Pronunciamento de Waldeck Ornelas em 02/07/1997
Discurso no Senado Federal
COMEMORAÇÃO, NA DATA DE HOJE, DA INDEPENDENCIA DA BAHIA DO DOMINIO DE PORTUGUAL.
- Autor
- Waldeck Ornelas (PFL - Partido da Frente Liberal/BA)
- Nome completo: Waldeck Vieira Ornelas
- Casa
- Senado Federal
- Tipo
- Discurso
- Resumo por assunto
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HOMENAGEM.:
- COMEMORAÇÃO, NA DATA DE HOJE, DA INDEPENDENCIA DA BAHIA DO DOMINIO DE PORTUGUAL.
- Publicação
- Publicação no DSF de 03/07/1997 - Página 12921
- Assunto
- Outros > HOMENAGEM.
- Indexação
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- HOMENAGEM, ANIVERSARIO, INDEPENDENCIA, ESTADO DA BAHIA (BA).
O SR. WALDECK ORNELAS (PFL-BA. Para uma comunicação inadiável. Sem revisão do orador.) - Sr. Presidente, Srs. Senadores, realiza-se hoje a maior festa cívica popular do País. Nesta data, comemoramos a independência da Bahia.
O brado de independência ou morte, proclamado em 7 de setembro de 1822, às margens do Ipiranga, somente veio a efetivar-se 9 meses depois na Bahia, em 2 de julho de 1823, quando da rendição e do abandono da cidade de Salvador pelo Comandante Militar português Madeira de Melo e suas tropas.
A Bahia, que viu chegar as Caravelas de Cabral; a Bahia, que sediou a primeira Capital do Brasil, teve também o sangue da sua gente derramado para assegurar a independência do Brasil.
A luta pela independência da Bahia foi fundamentalmente a conquista da cidade de Salvador. Nesse processo, tiveram participação ativa as câmaras das diversas vilas: de Santo Amaro, de São Francisco do Conde, de Maragogipe, da heróica Cachoeira, entre outras, que formaram o Conselho Provisório. A de Salvador, que deveria ter sido a primeira a manifestar sua lealdade a D. Pedro, foi militarmente impedida. Nesse episódio, destacaram-se importantes vultos históricos: heroínas como a Sóror Joana Angélica e a Soldado Maria Quitéria, que se alistou para lutar pela causa nacional; Comandantes Militares, como o General Labatut e o Coronel Lima e Silva.
Nesta hora, em nome da Bancada do Estado da Bahia no Senado Federal, em nome do Presidente Antonio Carlos Magalhães, do Senador Josaphat Marinho e no meu próprio, desejo solidarizar-me com o povo e o Governo baianos, que, neste momento, realizam a caminhada simbólica da entrada vitoriosa do Exército Pacificador nas ruas da velha cidade de Salvador.
Essa caminhada, da qual todos sempre nos orgulhamos de participar, V. Exª, Sr. Presidente, muitas vezes, como Prefeito, Governador ou cidadão, comandou. Parte da Lapinha, onde se recolhem os carros alegóricos do caboclo e da cabocla, passa pela Soledade, por Santo Antônio, desce a Ladeira do Carmo, sobe a Ladeira do Pelourinho - agora restaurado no seu esplendor -, assiste ao Te deum, na Catedral Basílica do Terreiro de Jesus e depois segue pela Praça da Sé e pela Praça Municipal, onde se ouve a saudação do Presidente da Câmara. A caminhada prossegue pela Rua Chile e pela Praça Castro Alves, onde repousam os restos do nosso poeta maior, cujo sesquicentenário esta Casa comemorou há pouco tempo e que imortalizou esses episódios com a sua célebre Ode ao 2 de Julho. Daí o percurso da Avenida Sete, passando por São Bento, São Pedro, Piedade, Mercês, Aclimação até chegar ao Campo Grande, onde se reverenciam os heróis do 2 de Julho.
Neste plenário, queremos nos reunir ao povo baiano, que, nesta hora, realiza ainda a sua caminhada, para, mais uma vez, reafirmar a nossa crença na grandeza e no futuro do nosso País.
Muito obrigado, Sr. Presidente.