O SR. JOSÉ SERRA (PSDB-SP. Para uma comunicação inadiável. Sem revisão do orador.) - Sr. Presidente, gostaria, inicialmente, de registrar a minha enorme satisfação de vir, pela primeira vez neste ano, ao Plenário do Senado...

O SR. JOSÉ SERRA - Não há necessidade, Sr. Presidente, até porque pedi a palavra para um breve pronunciamento.

Como dizia, quero registrar, com agrado, a possibilidade de ter vindo hoje, pela primeira vez neste ano, a partir da minha cadeira de Senador por São Paulo, falar a este Plenário.

Quero também agradecer, muito sensibilizado, as referências que aqui foram feitas, independentemente de qualquer conotação de natureza partidária, pelos Senadores Ney Suassuna, Elcio Alvares, José Eduardo Dutra e Eduardo Suplicy.

Vamos ter, sem a menor dúvida, a oportunidade de manter aqui debates a respeito do quadro nacional, não só no que se refere à economia, como à política, às questões de natureza constitucional. E na medida em que a minha campanha o permita, estarei presente e disponível, até com agrado, para esta discussão e para este debate.

Por último, com relação às palavras do Senador Eduardo Suplicy, S. Exª, efetivamente, é a pessoa neste Plenário com quem tenho relações mais antigas, que remontam há pelo menos 33 anos, quando S. Exª era estudante da Escola de Administração Getúlio Vargas, em São Paulo, e eu, aluno da Escola Politécnica de São Paulo. O Senador Eduardo Suplicy, na época, deu-me todo seu apoio, tanto para a eleição à Presidência da União Estadual dos Estudantes como, posteriormente, da União Nacional dos Estudantes.

A regra de três que construiu aqui talvez não seja tão exata. Tenho certeza de que o ex-Senador Jarbas Passarinho, com quem tenho as relações mais cordiais, ou o Senador Esperidião Amin não estão para o Senador Eduardo Suplicy assim como S. Exª está para mim. É uma regra de três um pouco distorcida. Tenho certeza de que S. Exª concordaria com isso.

Agradeço também pelo paralelo que faz no que tange à disputa em São Paulo, colocando-me como se fosse o Palmeiras e a Luiza Erundina como se fosse o Santos.

O Sr. Eduardo Suplicy - Ela tem o seu time; é corintiana.

O SR. JOSÉ SERRA - Vejo isso com agrado não só porque sou palmeirense. Estive no estádio, no domingo, e registrei pelo rádio o desempenho bastante valoroso do Santos. Fiz isso de uma maneira sentida, e não porque desejasse magoar os santistas que estavam ouvindo o jogo. É um paralelo otimista que ele faz a respeito da minha candidatura. Atribuo isso não ao cálculo político do Senador, que sei que S. Exª não faz, mas a uma relação fraternal e de admiração recíproca que existe há muitos anos.

Muito obrigado.