O SR. EDUARDO SUPLICY (PT-SP. Como Líder. Para uma breve comunicação. Sem revisão do orador.) - Sr. Presidente, o Senador Antonio Carlos Magalhães, ao final de seu pronunciamento, acredito que me entendeu mal, porque aquilo que observei a S. Exª são termos construtivos de quem justamente quer que o Presidente Fernando Henrique Cardoso e seu Governo tenham uma atitude de grandeza com respeito aos petroleiros, com respeito ao impasse que estamos vivendo.

É fato que o procurei inúmeras vezes, inclusive hoje, porque acredito que, como um dos principais membros do PFL, e dado o peso de sua voz junto ao Presidente Fernando Henrique Cardoso, considero que ele tem um poder muito grande, sendo capaz de colaborar para que consigamos superar o impasse que está vivendo a Nação.

Não considero adequado que se observe que a pobreza do País é culpa da Central Única dos Trabalhadores. Pode ter, Senador Antonio Carlos Magalhães, a Central Única dos Trabalhadores cometido alguns erros na sua trajetória, mas trata-se de uma entidade com pouco mais de 10 anos, que tem tido o propósito de reunir os interesses dos trabalhadores e daqueles que tantas vezes não tiveram condições de colocar bem a sua voz perante as pessoas que tanto poder têm neste País.

E é importante - renovo o apelo ao PFL, ao Senador Antonio Carlos Magalhães, para que venhamos a superar este obstáculo nos termos mais altos. Em relação a qualquer divergência que possamos ter aqui no plenário entre o PT e o PFL, gostaria de relembrar um fato que nem sempre é observado, mas ainda o Jornal do Brasil salientou nas Coisas de Política, de Maurício Dias, na última segunda-feira, que o PT teve praticamente, em 1994, a mesma votação que o PFL. Por distorção do sistema político presente é que o PFL, com 5.873.370 votos teve praticamente o dobro de Deputados Federais que o Partido dos Trabalhadores, com 5.859.354 votos.