O SR. JOSÉ ROBERTO ARRUDA (PP-DF. Como Líder. Pronuncia o seguinte discurso. Sem revisão do orador.) - Sr. Presidente, Srª Senadora e Srs. Senadores, com o respeito que tenho, em termos pessoal e político, pela Senadora Marina Silva e pelo Senador Geraldo Melo, que enfocaram, neste momento, ângulos diferentes de uma mesma questão, desejaria, respondendo pela Liderança do Governo no Senado, nesta sexta-feira, registrar que o final desse movimento, é antes de mais nada, bom para o País. O encerramento dessa greve é boa para a sociedade brasileira como um todo.

O final de um movimento como esse, de grandes proporções, de reflexo direto na vida de cada cidadão, além de um reflexo direto na vida das organizações, deve ser colocado, principalmente nesta Casa, símbolo maior do Poder Federativo, uma Casa de entendimento político, sem vencedores e sem vencidos.

Penso que há ensinamentos importantes a serem retirados desse movimento por todos aqueles que, direta ou indiretamente, neles estavam envolvidos e principalmente por aqueles que como nós, Senadores, procuram interferir na busca de uma solução.

Creio que todos aprendemos bastante com essa paralisação, que afetou diretamente a vida do País.

Mas esses ensinamentos serão tão mais importantes se refletidos com a tranqüilidade que o tempo reserva aos que sabem respeitá-lo. No dia em que se encerra esse movimento, penso que a única reflexão possível é de que é bom para o País, é bom para a sociedade, não deve haver vencidos ou vencedores.

E atrever-me-ia a dizer que a sociedade brasileira, que teve problemas de falta de gás de cozinha, falta de combustível, que, mesmo em momentos de dificuldade, teve que fazer uma grande reflexão sobre as formas pelas quais deseja, no novo projeto de país, explorar, tratar e distribuir petróleo e seus derivados, nesta sexta-feira, deve ter o direito de respirar aliviada e de passar um fim de semana em tranqüilidade. Afinal, foi o regime democrático, conquista maior de toda a sociedade brasileira que permitiu que um movimento dessa proporção terminasse sem vencidos nem vencedores e sem qualquer grave incidente que maculasse a conquista maior de todos nós, que é o Estado democrático.

Fica, para reflexão de todos nós e da sociedade brasileira, a visão clara de que nenhum direito do cidadão ou de um grupo de cidadãos, ainda que justo, pode, em momento algum, se sobrepor ao direito maior de toda a sociedade brasileira.

Muito obrigado.