Discurso no Senado Federal

53 ANOS DO BANORTE.

Autor
Joel de Hollanda (PFL - Partido da Frente Liberal/PE)
Nome completo: Joel de Hollanda Cordeiro
Casa
Senado Federal
Tipo
Discurso
Resumo por assunto
HOMENAGEM.:
  • 53 ANOS DO BANORTE.
Aparteantes
Humberto Lucena.
Publicação
Publicação no DSF de 11/10/1995 - Página 776
Assunto
Outros > HOMENAGEM.
Indexação
  • HOMENAGEM, ANIVERSARIO DE FUNDAÇÃO, BANCO ESTADUAL, ESTADO DE PERNAMBUCO (PE), IMPORTANCIA, ATUAÇÃO, BENEFICIO, DESENVOLVIMENTO REGIONAL.

O SR. JOEL DE HOLLANDA (PFL-PE. Pronuncia o seguinte discurso.) - Sr. Presidente, Srªs e Srs. Senadores, os bordões da publicidade - ou slogans - são, freqüentemente, o resultado da aguda captação, por parte dos profissionais de propaganda, dos sentimentos e necessidades do povo ou de suas percepções a respeito de um produto ou instituição. Foi assim, por exemplo, quando a campanha publicitária de uma marca de cigarros empregou a tristemente célebre fórmula do "levar vantagem". Enunciava-se, ali, uma lamentável tendência moral que emergia em nossa sociedade, no povo e na elite dirigente, que somente seria diagnosticada pelos cientistas sociais muito mais tarde.

No sentido diametralmente oposto, no entanto, foi igualmente o que se deu há cerca de meio século, quando, traduzindo-se então nova concepção de atendimento bancário, foi cunhado o lema que, a partir dali, seria a própria imagem do Banco BANORTE: "Um amigo na praça". Estava definida nessas palavras simples, toda a filosofia do banco: a proposta de fazer amigos antes de pensar em negócios.

Corria o ano de 1942. Na Europa e no Oceano Pacífico, as potências digladiavam-se no grande conflito que foi a Segunda Guerra Mundial. No Recife, mês de outubro, o Dr. Manoel Mendes Batista da Silva, médico, comerciante e industrial bem-sucedido, fundava o Banco Nacional do Norte, nome original da instituição que conhecemos agora simplesmente como BANORTE. Trata-se, hoje, Sr. Presidente, da única instituição financeira privada do Norte- Nordeste sediada na própria região: o centro administrativo do BANORTE, que abriga a alta direção do Banco, localiza-se no bairro da Torre, no Recife.

Desnecessário discorrer, Srs. Senadores, em especial àqueles de nós, provenientes das regiões mais atrasadas de nosso País, sobre a importância das instituições bancárias locais para o desenvolvimento regional: Representam decisão local, significam agilidade e rapidez, significam presença, participação e parceria.

Essa origem e presença nordestinas emprestam ao BANORTE uma sensibilidade especial para apoiar - como efetivamente vem apoiando - os mais importantes projetos de investimento na região. O BANORTE, contudo, não se contenta em ser somente um banco regional. Sua atuação crescente nas Regiões Sul e Sudeste já faz com que dois quintos de seus negócios se desenvolvam em São Paulo, cidade em que o banco mantém um centro regional que abriga uma vice-presidência, dirigida, com competência e eficiência, pelo Dr. Antônio Machado Guimarães, e diversas diretorias.

Nessas regiões, valendo-se das vantagens da segmentação de mercado, o banco atua direcionado a um público específico, que é atraído pela modernidade de seus serviços e pela sólida estrutura tecnológica por trás deles.

O BANORTE S.A. possui hoje uma rede de atendimento assim estruturada: 81 agências, 7 dependências de câmbio e 21 postos de vendas de travellers cheques, um escritório de representação nos Estados Unidos, uma subsidiária nas Bahamas - o BANORTE International Ltde.; 571 quiosques do Banco 24 horas, 66 postos de atendimento bancário, 16 sucursais da BANORTE Seguradora, 3 lojas da Corretora de Valores e uma loja do BANORTE Turismo.

Apenas a título de ilustração, Srs. Senadores, toda a rede de agências do BANORTE está interligada em tempo real, tornando possíveis serviços como o BANORTE Lig-Empresa, que mantém mais de duas mil organizações brasileiras ligadas aos computadores centrais do banco. Com isso, a eficiência da administração dos negócios desses clientes pode ser maximizada. Sem falar-se no suporte a operações internacionais de fundos de investimento, mercado aberto e poupança.

O correntista do BANORTE dispõe, além disso, de uma vasta rede de caixas automáticos que permitem saques, depósitos e transferências e do BANORTE Ligfone, serviço telefônico que lhe dá acesso 24 horas por dia à informação completa sobre suas operações no Banco.

A partir do seu início humilde, lá no Recife, o Banco cresceu sob a administração do Dr. Jorge Amorim Baptista da Silva, sucessor do Dr. Manoel, que assumiu, moço ainda, a direção da empresa nos anos 50, e ocupa hoje a Presidência da instituição. Em seu crescimento, o BANORTE absorveu outros bancos, quando das grandes fusões dos anos 60 e 70 e fundou empresas como a BANORTE Seguradora e a BANORTE Leasing.

Esse operoso banco, que completa 53 anos neste dia 12, festeja seu aniversário com 350 mil clientes entre poupadores e correntistas. Não se atravessa meio século nos negócios deste País sem muita competência. É por isso que, desta tribuna, venho saudar o feito desse "amigo na praça", o feito dessa empresa e família genuinamente pernambucanas, desejando-lhes muitos anos mais de sucesso e realizações.

O Sr. Humberto Lucena - Permite-me V. Exª um aparte, nobre Senador Joel de Hollanda?

O SR. JOEL DE HOLLANDA - Ouço, com muita satisfação, o aparte do nobre Senador Humberto Lucena.

O Sr. Humberto Lucena - Ouvindo o discurso de V. Exª, desejo solidarizar-me com suas palavras e também fazer minhas as felicitações registradas, nos Anais, por mais um aniversário de fundação do BANORTE, que não é uma instituição apenas de Pernambuco, mas de todo o Nordeste e, por que não dizer, de todo o País. Ao fazê-lo, gostaria de dizer também em seu pronunciamento do meu profundo lamento pelo que ocorreu com o Banco Mercantil de Pernambuco, que também era um tradicional estabelecimento de crédito de Pernambuco e do País, dirigido pelo nosso querido Armando Monteiro Filho, que é, sem dúvida, um dos empresários de porte de seu Estado. Ao tempo em que parabenizo, como V. Exª o faz, os Batista da Silva por mais um aniversário do BANORTE, espero que o Governo Federal, o mais rápido possível possa levantar o regime de intervenção do Banco Mercantil para que aquela instituição de crédito possa voltar a prestar seus inestimáveis serviços a Pernambuco, ao Nordeste e ao Brasil.

O SR. JOEL DE HOLLANDA - Nobre Senador Humberto Lucena, agradeço a gentileza do aparte com que V. Exª distinguiu o meu modesto pronunciamento. Ele é importante porque parte de um homem que é um Líder não somente na Paraíba como também no Nordeste, foi Presidente desta Casa e como ninguém conhece a importância que o Banco BANORTE tem para o nosso Estado de Pernambuco, para a região Nordeste, e também para o Brasil como um todo, em função de suas inúmeras agências espalhadas por todo o País.

Por isso, recolho, com muita alegria, o generoso aparte de V. Exª e também o felicito por fazer referências a outra instituição financeira que era patrimônio do meu Estado, o Banco Mercantil, que lamentavelmente, em função da conjuntura adversa da economia nacional teve que enfrentar problemas muito sérios e graves, que terminaram por acarretar a intervenção do Banco Central. Mas estou certo de que essa instituição brevemente será reaberta, pois os entendimentos com outras instituições financeiras se processam em velocidade muito acentuada e já estão bastante adiantados.

O Banco Mercantil - como V. Exª disse -, que tantos serviços prestou ao meu Estado e que é dirigido pelo ex-Ministro da Agricultura, Dr. Armando Monteiro Filho, é realmente uma instituição financeira que representa para os pernambucanos um orgulho muito grande. Tínhamos uma enorme satisfação por vê-la ao lado dos empresários, das forças produtivas do nosso Estado, ajudando a desenvolver Pernambuco e o Nordeste.

Tenho certeza de que a partir da conclusão dos entendimentos que estão ocorrendo entre os dirigentes do Banco Mercantil e uma outra instituição financeira, as suas agências serão reabertas para que ele continue dando a sua colaboração ao desenvolvimento do meu Estado e da região nordestina. Agradeço a V. Exª a gentileza do aparte.

Sr. Presidente, Srªs e Srs. Senadores, estendo estes cumprimentos aos dedicados e eficientes colaboradores do Dr. Jorge Baptista da Silva, ao Vice-Presidente Antônio Machado Guimarães, ao Vice-Presidente César Frederico Bezerra de Alencar, ao Vice-Presidente Sérgio Silveira Clemente e ao Vice-Presidente Executivo Paulo Rubens Freire.

Não poderia deixar de ressaltar também a grande contribuição dada ao BANORTE por todos os seus demais diretores, técnicos e funcionários, que, trabalhando com eficiência e entusiasmo, ajudaram a construir a trajetória dessa modelar instituição financeira.

Sr. Presidente, Srªs e Srs. Senadores, por tudo que ao longo destes seus cinqüenta e três anos de existência essa moderna instituição bancária construiu em favor do Brasil, em especial do Nordeste e de Pernambuco, nada mais justo do que assinalar se constituir, hoje, o Banco BANORTE, um importante patrimônio do nosso País, exemplo vivo do espírito de pernambucanidade e da capacidade empreendedora do povo do meu Estado, que tenho orgulho de representar nesta Casa.

Era o que tinha a dizer, Sr. Presidente.

Muito obrigado.


Este texto não substitui o publicado no DSF de 11/10/1995 - Página 776