Discurso no Senado Federal

CONSIDERAÇÕES SOBRE A POLITICA AGRICOLA DO GOVERNO FEDERAL.

Autor
José Roberto Arruda (PP - Partido Progressista/DF)
Nome completo: José Roberto Arruda
Casa
Senado Federal
Tipo
Discurso
Resumo por assunto
POLITICA AGRICOLA.:
  • CONSIDERAÇÕES SOBRE A POLITICA AGRICOLA DO GOVERNO FEDERAL.
Publicação
Publicação no DCN2 de 11/04/1995 - Página 5025
Assunto
Outros > POLITICA AGRICOLA.
Indexação
  • COMENTARIO, FALTA, RACIONALIZAÇÃO, POLITICA DE CREDITO, POLITICA AGRICOLA, PRODUTOR RURAL, MOTIVO, BUSCA, CONGRESSO NACIONAL, GOVERNO, DEFINIÇÃO, ALTERNATIVA, FINANCIAMENTO, SAFRA, PRODUÇÃO AGRICOLA.

O SR. JOSÉ ARRUDA (PP-DF. Como Líder. Pronuncia o seguinte discurso. Sem revisão do orador.) - Sr. Presidente, Srªs e Srs. Senadores, aproveitando a oportunidade que nos dá o sempre atento Senador Esperidião Amin, gostaria de fazer um comentário a respeito da decisão que o Congresso tomou sexta-feira e, também, acrescer ao registro feito por S. Exª alguns detalhes importantes das matérias publicadas nos jornais deste final de semana.

Sábado o "Estadão" publicou uma matéria que revela as fontes oficiais do Banco do Brasil, mostrando que há 16 bilhões de reais em contratos de financiamentos concedidos com base na TR. Deste total, segundo o jornal, 15 mil são inadimplentes, sendo que 1.215 concentram 70% da dívida, que é de 3 bilhões de reais.

Este registro é apenas para dizer que, no fundamental, todos concordamos com a colocação do Senador Esperidião Amin, porque o que falta, efetivamente, é uma política de crédito agrícola que seja mais racional, que seja mais próxima, mais próxima do produto do agricultor.

Esse evento, esse fato suscitado pela decisão do Congresso nos leva todos - Congresso Nacional e Governo - a buscar uma alternativa definitiva para o financiamento da safra agrícola. Essa é a questão fundamental que se nos coloca.

Fico muito feliz de ver que tanto a fala do Senador Esperidião Amin, quanto o projeto do Senador Osmar Dias, partem do princípio de que há que ter um determinado teto nesses financiamentos para um tratamento mais paritário entre o valor do financiamento e o valor do produto cultivado pelo agricultor.

Este parece-me o grande desafio do Congresso Nacional: aproveitar o momento de diálogo, de entendimento, que deve presidir as nossas relações, na busca de uma solução que não é boa nem para o Governo, nem para o Congresso. Ela tem que ser boa para a sociedade e, particularmente, para aqueles que plantam neste País.

Muito obrigado.


Este texto não substitui o publicado no DCN2 de 11/04/1995 - Página 5025