O SR. PRESIDENTE (José Sarney) - Se nenhum dos senhores desejar usar da palavra, vou submeter o requerimento à votação.

    Antes, peço licença aos Srs. Senadores para dizer que a Presidência ratifica as palavras aqui proferidas pelo Senador Pedro Simon e se associa às homenagens da Casa na reverência à memória do jornalista João Emílio Falcão. A Mesa assim já havia procedido no dia de seu falecimento.

    Quero dizer, pessoalmente, o quanto o estimava, o quanto o conhecia e sabia de seu talento, de sua cultura, de sua inteligência e espírito público.

    Fui amigo estreito de toda a família de João Emílio Falcão. São eles águas do Parnaíba, porque são águas comuns ao Maranhão e ao Piauí, com ramificações profundas nos dois Estados. São uma família de intelectuais que vêm desde o avô, o Desembargador Odilo Costa, passando pelo tio, Odilo Costa Filho, membro da Academia Brasileira de Letras, poeta excepcional, dos maiores do Brasil, autor daquele livro fantástico: "A Boca da Noite".

    E Falcão, nessa linha e nessa direção, expressava um sentimento que vinha de seus maiores e que o dignificava. Como homem de imprensa, ele tinha o gosto da notícia. Não só o jornalista, mas o jornalista que fazia do jornalismo também um gênero da literatura, porque era um grande escritor, um grande contista.

    É com profundo pesar que todos, neste instante, louvamos a memória de João Emílio Falcão, porque desejaríamos que aqui estivesse, vivo, conosco, para honrar o Piauí, honrar o Maranhão e honrar o Brasil.

    Em votação o requerimento.

    Os Srs. Senadores que o aprovam queiram permanecer sentados. (Pausa)

    Aprovado.

    A Mesa fará cumprir a decisão do Plenário.