Pronunciamento de Romero Jucá em 29/10/1996
Discurso no Senado Federal
NOTICIAS VEICULADAS PELA IMPRENSA DENUNCIANDO A QUALIDADE DOS PRESERVATIVOS FABRICADOS NO BRASIL. APRESENTANDO REQUERIMENTO A COMISSÃO DE ASSUNTOS SOCIAIS, CONVOCANDO AS AUTORIDADES COMPETENTES PARA PRESTAR OS ESCLARECIMENTOS DEVIDOS.
- Autor
- Romero Jucá (PFL - Partido da Frente Liberal/RR)
- Nome completo: Romero Jucá Filho
- Casa
- Senado Federal
- Tipo
- Discurso
- Resumo por assunto
-
SAUDE.
ECONOMIA POPULAR.:
- NOTICIAS VEICULADAS PELA IMPRENSA DENUNCIANDO A QUALIDADE DOS PRESERVATIVOS FABRICADOS NO BRASIL. APRESENTANDO REQUERIMENTO A COMISSÃO DE ASSUNTOS SOCIAIS, CONVOCANDO AS AUTORIDADES COMPETENTES PARA PRESTAR OS ESCLARECIMENTOS DEVIDOS.
- Publicação
- Publicação no DSF de 30/10/1996 - Página 17761
- Assunto
- Outros > SAUDE. ECONOMIA POPULAR.
- Indexação
-
- DEFESA, CAMPANHA, PREVENÇÃO, SINDROME DE IMUNODEFICIENCIA ADQUIRIDA (AIDS), INCENTIVO, UTILIZAÇÃO, PRESERVATIVO.
- APREENSÃO, INFORMAÇÃO, IMPRENSA, PRECARIEDADE, QUALIDADE, PRESERVATIVO, BRASIL, DESCUMPRIMENTO, NORMAS, SEGURANÇA, CONTRADIÇÃO, SELO, INSTITUTO NACIONAL DE METROLOGIA NORMALIZAÇÃO E QUALIDADE INDUSTRIAL (INMETRO).
- APRESENTAÇÃO, REQUERIMENTO, CONVOCAÇÃO, PRESIDENTE, INSTITUTO NACIONAL DE METROLOGIA NORMALIZAÇÃO E QUALIDADE INDUSTRIAL (INMETRO), COORDENADOR, INSTITUTO BRASILEIRO, DEFESA DO CONSUMIDOR, DEBATE, ASSUNTO, COMISSÃO DE ASSUNTOS SOCIAIS (CAS).
O SR. ROMERO JUCÁ (PFL-RR. Pronuncia o seguinte discurso. Sem revisão do orador.) - Sr. Presidente, Srªs e Srs. Senadores, a AIDS tem sido um flagelo e um sofrimento para a saúde pública no mundo, ceifando milhares de vidas anualmente. Todo o esforço tem sido empreendido pelas instituições científicas do mundo, públicas e privadas, no sentido de buscar uma cura ou pelo menos minimizar esse sofrimento da humanidade. Nesse sentido, campanhas de esclarecimento têm sido feitas no País, visando a mudanças do comportamento da sociedade.
Os meios de comunicação diariamente divulgam essas campanhas, propagando a idéia de que uma das formas de se combater a disseminação da AIDS é o uso de preservativos. Tem-se incutido na consciência da população que, usando-se preservativos, as pessoas não contraem a doença.
É preocupante, eu diria até mesmo estarrecedor, quando nos deparamos com as últimas notícias veiculadas pela imprensa, entre elas revistas e jornais - cito especificamente O Estado de S. Paulo do dia 13 próximo passado -, segundo as quais a "Maioria dos preservativos não cumprem normas".
Matérias estampadas nos jornais demonstram que grande parte dos preservativos vendidos no nosso País não cumprem os pré-requisitos de segurança para o fim a que se destinam. O mais grave, Sr. Presidente, é que muitos deles têm o selo do Inmetro, ou seja, muitos deles têm a chancela do Governo.
Por conta disso, apresentamos requerimento, convocando para prestar esclarecimentos a Coordenadora Executiva do Instituto Brasileiro de Defesa do Consumidor - Idec, Marilena Lazzarini, e do Presidente do Instituto Nacional de Metrologia - Inmetro, Júlio César Carmo Bueno, para prestar esclarecimentos sobre denúncias formuladas pela imprensa a respeito da qualidade dos preservativos utilizados no País. Ao requerimento apresentado à Comissão de Assuntos Sociais, anexo uma série de matérias que elucidam, esclarecem e determinam as questões que aqui apresento.
Assim procedo, Sr. Presidente, porque acredito ser da maior importância o esclarecimento dessa questão. Não é possível que o Governo faça propaganda, indicando um caminho de combate à disseminação da AIDS, e ele mesmo apresente selo do Inmetro em preservativos que, segundo as matérias, não têm a qualidade necessária para evitar essa doença.
Temos que esclarecer efetivamente essa questão, sob pena de a propaganda do Governo sobre a utilização dos preservativos, na verdade, levar milhares de pessoas a contrair a doença pela utilização de preservativos que não fazem efeito.
Sr. Presidente, nos próximos dias a Comissão de Assuntos Sociais, tão bem presidida pelo Senador Beni Veras, estará debatendo essa questão, porque entendemos ser extremamente importante no tocante à saúde pública do nosso País.
Eram essas as considerações que eu queria fazer, Sr. Presidente.