O SR. IRIS REZENDE (PMDB-GO. Pronuncia o seguinte discurso. Sem revisão do orador.) - Sr. Presidente, tendo sido mencionado na questão de ordem do ilustre Senador Bernardo Cabral, eu também tomo a liberdade de associar-me à preocupação de V. Exª, que, nesta hora, tão bem preside esta sessão do Senado Federal e que, na condição de representante do Centro-Oeste brasileiro, mais especificamente e com muita competência do Estado do Mato Grosso, vem se preocupando, e com muita razão, com essa desigualdade que observamos em relação ao desenvolvimento nacional. Proclamamos a todo instante, e os representantes do grandes Estados o fazem, a desigualdade social existente no Brasil entre as pessoas. Falam das desigualdades sociais existentes, por exemplo, no Rio de Janeiro, em São Paulo, nas grandes capitais, inclusive do Nordeste, mas muitos analisam esta questão sob o aspecto de pessoas. Nós do Senado temos que examiná-la levando em conta as regiões brasileiras. A cada dia, sentimos que querem, a qualquer custo, carrear tudo o que existe de riqueza e de investimento para esses grandes centros, esquecendo, na verdade, o Nordeste, o Norte e o Centro-Oeste. Freqüentemente, tenho me batido, a respeito desta questão: querem tudo para lá. Assim, à proporção que a população brasileira cresce, essa população que precisa de trabalho vai buscar, naturalmente, os grandes centros, que hoje estão ficando quase sem condições de vida.

Se o Brasil não atentar rapidamente para a descentralização de investimentos, construindo infra-estrutura no Norte, Nordeste e Cento-Oeste, para que os brasileiros ocupem essas regiões, amanhã não terá mais conserto. Aí, será tarde.

Daí a minha solidariedade à posição que V. Exª, permanentemente, tem assumido, e com muita propriedade, no Senado Federal. (Muito bem!)