Discurso no Senado Federal

25 ANOS DA INAUGURAÇÃO DA REDE GLOBO NORDESTE, EM OLINDA - PE.

Autor
Carlos Wilson (PSDB - Partido da Social Democracia Brasileira/PE)
Nome completo: Carlos Wilson Rocha de Queiroz Campos
Casa
Senado Federal
Tipo
Discurso
Resumo por assunto
HOMENAGEM.:
  • 25 ANOS DA INAUGURAÇÃO DA REDE GLOBO NORDESTE, EM OLINDA - PE.
Publicação
Publicação no DSF de 25/04/1997 - Página 8489
Assunto
Outros > HOMENAGEM.
Indexação
  • HOMENAGEM, ANIVERSARIO DE FUNDAÇÃO, EMISSORA, TELEVISÃO, MUNICIPIO, OLINDA (PE), ESTADO DE PERNAMBUCO (PE).

O SR. CARLOS WILSON (PSDB-PE. Pronuncia o seguinte discurso.) - Sr. Presidente, Srªs e Srs. Senadores, há vinte e cinco anos, no dia 21 de abril de 1972, era inaugurada - no Morro do Peludo, em Olinda, Pernambuco - a Rede Globo Nordeste. Para marcar, desde o começo, o seu forte vínculo com a Região, o primeiro programa transmitido foi a "Discoteca do Chacrinha", cujo apresentador, o famoso Abelardo Barbosa, era pernambucano da Cidade de Surubim.

Participaram daquela cerimônia da inauguração o então governador Eraldo Gueiros Leite; o Presidente das Organizações Globo, jornalista Roberto Marinho; o então vice-presidente da empresa, recentemente falecido, Walter Clark; e o primeiro diretor regional, Antônio Lucena.

Iniciando suas atividades com 46 funcionários, a TV Globo do Recife logo expandiu suas transmissões para os Estados vizinhos da Paraíba e do Rio Grande do Norte, bem como para o interior do Estado.

Estima-se que, hoje, a Rede Globo Nordeste tenha uma audiência da ordem de setenta por cento no Estado de Pernambuco. Audiência tão expressiva é uma clara mostra não só de sua total identificação com os temas regionais, mas também da alta capacitação profissional de sua diretoria, composta por Cléo Nicéias, diretor regional, Vera de Souza Ferraz, diretora de jornalismo; Maria das Dores dos Santos Peres, diretora administrativa e financeira; Iuri Gomes Maia Leite, diretor de atendimento; José Dias Raposo, diretor de programação; José Augusto de Matos Almeida, diretor de engenharia; e Paulo Jardel da Cruz, diretor de comunicação.

Investir em valores regionais tem sido uma característica marcante da Rede desde o seu surgimento; vários programas produzidos localmente têm espaço na grade de programação, todos com elevado índice de interesse da população. Dentre eles, podemos destacar: "Frevança", "Canta Nordeste", "Folia Geral", "São João e Forró".

Outro aspecto relevante da atuação da Rede Globo Nordeste tem sido o seu engajamento em projetos comunitários para o atendimento das áreas mais carentes. São programas que apostam na transmissão de informações, essenciais ao progresso dessas áreas e dos cidadãos que nelas moram. São transmissões que ministram noções de medicina e odontologia, visando suprir as carências de informações dessas populações.

Sr. Presidente, Srªs e Srs. Senadores, aproveitando essa saudação à Rede Globo Nordeste, eu gostaria de destacar aqui o papel de grande importância que vem tendo a televisão, no Brasil, para a efetiva melhoria da qualidade de vida dos nossos cidadãos, em especial nas áreas mais carentes, como é o caso da nossa Região.

Desde 1988, ano da promulgação da nova Constituição, vem-se falando muito em cidadania. Cidadania é, segundo os dicionários, a qualidade ou estado do cidadão; é o homem no gozo pleno dos seus direitos políticos ou no desempenho de seus deveres para com o Estado.

Ora, mas para que o homem se torne cidadão, antes de mais nada, ele necessita de informações precisas sobre seus direitos e deveres. E onde a esmagadora maioria dos brasileiros encontra essas informações? Na televisão, é claro. E essas informações não estão apenas nos noticiários, elas permeiam as telenovelas e os filmes.

Antes da televisão, havia o cinema. Sim, mas era preciso pagar para assistir a um filme. Antes dos noticiários de tevê, havia a imprensa. Sim, mas os jornais eram vendidos. Portanto, antigamente, muitas dessas informações que hoje são disponibilizadas gratuitamente pelas emissoras de televisão tinham de ser compradas.

Sem querer desmerecer o papel excepcional desempenhado pelas outras mídias - emissoras de rádio e jornais, especialmente -, repito, nunca é demais exaltar a grande contribuição das emissoras de televisão para a superação de problemas em países marcados pela injusta distribuição de renda, como é o caso do Brasil, onde as populações sem acesso à informação são numerosas.

Nessa ocasião em que saudamos a Rede Globo Nordeste, é importante relembrar, também, que o Brasil entrou na era da televisão, pelas mãos de um nordestino, o jornalista e empresário Assis Chateaubriand, que criou, em setembro de 1950, a TV Tupi Canal 3, de São Paulo.

Nesses últimos quarenta e sete anos, o Brasil mudou radicalmente; e ninguém pode negar que a televisão foi, sem dúvida, um dos principais protagonistas dessa mudança.

O mesmo pode ser dito em relação à nossa Região onde a Rede Globo Nordeste, nos últimos 25 anos, vem trabalhando para dar noções de cidadania às pessoas, para dar repercussão ao trabalho de nossos artistas, para projetar as belezas da nossa terra e para acelerar o crescimento econômico regional.

Se podemos dizer hoje que o Nordeste é conhecido por todos os brasileiros, isso se deve em muito à Rede Globo, que, em sua programação, mostra a terra e a gente nordestina. E em grande parte, diga-se de passagem, as notícias da Região são geradas pela Rede Globo Nordeste. Assim, quero deixar registradas as minhas congratulações à Rede Globo pelo transcurso do seu vigésimo quinto aniversário, augurando a essa empresa muito sucesso no futuro, sucesso mais do que merecido pelos relevantes serviços prestados à nossa Região e, em especial, ao nosso Estado, Pernambuco. Muito obrigado.


Este texto não substitui o publicado no DSF de 25/04/1997 - Página 8489