Pronunciamento de José Sarney em 26/11/1996
Fala da Presidência no Senado Federal
RESPOSTA AO SR. LAURO CAMPOS SOBRE PROVIDENCIAS ADOTADAS PELO SENADO PARA CORRIGIR ERRO NA PUBLICAÇÃO DA RESOLUÇÃO QUE AUTORIZA O MUNICIPIO DE OSASCO-SP A EMITIR LETRAS FINANCEIRAS DO TESOURO.
- Autor
- José Sarney (PMDB - Movimento Democrático Brasileiro/AP)
- Nome completo: José Sarney
- Casa
- Senado Federal
- Tipo
- Fala da Presidência
- Resumo por assunto
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REGIMENTO INTERNO.:
- RESPOSTA AO SR. LAURO CAMPOS SOBRE PROVIDENCIAS ADOTADAS PELO SENADO PARA CORRIGIR ERRO NA PUBLICAÇÃO DA RESOLUÇÃO QUE AUTORIZA O MUNICIPIO DE OSASCO-SP A EMITIR LETRAS FINANCEIRAS DO TESOURO.
- Publicação
- Publicação no DSF de 27/11/1996 - Página 19003
- Assunto
- Outros > REGIMENTO INTERNO.
- Indexação
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- ESCLARECIMENTOS, PROVIDENCIA, MESA DIRETORA, CUMPRIMENTO, REGIMENTO INTERNO, PUBLICAÇÃO, CORREÇÃO, ERRO, RESOLUÇÃO, AUTORIZAÇÃO, MUNICIPIO, OSASCO (SP), ESTADO DE SÃO PAULO (SP), EMISSÃO, LETRAS DE TESOURO, VALOR, DEBITOS, AÇÃO JUDICIAL.
O SR. PRESIDENTE (José Sarney) - Antes de submeter a votos a matéria, desejo esclarecer ao Plenário que, como tem ocorrido desde o início da minha Presidência nesta Casa, tenho mantido absoluta isenção.
A tramitação das nossas matérias obedece a um critério que, irremediavelmente, tenho seguido até hoje. Temos um planejamento, todas as matérias que chegam à Mesa são submetidas ao Plenário, exceto aquelas que são objeto de requerimento de urgência dos Srs. Líderes. E, invariavelmente, tenho submetido à Casa os requerimentos de urgência apresentados; e, algumas vezes, ponderado que a quantidade desses requerimentos tem tumultuado os nossos trabalhos.
Quanto à votação dessa matéria, apenas cumpri o Regimento, submetendo à Casa, na forma regimental, aquilo que foi entregue à Mesa para votação. Devo dizer que, na aprovação dessa matéria, estou em muito boa companhia, porque ela foi aprovada por todos os Srs. Senadores presentes à sessão. Tivemos apenas um voto contrário, da Senadora de Santa Catarina. E o Presidente, na forma do Regimento, nem pode votar em matérias dessa natureza. No entanto, como o Senador Roberto Freire acentuou, concordo com o fato de que as afirmações a respeito da dignidade do Senado são dignas de serem aprofundadas, uma vez que elas não atingem o Presidente, que não votou, mas é solidário com todos os Senadores que participaram da votação dessa matéria.
Em votação o requerimento de urgência .
O SR. GILBERTO MIRANDA - Sr. Presidente, peço a palavra para encaminhar a votação.
O SR. PRESIDENTE (José Sarney) - Concedo a palavra ao Senador Gilberto Miranda para encaminhar.
O SR. GILBERTO MIRANDA (PMDB-AM. Para encaminhar. Sem revisão do orador.) - Sr. Presidente, Srs. Senadores, a Comissão de Assuntos Econômicos, a qual presido, não teve oportunidade de apreciar duas matérias com relação a precatórios: de Pernambuco e Santa Catarina, no biênio 95/96.
Com relação a Pernambuco, eu nem estava presente à reunião quando a matéria foi votada. Houve um requerimento de urgência, que foi votado em plenário sem passar pela Comissão. No que se refere a Santa Catarina, a mesma coisa. Foi feito um requerimento de urgência, votado em plenário sem passar pela Comissão.
V. Exª e o Senador Jader Barbalho, Líder do PMDB, devem estar lembrados de que, na hora da votação de Santa Catarina, eu e o Senador Jader Barbalho estávamos atrás da cadeira de V. Exª. Nesse momento, o Senador Jader Barbalho consultou-me para saber se dois artigos estariam sendo apresentados na resolução para ser harmonizados com os projetos dos outros Estados, sobre as exigências feitas na Comissão de Assuntos Econômicos. Ou seja, o Banco Central teria de receber a relação dos precatórios transitados em julgado para que pudesse autorizar a emissão e, depois, conferi-los. Antes disso, em hipótese nenhuma.
Expliquei a S. Exª como era esse procedimento na Comissão. O Senador Jader Barbalho apresentou-o à Mesa e, conseqüentemente, a matéria foi votada e foram introduzidos os dois artigos ou parágrafos - não me recordo bem. Caso contrário, estaria livre, e Santa Catarina poderia, sem prestar contas ao Banco Central, sem enviar relação, sem absolutamente nada, fazer a emissão, o que seria completamente diferente de todos os precatórios aprovados na Comissão de Assuntos Econômicos e, posteriormente, no plenário do Senado.
O Senador Jader Barbalho, logo depois, apresentou à Mesa e a matéria foi votada com emenda de plenário.
Era esse o esclarecimento que eu gostaria de prestar, Sr. Presidente, Srs. Senadores.