Pronunciamento de Gilvam Borges em 22/05/1996
Discurso no Senado Federal
MOBILIZAÇÃO DO GOVERNO PARA EFETUAR AS REFORMAS CONSTITUCIONAIS. VISITA DE EMPRESARIOS DA FIESP A ESTA CASA. PARABENIZANDO A PRESIDENCIA DA CNI PELA MARCHA DE EMPRESARIOS A BRASILIA.
- Autor
- Gilvam Borges (PMDB - Movimento Democrático Brasileiro/AP)
- Nome completo: Gilvam Pinheiro Borges
- Casa
- Senado Federal
- Tipo
- Discurso
- Resumo por assunto
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POLITICA ECONOMICO FINANCEIRA.:
- MOBILIZAÇÃO DO GOVERNO PARA EFETUAR AS REFORMAS CONSTITUCIONAIS. VISITA DE EMPRESARIOS DA FIESP A ESTA CASA. PARABENIZANDO A PRESIDENCIA DA CNI PELA MARCHA DE EMPRESARIOS A BRASILIA.
- Publicação
- Publicação no DSF de 23/05/1996 - Página 8611
- Assunto
- Outros > POLITICA ECONOMICO FINANCEIRA.
- Indexação
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- CONGRATULAÇÕES, EMPRESARIO, FERNANDO BEZERRA, SENADOR, FERNANDO HENRIQUE CARDOSO, PRESIDENTE DA REPUBLICA, ORGANIZAÇÃO, IMPLANTAÇÃO, REFORMA TRIBUTARIA, REFORMULAÇÃO, PREVIDENCIA SOCIAL, REIVINDICAÇÃO, CLASSE EMPRESARIAL, CONFEDERAÇÃO NACIONAL DA INDUSTRIA (CNI), INDUSTRIAL, ACORDO, LIDERANÇA, ENTIDADE PATRONAL.
O SR. GILVAM BORGES (PMDB-AP. Pronuncia o seguinte discurso. Sem revisão do orador.) - Sr. Presidente, Srªs e Srs. Senadores, acompanhando pelos jornais, observamos que o Governo se mobiliza para fazer o último esforço concentrado do ano, em busca das reformas tão cobradas pelo País afora.
O Congresso Nacional tem a honra de receber um segmento poderoso, importante, que, sem sombra de dúvida, merece o respeito de todo o País: os empresários.
Muitas vezes eles são criticados como os vilões, como aqueles que só visam o lucro. No entanto, Sr. Presidente, há de se convir que são eles, são esses líderes, são esses agentes da economia, do pequeno ao médio e ao grande, a alavanca da economia.
Em todos os setores, em todos os segmentos, as lideranças são fundamentais. São elas que dão corpo, que conduzem, que imprimem, que buscam, que dão luz, que abrem as perspectivas. Esses líderes, que assumem as responsabilidades de manter pequenos, grandes, enormes grupos de funcionários em suas atividades, sem dúvida, merecem o respeito do País.
Desta tribuna, Sr. Presidente, gostaria de receber com alegria todos os empresários que aqui se fazem presentes. De um lado, a oposição já se manifesta, dizendo que isso foi uma grande armação do Governo, em combinação com as lideranças patronais, para que houvesse uma pressão no Congresso Nacional, para que se acelerassem, se efetivassem e se concretizassem as reformas que estão em curso.
Sr. Presidente, o pleito é mais do que justo. Penso que eles estão chegando tarde. Já recebemos outros segmentos com vistas a pressionar este Parlamento, o Congresso Nacional, o Senado e a Câmara dos Deputados, que juntos constituem os pilares da democracia. É para onde vem toda sorte de clamor e de reivindicações.
Recebemos hoje mais de dois mil empresários, que vêm pedir a queda dos juros, fazer as suas reivindicações. Trazem suas pautas e mostram que estão vivos, que são um segmento importante. Portanto, congratulo-me com a direção do movimento. O Senador Fernando Bezerra, inclusive, faz parte da CNI. Congratulo-me, também, com S. Exª. Há tempos que não se via um movimento assim. Parece-me que houve até uma inversão. As entidades patronais estão-se organizando muito melhor.
Entendo que os trabalhadores têm que organizar a sua marcha também.
Sr. Presidente, sei que V. Exª comunga com este ponto de vista, porque tem se comprometido muito com os interesses do País. São mais do que justas essas pressões.
Quero congratular-me, também, com o Governo, pois temos que agilizar as reformas. Temos que ter praticidade e objetividade, embora o PSDB, em certos momentos, encontre muita dificuldade em fazer isso.
Temos uma intelectualidade muito acadêmica, muito voltada para as profundas discussões, e este País precisa de planejamento, precisamos ter ação completa.
Congratulo-me, também, com o Presidente Fernando Henrique Cardoso por estar junto com todos seus agentes e líderes políticos organizando-se para que tenhamos condições de, no próximo mês, implementarmos e efetivarmos as mudanças necessárias, ou seja, as reformas.
Encerro, portanto, Sr. Presidente, Srªs e Srs. Senadores, as minhas palavras, comprometendo-me a retornar a esta tribuna.
Muito obrigado, Sr. Presidente.