O SR. RAMEZ TEBET (PMDB-MS. Para uma comunicação inadiável. Sem revisão do orador.) - Sr. Presidente, Srs. Senadores, no último sábado, o meio cultural de Mato Grosso do Sul estava em festa. Era o dia de homenagear o professor, escritor e jornalista J. Barbosa Rodrigues pelos seus 80 anos de vida, dos quais a maior parte dedicados à valorização da cultura e das cousas do meu Estado. Foi, com justiça, uma homenagem mais que merecida para uma personalidade que escreve diariamente a história do Estado de Mato Grosso do Sul.

Autoridades, amigos e admiradores reuniram-se na Academia Sul-Mato-Grossense de Letras para a homenagem a J. Barbosa Rodrigues que, há mais de 50 anos, deu início a sua exemplar contribuição ao desenvolvimento do nosso Estado.

Foi nos idos de 1943, em companhia da sua dedicada esposa, Dona Henedina e do filho José Maria, já falecido, que o professor mineiro chegou a Campo Grande pelo trem da saudosa Noroeste do Brasil, ainda no tempo da velha "maria fumaça". Estava apenas de passagem, pois havia conseguido um emprego na cidade fronteiriça de Ponta Porã. A parada rápida no velho Hotel da Estação mudou os rumos e a vida de J. Barbosa Rodrigues e de Dona Henedina. Eles se encantaram por Campo Grande e decidiram ficar. Durante muitos anos trabalharam na Colônia Japonesa da Mata do Ceroula, ensinando os filhos dos imigrantes japoneses a ler e a escrever.

Há um significado diferente quando são prestadas homenagens a pessoas ainda em vida. Posso mesmo imaginar a grata satisfação interior de quem as recebe nessa condição. J. Barbosa Rodrigues é uma dessas figuras que tem o privilégio de ver os frutos do seu trabalho.

A dimensão do seu esforço vitorioso se expressa hoje de forma marcante por ter construído o maior conglomerado de comunicação social do Estado - o Grupo Correio do Estado.

Sob a sua direção, o Correio do Estado se inseriu na história do jornalismo do Centro-Oeste como o primeiro jornal impresso pelo sistema off-set na região.

A firme determinação e a incansável capacidade de trabalho jamais permitiu que J. Barbosa Rodrigues parasse no tempo. A busca pela modernidade impôs um novo paradigma que orientou o crescimento do Correio do Estado que, além de maior jornal do Estado, conseguiu chegar ao sistema de impressão em cores.

Desdobrando seu tempo em escrever livros e artigos, além de dirigir empresas e fazer amigos, J. Barbosa Rodrigues é hoje uma legenda viva e sua obra motivo de orgulho para os sul-mato-grossenses e de projeção de Mato Grosso do Sul para muito além das suas fronteiras.

Era o que eu tinha a dizer, Sr. Presidente.