Discurso no Senado Federal

INJUSTIÇA COMETIDA PELO GOVERNO FEDERAL CONTRA O FUNCIONALISMO PUBLICO, PELA INDIFERENÇA COM QUE TRATA O REAJUSTE SALARIAL DEVIDO, MAS AINDA NÃO CONCEDIDO.

Autor
Josaphat Marinho (PFL - Partido da Frente Liberal/BA)
Nome completo: Josaphat Ramos Marinho
Casa
Senado Federal
Tipo
Discurso
Resumo por assunto
POLITICA ECONOMICO FINANCEIRA.:
  • INJUSTIÇA COMETIDA PELO GOVERNO FEDERAL CONTRA O FUNCIONALISMO PUBLICO, PELA INDIFERENÇA COM QUE TRATA O REAJUSTE SALARIAL DEVIDO, MAS AINDA NÃO CONCEDIDO.
Publicação
Publicação no DSF de 25/06/1997 - Página 12365
Assunto
Outros > POLITICA ECONOMICO FINANCEIRA.
Indexação
  • REIVINDICAÇÃO, GOVERNO FEDERAL, CONCESSÃO, REAJUSTAMENTO, SALARIO, FUNCIONARIOS.
  • CRITICA, GOVERNO FEDERAL, DESTINAÇÃO, RECURSOS FINANCEIROS, FAVORECIMENTO, BANCOS, PREJUIZO, MAIORIA, POPULAÇÃO, BRASIL.
  • CRITICA, GOVERNO, DESTINAÇÃO, VERBA, MUNICIPIOS, FORMA, COMPENSAÇÃO, PREJUIZO, PROVOCAÇÃO, FUNDO DE ESTABILIZAÇÃO FISCAL, MOTIVO, UTILIZAÇÃO, RECURSOS, PROCEDENCIA, GOVERNO FEDERAL, ATENDIMENTO, REIVINDICAÇÃO, FUNCIONARIOS, REAJUSTAMENTO, SALARIO.

O SR. JOSAPHAT MARINHO (PFL-BA. Pronuncia o seguinte discurso.) - Sr. Presidente, Srªs e Srs. Senadores, devo fazer breve comunicação, que é também uma reclamação em favor de injustiçados.

Vai encerrar-se o primeiro semestre de 1997 e não se ouve cogitação, por parte do Governo, do reajuste dos servidores públicos. Aos trabalhadores o Governo concedeu apenas um aumento de R$8,00, abaixo, portanto, da inflação de 1996, que foi de cerca de 10%.

Enquanto assim indiferentemente procede o Governo, a imprensa noticia que aumenta o número dos prestamistas de todo o tipo em atraso. Aumenta o número dos cheques não pagos, ou melhor, sem fundo. De igual modo se noticia que aumenta o penhor de jóias. Tudo a indicar o agravamento da situação financeira de assalariados. Como se não bastasse, cresce o desemprego no País. Não obstante isso, o Governo dispôs de dinheiro para atender aos bancos, e segundo também se publicou, foi no montante de cerca de R$20 bilhões.

Por outro lado, anuncia-se que o Governo não abre mão da prorrogação do Fundo de Estabilização Fiscal, mas promete dar uma compensação aos Estados e Municípios. Se é injusta a prorrogação, é inexplicável a disponibilidade de recursos para dar compensação às entidades federadas.

Tudo isso se passa com absoluta indiferença, mas o Governo timbra em falar em reformas. E ainda há pouco se dizia, neste mesmo plenário, que as reformas são indispensáveis até para aumentar a atividade econômica. Mas as reformas que podiam influir na atividade econômica já foram aprovadas pelo Congresso desde o ano passado. Não há outras reformas que possam concorrer para o aumento de atividades econômicas, pendendo de decisão do Congresso. Essa é a realidade. Mas, enquanto isso ocorre, Governo e empresários falam em reformas mas não cogitam da melhoria dos economicamente fracos.

Fica esta nota, Sr. Presidente, como reclamo contra a injustiça praticada. Não basta que se fale em reforma, é preciso uma atividade direta, pronta, segura, para atender aos que necessitam de melhores condições de vida.


Este texto não substitui o publicado no DSF de 25/06/1997 - Página 12365