Discurso no Senado Federal

HOMENAGEM AOS 13 ANOS DA REDE MANCHETE.

Autor
Romeu Tuma (PSL - Partido Social Liberal/SP)
Nome completo: Romeu Tuma
Casa
Senado Federal
Tipo
Discurso
Resumo por assunto
HOMENAGEM.:
  • HOMENAGEM AOS 13 ANOS DA REDE MANCHETE.
Publicação
Publicação no DSF de 06/06/1996 - Página 9454
Assunto
Outros > HOMENAGEM.
Indexação
  • HOMENAGEM, ANIVERSARIO DE FUNDAÇÃO, EMISSORA, TELEVISÃO, ESTADO DO RIO DE JANEIRO (RJ).
  • HOMENAGEM POSTUMA, ADOLPHO BLOCH, EMPRESARIO, IMIGRANTE, CRIAÇÃO, EMPRESA DE TELECOMUNICAÇÕES.

O SR. ROMEU TUMA (PSL-SP. Pronuncia o seguinte discurso.) - Sr. Presidente, Srªs e Srs. Senadores, Srs. representantes do Grupo Manchete, solicitei a palavra para, com muita satisfação, saudar da tribuna da mais alta Casa de Leis do País o aniversário de uma organização jornalística que engrandece o universo das comunicações no Brasil. Refiro-me, com prazer, à TV Manchete, cujo 13º aniversário transcorre hoje, como novo marco de sucesso numa caminhada de dificuldades e lutas, que continuam a ser superadas graças à influência dos ensinamentos legados pela capacidade intelectual e empresarial de um grande homem.

Saudar a TV Manchete, assim como qualquer dos órgãos que integram o grupo empresarial constituído pela Bloch Editores S. A. e pela rede de emissoras de rádio e TV a ela coligadas, é homenagear a memória do seu fundador, o saudoso e querido amigo de todos os brasileiros, Adolpho Bloch, falecido em São Paulo há seis meses. Esse é o homem no qual o Brasil reconhece os méritos de um desbravador, de um inovador, de um realizador. Desde que aqui chegou com sua família, em 1922, vindo de Klew, na Ucrânia, Adolpho Bloch perseguiu incansavelmente os objetivos que resultaram na formação daquele conglomerado de revistas, rádios e emissoras de TV.

Nada se fez na emissora que não passasse pelo seu crivo e não recebesse sua orientação. Lembro que, judeu de nascimento, com destemor, com carinho, com amor à causa pública e à paz - à paz, meus senhores! -, se uniu a um punhado de árabes - como eu, descendente deles -, e conseguiu construir a paz no nosso território, representado pelas duas comunidades. E esta - como a dele - é a terra que nossos pais têm por adoção e onde deixaram todo o seu amor, e mais do que isso: o pó do seu corpo.

Srªs e Srs. Senadores, nós, integrantes do Poder Legislativo - o único cuja existência livre condiciona, por si só, os conceitos de democracia e Estado de Direito -, temos que nos regozijar a cada aniversário de um órgão de imprensa, ainda mais quando esse órgão tem o porte e o desempenho de uma rede de TV que cobre o território nacional, informando e formando a todo momento a nossa sociedade. Nosso regozijo deve ampliar-se por lembrarmos que a informação é a essência do poder e a imprensa, colocando as informações ao alcance de todos os cidadãos, é a mola-mestra para a democratização do poder.

Pois é também com esse sentido que venho à tribuna para felicitar, na TV Manchete, toda a imprensa brasileira, que tem nessa organização um expoente e um exemplo de como se pode e se deve trabalhar pela grandeza da Pátria.

O Senador Bernardo Cabral disse que não trouxe nada escrito. Trouxe as suas palavras, na alma e no coração, porque os oradores que o antecederam já se referiram, com entusiasmo e conhecimento, ao que representou Adolpho Bloch e a TV Manchete para os destinos do nosso País. Eu diria que toda as adjetivações que se fazem sobre homens de bem são sinônimos. Não há por que repeti-las.

Eu pediria permissão à Mesa e aos dirigentes da TV Manchete para, dentro de uma nota triste, lembrar o nome do Dr. Júlio de Mesquita Neto, cujo falecimento nos traz a certeza de uma alegria no céu, onde, sem dúvida, amigo de Bloch, estará com ele conversando agora sobre uma forma de abençoar e proteger a imprensa brasileira.

Muito obrigado, Sr. Presidente. (Palmas!)


Este texto não substitui o publicado no DSF de 06/06/1996 - Página 9454