Discurso no Senado Federal

TRANSCURSO, AMANHÃ, DO QUADRAGESIMO QUARTO ANIVERSARIO DO BANCO DO NORDESTE DO BRASIL - BNB.

Autor
Antonio Carlos Valadares (PSB - Partido Socialista Brasileiro/SE)
Nome completo: Antonio Carlos Valadares
Casa
Senado Federal
Tipo
Discurso
Resumo por assunto
HOMENAGEM.:
  • TRANSCURSO, AMANHÃ, DO QUADRAGESIMO QUARTO ANIVERSARIO DO BANCO DO NORDESTE DO BRASIL - BNB.
Publicação
Publicação no DSF de 19/07/1996 - Página 12436
Assunto
Outros > HOMENAGEM.
Indexação
  • COMEMORAÇÃO, ANIVERSARIO DE FUNDAÇÃO, BANCO DO NORDESTE DO BRASIL S/A (BNB), ELOGIO, ATUAÇÃO, MODERNIZAÇÃO, APOIO, EMPRESA, CRIAÇÃO, RIQUEZAS, EMPREGO, DESENVOLVIMENTO, REGIÃO NORDESTE.

O SR.ANTONIO CARLOS VALADARES (PSB-SE) - Sr. Presidente, Srªs e Srs. Senadores, o Banco do Nordeste do Brasil comemora amanhã, 19 de julho, seu quadragésimo-quarto aniversário. É uma data importante para toda a região nordestina, uma vez que o BNB é, sem dúvida alguma, um dos organismos oficiais mais presentes na vida econômica de nossos Estados.

A economia mundial atravessa agora um período de profundas alterações que podem ser traduzidas por uma palavra mágica: globalização. As empresas estendem seus braços por todo o mundo na busca incessante de maior eficiência e produtividade. Produtos melhores a um custo mais baixo é a utopia de nossos dias. Dentro desse panorama, os sistemas bancários também alteram rapidamente suas práticas centenárias.

É possível até que as mais incisivas e bruscas alterações da economia nacional estejam ocorrendo hoje no sistema bancário. A verdade é que, com o avanço impressionante da automação dos serviços financeiros e com o fim da inflação, os bancos do nosso País tiveram que se adaptar rapidamente a um novo ambiente.

Coerente com o momento que vivemos, o Banco do Nordeste adotou mudanças estratégicas a fim de se manter competitivo dentro de um mercado onde a disputa por espaço é cada vez mais agressiva. Com essas iniciativas arrojadas, temos absoluta certeza de que o BNB vai continuar desempenhando com eficácia e dinamismo seu papel de instrumento propulsor do desenvolvimento do Nordeste, ao mesmo tempo em que manterá o seu lugar de destaque dentro do panorama bancário nacional.

Entre as várias ações que vêm sendo desencadeadas pela alta direção do banco, merece citação o esforço feito para destruir a falsa imagem que se formou dos bancos oficiais, como sendo excessivamente burocráticos e tecnicistas ao extremo. Na verdade, bancos oficiais devem se cercar de cuidados especiais nas suas operações para evitar insinuações maldosas. O certo é que o Banco do Nordeste redesenhou toda a sua política de concessão de crédito. Em outras palavras, flexibilizou e agilizou todas as áreas voltadas para o desenvolvimento.

Outro ponto positivo a ser destacado na gestão atual foi a definição clara do público-alvo. Quem é o cliente preferencial do BNB? O cliente prioritário é justamente aquele agente econômico que pratica atividades voltadas para o mercado consumidor e que vai gerar riqueza e empregos com os recursos que lhe forem concedidos pelo banco.

Dentro dessa nova filosofia, cuja ênfase está na modernidade dos procedimentos administrativos e estratégicos, o Banco do Nordeste do Brasil criou a figura do agente de desenvolvimento, que vem a ser o responsável pelo trabalho de capacitação técnica, difusão de tecnologia e organização do mercado-alvo, em todas as praças do Nordeste.

Sintonizado com o atual estágio de desenvolvimento econômico, no qual os agentes financeiros deixam de ser meras entidades intermediadoras de recursos para se transformarem em prestadores de uma série infindável de serviços financeiros, o BNB passou a ser um auxiliar das empresas no que se refere à gestão de investimentos produtivos. Para isso, o Banco do Nordeste do Brasil criou a Gerência de Negócios Corporativos, que vai atuar no mercado de capitais internacionais e também no mercado interno.

O Banco do Nordeste do Brasil, no transcurso do seu quadragésimo quarto aniversário, vive um surto de crescimento e de otimismo.

Há um número que não poderia deixar de ser mencionado aqui: este ano, o Banco do Nordeste vai injetar na economia regional recursos da ordem de dois bilhões e meio de dólares, oriundos do FNE (Fundo Constitucional de Financiamento do Nordeste) e de outras fontes.

Para termos uma noção mais exata da grandiosidade dessa cifra, basta lembrarmos que, ao longo de seus primeiros quarenta e três anos de funcionamento, o BNB investiu quatro bilhões e meio de reais, sendo que a partir de 1990 o FNE passou a ser a fonte única dos recursos. Por outro lado, o volume de recursos a ser aplicado no corrente ano é três vezes maior do que o investido ao longo do ano passado.

Grande parte desse esforço se deve à atual administração, comandada pelo cearense Byron Queiroz, cuja meta principal é transformar o BNB -- apesar de suas especificidades como banco de desenvolvimento regional -- numa entidade capaz de disputar de igual para igual com os demais agentes financeiros.

É altamente louvável a perfeita afinação existente entre a administração do BNB e a bancada de representantes nordestinos no Congresso Nacional, porque ela reforça o papel de propulsor do desenvolvimento regional que é, em ultima instância, a razão de ser do Banco do Nordeste do Brasil.

Na era da informática, o BNB mantém um trabalho consistente de modernização, que permitiu, por exemplo, a aquisição de mil e quatrocentos computadores no ano passado, enquanto no corrente ano será incorporado mais um grande número de equipamentos eletrônicos.

Não é por acaso que o Presidente Fernando Henrique Cardoso -- cujos esforços para a modernização do País são reconhecidos nacional e internacionalmente -- tem dito que o Banco do Nordeste do Brasil é uma experiência altamente exitosa no que concerne a gerar empregos e renda a baixo custo.

Saudando o BNB pelo que ele tem feito pelo Nordeste e pelo que ainda vai fazer, quero mandar minha saudação aos seus dirigentes e funcionários, incentivando-os na dura luta para modernizar aquele banco e transformá-lo num organismo eficiente, moderno e competente.

Era o que tinha a dizer.

Muito obrigado.


Este texto não substitui o publicado no DSF de 19/07/1996 - Página 12436