Discurso no Senado Federal

ESCLARECIMENTOS AO SENADOR JARBAS PASSARINHO, POR TER SIDO CITADO NOMINALMENTE EM APARTE DESTE AO PRONUNCIAMENTO DO SR. ESPERIDIÃO AMIN.

Autor
Eduardo Suplicy (PT - Partido dos Trabalhadores/SP)
Nome completo: Eduardo Matarazzo Suplicy
Casa
Senado Federal
Tipo
Discurso
Resumo por assunto
REGIMENTO INTERNO.:
  • ESCLARECIMENTOS AO SENADOR JARBAS PASSARINHO, POR TER SIDO CITADO NOMINALMENTE EM APARTE DESTE AO PRONUNCIAMENTO DO SR. ESPERIDIÃO AMIN.
Aparteantes
Ronan Tito.
Publicação
Publicação no DCN2 de 11/01/1995 - Página 569
Assunto
Outros > REGIMENTO INTERNO.
Indexação
  • ESCLARECIMENTOS, JARBAS PASSARINHO, SENADOR, DECLARAÇÃO, ORADOR, PUBLICAÇÃO, IMPRENSA, RELAÇÃO, RESPONSABILIDADE, LIDER, GOVERNO, APURAÇÃO, PRESENÇA, AUSENCIA, APOIO, FECHAMENTO, SENADO.
  • COMENTARIO, POSSIBILIDADE, ACOLHIMENTO, SUGESTÃO, PARTIDO POLITICO, PARTIDO PROGRESSISTA REFORMADOR (PPR), APROVEITAMENTO, EXISTENCIA, QUORUM, SENADO, VOTAÇÃO, INDICAÇÃO, NOME, AUTORIDADE, POSTERIORIDADE, CONSULTA, LIDERANÇA.

O SR. EDUARDO SUPLICY (PT-SP. Para uma explicação pessoal. Sem revisão do orador.) - Sr. Presidente, Srªs e Srs. Senadores, gostaria de esclarecer bem o contexto da citação feita pelo Senador Jarbas Passarinho sobre o meu artigo.

Nos quatro anos que aqui estive, sempre observei a figura do Líder do Governo. O artigo se refere a quem, como Líder do Governo, estaria observando onde estavam os Senadores não presentes, porque, normalmente, quem é Líder do Governo exerce essa função, tem essa preocupação, essa responsabilidade. Então, este era o sentido da preocupação.

Com respeito a artigos ou cartas de leitores falando do Senado, e até do fechamento do Senado, tenha V. Exª a convicção de que nunca serei favorável a que se feche o Senado. Há ali até uma advertência, porque o que levou o regime militar a - na acepção de V. Exª - criar o recesso do Congresso Nacional; o que levou o Governo militar a fechar temporariamente o Congresso Nacional, foram, dentre outros, apelos da opinião pública, de segmentos da opinião pública, devido a certas críticas que eram feitas.

E que se registra um movimento nessa direção, não há dúvida, porque ontem havia cartas nos jornais solicitando o fechamento. Hoje, novamente, há cartas com o mesmo teor; basta abrirmos os jornais.

O Sr. Ronan Tito - Fascistas o Brasil tem muitos. Fascistas os temos a mancheias.

O SR. EDUARDO SUPLICY - E V. Exª sabe que não se encontra aqui senão uma pessoa que defende as instituições democráticas e sempre o fez. Muitos aqui dentro. Todos que estão aqui dentro. Mas é que a citação parecia referir-se a mim.

O Sr. Ronan Tito - Não, não. Aqueles que pedem o fechamento e que ecoam o fechamento são fascistas.

O SR. EDUARDO SUPLICY - Sr. Presidente, com respeito à reflexão que os Senadores Epitacio Cafeteira e Esperidião Amin acabam de formular, eu gostaria de recordar um pouco o espírito do que houve na reunião de hoje cedo.

Quando o Senador Epitacio Cafeteira mencionou que talvez fosse mais adequado votar hoje, nós, inclusive, perguntamos a V. Exª, como Presidente, se V. Exª tinha o registro de quantos Senadores haviam adentrado a Casa. Até aquela hora, meio dia e meia, haviam cerca de 24, 30 Senadores. Já se teria notícia de que 37 estariam por chegar. A decisão foi tomada com base naquela informação.

Sr. Presidente, em sendo correta a informação que agora é trazida, de que há mais de 57 Srs. Senadores na Casa, a avaliação que eu gostaria de fazer, como Líder do PT e como Senador único do PT, é que seria adequado nós refletirmos e acatarmos a sugestão feita pelo PPR. Avalio que há presença suficiente aqui e considero adequado que se faça consulta aos demais Srs. líderes, porque sou favorável a que, dada a presença significativa de Senadores, votemos a matéria hoje.


Este texto não substitui o publicado no DCN2 de 11/01/1995 - Página 569