Pronunciamento de Josaphat Marinho em 20/06/1996
Discurso no Senado Federal
HOMENAGEM PELO FALECIMENTO DO EX-MINISTRO E EX-DEPUTADO FEDERAL RENATO ARCHER.
- Autor
- Josaphat Marinho (PFL - Partido da Frente Liberal/BA)
- Nome completo: Josaphat Ramos Marinho
- Casa
- Senado Federal
- Tipo
- Discurso
- Resumo por assunto
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HOMENAGEM.:
- HOMENAGEM PELO FALECIMENTO DO EX-MINISTRO E EX-DEPUTADO FEDERAL RENATO ARCHER.
- Publicação
- Publicação no DSF de 21/06/1996 - Página 10531
- Assunto
- Outros > HOMENAGEM.
- Indexação
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- HOMENAGEM POSTUMA, RENATO ARCHER, ESTADO DO MARANHÃO (MA), EX-DEPUTADO, EX MINISTRO, MINISTERIO DA PREVIDENCIA SOCIAL (MPS), MINISTERIO DA CIENCIA E TECNOLOGIA (MCT).
O SR. JOSAPHAT MARINHO (PFL-BA. Para encaminhar a votação. Sem revisão do orador.) - Sr. Presidente, Srªs e Srs. Senadores, a homenagem do PFL já foi muito bem traduzida pelo Líder Hugo Napoleão. As relações pessoais, porém, e de pensamento político, que mantive com Renato Archer, recomendam-me dizer algumas palavras de saudade e de apreço ao cidadão hoje falecido.
Eu o conheci na legislatura que se iniciou em 1963. Era ele Deputado. Por seu intermédio é que recebi carta do ex-Presidente Juscelino Kubitschek para participar da Frente Ampla,
movimento que se constituía com a participação do Presidente Juscelino Kubitschek, do Presidente João Goulart e do Governador Carlos Lacerda, no sentido de uma oposição viril ao governo militar.
Renato Archer desempenhou, nesse movimento, o papel de Secretário-Geral da Frente Ampla. Foi admirável o seu procedimento. E tive a sorte de, nessa oportunidade, aprofundar as relações de intimidade e de conhecimento do seu pensamento político. Oficial de Marinha, era, entretanto, um político de pensamento civil e uma inteligência aperfeiçoada no conhecimento das humanidades.
Como ainda agora assinalou o Senador Hugo Napoleão, era um prazer o diálogo com Renato Archer. Com ele a conversa não se limitava nunca ao trivial. Elevava-se à boa conversação, ilustrada por amplos conhecimentos e, ao mesmo tempo, disciplinada por notável simplicidade.
Em diferentes momentos discutimos problemas do País. Era um homem fiel a seus amigos tanto quanto fiel a suas idéias.
Ainda no ano passado, quando se discutia o problema da Petrobrás e do monopólio estatal do petróleo, estivemos juntos num seminário organizado pela Universidade do Rio de Janeiro e ele, de novo, num momento de muita transigência de tanta gente, sustentou seu pensamento de fidelidade ao monopólio estatal do petróleo.
Depois, compareceu à reunião de comissão nesta Casa e de novo reiterou seu pensamento com a mesma firmeza de todos os tempos. Foi a última vez que pude ouvi-lo. Agora, quando ele silencia definitivamente, quero manifestar-lhe o meu respeito e a minha saudade.