O SR. EDISON LOBÃO (PFL-MA. Pronuncia o seguinte discurso.) - Sr. Presidente, Srªs e Srs. Senadores, a Sudene, desde 1967, publica estudos econômicos sobre o Nordeste, divulgando dados técnicos e elaborando análises de grande importância na área de planejamento regional.

Ainda agora, publicou o estudo "Agregados Econômicos Regionais - Produto Interno, Formação de Capital e Consumo de Governo", com um panorama da economia da Região e a avaliação do crescimento do Nordeste de 1965 a 1995.

Este estudo traz dados confirmadores das expectativas otimistas que envolvem a economia nordestina. As informações técnicas demonstram claramente que os investimentos feitos no Nordeste, pelo poder público ou pela iniciativa privada, são altamente produtivos e de grande interesse para o País.

O dinheiro que ali se investe movimenta os seus vários setores econômicos, despertando a Região para a sua vocação desenvolvimentista.

Em relação ao Maranhão, verifica-se que, nos vários períodos analisados pela Sudene, o crescimento do seu Produto Interno Bruto manteve-se sempre acima do obtido pelo próprio Nordeste como um todo e pelo Brasil.

No período 1970-1980, o Maranhão, com 9,3% de taxa média anual de crescimento, esteve entre os primeiros colocados. De 80 a 90, alcançou o primeiro lugar de crescimento do PIB entre os do Nordeste. De 1970 a 1995, com 7,6%, o crescimento do Maranhão só foi superado pelo do Rio Grande do Norte. De 1990 a 1995, esteve o meu Estado, novamente, entre os primeiros de crescimento mais significativo do Nordeste.

Ressalte-se que, em todos esses períodos, o crescimento do Maranhão foi sempre superior ao do Nordeste e ao do Brasil. De 1990 a 1995, por exemplo, o Maranhão cresceu 2,9% contra 2,6% do Nordeste e 2,7% do Brasil.

Vê-se, Sr. Presidente, como são procedentes os inúmeros pronunciamentos que, das tribunas parlamentares, pedem maior atenção para o Nordeste. Por décadas e décadas praticamente esquecida dos poderes públicos, a região nordestina testemunhou, compungida, a prioridade com que os recursos federais foram maciçamente alocados para o Sul, sem se perceber que, igualmente no Nordeste, havia todas as condições para os saltos no futuro, caso lhe garantissem a infra-estrutura necessária para a alavancagem dos grandes projetos.

A verdade é cristalina e salta aos olhos: os recursos destinados à Região Nordeste têm sido muito bem aproveitados, deles resultando benefícios inestimáveis para o Brasil.

Sr. Presidente, incorporo ao meu discurso o informativo da Sudene sobre o referido estudo econômico referente ao Nordeste, cumprimentando esse órgão - e especialmente o coordenador do seu Departamento de Informações para o Planejamento, o economista Herôdoto de Sousa Moreira - pelo brilhantismo e oportunidade do trabalho que realizaram.

Muito obrigado, Sr. Presidente.