Discurso no Senado Federal

TRANSCURSO, ONTEM, DO 'DIA MUNDIAL DA SAUDE'.

Autor
Edison Lobão (PFL - Partido da Frente Liberal/MA)
Nome completo: Edison Lobão
Casa
Senado Federal
Tipo
Discurso
Resumo por assunto
HOMENAGEM. SAUDE.:
  • TRANSCURSO, ONTEM, DO 'DIA MUNDIAL DA SAUDE'.
Publicação
Publicação no DSF de 09/04/1997 - Página 7378
Assunto
Outros > HOMENAGEM. SAUDE.
Indexação
  • HOMENAGEM, DIA INTERNACIONAL, SAUDE, OPORTUNIDADE, ANALISE, PRECARIEDADE, SAUDE PUBLICA, INTERIOR, BRASIL, FALTA, SANEAMENTO, EXPECTATIVA, ATUAÇÃO, GOVERNO.
  • HOMENAGEM, MEDICO, ENFERMEIRO, TRABALHADOR, AREA, SAUDE.

O SR. EDISON LOBÃO (PFL-MA. Pronuncia o seguinte discurso) - Sr. Presidente, Srªs e Srs. Senadores, comemorou-se ontem, 7 de abril, o Dia Mundial da Saúde.

Na verdade, é um dia que devia ser lembrado a cada instante da vida brasileira, mormente agora quando o Presidente Fernando Henrique Cardoso decidiu que seu governo, neste ano de 1997, dará absoluta prioridade aos problemas vividos pela saúde em nosso país.

E tendo à frente do Ministério da Saúde o Professor Carlos César Silva de Albuquerque, ampliam-se as perspectivas de que a execução de tal diretriz realmente se efetivará, pois não faltarão talento, dinamismo e vontade política para que se leve adiante um compromisso tão vinculado ao futuro do nosso país.

Sempre que se aborda o problema da saúde, e das providências que se anunciam para melhorar as aflições dos brasileiros nesse setor, me vêm à lembrança as angústias sofridas pelos que se amontoam às portas dos nossos hospitais públicos. As televisões centram seus filmes tantas vezes renovados, quando querem exibir a evidência das nossas carências, nesses espetáculos deprimentes de doentes que mendigam a oportunidade de serem atendidos por um médico e de receberem os remédios adequados para seus males.

As televisões, porém, não vão ao interior do país, mas toda a opinião pública sabe que, nesses distantes lugares, os problemas da saúde multiplicam-se.

A começar pela falta de saneamento, que cria focos invisíveis das mais terríveis enfermidades, nos quais nascem e tentam se criar as nossas crianças carentes.

Para quem conhece a intimidade do território brasileiro, sabe que, até agora, nenhum resultado prático surgiu, nas últimas décadas, das providências faladas, anunciadas e desfalecidas no nascedouro.

Daí a nossa grande esperança, Sr. Presidente, de que a administração Fernando Henrique Cardoso, que tem levado o Brasil a bom termo, afinal consiga encontrar a difícil vereda que nos leve a soluções definitivas em relação ao problema da saúde.

A sua prometida política de municipalização da saúde talvez seja um bom início de solução.

O fato é que o nosso país não mais pode conviver com o espetáculo de miséria que, mesmo nos grandes centros, se transforma em caldo de cultura para a explosão de doenças que ou matam, ou invalidam crianças e adultos que tanto ainda teriam a dar ao Brasil.

Este Dia Mundial da Saúde, portanto, é o momento adequado para que se abordem os problemas brasileiros no setor.

Também adequado para que registremos a nossa esperança no que pode fazer a sensibilidade do atual governo em relação ao problema da saúde.

Neste dia, devem ser destacados esses milhares e milhares de médicos, enfermeiros, auxiliares e funcionários da saúde, os quais, espalhados anonimamente por todo o país, oferecem sua vocação e seus serviços para minorarem o sofrimento dos que padecem os males do corpo e do espírito.

A todos os que se dedicam à saúde, levo o meu fraternal abraço e, como brasileiro, o meu profundo agradecimento por sua persistente dedicação.

Era o que tinha a dizer.

Muito obrigado.


Este texto não substitui o publicado no DSF de 09/04/1997 - Página 7378