O SR. DARCY RIBEIRO (PDT-RJ. Para uma comunicação inadiável. Sem revisão do orador.) - Muito obrigado.

Sr. Presidente, Srs. Senadores, estou ainda comovido com essa notícia que recebi ontem. É claro que os cinco educadores que examinaram os meus méritos levaram em conta a minha obra em educação no Brasil, na qual venho dando o melhor do meu esforço há quarenta anos. Há quarenta anos que uma das preocupações da minha vida é o ensino público, a alfabetização, o ensino de adultos, é melhorar o ensino médio, o ensino superior, tudo isso que se cristalizou, graças aos Senadores, na Lei de Diretrizes e Bases da Educação, na qual coloco as minhas mais altas esperanças.

Neste momento, quando ouvi a minha iluminada Líder Júnia Marise, emocionei-me outra vez ao pensar que devem ter levado em conta, em Washington, na Organização dos Estados Americanos, o que fiz durante meu exílio. Fui informado de que foram feitas várias referências a minha obra como exilado.

Como exilado, fui ao Uruguai, estive lá por vários anos e reformei a Universidade da República Oriental do Uruguai. Fui depois para a Venezuela, chamado para reformar a Universidade Central da Venezuela, fui depois para o Peru para reformar a Universidade Central do Peru, e além disso, realizei estudos para a reforma da Universidade da Argélia, e para reformas da Universidade do México.

Tive alegria e felicidade e sou sempre felicitado por isso, por ter criado a Universidade Nacional da Costa Rica. Esse prêmio interamericano dado pela OEA, e que levou em conta a minha contribuição aos países latino-americanos em matéria de educação, me comoveu muito. E gostei muito de ouvir a minha líder fazer-me um elogio, porque sou muito carente de elogios. Quando o elogio vem de Júnia, fico muito mais feliz.