Discurso no Senado Federal

REPUDIANDO O ARTIGO PUBLICADO ONTEM NO JORNAL DO BRASIL, DE AUTORIA DO JORNALISTA ALBERTO DINES, COM O TITULO: QUEM VIOLOU A TV SENADO?

Autor
Bernardo Cabral (PFL - Partido da Frente Liberal/AM)
Nome completo: José Bernardo Cabral
Casa
Senado Federal
Tipo
Discurso
Resumo por assunto
IMPRENSA.:
  • REPUDIANDO O ARTIGO PUBLICADO ONTEM NO JORNAL DO BRASIL, DE AUTORIA DO JORNALISTA ALBERTO DINES, COM O TITULO: QUEM VIOLOU A TV SENADO?
Publicação
Publicação no DSF de 16/04/1997 - Página 7731
Assunto
Outros > IMPRENSA.
Indexação
  • REPUDIO, ARTIGO DE IMPRENSA, JORNAL, JORNAL DO BRASIL, ESTADO DO RIO DE JANEIRO (RJ), AUTORIA, ALBERTO DINES, JORNALISTA, IMPUTAÇÃO, ORADOR, RESPONSABILIDADE, MANIPULAÇÃO, REGISTRO, EMISSÃO, TELEVISÃO, SENADO, SESSÃO, COMISSÃO PARLAMENTAR DE INQUERITO (CPI), TITULO DA DIVIDA PUBLICA.

O SR. BERNARDO CABRAL (PFL-AM. Pronuncia o seguinte discurso. Sem revisão do orador) - Sr. Presidente, Srªs e Srs. Senadores, hoje pela manhã, tomei conhecimento de um artigo publicado ontem no Jornal do Brasil, de autoria do Jornalista Alberto Dines, com o título: "Quem violou a TV Senado?". Ele começa dizendo:

      "Na sexta-feira, 4 de abril, no início da reunião regular da CPI dos precatórios, nas instalações do Senado Federal e diante das câmaras e microfones da TV Senado, conversavam o presidente e o relator, Bernardo Cabral e Roberto Requião. Comentavam animadamente o artigo que o último publicara naquele dia no Jornal do Brasil. No entusiasmo, o relator ofendeu grosseiramente este articulista (alvo do artigo em questão) com expressões de baixo calão."

Sr. Presidente, não conversei animadamente com o Senador Roberto Requião sobre artigo algum de autoria de quem quer que seja. Naquela sessão, o Senador Roberto Requião chegou a mim com um artigo que havia publicado no Jornal do Brasil, dizendo que, ao seu final, havia uma expressão que tinha sido cortada, uma expressão que considero impublicável. Assistiu a esta conversa o Senador Geraldo Melo. Sr. Presidente, isso poderia ficar sem registro, mas, no meio do artigo, o Jornalista diz:

      "A hipótese de falha técnica na gravação é implausível porque na transcrição da Folha é flagrante o constrangimento do senador Cabral quando alertado pelos técnicos de que os palavrões tinham sido transmitidos."

Sr. Presidente, devo fazer justiça à equipe da TV Senado, que sempre alerta a Presidência da CPI para que faça um sinal ao início das reuniões, o que tem acontecido.

Mas aqui, Sr. Presidente, diz que houve uma hipótese de manipulação dos registros da emissão da TV Senado. E vai além:

      "Cabe aos dois senadores, protagonistas da execrável conversa, dirimir as suspeitas que, infelizmente, sobre eles recai de serem os mandantes da violação da gravação."

Só quem não me conhece, Sr. Presidente, é que pode imaginar que eu seria capaz de uma ousadia dessa natureza, para não dizer de uma irregularidade, de uma indignidade.

E muito mais, Sr. Presidente: o Secretário de Divulgação de V. Exª, o jornalista Fernando César Mesquita, não seria capaz disso, e a Presidência do Senado, muito menos, permitiria.

Ocupo esta tribuna, Sr. Presidente, para dizer que não é verdadeiro esse episódio, de que conversei animadamente com o Senador Roberto Requião - já invoquei o testemunho do Senador Geraldo Melo -, e que não tive qualquer constrangimento quando começou. Os impropérios e os palavrões são de autoria e responsabilidade do Senador Roberto Requião; nada tenho a ver com isso.

Espero que não fique pairando no ar, Sr. Presidente, que eu manipulo registro de emissão da TV Senado. Quero repudiar a forma como foi registrada essa notícia, sem consulta dos seus integrantes.

Sr. Presidente, gostaria que isso ficasse registrado nos Anais do Senado.


Este texto não substitui o publicado no DSF de 16/04/1997 - Página 7731