Discurso no Senado Federal

CUMPRIMENTANDO A EMBRAPA, NA PESSOA DO SEU DIRETOR NO AMAPA, SR. RAIMUNDO BRABO ALVES, PELO SUCESSO DAS TECNICAS IMPLEMENTADAS NA PRODUÇÃO AGRICOLA DO ESTADO.

Autor
Henrique Almeida (PFL - Partido da Frente Liberal/AP)
Nome completo: Henrique do Rego Almeida
Casa
Senado Federal
Tipo
Discurso
Resumo por assunto
AGRICULTURA.:
  • CUMPRIMENTANDO A EMBRAPA, NA PESSOA DO SEU DIRETOR NO AMAPA, SR. RAIMUNDO BRABO ALVES, PELO SUCESSO DAS TECNICAS IMPLEMENTADAS NA PRODUÇÃO AGRICOLA DO ESTADO.
Publicação
Publicação no DCN2 de 04/05/1994 - Página 2081
Assunto
Outros > AGRICULTURA.
Indexação
  • CONGRATULAÇÕES, RAIMUNDO BRAVO ALVES, DIRETOR, Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (EMBRAPA), INCENTIVO, AUMENTO, PRODUÇÃO AGRICOLA, ESTADO DO AMAPA (AP).

    O SR. HENRIQUE ALMEIDA (PFL - AP. Pronuncia o seguinte discurso.) - Sr. Presidente, Sras e Srs. Senadores, na esteira da produção agrícola que deverá levar o Brasil a uma colheita de 70 milhões de toneladas de grãos este ano, o Amapá também dá mostras de estar enfrentando bem seus problemas agrícolas. Conforme informações da EMBRAPA, no meu Estado, está havendo um aumento considerável da produção em Macapá e, conforme o diretor dessa empresa, Raimundo Brado Alves, o crescimento se deve à utilização de sementes que estão sendo repassadas para a Secretaria Estadual de Agricultura.

    São sementes de arroz, milho e feijão e, somente em relação ao arroz, está sendo estimada para este ano a colheita de 1.500 toneladas. Eu reconheço, Sr. Presidente, que essa é uma produção irrisória para os padrões das regiões Sudeste, Sul e Centro-Oeste, mas não para o Amapá, cuja produção de alimentos vinha em franca decadência desde 1984. O desestímulo a que ficaram sujeitos os agricultores do meu Estado chegou a tal ponto, nos últimos dez anos, que a produção agrícola, que já havia alcançado 2.200 toneladas, caiu para 400 toneladas.

    Isso se chama desestímulo. Nenhum agricultor tem ânimo para acordar cedo, pegar sua enxada e ir para o campo, se não tiver certeza de que venderá bem sua produção, de que disporá de crédito agrícola oficial, de que terá a orientação da extensão rural. Um exemplo acabado de como ficou desanimador plantar no Estado está na produção de feijão - em 1980, a colheita desse produto chegou a 320 toneladas; nove anos depois, a produção caiu para 120 toneladas. O mesmo aconteceu com o milho, cuja produção caiu de 1.200 para 400 toneladas no período de 1975 a 1985.

    E isso acontece num Estado altamente necessitado de produção agrícola, um Estado que importa praticamente tudo o que consome. É também um Estado com um governador altamente interessado em desenvolver a agricultura. Mas faltou, nos últimos dez anos, vontade do Governo Federal para investir na agricultura. E sem a vontade política do governo da União, é muito pouco o que um governador pode fazer.

    Conforme o diretor da EMBRAPA no meu Estado, o Amapá não vinha obtendo sucesso com a agricultura porque as sementes eram oriundas de outros Estado e portanto era difícil adaptá-las à região. Agora, a EMBRAPA está preparando, nas várzeas do próprio Amapá, sementes para a reprodução de arroz, feijão e milho. A direção da EMBRAPA no Amapá diz que a maior vantagem das produção de sementes em solo amapaense é que elimina-se o risco de sua inadequação às terras do Estado. Em minha opinião, a maior vantagem dessa produção é o alcance social e econômico da iniciativa. Por isso, desejo, aqui deste Plenário, cumprimentar a EMBRAPA na pessoa do seu diretor no Amapá, Raimundo Brabo Alves, pela capacidade de ajudar o Estado a desenvolver sua agricultura.

    Muito obrigado.


Este texto não substitui o publicado no DCN2 de 04/05/1994 - Página 2081