao Congresso Nacional, trazer esperança, trazer tolerância e fazer justiça, para nós mandatários podermos fazer projetos que venham a melhorar a qualidade de vida das pessoas, principalmente dos mais pobres, principalmente dos mais empobrecidos, de pessoas que não tem ninguém que fale por elas.
Então, é importantíssimo ela trazer essa tolerância para a gente fazer justiça e fazer com que nossa fé, cada vez mais, se fortaleça no Congresso Nacional. Aqui é lugar de decisões, sim, mas a gente tem que olhar sempre as nossas decisões para beneficiar a população, e ela vem trazer esse fortalecimento. E, olhem, é uma honra muito grande, é uma honra de Chefe de Estado nós a recebermos.
Meu amigo e irmão Deputado Passarinho, muito obrigado. Eu fico muito feliz por, mais um ano, poder participar desta sessão solene. A nossa Frente Parlamentar Católica, agora Bancada Cristã, com mais de 300 Deputados, mostra a fé cristã, a perseverança aqui no Congresso Nacional.
Então, hoje, nesta sessão solene - o Sr. Américo, também aqui, junto conosco, todo ano... Essa comitiva que vem do Pará, o esforço de cada um para poder estar aqui nesta manhã, essa peregrinação que foi feita aqui em Brasília, em várias paróquias, é importante, porque traz para nós - volto a dizer - o amor no coração, o amor ao próximo, a vontade de ajudar; e a santinha, que tanto nos ajuda e que tanto nos abençoa...
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Então, senhoras e senhores, hoje é um dia marcante para o Congresso Nacional. É um dia de fé, de perseverança, de amor ao próximo e de tolerância e de justiça. Que Deus abençoe a todos e vamos lá, sempre por um Brasil melhor.
Nossa Santinha aqui abençoe sempre o nosso país e dê, cada vez mais, ao nosso povo amor e sempre amor ao próximo.
Um abraço a todos e um dia abençoado. (Palmas.)
O SR. PRESIDENTE (Joaquim Passarinho. PL - PA) - Muito obrigado, Deputado Miguel Lombardi, que é vicentino e sempre está conosco na Frente Parlamentar Católica, pela sua parceria e sua amizade.
Muito obrigado pela sua participação.
Vamos ouvir agora... Convido o Deputado Henderson Pinto, Deputado do Pará, lá da nossa Santarém.
Prazer tê-lo aqui também, Henderson.
O SR. HENDERSON PINTO (Bloco/MDB - PA. Para discursar. Sem revisão do orador.) - Bom dia a todos.
Para mim, é uma honra poder estar aqui no Plenário deste Senado. Confesso a vocês que é a primeira vez que eu utilizo um plenário emocionado e nervoso, por conta da veneração que temos a Nossa Senhora de Nazaré; e mais honrado ainda em poder saber que um paraense, nosso Deputado Joaquim Passarinho, fez... Faz todo ano esse pedido da visita da imagem de Nossa Senhora de Nazaré aqui na Câmara, no Congresso Nacional e aqui no Senado.
Fico mais feliz ainda de poder deixar uma mensagem, não uma mensagem meramente por conta da festa, daquilo que simboliza o Círio de Nossa Senhora de Nazaré, mas, sobretudo, uma mensagem do que significa a Virgem Maria para a humanidade.
O Círio de Nazaré, muito bem falado pelos colegas que me antecederam, remonta ali de 1700, quando foi encontrada essa imagem, que já promoveu um milagre, que a imagem, de forma misteriosa, sumia e voltava para o mesmo lugar daquele igarapé em que ela tinha sido encontrada. Também isso é história, do Círio, que, a partir dali, aquela pequena comunidade começou a fazer as suas procissões, tornando-se ela a maior procissão e romaria católica do mundo.
E este ano, que é o ano da COP, talvez... Todos apostaram - e aconteceu realmente - com a maior participação da população do Brasil e de muitas pessoas que vieram do mundo todo se manifestar.
E eu quero fazer um agradecimento especial aos nossos irmãos evangélicos e de outras denominações religiosas pela caridade, pela solidariedade no Círio de Nossa Senhora de Nazaré, na doação de água, no apoio aos devotos, aos romeiros. Foi extraordinário poder vivenciar, e o que me causou estranheza é que pessoas de outras denominações ainda foram criticadas por pessoas que se dizem cristãos. Então, é uma estranheza porque o verdadeiro cristão segue a Cristo, e Cristo demonstra para a gente, na sua história de vida, que o mais importante para um cristão é poder servir e seguir aquilo que Cristo nos ensinou.
Mas hoje é dia de a gente reconhecer o que significa a Virgem Maria para todos nós.
Primeiro, qual é o maior "sim" que a humanidade teve a oportunidade de vivenciar naquela época? O "sim" de uma mulher, de Maria, que já nasceu escolhida por Deus para ser a mãe de Jesus. Escolheu uma mulher que, na sua simplicidade, na sua obediência a Deus, disse "sim" no momento que foi visitada pelo anjo Gabriel; que em nenhum momento duvidou, mas que colocou em prática aquilo que cada cristão tem que colocar, que é reconhecer a mensagem de Cristo na nossa vida, a promessa de Deus com a vinda de Cristo, hoje representada pela Virgem Maria.
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E também quero desmistificar, aqui na minha fala e nesta mensagem, algo de que muitas vezes somos acusados, Padre: de adorar Maria.
Nós não adoramos Maria, nós não adoramos a Virgem Maria, porque adoração só tem a ver com Deus e seu filho Jesus, mas nós veneramos, porque a veneração à Maria é uma honra especial, pela sua condição de ter recebido de Deus o título de Mãe de Deus e da Humanidade. E nós temos devoção por ela.
Muitas vezes, as pessoas dizem: o caminho é somente Cristo. E é verdade, mas o próprio Cristo deu para a gente também o poder da intercessão, da cura, da oração e tantos outros. E como que não à sua mãe?
A veneração à Maria, a devoção a ela une as pessoas a Jesus. Ela não afasta; pelo contrário: ela aproxima. É porque, através dessa devoção, quando as pessoas de forma muito simples e com muita fé pedem a ela essa intercessão, ela atende.
E eu quero deixar essa mensagem, porque é importante a gente, num mundo ecumênico, a partir do Papa João Paulo II, que trouxe a mensagem do ecumenismo, possa respeitar todos que pensem diferente, que tenham outras crenças, mas eu queria deixar um testemunho do poder de Maria, da sua intercessão na vida de cada um de nós.
Eu hoje estou Deputado Federal, fui quatro vezes Vereador da minha cidade de Santarém, no Pará. Minha esposa estava grávida da nossa terceira filha, que hoje tem 16 anos - a única gravidez que foi escolhida por nós para ter um parto cesário, os outros anteriores, normais. E, no dia em que nós fomos, Padre, fazer a ultrassonografia para marcar a cirurgia, foi identificado um nó verdadeiro no cordão umbilical, e a doutora disse que tinha que ser de imediato. Isso era ali por volta de 7, 8h da noite.
Já saímos dali para o hospital, chamamos a médica que estava prevista para fazer o parto. Eu não pude acompanhar o parto, por conta da urgência. E eu lembro que, quando nasceu, o médico me chamou, o pediatra, e disse: "Sua filha tem poucas horas de vida".
E vocês sabem que, para quem tem a vida pública, a coisa mais fácil do mundo é a gente ligar para alguém para interceder por alguém, para pedir por alguém. Quando chegou a minha vez, quando eu liguei, naquele momento, Joaquim, para o Secretário de Saúde me ajudar, eu fiquei sem voz, eu não consegui falar! Minha tia pegou o telefone da minha mão e falou com ele, e eu lembro como se fosse hoje. Em uma janela no corredor daquele Hospital Sagrada Família, lá em Santarém, eu dizia: "Minha Mãe, interceda pela vida da minha filha junto a seu filho Jesus. Permita que ela viva". (Manifestação de emoção.) E, rapidamente, os médicos conseguiram fazer todo o atendimento, e a maior dificuldade que existe na vida na área da saúde é uma UTI neonatal. E, para a glória e a honra do Senhor, naquele dia, por incrível que pareça, tinha uma que estava desocupada, e não tinha ninguém na fila.
E a minha filha foi para lá, passou 14 dias na UTI. A mãe soube cinco dias depois - então, três dias depois que ela já estava na UTI - e pôde visitar no Dia das Mães, naquele 7 de maio daquele ano que ela nasceu.
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E eu digo a vocês que nós entregamos a vida da nossa filha nas mãos de Nossa Senhora pela sua intercessão.
Hoje ela tem 16 anos, é uma filha saudável, uma mulher incrível, que, por honra e glória ao nosso Senhor, pela intercessão de Maria, está no meio de nós. Por isso a nossa devoção muitas vezes não entendida.
E eu finalizo - perdão por alongar -, porque me veio na memória agora o refrão de um canto. Não sou o Eros - o Eros é o nosso cantor oficial da nossa bancada -, mas me veio aqui um canto que eu digo que representa, nesse refrão, aquilo que nós acreditamos e o que significa a Virgem Maria para todos nós.
Eu vou tentar cantar, Eros. Ele diz assim no refrão:
Como é bonita uma religião que se lembra da Mãe de Jesus
Mais bonito é saber quem Tu és
Não és deusa, não és mais que Deus
Mas, depois de Jesus, o Senhor
Neste mundo ninguém foi maior
Viva Maria, viva Virgem Maria, viva Nossa Senhora de Nazaré. (Palmas.)
O SR. PRESIDENTE (Joaquim Passarinho. PL - PA) - Muito obrigado, Henderson, pela sua fala, pelo seu testemunho.
E o Eros ficou preocupado agora, porque ele vai perder a vaga dele de cantor oficial da frente. (Risos.)
Eu queria registrar também a presença do Revmo. Sr. Padre da Paróquia Nossa Senhora do Perpétuo Socorro, do Lago Sul, Padre Rafael Vieira.
Obrigado pela presença.
Convido para usar a palavra o Revmo. Sr. Reitor do Santuário Mariano Basílica de Nossa Senhora de Nazaré e Presidente da Diretoria da Festa de Nazaré, Padre Francisco Assis Oliveira, que está responsável pelo número de dias em que a imagem ficará aqui no ano que vem.
Enquanto o Padre chega, queria saudar o nosso Senador Esperidião Amin, que foi signatário desta sessão junto comigo, para fazermos a sessão do Congresso Nacional e estarmos no Plenário do Senado hoje.
Muito obrigado pela presença, Senador Esperidião Amin.
O SR. ESPERIDIÃO AMIN (Bloco/PP - SC. Para discursar. Sem revisão do orador.) - Só tenho palavras para agradecer (Fora do microfone.) por ter tido esta oportunidade muito singela de coautoria do nosso grande mentor, que é V. Exa., querido amigo Deputado Joaquim Passarinho.
Saúdo a todos.
Só me permita fazer um comentário.
Eu terminei de ler, na semana passada, um livro de 720 páginas do Frei Clodovis Boff, catarinense, da Ordem dos Servos de Maria, sobre mariologia social, ou seja, a importância de Maria nas políticas e na busca da justiça social.
Realmente, temos muito a agradecer tanto à Nossa Senhora de Nazaré quanto aos outros 2,6 mil nomes que designam a nossa Mãe.
Muito obrigado. (Palmas.)
O SR. PRESIDENTE (Joaquim Passarinho. PL - PA) - Muito obrigado, Senador Esperidião Amin.
Padre Assis.
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O SR. FRANCISCO ASSIS FELINTRO DE OLIVEIRA (Para discursar. Sem revisão do orador.) - Sr. Presidente, requerente desta sessão, Deputado Federal Joaquim Passarinho; Sr. Senador Izalci Lucas; Srs. Senadores e Deputados aqui presentes; queridos irmãos no sacerdócio; irmãos e irmãs.
É uma satisfação imensa poder participar, mais uma vez, deste momento em homenagem à Nossa Senhora de Nazaré, Rainha e Padroeira da Amazônia.
Neste ano nós tivemos, como tema do Círio, um tema muito especial: "Maria, Mãe e Rainha de toda a criação". E o manto que reveste a imagem de Nossa Senhora de Nazaré, a imagem peregrina aqui presente, traz uma alusão a esse título, na representação da árvore da vida, onde Jesus está crucificado e, aos pés dele, está a humanidade, representada por Adão e Eva de joelhos, sendo redimida, sendo trazida novamente à dignidade pelo sacrifício oferecido por Ele na santa cruz.
Queridos irmãos e irmãs, o Círio de Nazaré é algo inexplicável. Eu sou paraense, nascido no Pará, desde criança participando deste momento especial, e, como já foi mencionado em tantos momentos nessa visita, a gente não consegue conter a emoção e as lágrimas. É muito especial.
Na sexta-feira que antecede o Círio, acontece a primeira procissão; é o traslado da imagem até a cidade de Ananindeua, na área metropolitana, na Grande Belém.
No percurso que nós fazemos, é inexplicável olhar o semblante, a emoção de tantos homens e mulheres, jovens, adultos, idosos, crianças.
Querido Deputado Joaquim Passarinho, tem uma imagem que eu nunca esqueço: a ocasião em que eu vi uma criança, uma menina de dois anos, enxugando as lágrimas do pai. O pai a segurava nos braços, chorando de emoção, e ela, com as mãozinhas inocentes, enxugando as lágrimas, sem entender por que o pai, naquele momento, chorava tanto. E a minha sensibilidade me fez imaginar que aquele pai estava ali agradecendo por ter a filha nos braços, certamente depois de ter enfrentado alguma doença grave.
Isso é muito comum no Círio de Nazaré, nós vermos as pessoas agradecendo pela dádiva de recuperar a saúde.
O Círio de Nazaré é uma expressão maravilhosa de solidariedade cristã. É lindo! A começar por aqueles que ajudam na realização, na organização: os 35 casais da diretoria da Festa de Nazaré, a Guarda de Nazaré, com seus 2,7 mil homens, os vários voluntários que se dedicam de maneira tão generosa, sejam os que fazem parte das Forças Armadas, sejam também os da sociedade civil.
No decorrer do Círio, nós vemos a atenção que se tem pelo próximo. Quando alguém começa a passar mal, logo alguém grita: "Maca, Maca!". E, rapidamente, a Cruz Vermelha ou outros voluntários da saúde enfrentam aquela situação, para chegar até onde aquela pessoa está passando mal, para socorrê-la de imediato.
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E eu digo, pela graça de Deus - e continuará assim -, nós nunca tivemos nenhum incidente grave nem teremos, porque os santos anjos e a Virgem Maria não consentem que aconteça nada que possa manchar aquele momento especial.
Há a generosidade de quem pega uma garrafa d'água e faz com que ela consiga ser suficiente até para 10, 15 pessoas - cada um toma um gole e passa para o outro. Para isso eu olho com atenção. Eu rezo, desde a saída até a chegada da procissão, pedindo por cada um daqueles que estão ali para que nada aconteça, e é muito especial. Eu digo a vocês que é um fenômeno que o mundo precisa conhecer para que as pessoas se inspirem nele e sejam mais solidárias, mais fraternas, tenham um olhar de carinho, de amor pelo próximo, e não de ódio. O Círio de Nazaré brota de uma fé verdadeira em Nosso Senhor Jesus Cristo, que nos ensina: "Amarás o teu próximo como a ti mesmo".
Então, queridos irmãos e irmãs, é muito bonito nós percorrermos o nosso Brasil, e eu digo que chegará o momento em que eu deverei escrever um livro, porque, pelo privilégio de acompanhar a imagem de Nossa Senhora de Nazaré por vários lugares do Brasil, eu pude ver com os meus olhos e ouvir com os meus ouvidos coisas maravilhosas.
A imagem peregrina faz, em média, 900 visitas na Grande Belém, no interior do Estado do Pará e fora do Estado do Pará. E, em cada visita, nós constatamos a fé bonita de um povo generoso que tem muito a ensinar para o mundo, sem pretensão nenhuma, porque nós não somos melhores do que ninguém, mas é muito bonito.
E eu quero aqui dizer aos senhores e às senhoras que são muito bem-vindos à Belém do Pará para participar do Círio no segundo domingo de outubro e conhecer a belíssima Basílica de Nossa Senhora de Nazaré, que recentemente foi restaurada e retornou ao seu esplendor original. Eu entro na Basílica e eu me sinto na antessala do céu - é linda, é impressionante a riqueza de detalhes. Quem puder - faço esse convite - venha conhecer, venha fazer uma experiência bonita e se deparar com aquela beleza que é a Basílica de Nazaré. Eu já tive oportunidade de conhecer muitas igrejas, já andei bastante, mas eu me encanto sempre com a Basílica de Nazaré, que é chamada, desde longa data, de a Maravilha do Pará.
Então, meu muito obrigado, em nome da Arquidiocese de Belém, em nome dos Padres Barnabitas, que, há 120 anos, têm essa missão de serem os guardiões daquele santuário e dessa devoção, em nome da Diretoria da Festa de Nazaré e da Guarda de Nazaré. Que Deus os abençoe e Nossa Senhora proteja a todos!
Muito obrigado. (Palmas.)
O SR. PRESIDENTE (Joaquim Passarinho. PL - PA) - Muito obrigado, Padre Assis, pelas suas palavras e por estar aqui, Padre Assis, que já morou aqui em Samambaia, com os Barnabitas. Foi muito bem acolhido ontem, lá; o amor que o povo lá tem pelo Padre é muito importante.
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Nós vamos fazer uma apresentação musical. O próximo é o Eros, mas, antes de você, Eros, vamos fazer uma apresentação musical, tá? Pode ser? (Pausa.)
Então, dando seguimento, antes do próximo orador, eu convido a acompanhar a apresentação do cântico Regaço Acolhedor, composição das Irmãs Maria da Imaculada Conceição e Maria Angélica de Jesus Hóstia, que será executado pela cantora Michelle Abrantes e pelo músico Wemerson Pereira.
(Procede-se à apresentação da música Regaço Acolhedor.) (Palmas.)
O SR. PRESIDENTE (Joaquim Passarinho. PL - PA) - Por isso que sempre dizem que quem canta reza duas vezes, não é isso? Muito obrigado.
Eros, é a sua vez agora.
É difícil, depois de uma música dessas...
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O SR. EROS BIONDINI (PL - MG. Para discursar. Sem revisão do orador.) - Boa tarde a todos!
Realmente é difícil, depois de uma apresentação brilhante da nossa querida Michelle Abrantes, mas me permitam saudar a todos nas pessoas do proponente Joaquim Passarinho e do Senador Izalci, que também nos abre esta Casa.
São tantas palavras lindas. Aqui poderíamos ficar multiplicando essas palavras, cada um falando mais bonito que o outro sobre aquela que é merecedora realmente de toda reverência e veneração, que é a Mãe de Jesus. Mas o que eu quero deixar como mensagem de gratidão é que, ao mesmo tempo em que todos nós que amamos Maria, Maria que é a resposta deste tempo que nós estamos vivendo... Quem disse isso foi Charlie Kirk, que, apesar de evangélico, sua esposa, católica fervorosa, o levava à Santa Missa aos domingos. E ele, para exaltar a figura da mulher, dizia: "A resposta está na Mãe de Jesus", em Nossa Senhora.
Eu sei que todos nós que estamos aqui e quem está acompanhando de casa, Passarinho, vêm bem mais para agradecer, como você mesmo disse ali na entrevista ao sistema católico de comunicação - mais para agradecer. Mas, como Jesus mesmo disse, mesmo os corações mais agradecidos, mais generosos devem pedir - pedi e recebereis, porque Deus sempre tem algo a mais para nos dar, e Maria tem sempre algo a interceder por cada um de nós e por nossas famílias.
Então, a gratidão é grande por este dia de hoje, um dos dias pelos quais nós mais esperamos no ano, não é Passarinho? O dia que nós mais esperamos no ano é este dia da sessão solene em honra à Nossa Senhora de Nazaré, e devemos isso a este homem devoto, a essa família, que nos permite ter este momento tão especial. Mas, além da gratidão, nós todos aqui, imagino, temos um pedido a fazer a Deus por intercessão de Nossa Senhora, temos uma necessidade, temos uma súplica. Então nós nos lembramos das Bodas de Caná, onde aconteceu o primeiro milagre de Jesus, um milagre que foi, na verdade, antecipado. E nós sabemos disso porque Jesus respondeu à Maria, dizendo o nome dela, o nome de Gênesis e do Apocalipse, o nome com "m" maiúsculo: "Mulher, não chegou a minha hora ainda". Aquele "Mulher" é o mesmo "Mulher" que está em Gênesis: "Colocarei inimizade entre tu, serpente, e a mulher", e lá no Apocalipse apareceu um sinal no céu, uma mulher. Quando Jesus chama Maria de Mulher e não de mãe, ele não está menosprezando a sua mãe; ele está exaltando, mostrando o que significa a figura de Maria: ela é a Mulher de Gênesis e do Apocalipse, é a Mulher que vence o dragão e que pisa a cabeça da serpente. E Maria, por causa do pedido dela, fez com que Jesus, que já ia realizar os seus sinais e os seus milagres, antecipasse esses milagres.
Eu também faço um pedido a Jesus, não por mim apenas; mas, ao subir aqui nesta tribuna, eu vejo que este lugar, o Plenário do Senado, Senador Izalci, se torna hoje um lugar sagrado.
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Eu faço um pedido: que nas necessidades de cada um de nós, quando nós tanto esperamos pela intercessão de Nossa Senhora, nós vivamos aqui as Bodas de Caná. Que venha mais rápido a resposta que você precisa, o milagre que você espera, a ajuda que você almeja para a sua vida, para a sua casa e para a sua família, porque ela é que fez Jesus antecipar os seus milagres.
Nesses anos, eu tive a oportunidade de cantar por três vezes no Círio Musical lá em Belém e, este ano, eu cantei no Círio Musical de Marabá. Fiquei muito feliz de poder estar lá. E numa das vezes em que fui a Belém, no meu momento de oração, Deus me inspirou uma canção em honra a Nossa Senhora de Nazaré. Então, como eu já fiz em algumas ocasiões, eu ouso aqui também cantá-la para homenagear a Mãe de Jesus, que, como bem cantou a Michelle, é também a nossa mãe. Maria é a nossa mãe. Os primeiros apóstolos e discípulos chamavam Maria de mãe; os primeiros cristãos chamavam Maria de mãe; os que conviveram com ela a chamavam de mãe e a tratavam como mãe. Então, realmente, a minha mãe é a Virgem Maria. Que venham, através desta sessão solene, milagres mais rápidos, pelos quais você espera.
Nunca estivemos juntos ensaiando isso, mas o Espírito Santo nos dá essa unção.
Tece-se um véu
A mais linda estrela, Maria, a virgem do céu
A mãe de Deus, nossa mãe peregrina
Rainha, mãe de Nazaré
Erguem-se as mãos
Lágrimas caem
Transborda alegria em meu coração
Os mantos no chão
Te deixam passar
Te acolhe, Maria, esta multidão
Pra multiplicar essa alegria
Maria, Maria de Nazaré
Erguem-se as mãos
Lágrimas caem
Transborda alegria em meu coração
Os mantos no chão
Te deixam passar
Te acolhe, Maria, esta multidão
Pra multiplicar essa alegria
Maria, Maria de Nazaré
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Viva Nossa Senhora de Nazaré! Viva esta sessão solene! (Palmas.)
O SR. PRESIDENTE (Joaquim Passarinho. PL - PA) - Muito obrigado, Eros.
O Wemerson vai ter que esperar um pouco para cantar.
Eu queria convidar o nosso Padre Rafael, Reitor do Santuário Nossa Senhora da Saúde e Vigário Episcopal da Arquidiocese de Brasília.
Enquanto o Padre Rafael está indo à tribuna, eu queria lembrar, Eros, o nosso amigo Diego Garcia, que não pôde estar aqui com a gente - a Bia está aqui, mas Diego ontem estava lá no aeroporto, nós recebemos com ele a imagem, que estava chegando, e ele recebeu a notícia do falecimento de uma tia, irmã da mãe. Ele teve que, ao mesmo tempo, já comprar uma passagem para voltar para Curitiba.
Bia, sei que você aqui representa o Diego, então, dê um grande abraço. É um grande parceiro, um grande amigo e um grande católico.
Muito obrigado.
O SR. RAFAEL SANTOS (Para discursar. Sem revisão do orador.) - Cumprimento o Sr. Presidente requerente da sessão, Deputado Federal Joaquim Passarinho, e, na pessoa dele, cumprimento todos.
Vou tentar seguir o protocolo aqui. Na igreja, quem manda sou eu, o protocolo sou eu. Aqui, não pode ser assim, desculpe. Não se pode quebrar o decoro, pelo amor de Deus.
Poderia tecer aqui uma catequese sobre os olhos marianos e tantas outras coisas, mas eu gostaria de partilhar a minha experiência do Círio. Eu tenho dito, e quem está nos acompanhando vai escutar pela quarta vez, que eu posso dizer a vocês que ninguém pode morrer - por enquanto, por aquilo que eu experimentei - sem vivenciar duas coisas na vida. A primeira delas é um Conclave. Lá no Vaticano, quando aquela fumaça branca sai, é um negócio surreal, uma explosão de emoção, de alegria. Então, que demore, porque, para Conclave, o Papa tem que morrer - mas não temos pressa disso, deixem Deus seguir o seu curso. E a segunda coisa na vida que eu acredito que nós não podemos morrer sem experimentar é o Círio de Nazaré.
A menina Nádia e o Joaquim tinham me falado já - e conheço muitos paraenses que insistiam em me levar, mas caí num golpe bom da Liana e da Nádia, que me ligaram -: "Padre, vamos". Eu falei: meu Deus do céu, Nossa Senhora Aparecida, este ano, é a Padroeira de Brasília; se eu não estiver, D. Paulo vai me pegar. Aí, eu fui ao D. Paulo, pedi autorização, e ele me permitiu. De fato, tem que se viver.
De tantas coisas que eu vivi no Círio, sem esquecer o calor, claro, e a culinária, que é maravilhosa... Comi um peixe tão bom que eu até troquei o nome dele: era filhote e eu falei que era pescada amarela ontem, mas tudo estava gostoso. Não vou entrar na questão dos peixes para não dar confusão entre o Amapá e o Pará, eu gosto da paz.
Nós vimos no vídeo institucional, enquanto se cantava a música e em alguns outros vídeos que marca o Círio de Nazaré o Hino Nossa Senhora da Berlinda, a música, e a corda. E passa despercebido, pode ser que passe despercebido, na grandiosidade, para quem não vê, dessa multidão de gente... As ruas são pequenas, não são largas. Então, você coloca mais de 3 milhões de pessoas em ruas curtas, o que faz um grande mar de gente, longe, muito longe. Colocar nessa distância 3 milhões de pessoas dá muitos quilômetros.
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Por onde a imagem passa... Ela sai depois da missa das 6h da manhã - e eu estava nessa santa missa. Isso no dia do Círio, pois, para levar Nossa Senhora, é um outro círio, mas não damos o nome de círio, é o translado, que é um círio também. Pegamos a imagem do Colégio Gentil e levamos para a frente da catedral, onde pela manhã tem a missa, e devolvemos de novo para a basílica - toda uma história.
A missa é às 6h da manhã e, no meio da procissão, você já tem gente - 1,5km. Às 6h da manhã, já tem gente nas ruas. Essas pessoas passam, passa a corda, passa a berlinda e, três horas depois de que tudo isso aconteceu, ainda tem gente passando, pessoas que não viram a berlinda, pois muito distante estavam. Pessoas, ou milagres como diz o Padre Assis, tocaram a corda, e essas outras nem viram nem tocaram a corda. Depois que a berlinda com a imagem e a corda passam, três horas depois ainda tem pessoas passando, pessoas pagando promessa, pessoas agradecendo, vendo o que de fato é a fé.
No testemunho, o Deputado dizia confiar... Primeiro, a gente fala em confiar em Deus, mas normalmente é quase a segunda coisa. A primeira coisa é a quem eu posso ligar. E a fé nos recorda que não é ligar, mas confiar em Deus. As pessoas que pagam suas promessas, que não veem a imagem, que não tocam a corda, que mesmo sem conseguir estão indo... Tinha uma senhora... Eu falava com o Márcio e com a Geíse, que estava do meu lado, e a Nádia também acho que estava. Tinha uma pessoa que não aguentava mais pagar a promessa dela, e as pessoas diziam: "Não, vamos. Deus entende". E ela: "Deus pode até entender, mas eu preciso fazer - eu preciso fazer". Isso é fé, é saber que as nossas forças se acabam. E é preciso muitas vezes deixar que as nossas forças se esvaiam para que Deus possa ser a nossa força.
Os momentos de fé que nós podemos melhor testemunhar é quando nós percebemos que a nossa humanidade não pode nada e Deus vem e faz muito mais. Isto é o que Maria faz: a humanidade sem esperança, esperando o Salvador, nos traz o Cristo no seu sim. E, nas manifestações marianas, em que temos o título, onde ela aparece é onde o povo necessita, onde as forças humanas se acabam. E Deus se manifesta e diz: "Eu escuto a voz, eu escuto a prece, eu escuto a necessidade do meu povo". E Maria é esse sinal de Deus em Nazaré, em Fátima, em Aparecida. Maria é o sinal de que Deus é para nós sempre a força necessária para combater o bom combate e guardar a fé.
Feliz Círio para nós aqui em Brasília! (Palmas.)
O SR. PRESIDENTE (Joaquim Passarinho. PL - PA) - Muito obrigado, Padre Rafael, que realmente foi quem adotou a nossa imagem aqui no nosso Santuário da Saúde.
Para quem não tiver nenhum compromisso, hoje, às 4h30, essa imagem chega ao nosso Santuário da Saúde; às 5h, um terço; às 18h30, a missa de despedida. Logo após a missa, ela retorna para Belém. Então...
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(Intervenção fora do microfone.)
O SR. PRESIDENTE (Joaquim Passarinho. PL - PA) - Para Palmas, então? Mas vão com calma, então.
Quem puder estar presente hoje lá em mais um momento de oração, mais uma missa, para que a gente possa acompanhar essa programação até o final.
Só registro a presença do Senador Randolfe Rodrigues, do Amapá, que sabe como é a força do Círio lá em Belém, Líder do Governo.
Convido para usar a palavra o Deputado meu amigo Sidney Leite, Deputado lá do Amazonas, estado vizinho do Pará, que sempre está lá no Círio conosco. Sidney tem a palavra.
Registro também a presença da Deputada Adriana Ventura, aqui presente conosco. Obrigado, Adriana.
O SR. SIDNEY LEITE (Bloco/PSD - AM. Para discursar. Sem revisão do orador.) - Bom dia a todos, bom dia a todas.
Saúdo o meu colega e amigo Deputado Joaquim Passarinho, o Senador Izalci e, nas pessoas deles, saúdo todos os membros da mesa. Saúdo o Senador Randolfe. Nós temos uma característica: nós somos amazônidas.
E eu fui padre, brindado com o Círio em 2019, na discussão da PEC da reforma tributária. Participei de um evento em Belém, e eu venho de uma família católica. Minha avó materna é devota de Nossa Senhora, e minha mãe não diferente. E eu já tinha batizado minha filha no dia 8 de dezembro, que é dia de Nossa Senhora da Conceição, padroeira do meu estado.
Mas, como disse o padre aqui que me antecedeu, a experiência do Círio é única. E desde então, todos os anos, com exceção da pandemia, eu estive presente em Belém. E eu quero aqui render a mais profunda homenagem à Nossa Senhora de Nazaré, mãe amorosa, padroeira da Amazônia, símbolo de fé, devoção e esperança para milhões de paraenses, amazônidas e brasileiros. Sua presença espiritual une povos, cultura, fortalecendo laços que formam a alma amazônica, feita de fé simples, solidariedade, amor e respeito à vida em todas as suas formas.
A cada Círio, a cada prece, a cada gesto de amor, renova-se a mensagem de Maria. A fé é capaz de mover corações, unir comunidades, inspirar a construção de um futuro de justiça, paz e fraternidade. Que Nossa Senhora de Nazaré continue a abençoar a Amazônia, abençoe todas as lideranças, autoridades e povos tradicionais que participarem da COP 30 e que a Amazônia não seja somente um símbolo e objeto de discussão ao redor do mundo, mas que seja algo vivo e transparente, como as pessoas que lá vivem e lá moram.
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Dito isso, que a gente possa ter essa oportunidade. E eu não poderia deixar de fazer uma gratidão aqui ao Deputado Joaquim Passarinho, que todos os anos nos brinda com essa oportunidade. Obrigado, Joaquim, por nos trazer a imagem da Santa Peregrina aqui no Congresso Nacional e essa estada aqui em Brasília. Nós temos dois momentos, o Círio e nós Parlamentares aqui no Congresso Nacional. Viva Nossa Senhora de Nazaré, viva a padroeira da Amazônia!
Obrigado. (Palmas.)
O SR. PRESIDENTE (Joaquim Passarinho. PL - PA) - Muito obrigado, Sidney Leite, que já viveu várias vezes o Círio e sabe qual é a emoção de estar perto da imagem de Nossa Senhora de Nazaré.
Convido para usar a palavra o Diretor Benemérito da Festa de Nazaré, Flávio Américo, que é um dos coordenadores da direção do Círio, responsável por todo esse evento, vários casais. Então, Flávio, que você possa falar um pouco do trabalho, não só desses casais que fazem a organização do Círio, mas também, como foi falado aqui, de mais de 2,5 mil homens que fazem a nossa Guarda de Nazaré, agradecendo desde já aos nossos dois guardas de Nazaré que estão aqui acompanhando a imagem e guardando-a, com certeza, em todas as peregrinações. Muito obrigado pela presença de vocês.
Flávio.
O SR. FLÁVIO AMÉRICO (Para discursar. Sem revisão do orador.) - Bom dia a todos.
Sr. Deputado Federal Joaquim Passarinho, autor desta sessão e Presidente da mesma. Na verdade, confesso que não esperava compor a mesa e muito menos usar aqui da palavra, mas vamos lá.
Como o Deputado falou, eu faço parte de um grupo de 35 casais que tem essa atribuição de organizar e realizar essa grandiosa festa que é o Círio de Nazaré. Já estou há 25 anos, 26, já fui coordenador, no biênio 2005-2006, e a gente, nessa missão de também evangelizar, não é só organizar, é de também evangelizar, difundir a devoção mariana em todo o Brasil e fora dele também. Essas visitas que a gente faz, mais de 800 por ano, são também um momento de evangelização. A gente vê a manifestação das pessoas fazendo a sua oração, fazendo o seu agradecimento nessas visitas. Então, o sentimento, creio, de cada um dos presentes é o mesmo sentimento de Isabel na passagem do Evangelho de São Lucas. A gente conhece esse Evangelho, quando Maria recebeu a notícia do anjo Gabriel de que seria a mãe do Salvador, ela partiu apressadamente para visitar a sua prima Isabel, que já estava grávida. E, ao ser saudada, Isabel exclamou: "Bendita és tu entre as mulheres e bendito é o fruto do teu ventre. Como posso merecer que a mãe do meu Senhor me venha visitar?". Então, acho que é o sentimento de cada um. E também já foi falado aqui que Maria é aquela mulher atenta que está sempre perspicaz, sempre atenta às necessidades dos seus filhos, como foi nesse Evangelho citado - Isabel já com uma idade avançada - a necessidade de Isabel, gestante, e foi servir apressadamente.
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Também já foi citado aqui outro evangelho, o das Bodas de Caná, em que ela percebeu aquele casal e que, naquela festa, havia faltado o vinho e, prontamente, ela intercedeu, junto ao seu filho Jesus, em favor daqueles noivos. Então, Maria é essa mãe atenta às necessidades de seus filhos.
E tem uma oração que eu pincei aqui, é uma oração de São Bernardo de Claraval, em que ele nos fala disso aí:
Nos perigos, nas angústias, em todos os momentos de dúvida, pensa em Maria, invoca Maria. Que este nome sagrado não se afaste do teu coração e não falte jamais nos teus lábios. Seguindo [...] [Maria], não te desviarás. Se a invocares com humildade, não desesperarás. Se pensares em Maria, não errarás. Se ela estiver contigo, não cairás. Se te proteger, nada temerás. Com ela, como guia, não te fatigarás. Se te for propícia, chegarás à meta, firme e seguro. Quem quer que sejas, sacudido pelo vendaval das tempestades deste mundo, sentindo a terra como um mar devorador, não afastes os olhos do fulgor de [...] [Maria].
Quando soprar o vento tempestuoso e traiçoeiro da tentação, quando te sentires [...] na tribulação [...], invoca Maria. Se te açoitarem as ondas da soberba, da inveja, da maledicência [...], invoca Maria. Quando sentires a ira, a avareza, a carne e a tristeza tentarem fazer sucumbir [...], invoca Maria.
Essa oração de São Bernardo de Claraval nos desperta para que, em todos os reveses, em todas as adversidades, a gente invoque Maria, a gente chame Maria.
E, só para finalizar, no encerramento do Círio de 2025, que se deu no último dia 26 de outubro, o nosso arcebispo Dom Júlio Akamine divulgou o tema do Círio do próximo ano, que é justamente "Maria, missionária que nos dá Jesus". E, logo no início da minha fala, eu mencionei o Evangelho de São Lucas; e, no mesmo evangelho, logo que a saudação de Maria chegou ao ouvido de Isabel, ela diz que a criança, que era São João Batista, pulou em seu ventre. Então, São João Batista reconhece a divindade de Jesus.
Maria é essa missionária que nos dá Jesus, e que ela continue nos abençoando, abençoando as nossas famílias!
Muito obrigado. (Palmas.)
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O SR. PRESIDENTE (Joaquim Passarinho. PL - PA) - Muito obrigado, Flávio Américo, e um abraço a toda a diretoria do Círio, agradecendo todo o trabalho que vocês fazem para essa grande procissão.
Queria, antes de passar a palavra ao Senador Randolfe Rodrigues, saudar o Deputado Weverton Rocha, presente conosco, o Deputado Chico Rodrigues e o Deputado Dr. Hiran também...
Desculpa, Deputado não. É que eu olhei o Hiran e me lembrei de Deputado, mas Senador Hiran, muito obrigado, Senador Weverton e Senador Chico Rodrigues aqui com a gente. Muito obrigado pela presença.
Senador Randolfe, tem a palavra.
O SR. RANDOLFE RODRIGUES (Bloco/PT - AP. Para discursar. Sem revisão do orador.) - Obrigado.
Meus cumprimentos aqui ao Padre Francisco, ao Padre Rafael, ao querido Flávio, que se pronunciou ainda há pouco, Senador Chico Rodrigues, que ficará representando o Senado Federal aqui nesta mesa. Minhas homenagens ao Deputado Joaquim Passarinho, por mais uma vez possibilitar a vinda da imagem peregrina aqui para conosco.
Permita-me, Deputado Passarinho, abrir uma breve divergência, que sempre tem, com o maior carinho, entre amapaenses e paraenses. Ela é de Belém desde 1703, quando o milagre aconteceu, quando ela foi encontrada pelo Caboclo Plácido. Ela vem de Belém desde 1793, quando o primeiro Círio é realizado, organizado pelo Governador do Grão-Pará, naquela ocasião, em decorrência de um milagre que tinha acontecido a ele e pelo qual ele teria prometido que, se fosse curado, realizaria uma procissão em homenagem a Nossa Senhora de Nazaré.
Mas ela se tornou da Amazônia, e me permita aqui contar como ela se tornou da Amazônia e se tornou da Amazônia no Amapá em especial. Como todos sabem, o Amapá é parte integrante - era parte integrante - do Pará até os anos 1940, até 1943. Pois bem, era comum o deslocamento de amapaenses, de Mazagão, da vila de São José de Macapá, até Belém, até que uma gravíssima crise econômica nos anos 1920 e 1930 impossibilitou que isso acontecesse. Aí, a comunidade amapaense se mobilizou para pedir para o então Prefeito, Major Eliezer Levy - não era Prefeito, Intendente Major Eliezer Levy -, proclamasse a realização de um Círio em Macapá. Olhem, a vontade da adoração a Nossa Senhora em Macapá era tão grande e parte do povo, que o povo se mobilizou para que o poder público apoiasse a realização de uma procissão.
Aquela é a primeira procissão que acontece em Macapá. Nós estamos lá em Macapá, realizamos agora o nosso 91º Círio. Embora o padroeiro do Amapá, minha querida Primeira-Dama Liana, minha querida Primeira-Dama do Congresso Nacional, esposa do meu querido colega Senador Davi Alcolumbre... Embora o padroeiro do Amapá e de Macapá seja São José, a adoração por Nossa Senhora foi tão grande e tão emanada da vontade popular naquele ano de 1934 que o primeiro Círio aconteceu num novembro como este, Liana, num 5 de novembro de 1934. O Círio que nós realizamos agora foi o 91º, nós estamos quase próximos do centenário do Círio no Amapá.
A vontade de adoração de Nossa Senhora de Nazaré era tão grande que, naquele 1934, não existia a imagem de Nossa Senhora de Nazaré no Amapá. Foi feito o primeiro Círio, imaginem, com a imagem de Nossa Senhora da Conceição. Só no ano seguinte, em 1935, é que a imagem - isso com a autorização do vigário geral e com a autorização da Diocese de Belém naquele período - , só no ano seguinte, em 1935, é que nós temos o Círio com a imagem de Nossa Senhora de Nazaré.
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Então, o Círio no Amapá tem uma particularidade, meu caríssimo Presidente Joaquim Passarinho e meu querido Chico Rodrigues: o Círio em Macapá foi emanado da vontade do povo de ter adoração lá perto, de trazer a Nossa Senhora para estar junto.
Essa Nossa Senhora que nós católicos reverenciamos é a Nossa Senhora presente em todos os quatro Evangelhos, essa é a Nossa Senhora presente nos Evangelhos de Marcos, Mateus, João e Lucas. É a Nossa Senhora, como já foi dito agora aqui pelo Flávio, que está presente em Lucas 1,26, quando faz a visita a Isabel. "Bendita sois vós entre as mulheres, bendito é o fruto do vosso ventre" se tornou, ao longo dos séculos, uma das mais expressivas adorações e orações de intercessão, de intercessão ao Filho de Deus, de intercessão a Deus. É a Nossa Senhora que está presente de novo no Evangelho de Lucas 1,39, na visitação, quando aí faz a visitação à Isabel e recebe a saudação. É a Nossa Senhora, repito, que está presente na anunciação no Evangelho de Lucas, quando o anjo Gabriel a encontra, quando o anjo Gabriel vem até ela e diz que ela terá como filho o Salvador. É a Nossa Senhora que está presente nas bodas de Canaã, Evangelho de João 2,1,12, em que, neste momento, é Maria, naquele momento de celebração, naquele momento de festa, que intercede por meio da fé, levando Jesus a realizar ali o seu primeiro milagre. É, por fim, a Nossa Senhora que está presente ao pé da cruz, quando, no momento de súplica última de nosso Senhor Jesus Cristo, ele se refere a um dos apóstolos e diz "João, eis aí a tua mãe; mulher, eis aí o teu filho", consagrando Nossa Senhora como mãe de nós todos.
Não é somente a imagem peregrina que nós adoramos, é a imagem de alguém que está presente nos quatro Evangelhos em toda a trajetória terrena do seu filho, que está presente, como nós vimos no começo, na anunciação, quando aceita e recebe a mensagem de ser a portadora no ventre do Filho de Deus. É a Nossa Senhora presente na visitação à Isabel, que é consagrada assim. É a Nossa Senhora presente no primeiro dos milagres realizados pelo Filho de Deus. É a Nossa Senhora presente na despedida terrena antes da sua ressurreição e sua ascensão aos céus. Nós não adoramos somente a imagem, adoramos aquela que recebeu o Filho de Deus, que intercede por nós junto a ele, que nos protege e que, com a fé do povo presente nas diferentes manifestações, seja em Belém, seja no interior do Pará, seja em Macapá, seja no interior do Amapá, por onde os círios acontecem - porque não é um círio, são círios -, onde os círios acontecem, dialoga, recebe e abraça a fé do povo, fé manifesta na força da corda, fé manifesta no suor muito presente dos peregrinos em cada uma das manifestações amazônicas.
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É a Nossa Senhora de Nazaré, a nossa Mãe amorosa, aquela que nos acolhe nos outubros e que possibilita, em nossa Amazônia, no Amapá ou no Pará, que o Natal chegue mais cedo e que o filho de Deus fique lá se lambuzando de açaí até chegar a data de 24 de dezembro. É esta a característica nossa de Belém e de Macapá: o Natal para nós chega mais cedo. (Palmas.)
O SR. PRESIDENTE (Joaquim Passarinho. PL - PA) - Muito obrigado, Senador Randolfe, que mostra bem, expressa bem o que é a irmandade do povo paraense com o povo do Amapá, nós que já fomos um estado só e temos essa ligação. E, hoje em dia, é muito mais também pela nossa Afuá, Senador, que fica próxima à Guiana - acho que é filha de Afuá, inclusive. Então, Afuá nos une até hoje: Amapá e Pará.
Ao falar em Afuá, me disseram que você queria fazer um testemunho. O padre me disse que estava faltando só um empurrão para você ter coragem de falar. Não, né? (Pausa.)
Então, vou passar a palavra para o Senador Chico Rodrigues.
O SR. CHICO RODRIGUES (Bloco/PSB - RR. Para discursar. Sem revisão do orador.) - Quero inicialmente cumprimentar, de uma forma muito respeitosa, a imagem querida de Nossa Senhora de Nazaré, que vem a esta Casa, a este cenáculo, a esta Câmara Alta da República para nos abençoar a todos nós, Senadores e servidores do Senado da República.
Quero cumprimentar o requerente da sessão, Deputado Federal Joaquim Passarinho; o Senador, meu colega e amigo, Randolfe Rodrigues; o Senador, colega e amigo, Dr. Hiran Gonçalves; o Sr. Deputado Federal Miguel Lombardi; o Revmo. Sr. Reitor do Santuário Mariano Basílica de Nossa Senhora de Nazaré e Presidente da Diretoria da Festa de Nazaré, Padre Francisco Assis Felintro de Oliveira; o Revmo. Sr. Reitor do Santuário Nossa Senhora Saúde e Vigário Episcopal da Arquidiocese de Brasília, Padre Rafael Santos; o Sr. Diretor Benemérito da Festa de Nazaré, Flávio Américo.
Quero dizer que o Círio significa vela grande de cera ou uma peregrinação religiosa a um santuário. O maior significado e conhecido no Brasil é o Círio de Nazaré, uma das maiores celebrações católicas do mundo, em Belém, em homenagem à nossa Mãe, Nossa Senhora de Nazaré. Esse reconhecimento é considerado patrimônio cultural imaterial pelo Iphan e patrimônio cultural da humanidade pela Unesco.
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Portanto, tenho certeza de que essa presença hoje da imagem peregrina de Nossa Senhora de Nazaré vem abençoar a todos nós.
Quero aqui dizer que todos nós, Senadores e Senadoras, servidores do Senado, o nosso Presidente desta Casa, Davi Alcolumbre, hoje aqui representado pela sua esposa Liana, recebem o nosso cumprimento especial a você, Deputado Joaquim Passarinho, pela bela iniciativa, e tenho certeza de que o Espírito de Deus está aqui presente entre nós. Tenho certeza de que esse dia, dia 4 de novembro, ficará marcado no pen drive das nossas memórias para sempre.
É um dia especial, em que você sente a leveza do ambiente com a presença da Nossa Senhora de Nazaré, e, hoje, todos nós, que tivemos a oportunidade, de uma forma ou de outra, de nos manifestarmos aqui, nesta sessão, levaremos o coração cheio de esperança, cheio de vida e, acima de tudo, cheio de confiança no nosso Brasil.
É ela que nos abençoa, é ela que dá uma demonstração para toda a humanidade do seu amor e da confiança de milhões e milhões de fiéis que lhe acompanham, trazendo, para cada um de nós, esse sentimento de esperança.
Portanto, quero deixar aqui essa mensagem muito simples, muito humilde, mas com o coração cheio de graça, por ter tido a oportunidade de estar aqui e acompanhar, nesta sessão, essa presença, que é maior que todos nós, muito maior que todos nós, que nos empurra para a frente e que nos estimula e que nos dá uma fé inabalável no nosso Criador.
Independentemente das religiões, independentemente das crenças, Nossa Senhora de Nazaré consegue, de uma forma silenciosa, abraçar todos os seres humanos, mostrando a grandeza da Mãe de Jesus, que nos dá alegria e nos dá confiança e nos dá, acima de tudo, a certeza de dias virtuosos para a população brasileira.
Portanto, parabéns!
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E não me canso de agradecer ao Deputado Joaquim Passarinho pela iniciativa, bela iniciativa!
Tenho agora o prazer de passar a palavra para V. Exa., que fará os procedimentos de encerramento desta majestosa sessão hoje, aqui no Plenário do Senado Federal.
O SR. PRESIDENTE (Joaquim Passarinho. PL - PA) - Muito obrigado, Senador. Quero dizer que é um prazer estarmos aqui, pela primeira vez, fazendo a reunião do Congresso Nacional em homenagem à Nossa Senhora, Câmara e Senado juntos. É um grande prazer tê-los aqui!
Queria saudar também algumas esposas de Senadores que estão aqui: a esposa Eleuza Coronel, que desde cedo está aqui, a esposa do nosso Senador Angelo Coronel; a do Senador Rogério Carvalho, que esteve aqui também; a esposa do Senador Wellington também; temos várias esposas de Senadores.
E o que seria de nós sem as nossas esposas ao nosso lado? Até Maria mostra isso, a força da mulher em comandar a nossa vida, a verdade é essa. Não é?
Então, obrigado a cada uma de vocês pela presença, a esposa do Deputado... Eu falo só para Deputado, e eu olho para o Senador Hiran.
Então, eu sempre digo isso, não adianta - a Gerlane... Eu digo que são pessoas que, enquanto a gente está trabalhando aqui, estão trabalhando muito mais por nós. Tenho certeza de que nenhum de nós estaríamos aqui se não fosse por elas, pela força, pela coragem, pela determinação.
Sabemos que... Eu sei a que normalmente a gente está exposto, Senador - não é? -, e quem está na retaguarda sofre mais do que a gente, quem está ali segurando a barra sofre mais do que a gente.
Então, minha homenagem, homenageando à Nossa Senhora de Nazaré, a todas as mulheres que estão aqui, todas as esposas de Senadores e Deputados que estão aqui, que realmente são pessoas que seguram este país. Então, muito obrigado a vocês pelo carinho de estarem aqui.
Eu queria saudar também dois primos que estão aqui, o Carlos Passarinho e a Denise.
O Carlos é filho do Senador Jarbas Passarinho, que já se sentou nessa cadeira como Presidente desta Casa. É meu primo.
Então, obrigado, Carlos e Denise, sempre presentes aqui conosco. É um prazer estar aqui com um paraense e fazendo essa homenagem à Nossa Senhora de Nazaré.
Antes de encerrarmos, nós vamos fazer uma consagração à Nossa Senhora.
Já estamos prontos?
Vamos apresentar música em consagração à Nossa Senhora. Logo depois - não se preocupem, a imagem não está com pressa; ela só viaja à noite -, nós vamos deixá-la aqui, um pouquinho, para que todos possam chegar perto, tocar, bater suas fotos com bastante tranquilidade. Os guardas vão estar aí para orientar, tá?
Só não pode beijar, porque o batom fica. Então, só com muito cuidado, com muita tranquilidade, não precisa de afobação.
Nós queremos que ela fique perto de cada um, para levar paz, saúde, harmonia, felicidade aos lares e às famílias de cada um dos senhores e das senhoras presentes neste dia tão especial para todos nós, todos nós que fazemos o Senado, fazemos a Câmara, mas principalmente para todos nós paraenses, pela adoração que temos à Nossa Senhora de Nazaré.
Vamos fazer a nossa consagração.
(Procede-se à apresentação da música Consagração à Nossa Senhora.)
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O SR. RAFAEL SANTOS (Fora do microfone.) - Viva Nossa Senhora!
A SRA. MICHELLE ABRANTES - Viva! (Palmas.)
O SR. PRESIDENTE (Joaquim Passarinho. PL - PA) - Só, antes de encerrar... As pessoas que vierem próximo à imagem de Nossa Senhora de Nazaré lembrem que ela tem uma coisa única: todo ano, no Círio, o manto é novo. Nunca se repete de um ano para o outro, no Círio, o manto de Nossa Senhora. É uma confecção que sempre busca representar o que a Diretoria do Círio coloca como tema para o Círio.
Se vocês olharem atrás do manto, vocês vão ver a árvore da vida, vão ver Adão e Eva... Enfim, é toda uma simbologia que existe.
No ano que vem, quando ela vier a esta Casa, se Deus quiser, novamente, Senador Chico, ela já virá com um novo manto. Então, é uma oportunidade única que vocês vão ter de estar próximos à Nossa Senhora de Nazaré com o manto de 2025. Está certo?
Lembro, novamente, que pode chegar perto, pode bater foto, mas não pode beijar para não deixar marcas, porque ela ainda tem muitas visitações para fazer.
Cumprida a finalidade desta sessão, agradeço a todas as personalidades que nos honraram com suas presenças no dia de hoje e declaro encerrada a presente sessão.
E viva Nossa Senhora de Nazaré!
(Manifestação da plateia.) (Palmas.)
(Levanta-se a sessão às 13 horas e 03 minutos.)