Discurso no Senado Federal

PROTEÇÃO A INDUSTRIA NACIONAL, PRINCIPALMENTE DE BRINQUEDOS E DE TECIDOS, ADOTADA PELO GOVERNO. NECESSIDADE DE AJUSTAMENTOS NO PLANO REAL.

Autor
Lúdio Coelho (PSDB - Partido da Social Democracia Brasileira/MS)
Nome completo: Lúdio Martins Coelho
Casa
Senado Federal
Tipo
Discurso
Resumo por assunto
POLITICA INDUSTRIAL.:
  • PROTEÇÃO A INDUSTRIA NACIONAL, PRINCIPALMENTE DE BRINQUEDOS E DE TECIDOS, ADOTADA PELO GOVERNO. NECESSIDADE DE AJUSTAMENTOS NO PLANO REAL.
Publicação
Publicação no DSF de 06/07/1996 - Página 11562
Assunto
Outros > POLITICA INDUSTRIAL.
Indexação
  • ELOGIO, NORMAS, MINISTERIO DA INDUSTRIA DO COMERCIO E DO TURISMO (MICT), PROTEÇÃO, INDUSTRIA NACIONAL, ESPECIFICAÇÃO, EMPRESA DE BRINQUEDOS, INDUSTRIA TEXTIL.
  • EXPECTATIVA, ATUAÇÃO, GOVERNO, CORREÇÃO, PLANO, REAL, ESPECIFICAÇÃO, CAMBIO.

O SR. LÚDIO COELHO (PSDB-MS. Pronuncia o seguinte discurso. Sem revisão do orador.) - Sr. Presidente, Srs. Senadores, desejo referir-me às medidas tomadas pelo Ministro Francisco Dornelles, criando taxas para salvaguardar interesses industriais brasileiros, principalmente dos setores de brinquedos e de tecidos.

É comum às nações do mundo protegerem as suas indústrias. Para isso utilizam diversas maneiras. Alguns países asiáticos pagam salários extremamente baixos a seus operários, compensando-os, naturalmente, com outros benefícios. Colocam os seus produtos em nosso País a preços muito baixos, concorrendo de uma maneira desleal com a nossa indústria.

Ao me referir ao Ministro Francisco Dornelles, quero também transmitir aos companheiros do Senado a minha impressão de que houve uma melhoria na equipe do Presidente Fernando Henrique Cardoso. A troca desses Ministros, ocorrida ultimamente, a meu ver, solidificou o Governo.

Sobre esse assunto de proteção à indústria nacional, quero dizer que, no aniversário do Plano Real, o Presidente da República confessou-se de acordo com a supervalorização da nossa moeda. Há meses, referi-me aqui às dificuldades por que estava passando principalmente a área de produção primária do nosso País, com os juros extremamente altos e a supervalorização do real, inviabilizando por completo as nossas exportações. Tenho a impressão de que a área econômica deste Governo necessita ter a coragem de fazer as modificações indispensáveis à consolidação do Plano Real.

Eu me lembro do Plano Cruzado, que evoluía bem, mas o Governo da ocasião não teve a coragem e a competência para fazer os ajustamentos necessários à sua consolidação. Não podemos pensar que um plano da profundidade do Plano Real dispensa correções ao longo do tempo. Tenho comigo que está na hora de fazermos rapidamente algumas correções. É preciso, por exemplo, mexer no câmbio. Não adianta criarmos linhas de financiamento para exportações setoriais, se não tomarmos medidas que abranjam a economia nacional como um todo.

Era o que tinha a dizer. Obrigado.


Este texto não substitui o publicado no DSF de 06/07/1996 - Página 11562