Pronunciamento de Pedro Simon em 27/03/1996
Discurso no Senado Federal
SOLIDARIZANDO-SE COM OS ELOGIOS DISPENSADOS PELO SENADOR JOSE FOGAÇA AO PRESIDENTE DO PMDB DO RIO GRANDE DO SUL, SR. ANDRE FORSTER.
- Autor
- Pedro Simon (PMDB - Movimento Democrático Brasileiro/RS)
- Nome completo: Pedro Jorge Simon
- Casa
- Senado Federal
- Tipo
- Discurso
- Resumo por assunto
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HOMENAGEM.:
- SOLIDARIZANDO-SE COM OS ELOGIOS DISPENSADOS PELO SENADOR JOSE FOGAÇA AO PRESIDENTE DO PMDB DO RIO GRANDE DO SUL, SR. ANDRE FORSTER.
- Publicação
- Publicação no DSF de 28/03/1996 - Página 5015
- Assunto
- Outros > HOMENAGEM.
- Indexação
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- HOMENAGEM, ANDRE FORSTER, PRESIDENTE, DIRETORIO REGIONAL, PARTIDO POLITICO, PARTIDO DO MOVIMENTO DEMOCRATICO BRASILEIRO (PMDB), ESTADO DO RIO GRANDE DO SUL (RS).
O SR. PEDRO SIMON (PMDB-RS. Para uma comunicação inadiável.) - Sr. Presidente, quero trazer a minha solidariedade ao pronunciamento do Senador José Fogaça.
O Senador José Fogaça traz a esta Casa um dos discursos mais brilhantes e emocionantes a que assisti nos últimos tempos, que aconselho aos Srs. Senadores que leiam. Trata-se do pronunciamento que André Forster, Presidente do PMDB do Rio Grande do Sul, fez na Câmara de Vereadores de Porto Alegre, quando todos os partidos, do PC do B e do PT aos partidos de direita, votaram por unanimidade e fizeram questão de ir à tribuna fazer, cada um, a sua homenagem pessoal a André Forster.
Ele fez uma análise da situação brasileira e da situação mundial; formulou algumas interrogações que, afinal de contas, devemos nos perguntar; analisou, ainda, a época do Império Romano; leu alguns pronunciamentos de dois mil e tantos anos atrás, e parece que foram feitos ontem.
Lá pelas tantas, o imperador romano dizia: "Tenho medo, quando terminar essa escravatura e o homem deixar de ser escravo, que não venha um regime onde o cidadão, em mesmo não sendo escravo, viva pior que os escravos estão vivendo hoje."
Ele também faz uma análise sobre a luta do homem em busca daquilo que se chama paz social e as dificuldades de chegarmos lá.
Quero trazer meu abraço ao prezado Senador José Fogaça pela feliz idéia e iniciativa de transcrever, nos Anais da Casa, o discurso de André Forster, que para nós do PMDB, quando completamos trinta anos, e para todos os partidos seria importante ler. Sociólogo que se dedicou de corpo e alma à vida política, foi vereador, Presidente da Câmara de Vereadores de Porto Alegre, porém foi um cientista político mais preocupado com a organização da vida política do que com a sua vida pessoal. Como disse o ilustre Senador José Fogaça, ele criou o Instituto de Estudos Políticos Econômicos e Sociais - IEPES, no Rio Grande do Sul, numa época que até então, Sr. Presidente, partido político no Brasil sempre foi partido de véspera de eleição. Tirando o Partido Comunista, que era clandestino, desde o tempo do Império, passando pela República Velha e a República Nova, a tradição de um partido político era fazer convenção para escolher candidato. Após isso, passava a atividade do partido.
O Instituto de Formação Política reunia uma equipe de pessoas que passava a pensar o partido. Na hora das candidaturas a prefeito, reuniam-se todos os candidatos do partido com uma equipe de técnicos para fazer o programa de uma prefeitura de oposição ao MDB. Na hora de debater-se o programa de idéias do Partido, foi lá em Porto Alegre, no IEPES, que se fez a primeira carta de um partido político que se chamou "A Carta de Porto Alegre - a resistência ao regime militar", quando pela primeira vez falou-se em constituinte, em anistia, em eleições direitas.
André Forster merece a louvação que teve da Câmara de Vereadores. Por longo tempo Presidente da Câmara de Vereadores do Rio Grande do Sul, merece que o Brasil, por meio do Senado, tome conhecimento do seu pensamento. Tenho dito seguidamente, lá no Rio Grande do Sul, como seria bom se no Brasil, nos âmbitos estadual e nacional, tivéssemos muitos André Forster presidindo vários partidos.