O SR. JOSÉ ROBERTO ARRUDA (PP-DF. Como Líder. Sem revisão do orador.) - Sr. Presidente, Srs. Senadores, eu gostaria, nesta manhã de sexta-feira, de fazer dois registros em nome da Liderança do Governo, levando em consideração que, no dia 1º de maio, Dia do Trabalho, não teremos sessão nesta Casa.

O primeiro deles é uma homenagem ao trabalhador brasileiro, que é o símbolo maior da força de realização do nosso povo. Ele é, ao mesmo tempo, força e esperança e tem, ao longo dos anos, buscado com esforço um futuro melhor para o nosso País. A esse trabalhador, e principalmente ao trabalhador mais humilde, quero deixar consignada a nossa mais profunda homenagem.

O segundo registro, Sr. Presidente, Srs. Senadores, é que, exatamente na segunda-feira, vamos completar um ano do falecimento de Ayrton Senna, esse grande brasileiro. Há um ano, vivíamos um momento de comoção nacional.

Desejo fazer este registro, Sr. Presidente, porque a morte de Ayrton Senna foi, na verdade, um momento de renascimento do nosso sentimento de nacionalidade. O povo brasileiro, unido pela dor da morte do ídolo, descobriu que nascia ali um símbolo do humilde que vence, símbolo do povo brasileiro, que, embora enfrentando dificuldades de todas as ordens ao longo do seu processo de civilização, ainda assim consegue transformar este País numa Nação.

O Sr. Pedro Piva - Permite-me V. Exª um aparte?

O SR. JOSÉ ROBERTO ARRUDA - Pois não. Ouço o aparte de V. Exª.

O Sr. Pedro Piva - Nobre Senador José Roberto Arruda, estou em plenário ouvindo esta homenagem de V. Exª ao trabalhador e a Ayrton Senna. Aqui fiquei e permaneci, à espera do nosso Governador, que vem receber uma justa homenagem do Itamaraty. Mas eu não queria deixar de aparteá-lo, solidarizando-me com o seu pronunciamento, principalmente por se tratar de Ayrton Senna, um brasileiro e um paulista, homem de nossa terra, a quem São Paulo não poderia deixar de se associar nesta homenagem. Faço-o em nome do meu Estado. Muito obrigado a V. Exª, nobre Senador José Roberto Arruda.

O SR. JOSÉ ROBERTO ARRUDA - Nobre Senador, muito obrigado a V. Exª.

Fico muito grato com o aparte do Senador Pedro Piva, que se estende ao Estado de São Paulo, o Estado de Ayrton Senna.

Concluindo, Sr. Presidente, quero dizer que me recordo, com profunda emoção, que nos domingos pela manhã, quando Ayrton Senna cruzava a reta de chegada, quando tocava aquela música que nos contagiava, sem saber vivíamos um momento de união nacional, um momento de união pela alegria, pela força e pela capacidade do povo brasileiro. A próxima segunda-feira, quando se registrará um ano de falecimento de Ayrton Senna, será um momento de dor, mas será também um momento de renascimento do mais profundo sentimento de nacionalidade do povo brasileiro. Como Senador do PP, mas também falando pela Liderança do Governo, acrescento à fala do eminente Senador Osmar Dias, que se tem notabilizado pela seriedade das suas ações, pela firmeza das suas colocações, pela sua experiência e pelo seu grande conhecimento na área da agricultura brasileira, a minha estranheza em relação a esse noticiário, que não está na mesma freqüência do posicionamento público, político e pessoal - do qual sou testemunha - de S. Exª.