Discurso no Senado Federal

SOLIDARIEDADE AO PRESIDENTE JOSE SARNEY, NO EPISODIO DA CRIAÇÃO DA CPI DO SISTEMA FINANCEIRO. REUNIÃO DE CHEFES DE ESTADO NO EGITO.

Autor
Antonio Carlos Magalhães (PFL - Partido da Frente Liberal/BA)
Nome completo: Antonio Carlos Peixoto de Magalhães
Casa
Senado Federal
Tipo
Discurso
Resumo por assunto
COMISSÃO PARLAMENTAR DE INQUERITO (CPI), BANCOS. POLITICA INTERNACIONAL. :
  • SOLIDARIEDADE AO PRESIDENTE JOSE SARNEY, NO EPISODIO DA CRIAÇÃO DA CPI DO SISTEMA FINANCEIRO. REUNIÃO DE CHEFES DE ESTADO NO EGITO.
Publicação
Publicação no DSF de 14/03/1996 - Página 4031
Assunto
Outros > COMISSÃO PARLAMENTAR DE INQUERITO (CPI), BANCOS. POLITICA INTERNACIONAL.
Indexação
  • DEFESA, PRESIDENTE, SENADO, CUMPRIMENTO, REGIMENTO INTERNO, INSTALAÇÃO, COMISSÃO PARLAMENTAR DE INQUERITO (CPI), BANCOS, CRITICA, COMENTARIO, IMPRENSA, POLITICO.
  • REGISTRO, REUNIÃO, PAIS ESTRANGEIRO, EGITO, CHEFE DE ESTADO, OBJETIVO, MANUTENÇÃO, PROCESSO, PAZ, ORIENTE MEDIO, BUSCA, APOIO, AMBITO INTERNACIONAL, OPOSIÇÃO, TERRORISMO.

O SR. ANTONIO CARLOS MAGALHÃES (PFL-BA. Para uma comunicação inadiável. Sem revisão do orador.) - Sr. Presidente, Srªs e Srs. Senadores, tratarei do assunto relativo à reunião de Chefes de Estado do Oriente Médio. Entretanto, antes, desejo me dirigir a V. Exª e à Casa, porque acho do meu dever salientar que o problema da CPI dos bancos tem sido divulgado com algumas distorções, que merecem de minha parte uma colocação para que, do meu ponto de vista, prevaleça a verdade.

Entendo que os Srs. Parlamentares podem, na medida das suas convicções, assinar ou não o requerimento de instalação de uma CPI. Cada um tem o direito e até o dever de assinar ou não o requerimento; entretanto, considero inteiramente reprovável que se esteja querendo exclusivamente incriminar o Presidente desta Casa, Senador José Sarney, pela existência desse requerimento e sua conseqüente aprovação.

O Presidente José Sarney não é signatário do requerimento e, como Presidente da Casa, tendo recebido o pedido com o número regimental, fez o que lhe coube, ou seja, leu e enviou à publicação. Conseqüentemente, S. Exª não pode estar sendo vítima de ataques de toda parte, alguns até com endereço político certo, mas de certo modo injusto. Pecados políticos todos temos; interesses políticos todos têm: os da oposição e os do Governo. Mas não é justo que o Presidente desta Casa, que tem se comportado com a maior imparcialidade, não só resguardando os interesses da oposição, mas defendendo, quando é de justiça, os interesses do Governo, seja agora o único a ser atacado pela imprensa e por muitos políticos por causa deste assunto.

Desse modo, achei que era do meu dever fazer este pronunciamento, entendendo, como disse no início, que cada um tem o direito de se pronunciar como quiser no caso da CPI - eu mesmo não o assinei, porque entendo que ela não é conveniente neste instante -, e que não se deve cometer as injustiças que têm sido feitas com o Presidente desta Casa.

Ainda hoje o assunto foi debatido até mesmo no exterior, quando o meu amigo Governador do Ceará, que é, sem dúvida, um dos homens públicos melhores do Brasil, talvez não tenha sido feliz em trazer esse assunto à baila, em virtude da distância do País. Penso que esse assunto deve ser tratado no Brasil, para que não tenha ainda maior repercussão no estrangeiro. Por isso mesmo, o Governador do Ceará, integrando como integra a comitiva do Presidente Fernando Henrique Cardoso, não deveria ter feito o comentário.

Foi uma posição pessoal, e eu a respeito. Sou um dos seus maiores admiradores do Governador Tasso Jereissati, sou até seu amigo pessoal; mas, também sendo amigo e admirador do Presidente José Sarney, eu não poderia me calar neste instante. Assim, julguei do meu dever fazer este pronunciamento.

A outra comunicação que eu gostaria de fazer nesta oportunidade refere-se à reunião de Chefes de Estado do Oriente Médio.


Este texto não substitui o publicado no DSF de 14/03/1996 - Página 4031