O SR. VALMIR CAMPELO - (PTB-DF. Pronuncia o seguinte discurso.) - Sr. Presidente, Srªs e Srs. Senadores, Brasília está de luto. Faleceu ontem, aos 87 anos, vítima de parada cardíaca, D. Sarah Kubitschek.

Esposa do maior estadista brasileiro deste século, D. Sarah exerceu com dignidade e brilho o papel de "eterna Primeira- Dama do Brasil". Elegante, dócil, porém firme em suas convicções, a grande senhora faleceu por volta das 16 horas de um dia chuvoso na Capital do Terceiro Milênio, obra imortal de seu inesquecível esposo Juscelino Kubitschek.

Com presença marcante na nossa história recente, D. Sarah Kubitschek deixa uma lacuna difícil de ser preenchida. Como bem disse o Presidente Fernando Henrique Cardoso, "com D. Sarah vai-se uma parte de nossa história".

Casada com o Presidente Juscelino Kubitschek desde os 18 anos, D. Sarah viveu 47 anos ao lado de JK, tiveram duas filhas: a minha grande amiga Márcia Kubitschek e a nossa querida e admirada Maristela.

Primeira-Dama dos "anos dourados", D. Sarah teve papel importantíssimo no curso dos acontecimentos daquele rico período de nossa história, notadamente no que se refere à transferência da Capital para o Planalto Central.

Encarnando a figura de "mãe" de Brasília, D. Sarah amou esta cidade como se realmente fosse uma de suas filhas mais queridas. Talvez, por isso mesmo, D. Sarah tenha conquistado muito mais do que a admiração e respeito dos brasilienses: conquistou algo diferente, particular, conquistou o amor e a gratidão dos que nasceram e vivem no Distrito Federal.

Viúva desde 1976, D. Sarah honrou e engrandeceu a memória de JK. Mesmo depois do desaparecimento de Juscelino, D. Sarah prosseguiu como exemplo maior de dignidade, permanentemente comprometida com o bem-estar do povo brasileiro.

Sr. Presidente, Srªs e Sr. Senadores, ao concluir meu pronunciamento, quero, como porta-voz dos cidadãos desta cidade, tributar a D. Sarah Kubitschek a homenagem maior, mais significativa do povo brasiliense, a homenagem da sua eterna gratidão, do seu inesgotável amor por aquela que foi a grande "mãe" e a grande benfeitora desta obra monumental que é Brasília.

Era o que eu tinha a dizer, Sr. Presidente.

Muito obrigado.