O SR. ANTONIO CARLOS MAGALHÃES (PFL-BA. Pela ordem. Sem revisão do orador.) - Sr. Presidente, Srªs e Srs. Senadores, tem sido amplamente noticiada a atitude do BIRD, Banco Mundial. Seus tecnocratas, que existem também no Brasil e em maior quantidade nos Estados Unidos, estiveram fazendo críticas injustas, no caso, ao nosso País, com relação à nossa política no Mercosul.

Sabem os Srs. Senadores que faço aqui reservas ao Mercosul, no que diz respeito à sua atuação no Nordeste. Mas, ninguém mais do que V. Exª, Sr. Presidente, conhece os seus propósitos, por ter sido o benemérito Presidente que cuidou da sua organização.

Não podemos, pois, ficar sujeitos a estudos internos do Banco Mundial e à sua divulgação, pelos tecnocratas, para a imprensa norte-americana, que dão uma posição falsa da situação econômica do Brasil.

Daí por que tenho de louvar o Embaixador do Brasil nos Estados Unidos, Paulo Tarso Flecha de Lima, que reagiu com coragem, desassombro e competência, fazendo com que as opiniões erradas desses tecnocratas não pudessem vingar no estrangeiro e serem difundidas no mundo inteiro.

Essa atitude deveria ter sido tomada pelas autoridades econômicas do Brasil, mas nosso Embaixador, cumprindo seu dever, reagiu com muita competência, mediante documento que levou ao Banco Mundial.

Tenho certeza de que o próprio Presidente do Banco Mundial fez sentir aos seus tecnocratas que o procedimento desses analistas não era correto, porque não dizia a verdade sobre o Brasil. Essas opiniões não podem ser levianamente divulgadas, prejudicando, em todos os países, a situação do Brasil.

Ainda bem que, atento aos interesses do País, o Embaixador Paulo Tarso soube reagir com a firmeza necessária, fazendo com que o Governo brasileiro desse ao Banco Mundial a resposta indispensável em relação a um de seus funcionários, que não soubera bem cumprir com seu dever.

Muito obrigado a V.Exª.