Discurso no Senado Federal

INAUGURAÇÃO, AMANHÃ, DO NOVO EDIFICIO-SEDE DO CONSELHO FEDERAL DE CONTABILIDADE, EM BRASILIA.

Autor
Epitácio Cafeteira (PPB - Partido Progressista Brasileiro/MA)
Nome completo: Epitácio Cafeteira Afonso Pereira
Casa
Senado Federal
Tipo
Discurso
Resumo por assunto
EXERCICIO PROFISSIONAL.:
  • INAUGURAÇÃO, AMANHÃ, DO NOVO EDIFICIO-SEDE DO CONSELHO FEDERAL DE CONTABILIDADE, EM BRASILIA.
Publicação
Publicação no DSF de 20/11/1996 - Página 18615
Assunto
Outros > EXERCICIO PROFISSIONAL.
Indexação
  • INAUGURAÇÃO, EDIFICIO SEDE, CONSELHO FEDERAL, CONTABILIDADE, DISTRITO FEDERAL (DF).

O SR. EPITACIO CAFETEIRA (PPB-MA) - Sr. Presidente, Srªs e Srs. Senadores, amanhã, 20 de novembro, é mais uma data histórica no calendário do contabilista brasileiro, categoria profissional da qual me orgulho pertencer. À noite, diante de autoridades federais e do Distrito Federal, de líderes e representantes dos 300 mil profissionais existentes em todo o País, e de outros convidados especiais, será inaugurado oficialmente o edifício-sede do Conselho Federal de Contabilidade.

Materializa-se, desta forma, um dos mais acalentados sonhos dos contabilistas, principalmente de seu líder maior, o cearense José Maria Martins Mendes, que, desde o lançamento da pedra fundamental, em março de 1993, coordenou a comissão responsável e na condição de presidente nacional do CFC comandou essa obra magnífica, produto da ousadia, da dedicação e do esforço de pioneiros como os gaúchos Ivan Carlos Gatti e Edgar Saúl Corrêa de Oliveira, do sergipano Williams Almeida Santos, dos paulistas José Serafim Abranches e Elso Raimondi e do alagoano Arnon Chagas. Mas, sem dúvida, como resultado inconteste da força da fé e da colaboração de todos os profissionais da Contabilidade, de uma ponta a outra do País, foi que surgiu, mais do que um edifício, o símbolo mais forte da presença, na capital da República, da entidade máxima dos contabilistas brasileiros.

O novo edifício-sede do Conselho Federal de Contabilidade está construído em terreno adquirido, em setembro de 1991, da Terracap, autarquia encarregada de gerir os terrenos pertencentes ao Distrito Federal, tendo sido pago, unicamente, com recursos oriundos dos contabilistas. Em seu processo de construção, não há um único centavo procedente dos cofres públicos, seja da União, dos Estados ou mesmo do Distrito Federal.

Situado no Setor de Autarquias Sul, tendo como vizinhos, dentre outros, a OAB Nacional, a Fundação Nacional de Saúde, o Instituto Brasileiro de Ciência e Tecnologia, a Telebrás e a Procuradoria Geral do Trabalho, o belo prédio do CFC destaca-se, no conjunto dos edifícios de Brasília, como obra moderna e funcional. Ao todo são 11.470m2 de área construída, distribuídos em treze andares e três subsolos. A obra foi concebida pelo arquiteto José Luiz Tabith Jr., sócio-diretor do Grupo Itapeti de Arquitetura de São Paulo, e vencedor do concurso nacional realizado para a escolha do projeto.

Planejado com concepções modernas de funcionalidade e segurança, no térreo, logo após o hall de entrada, há um confortável auditório com capacidade para 182 pessoas e todos os serviços de apoio necessários. No segundo andar, abre-se um novo Espaço Cultural para a cidade, com uma Galeria de Arte que manterá exposições permanentes de artes plásticas (pintura, escultura, fotografia, etc) e artes gráficas, área que se estende, em parte, ao terceiro andar e onde se desenvolverão, em processo contínuo, etapas do amplo projeto de valorização da categoria profissional e sua maior integração com a comunidade.

Todo o restante do terceiro andar é ocupado pela biblioteca que, mesmo antes da inauguração oficial, vem recebendo grande número de usuários. Por seu rico acervo, por sua organização, pela modernidade e conforto de suas instalações, a biblioteca do CFC já é uma das mais importantes do país e, seguramente, a mais importante em sua área de especialização. No quarto e quinto andares, há salas de aula prontas para abrigar uma fundação voltada para a pesquisa e o ensino de Ciências Contábeis, em pós-graduação, uma espécie do que é hoje a Fundação Getúlio Vargas para as Ciências Econômicas. Projeto que se justifica pela necessidade de uma maior contribuição à elevação do nível dos cursos de Contabilidade do País e pela importância de cunho científico ao seu desenvolvimento. Inserem-se também, nesse projeto, as metas de estímulo à produção científica.

Ainda no quarto e quinto andares estão os dois níveis inferiores do Museu Brasileiro de Contabilidade, que, por questão de comodidade para o visitante, deverá ser visto a partir do sexto andar. Valendo-se das mais avançadas técnicas de museologia, a história da Contabilidade é narrada por painéis fotográficos, documentos históricos, livros, fotos, máquinas, utensílios de escritório, móveis e objetos os mais diversos simbolizando diversas épocas. Ao entrar no primeiro salão, o visitante percebe que esse espaço mostra "A evolução do pensamento contábil através dos tempos". Descendo para o quinto andar, encontra "A história da Contabilidade no Brasil" e no quarto andar, último a ser visitado, "A atuação do Conselho Federal de Contabilidade". Destinado a preservar para as gerações futuras toda a rica história da ciência contábil, o Museu, a exemplo dos mais importantes do mundo, tem ainda inestimável valor didático e, em exposição itinerante, deverá ser mostrado em grandes eventos nacionais ou em universidades, por todo o País.

No sexto andar encontra-se a sala da Presidência; no sétimo, a Vice-Presidência para Assuntos Administrativos, a Superintendência e todos os departamentos que a ela se ligam; no oitavo, as Vice-Presidências para Assuntos de Registro e Fiscalização e para Assuntos de Controle e Finanças, além da Comissão de Ética. No nono andar, encontra-se a Vice-Presidência para Assuntos Operacionais à qual se ligam as Coordenadorias de Desenvolvimento Profissional e de Eventos e a de Planejamento, Avaliação e Controle, na qual estão as áreas de Estatística e Banco de Dados, assim como as Coordenadorias de Comunicação Social, com a redação do informativo semanal C Brasil e da Revista Brasileira de Contabilidade, publicação bimestral difusora das idéias e projetos dos contabilistas em geral, e a de Informática. No décimo andar, funciona a Vice-Presidência para Assuntos Técnicos e as Coordenadorias de Auditoria e Jurídica. No décimo primeiro e décimo segundo andares, há um restaurante, ambiente aberto ao público, como outra forma de relacionamento dos contabilistas com a sociedade local. No décimo terceiro, reúne-se o Plenário do Conselho Federal de Contabilidade.

No terraço, existe um heliporto, como demonstração de respeito à vida, e complementa o conjunto onde todas as normas de segurança contra incêndio foram obedecidas.

Como se constata, Sr. Presidente, Srªs e Srs. Senadores, a data de amanhã é motivo de justo orgulho para nós, contabilistas, que passamos a contar com uma nova estrutura administrativa, técnico-científica e cultural que funcionará voltada para a valorização e o engrandecimento da categoria profissional e dos mais elevados interesses do povo e da nação brasileira.


Este texto não substitui o publicado no DSF de 20/11/1996 - Página 18615