Discurso no Senado Federal

JUSTIFICANDO A PROPOSTA DE EMENDA A CONSTITUIÇÃO 25, DE 1996, DE SUA INICIATIVA, QUE INCLUI O ARTIGO 74 NO ATO DAS DISPOSIÇÕES TRANSITORIAS, REFERENTE A PLEBISCITO EM 1998, QUANTO A MANUTENÇÃO OU EXTINÇÃO DO VOTO OBRIGATORIO E ACOLHIMENTO OU NÃO DA REELEIÇÃO DE MANDATARIOS DE CARGOS EXECUTIVOS.

Autor
Sebastião Bala Rocha (PDT - Partido Democrático Trabalhista/AP)
Nome completo: Sebastião Ferreira da Rocha
Casa
Senado Federal
Tipo
Discurso
Resumo por assunto
ELEIÇÕES.:
  • JUSTIFICANDO A PROPOSTA DE EMENDA A CONSTITUIÇÃO 25, DE 1996, DE SUA INICIATIVA, QUE INCLUI O ARTIGO 74 NO ATO DAS DISPOSIÇÕES TRANSITORIAS, REFERENTE A PLEBISCITO EM 1998, QUANTO A MANUTENÇÃO OU EXTINÇÃO DO VOTO OBRIGATORIO E ACOLHIMENTO OU NÃO DA REELEIÇÃO DE MANDATARIOS DE CARGOS EXECUTIVOS.
Publicação
Publicação no DSF de 22/05/1996 - Página 8431
Assunto
Outros > ELEIÇÕES.
Indexação
  • JUSTIFICAÇÃO, APRESENTAÇÃO, PROPOSTA, EMENDA CONSTITUCIONAL, AUTORIA, ORADOR, ESTABELECIMENTO, VOTO FACULTATIVO, APRECIAÇÃO, POSSIBILIDADE, REELEIÇÃO, MANDATARIO, CARGO PUBLICO, EXECUTIVO.

O SR. SEBASTIÃO ROCHA (PDT-AP. Para uma comunicação inadiável. Sem revisão do orador.) - Sr. Presidente, Srªs e Srs. Senadores, quero comunicar que protocolei, junto à Secretaria da Mesa, na semana passada, mais precisamente na quinta-feira, uma Proposta de Emenda Constitucional que estabelece o dia 21 de abril de 1998 como data para a realização de plebiscito em todo o território nacional, onde o eleitorado se decidirá pela manutenção ou extinção da obrigatoriedade do voto e pelo acolhimento ou não de uma reeleição para Presidente da República, Governadores e Prefeitos, eleitos a partir da data da realização do referido plebiscito.

A respeito da obrigatoriedade do voto, tenho uma posição firmada. Sou favorável ao voto facultativo. Entendo que ele expressa um momento mais democrático de qualquer nação e, conforme referências bibliográficas, poucos países ainda guardam, em seu sistema de voto, o voto obrigatório, sobretudo nos países da América do Sul que, tradicionalmente, têm gestões ditatoriais. Na Europa democrática todos os países detêm o voto facultativo. Na América do Norte, apenas o México adota o voto obrigatório, e assim por diante.

Quanto à reeleição, a minha posição pessoal é contrária, mas entendo que esse assunto deve ser decidido pelos eleitores, até porque o Congresso, hoje, tem sido praticamente contaminado, dia-a-dia, com a pecha de vendilhão dos direitos constitucionais adquiridos na Carta de 1988, trocando-os por vantagens junto ao Governo. A votação pelo Congresso do mecanismo da reeleição implicaria em mais um desgaste para o Legislativo, pois certamente seria atribuído novamente a Parlamentares a negociação de seu voto em troca de apoio à reeleição do atual Presidente.

Por essa razão, propus essa emenda, que conta com o apoio de 32 Srs. Senadores, protocolada quinta-feira passada.

Era o que tinha a comunicar.

Muito obrigado, Sr. Presidente.


Este texto não substitui o publicado no DSF de 22/05/1996 - Página 8431