Discurso no Senado Federal

CUMPRIMENTANDO O PRESIDENTE DA FIFA, SR. JOÃO HAVELANGE, POR SUA ATUAÇÃO EXEMPLAR FRENTE A ENTIDADE. ENTREVISTA COM JOÃO HAVELANGE NA REVISTA ISTO É DA SEMANA PASSADA.

Autor
Hugo Napoleão (PFL - Partido da Frente Liberal/PI)
Nome completo: Hugo Napoleão do Rego Neto
Casa
Senado Federal
Tipo
Discurso
Resumo por assunto
HOMENAGEM.:
  • CUMPRIMENTANDO O PRESIDENTE DA FIFA, SR. JOÃO HAVELANGE, POR SUA ATUAÇÃO EXEMPLAR FRENTE A ENTIDADE. ENTREVISTA COM JOÃO HAVELANGE NA REVISTA ISTO É DA SEMANA PASSADA.
Publicação
Publicação no DSF de 15/10/1996 - Página 16974
Assunto
Outros > HOMENAGEM.
Indexação
  • TRANSCRIÇÃO, ANAIS DO SENADO, ENTREVISTA, JOÃO HAVELANGE, PRESIDENTE, FEDERAÇÃO INTERNACIONAL DE FUTEBOL ASSOCIATION (FIFA), PERIODICO, ISTOE, ESTADO DE SÃO PAULO (SP).
  • ELOGIO, ATUAÇÃO, JOÃO HAVELANGE, PRESIDENTE, FEDERAÇÃO INTERNACIONAL DE FUTEBOL ASSOCIATION (FIFA).

O SR. HUGO NAPOLEÃO (PFL-PI. Como Líder. Pronuncia o seguinte discurso.) - Sr. Presidente, Srªs e Srs. Senadores, desejo hoje, da tribuna desta Casa, anunciar que estou encaminhando à Mesa requerimento, nos termos regimentais, solicitando a transcrição, nos Anais do Senado Federal, da entrevista do Presidente da Fifa, Sr. João Havelange, publicada na Revista IstoÉ do dia nove do corrente mês.

Eu gostaria de, ao fazê-lo, esclarecer que o Dr. João Havelange é, sem sombra nenhuma de dúvida, uma das mais importantes expressões da atualidade internacional. Brasileiro, filho de belga, estudou no antigo Lycée Français, hoje, Liceu Francês, no Rio de Janeiro, onde o meu estimado pai foi seu colega de turma.

Ele teve uma vida toda dedicada ao empresariado e aos desportos, tanto assim que, já na década de 50, ele era Presidente da antiga CBD - Confederação Brasileira de Desportos. Fez-se respeitado e admirado pela comunidade internacional, quando, em 1966, foi eleito Presidente da Fifa numa eleição democrática, em que venceu o ex-Presidente, que era da Grã-Bretanha, Sir Stanley Ford Rous. De lá para cá, eleito e reeleito ininterruptamente, o Dr. João Havelange granjeou a simpatia e a admiração de todos quantos dele se aproximaram e com ele conviveram, mesmo a distância.

Assim tem sido, e eu não tenho dúvida nenhuma - embora na entrevista ele não se proclame candidato - de que a própria comunidade desejará vê-lo reeleito Presidente da Fifa.

Na entrevista, Sr. Presidente, ele salienta que a instituição oferece 200 milhões de empregos diretos e indiretos em todo o mundo, o que é um número altamente significativo. E mais: nos idos de 1988, quando era Ministro de Estado da Educação, ao empreender uma viagem à Bélgica para tratar de assuntos relativos à informatização no primeiro grau nas escolas, fui até Zurique, na Suíça, onde lutava para que o Brasil pudesse sediar a Copa de 1994. Em lá chegando, fui à sede da Fifa, onde apenas 25 empregados tomam conta de uma instituição impecável, ou seja, com pouco custo, mas que irradia a sua mentalidade pelo mundo afora.

Naquela ocasião, aliás, lamentei, ao examinar os cadernos de recomendação do Brasil, da Argélia e, finalmente, dos Estados Unidos. Os outros dois eram melhores do que o nosso, que - devo confessar -, além de praticamente mimeografado, tinha correções a lápis na margem de suas folhas. E assim foi que os Estados Unidos sediaram a Copa de 1994.

É, portanto, Sr. Presidente, com o maior orgulho que encaminho à Mesa o presente requerimento de um dos mais extraordinários homens da nossa época.

Uma vez, disse-me que, tendo hora marcada com o Presidente Ronald Reagan, mandou avisar-lhe de que não poderia comparecer porque já tinha um outro encontro, salvo engano, com o Rei Fahd Ibn Abd Al-Aziz As-Sa´ud, da Arábia Saudita. Assim, era recebido por chefes de estado e de governo de todos os países, reis, presidentes e primeiros-ministros.

Possui uma memória prodigiosa e, no primeiro dia de cada ano, já tem traçado os 365 dias do ano e sabe, exatamente, em qual lugar do mundo vai estar e com quem. A agenda deste homem é riquíssima.

Meus votos para que continue nessa trajetória, defendendo a grande instituição que preside. Que Deus sempre o acompanhe.

Era o que tinha a dizer, Sr. Presidente.


Este texto não substitui o publicado no DSF de 15/10/1996 - Página 16974