O SR. ANTONIO CARLOS MAGALHÃES (PFL-BA. Para uma comunicação inadiável.) - Sr. Presidente, a rigor não é uma comunicação inadiável, são duas comunicações que julgo importantes para a Casa e que procurarei abordar cumprindo o Regimento.

Uma delas até faço principalmente porque V. Exª está no exercício da Presidência, porque talvez fossem congratulações até mesmo com V. Exª, com seu Partido, pois trata-se de um elogio - eu não diria um ex-correligionário, mas a um correligionário seu que, infelizmente, um certo radicalismo impediu que eu pudesse fazer diretamente ao seu Partido.

Dirijo-me ao Ministro da Cultura, Francisco Weffort, pela excelente atuação que vem tendo no Governo, apesar das parcas verbas de que dispõe o seu Ministério. S. Exª tem realizado um trabalho com muita eficiência, dando valor devido à cultura, e isso, acredito, é muito importante para V. Exª, que, por S. Exª ter sido seu correligionário até há menos de dois anos, deve ter muitas idéias coincidentes com as dele.

Aproveitei, portanto, que V. Exª estivesse na Presidência para dizer que um dos pontos altos do Governo Fernando Henrique é o Ministério da Cultura, levando-se em conta que, com verbas muito reduzidas e nem sempre a sua disposição, o Ministro da Cultura vem fazendo em todo o Brasil um trabalho extremamente eficaz.

Na Bahia tem podido ajudar pouco, mas tem se feito presente não só em Porto Seguro, como também no Centro Histórico, demonstrando, assim, o interesse do Governo e o seu estímulo ao trabalho que é realizado no meu Estado.

Isso incentiva a todos nós e deve ser também motivo para que o Governo Federal, sobretudo a área econômica, possa dar à cultura o valor que ela deve ter nos governos que cuidam da educação e da cultura, como deve ser o do nosso Presidente e Professor Fernando Henrique Cardoso.

Portanto, eu queria, da tribuna do Senado, congratular-me com o Ministro Francisco Weffort e dizer da sua atuação eficiente em todo o País. Ele está presente em toda parte, e isso para mim é motivo de alegria, porque eu, quando Governador, pude trabalhar bastante nessa área cultural da Bahia.

Quero dizer isso também saudando V. Exª, lamentando, por um lado, que ele não seja hoje seu correligionário, por uma posição mais radical, não de V. Exª, que não é um radical, mas de alguns de seus correligionários; mas sei que ele estaria honrando, como está de qualquer maneira, o Partido dos Trabalhadores, no Governo.

Esse era um ponto, Sr. Presidente.

O segundo ponto é dizer da minha alegria ao ver a reabertura, na Bahia, na última quinta-feira, dia 2, do Banco Econômico, agora Excel-Econômico, que foi uma luta bastante árdua, cheia de injustiças, cheia de falhas, não só da parte econômica, depois corrigidas, o que deu uma alegria muito grande aos baianos, aos nordestinos e eu diria a todos os brasileiros.

Dentro do que é possível, contei inclusive com a boa vontade de V. Exª, porque V. Exª sabia que eu estava defendendo também, como V. Exª, a bem da verdade, o emprego de milhares de trabalhadores bancários brasileiros.

Fico feliz de ter tido êxito neste trabalho e de poder congratular-me com a Bahia, com o Nordeste, com o Brasil e até mesmo com aqueles que não entenderam a nossa luta no início, mas que se renderam aos argumentos aqui expendidos e, mais do que isso, à justiça da causa que abraçamos.

A Bahia viveu momentos da maior alegria, de grande efusão e entusiasmo no dia 2 de maio. Este dia incorpora-se ao calendário da Bahia como uma data extremamente importante para a sua economia.

Era o que tinha a dizer, Sr. Presidente.