Discurso durante a 14ª Sessão Deliberativa Ordinária, no Senado Federal

COMENTARIOS A RESPOSTA DO SR. PRESIDENTE A QUESTÃO DE ORDEM DO SENADOR ARTUR DA TAVOLA SOBRE A ORDEM EM QUE FORAM PUBLICADAS AS ASSINATURAS DOS SENADORES NO REQUERIMENTO DE CRIAÇÃO DA CPI DOS BANCOS.

Autor
Bernardo Cabral (S/PARTIDO - Sem Partido/AM)
Nome completo: José Bernardo Cabral
Casa
Senado Federal
Tipo
Discurso
Resumo por assunto
REGIMENTO INTERNO.:
  • COMENTARIOS A RESPOSTA DO SR. PRESIDENTE A QUESTÃO DE ORDEM DO SENADOR ARTUR DA TAVOLA SOBRE A ORDEM EM QUE FORAM PUBLICADAS AS ASSINATURAS DOS SENADORES NO REQUERIMENTO DE CRIAÇÃO DA CPI DOS BANCOS.
Publicação
Publicação no DSF de 08/03/1996 - Página 3741
Assunto
Outros > REGIMENTO INTERNO.
Indexação
  • ESCLARECIMENTOS, ASSINATURA, ORADOR, REQUERIMENTO, CRIAÇÃO, COMISSÃO PARLAMENTAR DE INQUERITO (CPI), SISTEMA FINANCEIRO NACIONAL.

O SR. BERNARDO CABRAL ( AM. Pela ordem. Sem revisão do orador.) - Sr. Presidente, peço permissão e me releve se eventualmente estou sendo inconveniente, mas há, nessa circunstância, um problema ético.

Quando apus minha assinatura, estava dando ao Senador Antonio Carlos Valadares o meu apoio a uma comissão parlamentar de inquérito que eventualmente poderia ser ou não criada.

Ora, ainda que esses 29 digam, como V. Exª disse, que tinham a idéia de querer essa comissão, se cria depois que nos corredores se junte mais assinaturas. Os seis últimos nomes desse requerimento foram negociados. Veja V. Exª que nesses seis últimos nomes estão Marina Silva, enfim pessoas que não negociam. Mas dá a idéia - e aí vem o problema ético - de que aqueles que assinaram nesta ou na última hora, na derradeira ou na calada da noite, a mim pouco importa, ou por qualquer questão, ou por uma vingança, esses têm que responder. Mas eles estão a salvo, porque ninguém sabe qual foi o número ou o local onde eles apuseram sua assinatura, uma vez, como V. Exª disse muito bem e acertadamente, não estando numerado, estariam a salvo de colocar o que entendessem.

Sr. Presidente, apenas volto a insistir, porque o meu problema é tão ético que depois do depoimento do Presidente do Banco Central, apor assinatura seria por alguma circunstância. E não foi isso o que aconteceu comigo. Não há como me colocar em vigésimo nono, porque na posição em que assinei é impossível estar nesse posicionamento, mesmo que alguém quisesse ocupar o meu lugar, que eu ficasse na posição que fiquei. Não entendi, até hoje, porque meu nome foi para esse lugar.


Este texto não substitui o publicado no DSF de 08/03/1996 - Página 3741