O SR. EDISON LOBÃO (PFL-MA. Para encaminhar a votação. Sem revisão do orador.) - Sr. Presidente, Srªs e Srs. Senadores, quero manifestar a minha solidariedade ao Senador Pedro Simon, pela feliz iniciativa dessa homenagem a um nome tão ilustre como o do nosso colega, meu colega de jornalismo, João Emílio Falcão.

    Fui seu amigo por mais de trinta anos. Convivemos ao longo desse período, ambos jornalistas. Depois, enveredei pela vida pública, mas nunca nos apartamos. Sempre estivemos juntos como amigos, ele, muitas vezes, me aconselhando. Ele gostava de dar conselhos, bons conselhos; dele, recebi-os muitos, sempre judiciosos.

    Falcão era também um intelectual. Foi membro da Academia Brasiliense de Letras, cadeira nº 26, e da Academia Piauiense de Letras, cadeira nº 27. Lembro-me de ter ido a sua posse na Academia, em Teresina. Foi uma grande festa, uma merecida festa.

    Ele ia freqüentemente ao Piauí e ao Maranhão. Na verdade, ele ia ao Maranhão, passando pelo Piauí - a sua fazenda era no Maranhão. Ele gostava de reunir os amigos também na sua modesta fazenda em Timon, no Estado do Maranhão. Lembro-me também, quando governador do Estado, que o Presidente Itamar Franco foi a Teresina para a inauguração das frentes produtivas de trabalho, e lá estavam todos os governadores do Nordeste, alguns ministros de Estado, entre os quais o Ministro Hugo Napoleão. Isso foi no dia 2 de abril de 1993. E por que o Presidente Itamar Franco foi ao Piauí para essa iniciativa oportuna naquela ocasião? Porque era seu dever, mas também porque tinha sido convencido pelo amigo jornalista João Emílio Falcão. Ele distribuía, portanto, em todas as áreas, os seus bons conselhos, que, por serem bons, eram recebidos de muito bom grado.

    A perda de João Emílio Falcão foi muito grande para a imprensa, para a política e para os seus amigos. Junto-me ao Senador do Rio Grande do Sul, Pedro Simon, por essa feliz iniciativa da homenagem à memória de João Emílio Falcão.