Discurso no Senado Federal

DEFICIT DA CONTA TURISMO. ALERTA PARA A POLITICA ECONOMICA, NO CONCERNENTE AO DEFICIT PUBLICO E AO BALANÇO DE PAGAMENTO.

Autor
Ney Suassuna (PMDB - Movimento Democrático Brasileiro/PB)
Nome completo: Ney Robinson Suassuna
Casa
Senado Federal
Tipo
Discurso
Resumo por assunto
POLITICA ECONOMICO FINANCEIRA.:
  • DEFICIT DA CONTA TURISMO. ALERTA PARA A POLITICA ECONOMICA, NO CONCERNENTE AO DEFICIT PUBLICO E AO BALANÇO DE PAGAMENTO.
Publicação
Publicação no DSF de 28/02/1997 - Página 4709
Assunto
Outros > POLITICA ECONOMICO FINANCEIRA.
Indexação
  • ANALISE, DEFICIT, TURISMO, NECESSIDADE, GOVERNO, ADOÇÃO, PROVIDENCIA, PROMOÇÃO, AJUSTE, BALANÇO DE PAGAMENTOS.

O SR. NEY SUASSUNA (PMDB-PA. Pronuncia o seguinte discurso. Sem revisão do orador) - Sr. Presidente, Srªs e Srs. Senadores, hoje li, com surpresa, que a conta turismo deu um déficit, neste ano, de R$4,2 bilhões. Há alguns dias, nesta tribuna, eu disse, com os dados que tinha na época, de que ele seria somente de R$2 bilhões.

Surpreendi-me, Sr. Presidente, Srªs e Srs. Senadores, vendo que entre os turistas que saíram e os que entraram no Brasil, nós perdemos R$4,2 bilhões. O déficit fiscal total vai atingir a casa dos R$50 bilhões e, com certeza, o balanço de pagamentos este ano vai atingir número da ordem de R$ 9 bilhões.

Aproveito, Sr. Presidente, Srªs e Srs. Senadores, para alertar esta Casa de que todos nós temos a obrigação de acompanhar essa linha financeira, porque dela depende o sucesso do nosso País ou não. Não se faz obras sociais sem dinheiro, não se constrói sem dinheiro, não se transforma sem dinheiro. E não podemos continuar com essa política nebulosa. Não podemos frear de uma vez por todas o balanço de pagamentos. Não é só chegar e dizer: vamos parar de importar, porque hoje temos países e aliados importantes, atrelados a nós, como é o caso da Argentina, com a qual mantemos relações comerciais vinculadas ao Mercosul, sob pena até de haver problemas internos que possam refletir no nosso País.

Por isso, aproveito esta oportunidade para alertar os meus Pares para estarmos atentos à política econômica não só no que se refere ao déficit público, mas também ao balanço de pagamento. Não vejo um horizonte azul, não vejo um céu de brigadeiro: vejo uma situação que tem solução, mas que precisa e exige de todos nós a atenção e o sacrifício para atingirmos o progresso e do País desenvolvido que almejamos.

Muito obrigado, Sr. Presidente.


Este texto não substitui o publicado no DSF de 28/02/1997 - Página 4709