O SR. ADEMIR ANDRADE (PSB-PA. Como Líder. Pronuncia o seguinte discurso. Sem revisão do orador.) - Sr. Presidente, Srªs e Srs. Senadores, o Senador Eduardo Suplicy não foi titubeante; S. Exª é um homem educado, fino, e sabe como responder à forma grosseira e mal educada com que falou aqui o Senador Antonio Carlos Magalhães. Não sou tão fino nem tão educado quanto o Senador Eduardo Suplicy.

Hoje é muito bonito ver o Senador Antonio Carlos Magalhães falar em democracia, em direito da maioria e chamar de ...... os trabalhadores que, num momento de exaltação, fizeram o que fizeram - não vi o que fizeram.

No entanto, antes, quando S. Exª, um homem apaniguado com a ditadura, com os militares que, durante vinte e dois anos, tomaram conta deste País, fizeram o que fizeram, não valia direito da maioria; nesta época, valia direito da minoria, que o Senador Antonio Carlos Magalhães defendia com tanta sabedoria.

Portanto, S. Exª precisa aprender a respeitar os outros. Aqui não tem ......, Senador Antonio Carlos Magalhães!

O SR. PRESIDENTE (José Sarney) - Senador Ademir Andrade, de acordo com o Regimento Interno, art. 21, os Parlamentares devem se dirigir ao Presidente ou a este e aos Senadores.

Peço a V. Exª que se comporte de acordo com a norma regimental.

O SR. ADEMIR ANDRADE - Sr. Presidente, não sei me comportei anti-regimentalmente. Estou chamando o Senador Antonio Carlos Magalhães de "Senador Antonio Carlos Magalhães".

Quero dizer que aqui não tem ...... Esses trabalhadores não pertencem a nenhuma ..... ....., quem sabe, foram os militares que, durante tantos anos, tomaram conta, através da força, das armas deste País. ....., quem sabe, foram aqueles que estiveram ao lado deles e esconderam crimes e barbaridades cometidas por esses militares. Talvez aí sim seja ..... É preciso ter respeito pelas pessoas. E, quando não houver respeito, haverá sempre uma resposta à altura nesta Casa, sem titubeação. O Senador Eduardo Suplicy é um homem educado, mas não é um homem que titubeia; é um homem que sabe o que faz. E nós sabemos o que queremos para este País. Se este País está indo por um caminho, levado pela mídia nacional, estamos aqui lutando e aceitando, democraticamente, a situação. Não é a atitude de um ou outro trabalhador que pode generalizar e fazer com que um Senador da República chame esses trabalhadores de ...... Eles não são ...... São trabalhadores, e são dignos, e estão vivendo, e lutando para sustentar esta Pátria; estão lutando e agindo desta forma porque acreditam no que estão fazendo. Mas não podem, em hipótese alguma, serem chamados de ......

Aqui fica o meu protesto em meu nome e em nome do Partido Socialista Brasileiro.