Pronunciamento de Flaviano Melo em 07/11/1995
Discurso no Senado Federal
HOMENAGEM DE PESAR PELO ASSASSINATO DO PRIMEIRO MINISTRO ISRAELENSE YITZHAK RABIN.
- Autor
- Flaviano Melo (PMDB - Movimento Democrático Brasileiro/AC)
- Nome completo: Flaviano Flávio Baptista de Melo
- Casa
- Senado Federal
- Tipo
- Discurso
- Resumo por assunto
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HOMENAGEM.:
- HOMENAGEM DE PESAR PELO ASSASSINATO DO PRIMEIRO MINISTRO ISRAELENSE YITZHAK RABIN.
- Publicação
- Publicação no DSF de 08/11/1995 - Página 2518
- Assunto
- Outros > HOMENAGEM.
- Indexação
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- HOMENAGEM POSTUMA, YITZHAK RABIN, PRIMEIRO-MINISTRO, PAIS ESTRANGEIRO, ISRAEL, SIMBOLO, LUTA, PAZ, ORIENTE MEDIO.
O SR. FLAVIANO MELO (PMDB-AC. Pronuncia o seguinte discurso) - Sr. Presidente, Srªs e Srs. Senadores, não poderia deixar de lamentar o assassinato do Primeiro-Ministro de Israel, Yitzhak Rabin, ocorrido no último dia 4, e que significa um duro golpe no processo de paz no Oriente Médio, luta que travava juntamente com o líder da Organização para Libertação da Palestina (OLP), Yasser Arafat, e que lhes rendeu, em 1994, o Prêmio Nobel da Paz.
A vida é o que de mais importante o ser humano tem. Perdê-la por um ideal é o mais nobre dos sacrifícios. Símbolo da paz no Oriente Médio - ao lado de Arafat e Shimon Perez, Yitzhak Rabin foi assassinado exatamente durante uma manifestação pela paz, em Telavive. O que se espera, é que o seu sacrifício não tenha sido em vão. Apesar do duro golpe na política pacifista que liderava, seu assassinato não pode servir para o acirramento dos conflitos entre árabes e judeus. Ao contrário. Deve servir para o fortalecimento da luta pela paz e para a definitiva integração destes povos.
Para isso, é preciso que a luta de Yitzhak Rabin seja continuada. Nesse sentido, é alentadora a garantia do seu substituto, Shimon Perez de que "o processo de busca da paz vai continuar".
É o que realmente esperamos que aconteça.
Esperamos também, particularmente, Sr. Presidente, Srªs e Srs. Senadores, que o assassinato de Yitzhak Rabin não venha, inclusive, a dificultar a libertação da brasileira Lâmya Hassan, presa em Israel e cuja liberdade estava sendo negociada entre Rabin e o presidente da Autoridade Palestina, Yasser Arafat.
Muito obrigado.