O SR. ARTUR DA TÁVOLA (PSDB-RJ. Para uma breve comunicação. Sem revisão do orador.) - Sr. Presidente, faço com profundo pesar essa comunicação e peço que V. Exª a leve ao Presidente da Casa.

Há muito venho observando que a TV Senado está a enveredar por uma linha de audiência, e há uma hipertrofia completa dos serviços da CPI dos Precatórios em relação ao restante das atividades da Casa. Isso me parece passível pelo menos de discussão.

E quero aqui, com a maior veemência, interrogar a Mesa e o Sr. Fernando César Mesquita a respeito dos critérios que a TV Senado tem para a transmissão desta sessão.

Há pouco tive meu discurso interrompido no meio para a colocação de imagens antecipatórias da reunião da CPI dos Precatórios. Mas não falo por mim, falo pelo Plenário da Casa, falo pelas Comissões da Casa: não há razão para transformar a TV Senado num organismo de audiência, até porque, aos sábados e domingos, a matéria que passa na TV Senado é de novo da CPI.

Deixo aqui o protesto veemente contra essa forma absurda, autoritária e arbitrária de conduzir as transmissões da TV Senado. V. Exª e a Casa, que se habituaram a ver-me sempre ponderado e sereno, devem, por certo, estar a estranhar as razões da atual ênfase.

Porque me parece absurdo, descortês, inqualificável, cortar um discurso de um Senador para passar uma atividade de outro. Nesta Casa, não há Senadores de primeira, nem Comissões de primeira, nem Plenários de segunda.

Peço, então, a V. Exª, no exercício da Presidência, que leve ao Presidente da Casa e à TV Senado o meu mais veemente protesto contra essa forma arbitrária, violenta de tratar um Senador nesta Casa.

Muito obrigado.