Discurso no Senado Federal

EXPLICAÇÃO DO FATO NOTICIADO PELO JORNAL DE BRASILIA, SOBRE O SEU APARTE A SENADORA JUNIA MARISE, EM SESSÃO DA ULTIMA SEXTA-FEIRA, REFERENTE A EDIÇÃO DE MEDIDAS PROVISORIAS EM QUE USOU A EXPRESSÃO 'BAGUNÇA NA EDIÇÃO DAS MEDIDAS PROVISORIAS'.

Autor
Josaphat Marinho (PFL - Partido da Frente Liberal/BA)
Nome completo: Josaphat Ramos Marinho
Casa
Senado Federal
Tipo
Discurso
Resumo por assunto
IMPRENSA.:
  • EXPLICAÇÃO DO FATO NOTICIADO PELO JORNAL DE BRASILIA, SOBRE O SEU APARTE A SENADORA JUNIA MARISE, EM SESSÃO DA ULTIMA SEXTA-FEIRA, REFERENTE A EDIÇÃO DE MEDIDAS PROVISORIAS EM QUE USOU A EXPRESSÃO 'BAGUNÇA NA EDIÇÃO DAS MEDIDAS PROVISORIAS'.
Publicação
Publicação no DCN2 de 14/03/1995 - Página 3045
Assunto
Outros > IMPRENSA.
Indexação
  • COMENTARIO, NOTICIARIO, JORNAL, JORNAL DE BRASILIA, DISTRITO FEDERAL (DF), INEXATIDÃO, ORADOR, UTILIZAÇÃO, PALAVRA, APARTE, JUNIA MARISE, SENADOR, ASSUNTO, MEDIDA PROVISORIA (MPV).
  • NEGAÇÃO, UTILIZAÇÃO, ORADOR, PALAVRA, OBJETIVO, CUMPRIMENTO, NORMAS, CONGRESSO NACIONAL, CORREÇÃO, TRATAMENTO, RELAÇÃO, GOVERNO.

O SR. JOSAPHAT MARINHO (PFL-BA. Para explicação pessoal. Sem revisão do orador.) - Sr. Presidente, Srªs e Srs. Senadores, na sessão de sexta-feira, falava a nobre Senadora Júnia Marise a propósito da edição da última medida provisória.

Tive oportunidade de dar-lhe um aparte para assinalar que, em face do estilo lacônico da medida provisória, parecia que se instaurava um novo sistema de modificação da legislação, que era por telegrama.

O Jornal de Brasília noticia o fato e, acredito que sem qualquer maldade, diz, entretanto, que, para dar o aparte, referi-me à "bagunça na edição das medidas provisórias". A expressão não é ofensiva, não é indecorosa.

Um grande escritor, amigo particular de V. Exª e com quem também tenho relações de cordialidade, Josué Montello, lembra no seu "Diário da Noite Iluminada" que, indicado para ser testemunha num processo, foi interpelado por um jornalista que lhe pedia dissesse qual o julgamento que ele faria sobre determinadas expressões usadas por uma das partes contra a outra. Ele esclarece que respondeu mais ou menos assim: "Em política, as expressões veementes não têm o sentido que lhes dá o dicionário".

No caso, não preciso entrar na indagação, porque a expressão ou palavra usada - acredito que, inadvertidamente, pelo jornalista - não é ofensiva ao Governo, mas não me parece de boa norma parlamentar usá-la. Como não costumo usar em relação aos outros palavra ou expressão que não estime que o façam em relação a mim, estou fazendo a declaração de que, por mim, não foi usada a expressão.

Fica a ressalva, para que o estilo de tratamento do Governo com relação a mim possa ser sempre o da divergência, mas não será nunca o do desapreço.

Era o que eu tinha a dizer, Sr. Presidente.


Este texto não substitui o publicado no DCN2 de 14/03/1995 - Página 3045