O SR. PEDRO SIMON (PMDB-RS. Para uma comunicação inadiável. Sem revisão do orador.) - Sr. Presidente, recebi uma cópia do documento Justiça e Paz, que será o tema da Campanha da Fraternidade, no próximo ano, da CNBB. O texto será sobre fraternidade política.

A CNBB, na Campanha da Fraternidade, vai apresentar, em relação aos 40 dias da Quaresma, um grande debate sobre a fraternidade e os políticos. "A pessoa humana, por sua natureza, é um ser político. Tudo o que fazemos ou deixamos de fazer é uma atitude política. Da política depende a vida dos cidadãos".

Este é um documento extraordinário, Sr. Presidente, que a CNBB leva para debate em toda a sociedade.

Hoje, vou escrever uma carta - e a entregarei ao Presidente José Sarney -, fazendo um apelo para que o Senado Federal publique uma cópia desse documento. Não tem nada a ver com a Igreja Católica, embora seja da Igreja Católica. É um debate que tem em vista a fraternidade, a classe política e a sociedade.

Solicito que o Senado Federal o publique na sua Gráfica e o distribua a todas as Câmaras de Vereadores e a todas as Assembléias Legislativas, propondo que lá seja feito um debate e que nós o façamos aqui exatamente sobre a classe política, a fraternidade, a sociedade e os problemas sociais. Inclusive o nobre Senador de Sergipe falou sobre o problema da educação e do analfabetismo, principalmente nas classes menos favorecidas sob a nossa responsabilidade.

Que bom seria, Sr. Presidente, se nesses quarenta dias da Quaresma, época em que estaremos trabalhando, se no Senado, na Câmara e em todas as Assembléias tivéssemos distribuído este documento, que não tem nada a ver com o fato de se ser católico e/ou cristão, pois não precisa ser nem católico nem cristão, basta que se debata os princípios gerais da responsabilidade da classe política com a sociedade.

Felicito a CNBB pela publicação deste debate. E tenho certeza que o requerimento que levarei ao Senador José Sarney terá o apoio de todo o Senado Federal, para que se faça esta publicação e se distribua uma cópia a todas as Câmaras de Vereadores, a todas as Assembléias Legislativas e a Câmara dos Deputados, para que os Srs. Parlamentares façam o debate nos quarenta dias da Quaresma a respeito dessa matéria.

Era o que tinha a dizer, Sr. Presidente.

Agradeço a V. Exª e peço-lhe desculpas, mas meu filho chegou aqui, e para mim é uma alegria muito grande tê-lo ao meu lado.

Muito obrigado.