Discurso no Senado Federal

OFICIO ENCAMINHADO AO MINISTRO RAIMUNDO BRITO, EXPRESSANDO SUAS PREOCUPAÇÕES COM A DISPENSA DE TRABALHADORES A SER EFETIVADA PELA LIGHT. ENALTECENDO OS ATLETAS BRASILEIROS QUE PARTICIPARAM DAS OLIMPIADAS DE ATLANTA.

Autor
Eduardo Suplicy (PT - Partido dos Trabalhadores/SP)
Nome completo: Eduardo Matarazzo Suplicy
Casa
Senado Federal
Tipo
Discurso
Resumo por assunto
POLITICA DE EMPREGO. ESPORTE.:
  • OFICIO ENCAMINHADO AO MINISTRO RAIMUNDO BRITO, EXPRESSANDO SUAS PREOCUPAÇÕES COM A DISPENSA DE TRABALHADORES A SER EFETIVADA PELA LIGHT. ENALTECENDO OS ATLETAS BRASILEIROS QUE PARTICIPARAM DAS OLIMPIADAS DE ATLANTA.
Aparteantes
Pedro Simon.
Publicação
Publicação no DSF de 07/08/1996 - Página 13526
Assunto
Outros > POLITICA DE EMPREGO. ESPORTE.
Indexação
  • LEITURA, OFICIO, AUTORIA, ORADOR, DESTINAÇÃO, MINISTRO DE ESTADO, MINISTERIO DE MINAS E ENERGIA (MME), SOLICITAÇÃO, PROVIDENCIA, ALTERAÇÃO, POLITICA, DEMISSÃO, LIGHT SERVIÇOS DE ELETRICIDADE S/A (LIGHT), POSTERIORIDADE, PRIVATIZAÇÃO.
  • ELOGIO, ATUAÇÃO, ATLETAS, BRASIL, PARTICIPAÇÃO, OLIMPIADAS.
  • DEFESA, INDICAÇÃO, CAPITAL DE ESTADO, ESTADO DO RIO DE JANEIRO (RJ), SEDE, OLIMPIADAS.

O SR. EDUARDO SUPLICY (PT-SP. Pronuncia o seguinte discurso. Sem revisão do orador.) - Sr. Presidente, Srªs e Srs. Senadores, usarei o meu tempo para falar de dois assuntos. Primeiramente, sobre o que está ocorrendo na Light, expressando a minha preocupação com os inúmeros trabalhadores que estão por ser dispensados; e, logo após, enaltecer o trabalho dos atletas brasileiros que honraram nosso País em Atlanta, durante as Olimpíadas.

Estou enviando, hoje, para o Ministro de Minas e Energia, Raimundo Brito, o seguinte ofício:

      Sr. Ministro Raimundo Brito.

      Tendo em vista o Governo ainda deter mais de 30% das ações da LIGHT é meu dever constitucional, na qualidade de representante eleito pela população, expressar a minha preocupação diante da política que vem sendo adotada naquela empresa desde a sua privatização.

      Conforme carta que me foi enviada pelo Presidente do Sindicato dos Trabalhadores nas Indústrias Urbanas do Rio de Janeiro, Luiz Carlos Sixel de Oliveira, a nova administração da LIGHT ao estabelecer uma política de aumentar a produção com redução dos custos, iniciou um processo de demissões em massa de seus trabalhadores com critérios que contrariam normas de bom-senso e a falta de qualquer diálogo construtivo com vistas a se obter um clima de cooperação com o corpo de empregados da empresa.

      Assim, o novo presidente da Light, Sr. Michel Gaillard, na presença de diretores do Sindicato adiantou que a empresa promoveria a demissão de funcionários considerados "inúteis, ou "desagregadores", a partir do início de agosto.

      As estatísticas demonstram que no primeiro semestre deste ano, o número de horas paradas por acidente foi cerca de 30% maior que nos últimos três anos, em conseqüência do clima de insegurança e tensão gerada pela ameaça sofrida por aqueles trabalhadores. Afinal, como pode um trabalhador continuar exercendo suas funções com tranqüilidade, ao tomar conhecimento de que a direção de sua empresa está preparando uma lista de demissões? Isto se torna ainda mais grave quando se trata de profissionais que trabalham em serviços de eletricidade, muitas vezes com alta voltagem, colocando constantemente a vida em risco.

      Na última quarta-feira, 31 de julho, no momento em que a empresa anunciava sua primeira lista com 400 (quatrocentas) demissões, um trabalhador, com larga experiência em manutenção de rede subterrânea, sofreu um acidente e morreu.

      A partir da lista de demissões o Sindicato dos Trabalhadores nas Indústrias Urbanas do Rio de Janeiro iniciou uma pesquisa visando traçar o perfil dos trabalhadores que deverão ser dispensados. Constatou-se que 69,44% destes trabalhadores estão acima dos 40 anos de idade; 47,22% tem de 15 a 20 anos de empresa, e 63,88% entre 15 e 25 anos; 73,11% fizeram carreira profissional dentro da empresa, neste período; 40,27% estão entre os níveis salariais médios da empresa; 51,38% são de setores produtivos da LIGHT e 23,61% estão a menos de 6 anos da aposentadoria.

      A maioria dos que estão para serem desempregados estão acima dos 40 anos de idade. Em se tratando de profissionais de uma área específica como é o setor elétrico, onde encontrarão novos empregos?

      Apenas para traçarmos um paralelo, vale lembrar o que ocorreu na ESCELSA, no Espírito Santo, onde no primeiro ano após a privatização, foram noticiados dezenas de acidentes com trabalhadores, entre os quais, cinco fatais, e os demitidos até hoje não conseguiram outra colocação.

      Sr. Ministro, a LIGHT possui hoje em seus quadros centenas de trabalhadores em condições de aposentadoria com os quais poderia entabular negociações visando atingir seu propósito de redução de custos, sem criar intranqüilidade.

      O governo tem enorme responsabilidade no que vem ocorrendo na LIGHT, visto a União continuar sendo um de seus principais acionistas. Espero as providências de V. Excia. no sentido de não coonestar com tais atitudes da nova direção da empresa, envidando todos os esforços possíveis para a reversão das demissões propostas.

      É inadmissível que os processos de privatização ocorridos no âmbito do PND tenham como resultado o drástico corte de postos de trabalho, concorrendo para o agravamento do quadro de recessão e desemprego que atinge nosso País. Ainda mais considerando-se que os recursos utilizados para o financiamento da privatização da LIGHT são oriundos do Fundo de Amparo ao Trabalhador - FAT, um fundo que nominalmente pertence ao conjunto dos trabalhadores brasileiros.

      Certo de sua atenção, aproveito a oportunidade para renovar meus protestos de estima e consideração.

Assim concluo o ofício ao Ministro das Minas e Energia, Raimundo Brito.

Sr. Presidente, gostaria de dedicar a segunda parte de meu pronunciamento à participação dos atletas brasileiros nas Olimpíadas, encerrada domingo, em Atlanta, com tanto brilho.

As Olimpíadas, inspiradas pelo nobre ideal de confraternização de todos os povos através das diversas práticas desportivas, envolve uma ampla gama que vai desde o futebol, o vôlei e outros que envolvem trabalho em equipe, até os esportes individuais, como o judô, o pugilismo, a natação, etc.

O Brasil teve, nesta Olimpíada, o seu melhor desempenho até então. Conquistou 3 medalhas de ouro, 3 de prata e 9 de bronze, totalizando 15 medalhas.

É com júbilo que assinalo e cumprimento os atletas que mereceram estas medalhas: no iatismo, Torben Grael e Marcelo Ferreira, na classe Star; e Robert Scheidt, na classe Laser. No vôlei de praia feminino, Jaqueline e Sandra.

As medalhas de prata foram conquistadas, no basquete feminino, por Paula, Hortência, Leila, Alessandra, Silvinha, Roseli, Adriana, Janete, Marta, Cíntia, Branca e Cláudia. Aliás, as atletas do basquete feminino que haviam conquistado o Campeonato Mundial de Basquete honraram, novamente, as cores do Brasil. Obviamente, o time norte-americano, que, na final, conseguiu a medalha de ouro, foi um time extraordinário; por isso saudamos o excelente preparo e a dedicação dessas atletas.

Na natação, Gustavo Borges ganhou medalha de prata nos 200 metros de nado livre; no vôlei de praia feminino, Adriana e Mônica ganharam, também, medalha de prata.

Finalmente, nossos desportistas foram premiados com medalha de bronze: no atletismo, revezamento de 4 X 100 metros, a medalha de bronze foi conquistada pela equipe formada por André Domingos, Arnaldo Oliveira, Edison Ribeiro e Robson Caetano; no hipismo por equipe, Rodrigo Pessoa, Álvaro Miranda Neto, André Gerdau Johannpeter e Luís Felipe Azevedo; no iatismo, classe Tornado, ganharam a medalha de bronze: Lars Grael e Kiko Pellicano; no judô, Aurélio Miguel, na categoria meio-pesado, e Henrique Guimarães, na categoria meio-leve; na natação, Gustavo Borges, nos 100 metros de nado livre, e Fernando Scherer, "o Xuxa", nos 50 metros de nado livre.

Finalmente, no futebol, onde tínhamos as nossas maiores esperanças, devido à qualidade extraordinária dos atletas que compõem as nossas duas equipes, os vinte e dois jogadores liderados pelo técnico Zagallo, que conseguiram a medalha de bronze.

Se recordarmos que as Olimpíadas representam para os atletas de todo o mundo a possibilidade máxima de reconhecimento de seus esforços, deles exigindo treinamento e dedicação em graus supremos, mesmo porque cumpre-lhes honrar o orgulho nacional perante os demais povos concorrentes, parece-nos imperioso enaltecer não apenas os atletas antes nominados, que lograram e conquistaram medalhas olímpicas para o Brasil, mas também todos os demais desportistas que compuseram a delegação brasileira e que, apesar de não atingirem resultados que os conduzissem ao pódio, demonstraram, com sua dedicação e esforço, que eram inspirados pelo meritório ideal de honrar as cores da Pátria.

Só me resta louvar e parabenizar os atletas e, em especial, as atletas brasileiras, uma vez que, sobretudo nos esportes coletivos, as mulheres deram exemplo extraordinário de equipe e de espírito de coordenação e de cooperação, pois tão bem souberam representar o nosso País nas Olimpíadas.

O povo brasileiro, independentemente da conquista ou não de medalhas, reconhece e agradece-lhes o espírito de luta, o sacrifício, o empenho, a dedicação e a nobreza de seus ideais.

Cumprimento também os Estados Unidos e a Rússia, que foram, respectivamente, o Campeão e a Vice-Campeã dessas Olimpíadas de Atlanta.

Sr. Presidente, gostaria, dentre os povos de países em desenvolvimento, de países da América Latina, de render as minhas homenagens aos atletas da delegação de Cuba, que participaram das Olimpíadas de Atlanta e lograram assegurar àquele país co-irmão latino-americano o honroso 8º lugar no quadro geral da competição.

As razões da minha homenagem prende-se ao fato de que Cuba, apesar de sofrer de longa data injusto bloqueio comercial, coordenado pelos Estados Unidos, o que constitui fator impeditivo para que aquele país caribenho desenvolva todas as suas potencialidades, inclusive no campo desportivo, demonstrou ao mundo, de forma exemplar, que os esportes sobrepairam as discriminações e desavenças ideológicas, contribuindo diversamente para o congraçamento, a amizade e a preservação da paz entre as nações.

Também gostaria de falar, Sr. Presidente, como tem feito a Senadora Benedita da Silva, sobre a importância de sediarmos as Olimpíadas do ano 2004. As Olimpíadas constituem tal festa exemplar de congraçamento que devemos envidar todos os esforços para sediá-las.

O Sr. Pedro Simon - Permite-me V. Exª um aparte?

O SR. EDUARDO SUPLICY - Com muita honra, concedo o aparte a V. Exª, Senador Pedro Simon.

O Sr. Pedro Simon - Felicito V. Exª pelo seu pronunciamento. V. Exª tem toda razão quanto a Cuba, porque, apesar do boicote americano e de tudo que lhe tem acontecido, conquistou importante posição. O Brasil também conseguiu grande avanço. Percebo, prezado Senador, que a sociedade como um todo compreende a importância das Olimpíadas. Talvez esse tenha sido o despertar do verdadeiro espírito olímpico. Passamos por grande humilhação ao longo da história, porque o nosso esporte praticamente não tinha nenhum significado, a não ser algum fenômeno isolado. Penso que temos condições de marcar o reinício de nossas atividades esportivas, bem como, conforme diz V. Exª, de sediar as Olimpíadas no ano 2004. Confesso a V. Exª que fiquei emocionado com o encerramento. Sinto certa inveja dos Estados Unidos e, ao mesmo tempo, certa irritação porque eles deram um show de competência. Vários artistas lá compareceram. Foi linda a festa de confraternização, quando pudemos ver pessoas do mundo inteiro dançando, brincando, divertindo-se! Entendo que foi, realmente, positivo. O nosso Presidente da República, na minha opinião, precipitou-se quando vestiu a camiseta dos jogadores de futebol, que ganharam medalha de bronze. Agora, convém fazer uma homenagem para demonstrar carinho e admiração a todos os desportistas brasileiros que tiveram uma atuação importante. Não há dúvida nenhuma de que o Brasil inteiro torceu. Não gostamos do resultado do futebol, mas devemos admitir que nasceu nova realidade. O nosso técnico, no último campeonato do mundo, disse que no futebol o perigo vinha da África e da Ásia. Muitos pensam que o Brasil perdeu porque, contra a Nigéria, jogou mal. A Argentina publicou aquela grosseria no jornal e obteve a resposta: não enfrentou os "macaquitos" brasileiros, mas os bravos africanos, que ganharam de maneira acaçapante. Penso que o Senhor Fernando Henrique pode receber os participantes das Olimpíadas no Palácio e prestar-lhes homenagem, da qual também nós poderíamos participar, não só para agradecer-lhes o que fizeram, mas também para estimulá-los e mostrar o que deve ser feito no futuro. A V. Exª que defende, como a Senadora Benedita da Silva, a importância de o Rio de Janeiro sediar as Olimpíadas de 2004, digo-lhe que também sou favorável. E lembro o que aconteceu nas Olimpíadas de Atlanta: a equipe que vai preparar as Olimpíadas de Sidney, mais de 190 pessoas, ficou dois anos nos Estados Unidos para conhecer todos os detalhes da organização americana. Se quisermos realmente sediar as Olimpíadas de 2004, devemos acompanhar os trabalhos da equipe australiana. Quero dizer a V. Exª finalmente o seguinte: fiquei muito emocionado quando, após aquele show americano, a Austrália apresentou, singelamente, a sua música nativa, os seus cangurus. A Austrália, que é um país moderno, poderia ter feito um show e apresentado qualquer outro lado da sua cultura, mas fez questão de mostrar a sua origem, a sua história, num confronto fantástico, para mostrar que o americano é o rei do mundo, mas não é o dono do mundo. Estou torcendo para que as Olimpíadas da Austrália dêem certo, pela coragem, pela singeleza, pela beleza, pela simplicidade e pela ternura com que se apresentaram em meio àquele fantástico festival de coisas espetaculares. Disseram que naquele palco deveria ter metade do PIB brasileiro - era o que aqueles artistas representavam. Nem sempre o país grande, rico, poderoso, tem a representatividade da beleza, da seriedade e da dignidade. Manifesto minha solidariedade a V. Exª, dizendo apenas isso. Critiquei o Presidente Fernando Henrique Cardoso, porque considerei precipitada sua atitude quando vestiu a camisa do jogador que ganhou uma medalha de bronze, enquanto no Rio de Janeiro havia uma atleta que ganhara uma medalha de ouro. Sua Excelência vestiu a camisa antes do tempo; Deveria ter esperado o resultado final, porque político querer faturar com futebol ou Olimpíada dá azar. Fui político a vida inteira e nunca participei de eventos esportivos. Várias vezes me convidaram - sou colorado -, mas nunca participei. Não julgo correto querer ganhar aplauso ou simpatia por meio disso. Esporte é esporte, e eles não gostam de ver político lá metido. Por isso, o Presidente da República foi precipitado e errou ao fazer aquela homenagem. Aquele nadador estava lá nos Estados Unidos, preparado para ganhar uma medalha e quando ganhou a medalha de bronze, lembrou-se: agora vou lá dizer ao Presidente que ele tem de ser reeleito, porque, se ele for reeleito, nós vamos ganhar mais. Da mesma maneira que considero isso ridículo, penso que cabe ao Presidente, cabe a nós, fazer uma homenagem aos atletas. Eles tiveram muita coragem e obtiveram um grande resultado - cerca de 15 medalhas, o que nunca havia ocorrido em nossa história. Nossa gente portou-se com bravura e dignidade. Volto a dizer a V. Exª: endosso totalmente a campanha Rio 2004. Apenas lembro que, para realizar as Olimpíadas do ano 2000, a Austrália começou os preparativos quatro anos atrás; enquanto os Estados Unidos preparavam Atlanta, a Austrália preparava Sidney. Enquanto a Austrália prepara Sidney, o Brasil deve preparar o Rio de Janeiro.

O SR. EDUARDO SUPLICY - Agradeço-lhe o aparte, Senador Pedro Simon. V. Exª soube captar bem o que constitui o espírito das Olimpíadas.

Certamente as Olimpíadas devem ser colocadas entre os eventos internacionais que mais contribuem para a paz, a compreensão e o respeito mútuo entre os povos. Em cada episódio das Olimpíadas é essa emoção de congraçamento que nos vem à mente.

Mas - concluindo, Sr. Presidente - é importante citar também os episódios lamentáveis que trouxeram grande apreensão, seja o relativo à bomba que acabou matando duas pessoas e ferindo mais de cem, em Atlanta, seja aquele de uma semana antes, quando uma explosão - não se sabe se houve bomba - matou cerca de 200 pessoas a bordo do avião da TWA, logo após levantar vôo. Assim como temos que lamentar o episódio citado por V. Exª em que o jornal Olé tratou desrespeitosamente tanto os jogadores brasileiros quanto os jogadores da Nigéria, devemos lastimar o episódio em que um brasileiro ateou fogo na garagem da Embaixada da Nigéria e expressar nosso respeito, cumprimentando os nigerianos; temos também que lamentar a atitude de argentinos que, infelizmente, mataram um brasileiro que comemorava, nas ruas de Buenos Aires, a vitória do time nigeriano. Por mais que possa ser ferido o brio dos argentinos, é inadmissível um comportamento violento dessa ordem.

Sr. Presidente, estou encaminhando à Taquigrafia, para que conste do meu pronunciamento, os nomes dos 22 jogadores de futebol e os nomes de todos os brasileiros que receberam medalhas e que honraram nosso nome nas Olimpíadas de Atlanta.


Este texto não substitui o publicado no DSF de 07/08/1996 - Página 13526