Discurso no Senado Federal

REUNIÃO COM O SR. PRESIDENTE DA REPUBLICA PARA TRATAR DA CRISE DO BANCO ECONOMICO. SOLICITANDO AO SR. ANTONIO CARLOS MAGALHÃES QUE ESCLAREÇA AO PLENARIO SUAS DECLARAÇÕES DE CORRUPÇÃO NA DIREÇÃO DO BANCO CENTRAL.

Autor
Sérgio Machado (PSDB - Partido da Social Democracia Brasileira/CE)
Nome completo: José Sérgio de Oliveira Machado
Casa
Senado Federal
Tipo
Discurso
Resumo por assunto
BANCOS.:
  • REUNIÃO COM O SR. PRESIDENTE DA REPUBLICA PARA TRATAR DA CRISE DO BANCO ECONOMICO. SOLICITANDO AO SR. ANTONIO CARLOS MAGALHÃES QUE ESCLAREÇA AO PLENARIO SUAS DECLARAÇÕES DE CORRUPÇÃO NA DIREÇÃO DO BANCO CENTRAL.
Publicação
Publicação no DCN2 de 17/08/1995 - Página 14006
Assunto
Outros > BANCOS.
Indexação
  • COMENTARIO, PARTICIPAÇÃO, ORADOR, REUNIÃO, FERNANDO HENRIQUE CARDOSO, PRESIDENTE DA REPUBLICA, DISCUSSÃO, TRANSAÇÃO, GOVERNO FEDERAL, GOVERNO ESTADUAL, ESTADO DA BAHIA (BA), INTERVENÇÃO, BANCO PARTICULAR.
  • SOLICITAÇÃO, ANTONIO CARLOS MAGALHÃES, SENADOR, ESCLARECIMENTOS, PLENARIO, DENUNCIA, IRREGULARIDADE, ATUAÇÃO, DIRIGENTE, BANCO CENTRAL DO BRASIL (BACEN).
  • ELOGIO, SOLUÇÃO, GOVERNO FEDERAL, PARTICIPAÇÃO, GOVERNO ESTADUAL, VIABILIDADE, MANUTENÇÃO, FUNCIONAMENTO, BANCO PARTICULAR, ESTADO DA BAHIA (BA).

O SR. SÉRGIO MACHADO (PSDB-CE. Para uma comunicação inadiável. Sem revisão do orador.) - Sr. Presidente, Srªs e Srs. Senadores, tivemos uma reunião hoje pela manhã com o Senhor Presidente da República, na qual foi discutida a questão do Banco Econômico.

Sua Excelência demonstrou o interesse do Governo em preservar essa instituição, que é tão importante para o desenvolvimento da Bahia. Foi feito todo um esforço no sentido de se procurar um novo sócio que pudesse garantir a continuidade do estabelecimento. Depois de um longo processo de negociação, começou a haver uma corrida de saques que, na quinta-feira, atingiu R$100 milhões.

O Banco Central tinha dois caminhos: o da liquidação e o da intervenção. O da liquidação implicava paralisar qualquer possibilidade de negociação ou de se encontrar uma solução que pudesse preservar os interesses da Bahia e dos pequenos depositantes. Assim sendo, o Governo preferiu caminhar pela linha da intervenção.

No fim de semana, foi feito um longo processo de negociação, no qual o Governo da Bahia e o Senador Antonio Carlos Magalhães encontraram uma solução que seria a desapropriação das ações pelo Governo da Bahia, o qual assumiu a direção do Banco, tentando viabilizar os recursos para recolocá-lo em funcionamento. Sempre foi intenção do Governo encontrar uma solução para este problema que afeta de perto a economia da Bahia.

Por outro lado, o Governo Federal não irá mais investir nenhum Real no Banco Econômico, e o Governo da Bahia terá que encontrar, agora que assume a responsabilidade pela desapropriação de ações do referido banco, uma solução.

Deve ser realçado aqui que os atuais dirigentes deverão responder pelos atos cometidos durante a sua direção. É importante afirmar que a diretoria responde com seus bens pelas ações tomadas na condução daquele Banco.

Foi uma solução discutida, negociada e esperamos que o Senador Antonio Carlos Magalhães, aqui presente, juntamente, com o Governador da Bahia possam tornar viáveis os recursos a fim de que o Banco Econômico volte a funcionar. O que será muito bom para a economia brasileira e para aquele Estado.

Na oportunidade, solicito ao nobre Senador Antonio Carlos Magalhães que esclareça algumas das denúncias feitas contra os atuais dirigentes do Banco Central. É muito importante que isso aconteça, porque a direção daquela entidade precisa da credibilidade para poder continuar gerindo um setor fundamental da nossa economia. Tenho a certeza de que S. Exª irá esclarecer esses pontos da maneira destemida como sempre faz, pois é fundamental que o Presidente Fernando Henrique Cardoso continue trabalhando com a tranqüilidade que sempre caracterizou o seu Governo.

Fico muito satisfeito com a solução encontrada, com a posição que assumiu o Governo da Bahia de tentar viabilizar o Banco. É isso que temos que fazer, é assim que temos que trabalhar, porque os recursos do Governo Federal têm que se voltar para o social, para o desenvolvimento, e, tenho certeza, assim agirá o Presidente Fernando Henrique.

Muito obrigado.


Este texto não substitui o publicado no DCN2 de 17/08/1995 - Página 14006