Discurso no Senado Federal

GARANTIA DO PRESIDENTE FERNANDO HENRIQUE CARDOSO SOBRE A CONCLUSÃO DA ADUTORA DO AGRESTE, NO SERTÃO ALAGOANO.

Autor
Teotonio Vilela Filho (PSDB - Partido da Social Democracia Brasileira/AL)
Nome completo: Teotonio Brandão Vilela Filho
Casa
Senado Federal
Tipo
Discurso
Resumo por assunto
DESENVOLVIMENTO REGIONAL.:
  • GARANTIA DO PRESIDENTE FERNANDO HENRIQUE CARDOSO SOBRE A CONCLUSÃO DA ADUTORA DO AGRESTE, NO SERTÃO ALAGOANO.
Publicação
Publicação no DCN2 de 08/06/1995 - Página 9948
Assunto
Outros > DESENVOLVIMENTO REGIONAL.
Indexação
  • ELOGIO, DECISÃO, FERNANDO HENRIQUE CARDOSO, PRESIDENTE DA REPUBLICA, GARANTIA, CONCLUSÃO, ADUTORA, ESTADO DE ALAGOAS (AL), VIABILIDADE, EXPANSÃO, ECONOMIA, REGIÃO, PERIODO, SECA.

O SR. TEOTONIO VILELA FILHO (PSDB-AL.) - Sr. Presidente, Srªs e Srs. Senadores, a conclusão da Adutora do Agreste, garantida pelo Presidente Fernando Henrique Cardoso, vai ter os recursos viabilizados pelo Ministério do Planejamento. Ontem tive a oportunidade de acompanhar o governador de Alagoas, Divaldo Suruagy, a uma audiência com o Ministro José Serra. O Ministro afirmou que a obra tem caráter de dupla prioridade uma vez que o Presidente da República resolveu concluir obras iniciadas em governos anteriores e, neste caso, a obra dará suporte à castigada região do Agreste para enfrentar, com dignidade, os próximos períodos de seca.

A nova Adutora já tem 70% dos trabalhos concluídos e ampliará em quatro vezes a oferta de água para os municípios de Arapiraca, São Brás, Campo Grande, Girau de Ponciano, Feira Grande e Lagoa da Canoa. Para esses municípios a oferta de água passa de 165 litros por segundo para uma vazão de 635 litros por segundo.

Felizmente o Governo do Presidente Fernando Henrique Cardoso compreendeu a necessidade imperiosa da conclusão da Adutora do Agreste, garantindo a expansão urbana e econômica da região.

O Agreste alagoano, e sobretudo Arapiraca, não podem mais hipotecar ao abastecimento incerto e a expansão duvidosa de sua rede de água, seu futuro e todas as principais alternativas de desenvolvimento. Quantas indústrias, inclusive de bebidas, Arapiraca já perdeu, somente pela falta ou pelo precário abastecimento d água? Quantos negócios não foram perdidos porque Arapiraca não pode oferecer um dos principais insumos básicos - a água?

O Presidente Fernando Henrique Cardoso decidiu garantir recursos para uma obra que já tem dois terços dos serviços concluídos. Só a incompetência do Governo passado pôde comprometer e atrasar uma obra que custa muito menos concluir do que deixar parada. Além do risco da perda do investimento, 260 mil pessoas dependem, diretamente, da sua conclusão. Só assim poderão superar a incerteza de trabalho e alimento, deixando de viver à mercê das chuvas.

Felizmente a decisão do Governo vem num ano de chuva regular em todo o Nordeste. Esperamos, e como esperamos, que essa decisão do Governo inicie e seja o marco de uma nova postura em relação ao Nordeste. Ou seja, o de se antecipar à emergência realizando obras, sobretudo obras de infra-estrutura hídrica, em anos de chuva regular.

O Governo sabe, como o sabem todos os técnicos, que são raros os anos de chuva regular no Nordeste. O Governo e seus técnicos sabem, e como sabem, que não há alternativa: ou se multiplicam a sede, assim que faltar chuva. Hoje, afinal, ainda se sofre de falta d água quase às margens do São Francisco, um rio que despeja no mar, a cada segundo, mais de dois milhões de litros d água.

Nossas esperanças são de que se viva, de fato, uma postura nova diante do Nordeste, pois só essa nova postura permitirá ao Nordeste e aos nordestinos conviver com o clima já que não é possível modificá-lo. No Nordeste, afinal, o que falta não é água, é política de água. Que a decisão de concluir a Adutora do Agreste seja de fato o início auspicioso de uma nova política para a região. Era o que eu tinha a dizer.


Este texto não substitui o publicado no DCN2 de 08/06/1995 - Página 9948