Discurso no Senado Federal

HOMENAGEANDO E CONGRATULANDO-SE COM O EX-SENADOR GUIDO MONDIN POR MAIS UMA EXPOSIÇÃO DE PINTURA.

Autor
Pedro Simon (PMDB - Movimento Democrático Brasileiro/RS)
Nome completo: Pedro Jorge Simon
Casa
Senado Federal
Tipo
Discurso
Resumo por assunto
HOMENAGEM.:
  • HOMENAGEANDO E CONGRATULANDO-SE COM O EX-SENADOR GUIDO MONDIN POR MAIS UMA EXPOSIÇÃO DE PINTURA.
Publicação
Publicação no DSF de 21/03/1996 - Página 4524
Assunto
Outros > HOMENAGEM.
Indexação
  • SAUDAÇÃO, GUIDO MONDIN, EX SENADOR, ESTADO DO RIO GRANDE DO SUL (RS), REALIZAÇÃO, EXPOSIÇÃO, PINTURA.
  • TRANSCRIÇÃO, ANAIS DO SENADO, BIOGRAFIA, GUIDO MONDIN, EX SENADOR, ESTADO DO RIO GRANDE DO SUL (RS).

O SR. PEDRO SIMON (PMDB-RS. Para uma comunicação inadiável. Sem revisão do orador.) - Sr. Presidente, amanhã haverá uma exposição de pintura do ex-Senador Guido Mondin.

Trata-se de uma pessoa do meu Estado, o Rio Grande do Sul. Foi Vice-Prefeito de minha cidade, Caxias do Sul, e nesta Casa ocupou a cadeira de Alberto Pasqualini, tendo sido reeleito depois. É um caso inédito porque foi eleito por todo o Rio Grande do Sul. Em 1958, em uma aliança com Leonel Brizola, Brizola se elegeu governador e Guido Mondin, senador, com o meu voto. Oito anos depois, pela ARENA, elegeu-se senador, derrotando o nosso candidato, do MDB, o ilustre e querido companheiro Sigfried Heuser. Portanto, representou nesta Casa, repito, todo o Rio Grande do Sul.

É um homem por quem tenho o maior carinho e o maior respeito. Adversário, do outro lado, mas um intelectual, um professor, um economista, uma das pessoas mais extraordinárias que conheço. Um homem de bem. Além de político, um intelectual; além de intelectual, um grande pintor.

Amanhã, exatamente às vinte horas, sob o patrocínio do Ministério da Cultura, da Fundação da Biblioteca Nacional e da Biblioteca Demonstrativa de Brasília, ele estará fazendo mais uma exposição de seus quadros, que encantam o Brasil e que já fazem parte de muitas exposições e produtoras independentes. Quero levar ao meu amigo Guido Mondin o meu abraço, o meu carinho e o meu afeto.

Ao fazer este pronunciamento, em meio a esta situação tão tumultuada, em meio a uma sessão em véspera da reunião da Bancada do PMDB, de um lado, e da instalação da CPI do Sistema Financeiro, do outro, Sr. Presidente, recordo-me de 1964, quando houve o movimento e o golpe. Naquela ocasião, Sigfried Heuser, Aldo Fagundes - hoje no Tribunal Superior Militar - e eu viemos a Brasília protestar e procurar uma solução para o absurdo da demissão dos funcionários estaduais com base no Ato Institucional nº 1. Brito Velho e Guido Mondin levaram-nos à presença do então Ministro da Justiça, Senador Milton Campos, que publicou, em questão de horas, um ato complementar, determinando que, para demitir funcionário público estadual, o Governador teria que apresentar a denúncia e lhe dar o direito de defesa.

À noite, fomos assistir a uma exposição de Guido Mondin. Lembro-me como se fosse hoje que, em meio àquela Brasília maluca, depois de 1964, em que não se sabia o que iria acontecer, Guido Mondin tinha tranqüilidade, serenidade e paz de espírito para expor seus quadros, na grandeza da sua alma.

Hoje, em meio a esta situação, convido os Srs. Senadores para amanhã, às 20 horas, na W-3 Sul Quadra 506/507, terem uma pausa de paz, beleza e grandeza, na exposição desse extraordinário gaúcho e grande brasileiro Guido Mondin.

Sr. Presidente, peço que conste dos Anais a biografia desse ilustre cidadão, que, aliás, é conhecida de todo o Brasil.


Este texto não substitui o publicado no DSF de 21/03/1996 - Página 4524