O SR. JOSÉ AGRIPINO (PFL-RN. Para uma breve comunicação. Sem revisão do orador.) - Sr. Presidente, Srªs Senadoras e Srs. Senadores, é com pesar que registro o falecimento, ocorrido na manhã de hoje, do jornalista e suplente de Senador, Luís Maria Alves.

Faço ainda um breve histórico de sua longa vida, que foi longa, pois faleceu com mais de 80 anos.

Luís Maria Alves nasceu na Amazônia. Logo jovem, migrou para o Nordeste, fixando-se no Rio Grande do Norte, onde, à época da Segunda Guerra Mundial, trabalhou na Western Telegraphic Company. Por conta desse ofício, passou a conviver muito de perto com as questões da Segunda Guerra Mundial, já que Natal, àquela época, era uma base aérea de grande movimento. Por essa razão, tornou-se um expert em assuntos da Segunda Guerra Mundial.

Viveu momentos importantes para o Estado e para o País.

Depois de deixar o posto em que trabalhava na Western Telegraphic Company, tornou-se jornalista e chegou a ser diretor do jornal de maior circulação do meu Estado, o Diário de Natal, onde desempenhou funções importantes. Foi pioneiro na implantação de off set em todo o Nordeste. Alçou o jornal a posições privilegiadas de tiragem; em alguns momentos, o Diário de Natal foi campeão de tiragem, se considerado o número de exemplares vendidos para a população do Estado do Rio Grande do Norte.

Tratava-se de um homem respeitado pelas suas posições corajosas e pela independência que impunha ao seu jornal, que exercia o papel de imprensa com absoluta independência.

Homem de muitos méritos também na vida pública, chegou a ser suplente do Senador Lavoisier Maia por oito anos. Quando faleceu, estava aposentado.

É, portanto, com muito pesar que registro o falecimento de um homem público, de um jornalista e de um suplente de senador nesta Casa.

Peço que seja registrado nos Anais do Senado Federal o falecimento do homem público, do cidadão e do jornalista Luís Maria Alves, a quem o Nordeste muito preza.

Era o que tinha a dizer, Sr. Presidente.