Discurso no Senado Federal

ENCAMINHANDO CORRESPONDENCIA AO MINISTRO DO EXERCITO, SR. ZENILDO GONZAGA ZOROASTRO DE LUCENA, JUNTAMENTE COM CARTAS QUE S.EXA. RECEBEU DO JORNALISTA HENRIQUE POLOPONSKY, EM QUE ELE OBSERVA TER SIDO UM DOS PROPONENTES, SENÃO O PRIMEIRO, DA MUDANÇA DO NOME DO ANTIGO MINISTERIO DA GUERRA PARA MINISTERIO DO EXERCITO.

Autor
Eduardo Suplicy (PT - Partido dos Trabalhadores/SP)
Nome completo: Eduardo Matarazzo Suplicy
Casa
Senado Federal
Tipo
Discurso
Resumo por assunto
GOVERNO FEDERAL, ATUAÇÃO. FORÇAS ARMADAS.:
  • ENCAMINHANDO CORRESPONDENCIA AO MINISTRO DO EXERCITO, SR. ZENILDO GONZAGA ZOROASTRO DE LUCENA, JUNTAMENTE COM CARTAS QUE S.EXA. RECEBEU DO JORNALISTA HENRIQUE POLOPONSKY, EM QUE ELE OBSERVA TER SIDO UM DOS PROPONENTES, SENÃO O PRIMEIRO, DA MUDANÇA DO NOME DO ANTIGO MINISTERIO DA GUERRA PARA MINISTERIO DO EXERCITO.
Publicação
Publicação no DSF de 17/05/1997 - Página 9895
Assunto
Outros > GOVERNO FEDERAL, ATUAÇÃO. FORÇAS ARMADAS.
Indexação
  • RETIFICAÇÃO, PRONUNCIAMENTO, ORADOR, ESCLARECIMENTOS, CARGO PUBLICO, OCUPAÇÃO, HENRIQUE HARGREAVES, MINISTRO DE ESTADO, CASA CIVIL, POSTERIORIDADE, COMISSÃO PARLAMENTAR DE INQUERITO (CPI), ORÇAMENTO.
  • INFORMAÇÃO, ENCAMINHAMENTO, ZENILDO ZOROASTRO DE LUCENA, MINISTRO DE ESTADO, MINISTERIO DO EXERCITO (ME), CARTA, AUTORIA, HENRIQUE POLOPONSKY, JORNALISTA, SOLICITAÇÃO, RECONHECIMENTO, INICIATIVA, SUGESTÃO, ALTERAÇÃO, NOME, MINISTERIO DA GUERRA.

O SR. EDUARDO SUPLICY (BLOCO-SP. Para uma breve comunicação. Sem revisão do orador.) - Sr. Presidente, faço esta breve comunicação para retificar, historicamente, o que há pouco disse.

Sr. Presidente, quero esclarecer que o Ministro Henrique Hargreaves, após se licenciar do cargo para prestar esclarecimentos à CPI do Orçamento, retornou à Casa Civil, e não à Empresa Brasileira de Correios e Telégrafos como havia dito. Posteriormente, já no Governo Fernando Henrique Cardoso, S. Exª, por algum tempo, presidiu a Empresa Brasileira de Correios e Telégrafos.

Sr. Presidente, quero ainda fazer o registro de uma carta que encaminhei ao Ministro do Exército, Exmº Sr. Zenildo Gonzaga Zoroastro de Lucena, juntamente com cartas que recebi do Jornalista Henrique Poloponsky, onde ele observa que foi um dos proponentes, senão o primeiro proponente, da mudança do nome do antigo Ministério da Guerra para Ministério do Exército, e pede o reconhecimento como o autor da idéia ainda em vida, uma vez que fez 74 anos no último dia 18 de abril.

A proposta da mudança do nome do Ministério, feita pelo jornalista, acabou acontecendo por sugestões enviadas à imprensa na época.

O Sr. Henrique Poloponsky enviou-me um artigo assinado por ele, datado de 1962, publicado no Diário Fluminense, que se denomina "Ministério da Guerra Deve Ser Denominado Ministério do Exército". Através de uma série de considerandos, esse jornalista sugere que o Ministério da Guerra seja modificado para Ministério do Exército, explicando que os demais Ministérios das Forças Armadas se chamam Marinha e Aeronáutica, não havendo motivo para manter-se o nome de Guerra no outro Ministério. E aludiu também a abolição da palavra "guerra" do dicionário por ser uma palavra indesejável, perturbadora da paz social e, sobretudo, dizendo que o Brasil, que manifestava o desejo de coexistência pacífica com todos os povos, não deveria ter um Ministério da Guerra, mas sim o do Exército.

Sr. Presidente, ao fazer o levantamento do histórico, detectei que, em 1964, o Senador Vasconcellos Torres, já falecido, e também o Deputado Emanuel Waismann apresentaram projetos para a mudança do nome do Ministério da Guerra para Ministério do Exército. Mas, ambas as iniciativas acabaram sendo rejeitadas e arquivadas, uma vez que isso só poderia acontecer, constitucionalmente, por proposta do Executivo.

A troca de nomes aconteceu em 1967, por ocasião da promulgação do Decreto-lei nº 200.

Ao enviar essa carta ao Ministro Zenildo Zoroastro de Lucena, sugiro que S. Exª encaminhe uma carta ao Jornalista Henrique Poloponsky agradecendo-lhe e reconhecendo o seu mérito pela sugestão que acabou sendo acatada. Segundo informação dada pelas cartas desse jornalista, não houve o reconhecimento, à época, de que a idéia havia surgido de sua iniciativa. E ele gostaria de, ainda em vida, ver o registro - e aqui o faço - de que, em 1962, já havia proposto publicamente essa idéia, que foi acatada.

Muito obrigado, Sr. Presidente.


Este texto não substitui o publicado no DSF de 17/05/1997 - Página 9895